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sexta-feira, 12 de abril de 2024

De quem é a América?

Meu filho tinha oito anos de idade quando veio me perguntar: “papai, por que os americanos dizem que só eles vivem na América?”. Ele havia visto um vídeo no Youtube que trazia uma conversa entre um menino brasileiro e sua contraparte estadunidense. Respondi rapidamente: “porque eles não estudam geografia direito, não sabem que o nome correto é América do Norte”. Naquele dia, essa resposta contentou meu filho, mas não a mim. Pensei no imenso número de crianças que devem ter feito essa mesma pergunta, e em todos os pais que não souberam o que responder.

Dependendo do que foi respondido, podemos validar uma determinada forma de se ver o mundo. O mundo através dos olhos dos outros. O mundo que ganhou nome pela boca dos outros. Explico: uma coisa existe antes mesmo de ter um nome para ela, claro, seria muita arrogância do primeiro homem na Terra dizer que inventou a flor, quando apenas foi capaz de balbuciar o termo “flor”. Precisamos de nomes pra nos comunicar, e eles surgem ao redor dos nossos próprios umbigos. Iremos organizar nossa linguagem de acordo com os nossos interesses.

O continente Americano já existia antes das caravelas, e as nações Maia, Asteca, Cherokee, Tupi já tinham linguagem e ciência extremamente desenvolvidas se comparadas aos portugueses com escorbuto (deficiência em vitamina C que leva a hemorragias e que era curada por poções dos xamãs, feita de casca de pinheiro-bravo, hoje chamado pela indústria farmacêutica de “picnogenol”). Alguns pais, hoje, reclamam do fato de nossas crianças não serem mais perguntadas por “quem descobriu o Brasil?”, e é importante estarmos atentos ao fato de que a educação caminha para uma nova visão de mundo.

Meu filho, outra feita, me disse que “o Brasil não foi descoberto, pai. Foram os portugueses que chegaram nele. O nome, antes, era Pindorama”. Fiquei surpreso e curioso. Nunca tinha ouvido falar em Pindorama, a não ser em uma música do grupo infantil “Palavra Cantada”. A verdade é que as novas gerações estão se guiando para um mundo menos eurocêntrico, menos colonialista. Afinal, as américas jamais foram um “Novo Mundo”, pois esta ideia só surgiu sob os olhos de quem vivia no “Velho Mundo”.

Daí a questão dos nomes, daí a questão desses nomes trazerem pontos de vista que são, na verdade, insidiosos e escondem estruturas culturais que querem nos colocar como inferiores ou superiores. Algo, em menor escala, como os apelidos que os valentões colocam nos alunos mais tímidos: ignorar seu nome de batismo e determinar que todos o chamem, a partir de um momento, pelo apelido, é uma forma de dominar e submeter.

 

Leonardo de Moraes - mestre em Direito do Estado, professor de Direitos Humanos e autor do romance Tia Beth, sobre as dores da violência no Brasil


Ônus trabalhistas: Saiba como e quando eles podem ser prevenidos na empresa

Sem um planejamento adequado, processos trabalhistas podem corroer o capital da sua empresa, explica o advogado empresarial Sérgio Vieira 

 

Os ônus trabalhistas são encargos que uma empresa deve arcar em relação aos seus funcionários, abrangendo diversos aspectos, como encargos sociais, benefícios, rescisões contratuais e eventuais litígios trabalhistas. 

 

Alguns desses gastos são fixos para a empresa, mas outros, como os vindos de processos trabalhistas, algo que é mais comum do que você imagina, podem afetar bastante o caixa da empresa, explica o advogado empresarial Sérgio Vieira.

 

Um bom planejamento empresarial ajuda a empresa a prevenir ônus trabalhistas e processos judiciais, o que traz economia e um melhor equilíbrio financeiro”.

 

Isso envolve estabelecer políticas claras de gestão de pessoas, garantir o cumprimento das leis trabalhistas, oferecer benefícios atrativos aos funcionários e manter uma comunicação transparente, entre outros”, explica.

 

A relação de um advogado e a redução de gastos com ônus trabalhistas


Uma figura fundamental para reduzir e prevenir alguns ônus trabalhistas de uma empresa é o advogado, ele ajuda a garantir que esses custos sejam os menores possíveis, sem perder a legitimidade legal e a saúde financeira da empresa, conta Sérgio Vieira.

