Pesquisadora
explica que área que garante sigilo dos usuários é utilizada de forma criminosa
para venda de armas, negociação de drogas e pedofilia
O uso da Internet
tem crescido ao longo dos anos no Brasil. Segundo dados da Pesquisa Brasileira
de Mídia, realizada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República,
indica que 76% das pessoas acessam a rede mundial de computadores todos os
dias, com uma exposição média diária de 4 horas e 59 minutos de segunda à
sexta-feira e 4 horas e 24 minutos nos fins de semana.
De acordo com o
estudo, 67% dos internautas buscam informações, 38% utilizam para passar o
tempo e 24% em estudo e aprendizagem. Porém, o que a maioria dos usuários não
sabe é que há áreas sombrias da rede mundial de computadores, na qual é
garantido o sigilo das informações de quem são as que navegam nesta região,
explica a professora de Engenharia Elétrica e Computação, Pollyana Mustaro, da
Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Para ela, a deep
web constitui a parte da internet que pauta-se no anonimato, ou seja, não é
indexada pelos motores de busca, sendo que a proposta do software The Onion Router (TOR) é
promover a liberdade de expressão em diferentes âmbitos, dentre os quais se
destacam o jornalístico, o científico e o político.
Segundo a
especialista, neste cenário surgiram então as “darknets”, redes privadas para
compartilhamento de informações sigilosas criptografadas. “Contudo, esta
proposta também pode ser utilizada para contravenções e atividades ilegais como
terrorismo, pedofilia, experimentos humanos, contratação de assassinos de
aluguel, comércio de armas, compra de remédios e venda de dados de cartões de
crédito. Assim, ao mesmo tempo em que se propicia a livre expressão do
pensamento, também se estabelecem mecanismos para o funcionamento do crime organizado
digital, mas fica a questão, o que o usuário pode fazer para se proteger?”,
cogita.
A professora
Pollyana detalha que uma das medidas específicas em relação a cartões de
crédito, por exemplo, é atentar para o tipo de anexos que são enviados em e-mails,
pois podem conter arquivos maliciosos que possibilitam abrir portas no sistema
operacional para o monitoramento das atividades do usuário, permitindo capturar
o número do cartão e o código de segurança. Da mesma forma, também se deve
observar a certificação digital em sites de comércio eletrônico e atentar para
os casos em que se recebe, por exemplo, um telefonema da suposta operadora de
cartões para obtenção de informações por meio de engenharia social. Tais
práticas podem permitir a obtenção de dados que, posteriormente, sejam vendidos
e/ou veiculados nas “darknets” ou utilizados para outras finalidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário