A CLOE Oftalmologia Especializada, com mais de 25 anos de
atuação em seu segmento, alerta: cirurgia para mudança de cor dos olhos oferece
riscos aos pacientes. “Os procedimentos cirúrgicos e com laser que são
realizados em outros países, ainda não foram aprovados pela ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) no Brasil”, destaca a médica oftalmológica da
CLOE, Fernanda Couto.
O procedimento com laser está em fase de testes clínicos e
ainda não se encontra disponível no mercado por motivos de segurança. A técnica
consiste em uma breve intervenção com laser, que não ultrapassa 20 segundos,
na camada de pigmento do estroma da íris, rompendo o pigmento que é absorvido
pelas células. Apesar da rapidez do laser, a coloração do olho não é alterada
no mesmo instante, pois o processo natural do corpo de remoção do pigmento leva
algumas semanas para a eliminação. Esse procedimento não é isento de
complicações, o pigmento da íris pode entupir canais de drenagem do olho, e
possivelmente aumentar a pressão intraocular e levar ao glaucoma.
A cirurgia com implante de uma lente intra-ocular colorida
que fica entre a córnea e a íris, inicialmente foi utilizada para
aplicação de lentes castanhas em pacientes albinos, já que estes apresentavam
queixas, especialmente fotofobia (sensibilidade à luz) impedindo uma vida
normal. “Porém, em alguns países e entre alguns grupos brasileiros, essa
técnica foi extrapolada para pacientes que querem por estética alterar a cor
dos olhos para verde ou azul”, alerta Fernanda. As principais complicações
dessa técnica é o aparecimento de glaucoma, catarata, inflamação ocular e
descompensação corneana que pode levar a uma baixa de acuidade visual
importante.
Segundo a médica, todas essas complicações necessitam retirar essa lente implantada e o glaucoma pode levar a cegueira definitiva, a catarata precisa de uma cirurgia para a sua correção e a descompensação corneana pode necessitar de um transplante de córnea.
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