 

A parceria com um advogado especializado em direito trabalhista permite à empresa reduzir gastos com ônus trabalhistas e prevenir processos nesses casos. Ele ajuda a garantir o cumprimento das leis trabalhistas, evitando processos judiciais e multas por irregularidades”.

 

Além disso, um advogado ajuda na elaboração de contratos de trabalho claros, o que é fundamental para evitar litígios futuros. Investir em consultoria jurídica preventiva é uma medida estratégica para evitar ‘surpresas financeiras’”, afirma Sérgio Vieira.

 

  

Sérgio Vieira - em junho de 1983 conclui o curso de Direito em 2006 na Universidade Salvador, formou sua carreira em um dos maiores escritórios de advocacia do país, possui experiência em direito empresarial, causas complexas e de alto valor agregado.


Governo de São Paulo amplia estrutura para combater fraudes e investigar crimes de trânsito

Delegacia de Investigações sobre Fraudes Decorrentes de Atividades de Trânsito será mantida pela Polícia Civil com apoio do Detran-SP


Na quarta-feira (10), o Governo de São Paulo inaugurou a 4ª Delegacia de Investigações sobre Fraudes Decorrentes de Atividades de Trânsito do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). A unidade, mantida pela Polícia Civil com apoio do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), tem como objetivo investigar fraudes documentais (em formato físico ou digital) ou biométricas decorrentes da execução, controle ou fiscalização das atividades de trânsito, que causam prejuízos à administração pública.

“O que a gente deseja para os doutores que trabalham nesta delegacia é só sucesso. Mas eu tenho a certeza absoluta que essa vai ser mais uma ferramenta de excelência para segurança da população no combate às fraudes”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

O trabalho policial é chefiado pelo delegado Giovanni Sesti Moschini, que possui um efetivo de 13 policiais civis. A unidade, criada por meio do decreto n° 68.216/23, atende um público estimado de mais de 20 milhões de pessoas de São Paulo e da região metropolitana. Também serão investigados crimes como o esquema ilegal de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), conhecido popularmente como “compra da carteira”. A unidade contará com o apoio do Detran-SP trabalhando no combate dos crimes de trânsito, com acessos mútuos aos sistemas e bancos de dados, rotinas de trabalho e apurações conjuntas. A força de trabalho no combate à corrupção no trânsito paulista será duplicada e, ao mesmo tempo, otimizada. 

"O trânsito, assim como a Segurança Pública, é a união de esforços de uma série de instituições que tem por finalidade o provimento de serviços de altíssima qualidade ao cidadão paulista e ao cidadão brasileiro. Essa estruturação nos trará novas perspectivas sobre o combate a desvios que impedem que o cidadão paulista tenha o melhor provimento de serviços possível e o melhor atendimento. E, isso tudo, demonstra o empenho do secretário Derrite e o empenho do governador Tarcísio, no sentido de reformular a atenção ao cidadão paulista, reformular a forma de provimento de serviços e as entregas de qualidade e segurança", diz Eduardo Aggio, diretor-presidente do Detran-SP. 

Segundo a Polícia Civil, o trabalho de inteligência policial permite a compilação dos dados necessários para a identificação e detenção de quadrilhas, tornando o combate ao crime mais efetivo.  

“Hoje é um dia muito importante, pois a Polícia Civil reassume seu lugar de destaque, reprimindo, através das investigações, delitos relacionados às atividades de trânsito, propiciando aperfeiçoamento no trato do banco de dados dos veículos e condutores e contribuindo para segurança viária em São Paulo”, comentou o delegado-geral, Artur Dian.


Saúde mental e propósito de vida: uma conexão vital

A saúde mental é um aspecto fundamental do bem-estar humano, influenciando diretamente a qualidade de vida e capacidade de enfrentar os desafios do dia a dia. Por outro lado, o propósito de vida representa uma bússola interna que guia as ações e dá um senso de significado e direção. Embora possam parecer conceitos distintos, a relação entre saúde mental e propósito de vida é profunda e interconectada. 


A Importância da saúde mental


A saúde mental abrange o estado emocional, psicológico e social. Envolve a capacidade de lidar com o estresse, ter relacionamentos saudáveis, tomar decisões assertivas e enfrentar os desafios com coragem. Uma mente equilibrada proporciona emoções positivas e autoestima elevada.

No entanto, a saúde mental pode ser afetada por uma variedade de fatores como: estresse, traumas, relacionamento tóxicos, desequilíbrios químicos, levando a depressão e ansiedade.


O significado do propósito de vida


O propósito de vida é a essência que dá significado à existência. Envolve descobrir porque nascemos sendo um guia para as escolhas e ações, obtendo realização e satisfação.

Quando estamos alinhados ao nosso propósito nos conectamos com o mundo ao nosso redor. Mesmo diante de desafios e adversidades passamos a tê-lo como âncora emocional motivando a continuar avançando com esperança.


A interconexão entre saúde mental e propósito de vida


A saúde mental e o propósito de vida estão interligados. Portanto, descobrir e viver o propósito fortalece a saúde mental de várias maneiras:

  1. Senso de Significado: Ajuda a encontrar o significado das experiências. Isso aumenta a resiliência emocional e nos ajuda a enfrentar adversidades com mais facilidade;
  1. Autoestima e Confiança: Viver de acordo com o propósito, demonstramos respeito aos princípios e valores que nos rege, tendo a certeza que estamos no caminho certo;
  1. Redução do Estresse: Com o propósito claro priorizar-se energia e recursos, reduz o estresse associado à incerteza e à falta de direção da vida;
  1. Conexão Social: O propósito de vida leva a buscar conexões significativas, relacionamentos fortes que fazem sentido gerando bem-estar emocional.

A saúde mental e o propósito de vida são fatores essenciais do bem-estar humano. Ao reconhecer essa interligação, podemos cultivar uma vida mais fortalecida, equilibrada e gratificante. Por isso, em meu livro: Propósito ou Missão? Eis a questão, ajudo as pessoas descobrirem o seu sentido de viver. 



Michele Lopes - Mentora especialista em desenvolvimento humano, profissional e empresarial e autora do livro “Propósito ou Missão? Eis a questão” (Literare Books International). Instagram: @dramichelelopes_oficial


Uma mudança histórica na previdência complementar

Os novos participantes dos fundos de pensão passaram a contar, desde o dia 1º. de março, com maior flexibilidade e benefícios para programar uma aposentadoria com melhor qualidade de vida. É que a partir daquela data começou a vigorar uma resolução (CNPC/MPS no. 60) que significa a introdução da inscrição automática dos trabalhadores nos planos de previdência complementar.

As previsões da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar) são de que a medida implicará a entrada de aproximadamente 500 mil novos participantes no sistema a médio prazo. Mas para além dos números, a resolução significa uma mudança histórica, há muito tempo defendida por diversos setores do mercado, que trará benefícios não apenas para os participantes, mas também para os fundos de pensão e para a economia brasileira como um todo.

A inscrição automática nos planos de benefícios é uma prática adotada em diversos países e tem se mostrado eficaz para o crescimento e aprimoramento da previdência complementar. Ela oferece aos trabalhadores uma oportunidade de garantir uma aposentadoria mais tranquila e segura, ao mesmo tempo em que impulsiona os investimentos de longo prazo, tão necessários para o desenvolvimento econômico do país.

É importante destacar que a nova resolução preserva a liberdade de escolha do participante. Ele terá até 120 dias para se manifestar sobre a inscrição automática e, em caso de desistência, terá direito à restituição integral das contribuições. Essa transparência e flexibilidade são fundamentais para garantir a adesão voluntária e consciente dos trabalhadores ao sistema de previdência complementar.

Além disso, a resolução estabelece que o patrocinador deve garantir uma contrapartida mínima de 20% do montante para o custeio do plano, garantindo vantagens ao participante. Essa medida visa assegurar uma maior equidade e justiça no sistema, garantindo que os benefícios sejam acessíveis a todos os trabalhadores, independentemente de sua situação financeira.

Outro aspecto positivo da nova resolução é a possibilidade de aplicação da inscrição automática para os servidores públicos, especialmente aqueles sujeitos ao limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. A medida amplia o alcance e a abrangência do sistema de previdência complementar, beneficiando um número maior de trabalhadores.

Essas mudanças representam um avanço significativo no fortalecimento e na democratização da previdência complementar no Brasil. É louvável o esforço do governo federal, em parceria com sociedade civil, para incentivar e aprimorar o sistema, visando garantir uma aposentadoria melhor para todos os brasileiros.

No entanto, é importante que essas medidas sejam acompanhadas de políticas de educação financeira e previdenciária, para que os trabalhadores possam tomar decisões informadas e conscientes sobre seu futuro financeiro. Afinal, a previdência complementar deve ser um instrumento de proteção e segurança para todos, contribuindo para a construção de um futuro mais próspero e sustentável para o Brasil. 



Jarbas Antonio de Biagi - Diretor Presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar)


O Relógio do Destino: Desafios Globais e o Papel da Humanidade

Constantemente ecoam notícias que estamos próximos do “fim do mundo” ou mais precisamente do fim da humanidade. As notícias costumam vir baseadas em diversas fontes: temos o “relógio do fim do mundo” que está a apenas 90 segundos da hora fatal, profecias de todos os cantos, videntes anunciando o apocalipse, e análises mais, digamos, científicas prevendo a destruição total, caso a humanidade não mude alguns de seus hábitos atuais.   Causas aparentemente lógicas para isso não faltam, vejamos:

 -  Os eventos naturais extremos devido a mudança climática é uma realidade no planeta como um todo, chuvas torrenciais, secas sem precedentes, derretimento de geleiras, desaparecimento de lagos e rios, ameaças de inundação total em países insulares. 

- Uma corrida armamentista em praticamente todos as maiores economias do mundo mais desenvolvido devido as guerras que estamos assistindo na Europa, Oriente Médio, a constante instabilidade política de muitos países africanos, e os focos de tensão gerados em países como Coreia do Norte; China / Taiwan, Venezuela / Guiana. A ameaça de um conflito armado degenerar para um conflito nuclear cujas consequências seriam devastadoras não parece ser uma ficção. 

- Por último, mas não menos importante, está o que chamamos de uma crise imigratória. Seja por motivos econômicos, políticos, religiosos, étnicos ou qualquer outro, sem dúvida é um foco constante de tensões que muitas vezes degeneram em conflitos sangrentos. 

Mas será que o caminho da humanidade será o da extinção? Devemos recordar que em seus bilhões de anos de existência o planeta Terra já passou por 5 eras de extinção total, o que significa que pelo menos 85% de toda a vida na Terra foi extinta. Nestas 5 eras de extinção o homo sapiens ainda não havia surgido. E nenhum ser até então tinha a capacidade cognitiva que tem o ser humano. Ou seja, dentro de nossa limitação, pois ainda não conseguimos controlar a natureza, podemos pelo menos atenuar os seus efeitos nocivos ao planeta e a nossa existência. A pergunta é queremos realmente trabalhar, para atrasar o relógio do fim do mundo? 

Infelizmente parece que não, ou estou sendo muito pessimista. Por exemplo, praticamos realmente um consumo responsável? Reduzimos a utilização dos componentes fósseis, comprovadamente prejudiciais ao clima do planeta? Ajudamos a reduzir os resíduos, orgânicos e inorgânicos, em meu consumo diário? Quais são as reais manifestações pacifistas no mundo atual? Contribuímos com uma cultura de paz, ou disseminamos o ódio? Os organismos multinacionais, por exemplo ONU, têm a capacidade ou a autoridade de impedir uma guerra? 

Mas, sendo otimista, mesmo que pareça utópico, creio que a solução está na humanidade, pois o ser humano é a única espécie viva no planeta que tem a capacidade de raciocinar e agir para, pelo menos, tentar evitar o caos. A pergunta novamente é: a humanidade quer se unir de fato, e salvar o planeta ou continuar a expor nossas conhecidas características, tais como:  arrogância, soberba, prepotência, egocentrismo e continuar indiferente, pensando apenas em si e não na coletividade? 

Não me atrevo a prever o futuro, apenas penso que temos o poder de torná-lo melhor do que se apresenta hoje, depende apenas de nós, do nosso comportamento e de nossas atitudes perante a sociedade e seus problemas.

 

Celso Luiz Tracco - economista, teólogo e escritor. Autor dos livros “O Jogo Não Acabou”, “Vencendo Relacionamentos” e “As Margens do Rio Ipiranga”. Graduado em economia pela Universidade de São Paulo (1974), foi executivo de marketing, vendas e publicidade em várias empresas nacionais e multinacionais. Também é graduado em Teologia pela Faculdade de Teologia N. S. da Assunção - PUC SP – 2011 e mestre em Teologia Sistemática – área de pesquisa: História da Igreja, 2014. É professor voluntário em cursos de teologia pastoral, professor voluntário COGEAE - PUC SP, professor em cursos de extensão, e professor da graduação em teologia, da UNISAL.


Rápido, seguro e eficiente: Transferência Digital de Veículos (TDV) ganha as ruas em campanha do Detran-SP


 Passo a passo explicativo da funcionalidade lançada na primeira quinzena de março visa tirar dúvidas sobre o serviço 


O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) apresenta aos cidadãos paulistas um passo a passo da Transferência Digital de Veículos (TDV), primeira completamente digital do Brasil, disponível pelo aplicativo Poupatempo SP.GOV.BR, para Android e IOS. "Rápido, seguro e eficiente. Tudo pelo seu celular" é o mote da campanha que vai desmistificar o processo e destacar os benefícios dessa nova maneira de transferir veículos. 

O conceito da campanha, desenvolvido pela agência Babel-Azza, é ilustrado pelos personagens João e Helena, que demonstram como é simples e eficiente realizar a transferência digital de veículos em apenas cinco minutos, direto pelo celular e pagando a taxa via pix sem sair do aplicativo.

A campanha, que estará presente em diversas mídias até o final de abril, inclui filme, spots, anúncios em revistas, banners eletrônicos para redes sociais, além de peças publicitárias em relógios de rua e pontos de ônibus. No endereço eletrônico https://transferenciadigital.detran.sp.gov.br/, os cidadãos podem tirar dúvidas sobre o serviço. 

A TDV é mais uma etapa no processo de transformação digital do Detran-SP, alinhado à sua missão de oferecer serviços cada vez mais eficientes à população. Esta iniciativa, desenvolvida em parceria com a Prodesp e coordenada pela Secretaria de Gestão e Governo Digital (SGGD), faz parte de um conjunto de medidas que visam modernizar e simplificar os procedimentos relacionados ao trânsito. 

A transferência digital de veículos elimina a burocracia e os prazos longos, permitindo que o processo seja concluído em cerca de cinco minutos, eliminando a necessidade de ir ao cartório, pois a autenticidade digital dispensa o reconhecimento de assinaturas. Além disso, o pagamento da taxa de transferência e de débitos pendentes pode ser via PIX, sem sair do aplicativo, garantindo segurança e praticidade aos envolvidos. 

Com a TDV, São Paulo se tornou o primeiro estado brasileiro a oferecer um processo de transferência de veículos totalmente eletrônico, facilitando a vida de vendedores e compradores.  

A oferta da transferência digital de propriedade de veículos colabora com a despapelização da autarquia, ou seja, a diminuição do uso de papel, até que ele possa ser praticamente eliminado em todos os procedimentos do Detran-SP, que devem acontecer de forma digital. A Transformação Digital partiu da adesão do Detran-SP ao Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), para o pagamento de multas com desconto e a indicação do real condutor de forma eletrônica, a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), ainda em 2023, e neste ano,  do talonário eletrônico de multas.

 

Passo a passo

Veja o passo a passo para realizar a transferência digital de veículos no Estado:

  • O proprietário do veículo e o comprador precisam ter selo prata ou ouro no sistema Gov.Br., além de ter o aplicativo em seu smartphone (iOS e Android). Saiba mais sobre os níveis da conta Gov.Br aqui, além de informações sobre como chegar nos selos mencionados
  • Baixe  o aplicativo do Poupatempo Digital, disponível para iOS e Android (tanto o vendedor quanto o comprador “pessoa física”)
  • O veículo deve ter o CRVe digital, emitido para modelos a partir de janeiro de 2021, ou convertido do papel para o formato digital no caso dos fabricados anteriormente;
  • O proprietário deve ter feito previamente a vistoria de identificação veicular aprovada por empresa credenciada de vistoria, há no máximo 60 dias. No site do Detran-SP é possível encontrar as empresas credenciadas para a vistoria;
  • Procedimento a ser realizado no aplicativo, na aba Transferir Propriedade de Veículo, após checar se vendedor e comprador já possuem os pré-requisitos descritos acima, o aplicativo irá checar automaticamente os seguintes itens:
  • > CRVe Digital
  • > Atestado de inspeção veicular em empresa credenciada
  • > Registro de intenção de venda/compra do veículo realizado pelo vendedor e comprador

·         Processo finalizado em cinco minutos.


Eleições 2024

 Defensor Público cobra de candidatos projetos de inclusão voltados às pessoas com deficiência 

 

Em outubro teremos eleições para a escolha de prefeitos e vereadores. Será que nas plataformas de campanha e planos de governo, os candidatos têm programas voltados à maior inclusão das pessoas com deficiência? No caso dos candidatos a vereador, eles pretendem criar projetos para beneficiar esta grande parcela da população? No caso dos postulantes às prefeituras, têm a intenção de colocar em prática ações e políticas públicas que promovam a real acessibilidade e autonomia no dia a dia das cidades? 

As políticas públicas, ao estabelecerem ações e metas, têm como diretriz atuar no combate a qualquer desigualdade ou exclusão feita com o propósito de impedir ou impossibilitar o desfrute dos direitos dos cidadãos, em igualdade de condições, valorizando e estimulando as escolhas de cada indivíduo. 

Esse tema precisa estar presente na pauta dos políticos, pois quase 19 milhões de brasileiros com 2 anos ou mais possuem algum tipo de deficiência, o que representa 8,9% da população do país, de acordo com o Censo 2022 do IBGE. E dentre esses, 47,2% possuem 60 anos ou mais, o que equivale a aproximadamente 8,8 milhões de pessoas. 

O Defensor Público Federal André Naves, que é também escritor e especialista em Direitos Humanos e Inclusão Social, faz um alerta aos candidatos. "Pertencer a uma comunidade e estar incluído socialmente é um direito de todas as pessoas. Os gestores, junto com o Legislativo, precisam trabalhar cada vez mais por políticas públicas inclusivas e fáceis de serem adotadas". 

André Naves, que atua na Defensoria Pública da União em São Paulo (DPUSP), convoca os futuros governantes e legisladores a promoverem com urgência mais incentivos nas áreas dos transportes, educação, trabalho, moradia, saúde, esporte e cultura que, ainda que já tenham sido objetos da Lei Brasileira de Inclusão, de dispositivos constitucionais e tratados internacionais, dependem ainda de novas práticas e posturas públicas e privadas. 

"É preciso privilegiar o planejamento de longo prazo na criação de centros de excelência inclusivos. Essas novas posturas políticas podem ser exploradas, por exemplo, em um eventual Protocolo Plurianual de Inclusão, com metas e prazos para o equacionamento de questões que se apresentam como barreiras à livre inclusão social dos vulneráveis em geral, e das pessoas com deficiência em especial. Temáticas como a do transporte especializado, garantia de acesso a remédios de alto custo e moradias inclusivas, entre outras, deveriam ter resoluções definidas politicamente nesse planejamento", concluiu. 

Naves destaca os pontos que considera essenciais a serem tratados pelos candidatos às eleições 2024:
 

1 - Fortalecimento do SUS, em especial quanto à garantia de terapias inclusivas e ao fornecimento de medicamentos de alto custo e de uso contínuo;

2 - Favorecimento ao empreendedorismo de pessoas com deficiência;

3 - Projetos e ações que promovam a verdadeira inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas de ensino regular;

4 - Melhoria da acessibilidade dos modais de transporte público e infraestrutura urbana;

5 – Maior apoio ao desenvolvimento de práticas esportivas inclusivas;

6 - Favorecimento ao protagonismo de pessoas com deficiência na participação em atividades culturais;

7 - Fomento à pesquisa científica que vise à inclusão;

8 – Maior incentivo às entidades da sociedade civil que trabalham para a melhoria de vida das pessoas com deficiência;

9 - Incentivo ao trabalho e emprego das pessoas com deficiência;

10 – Uso da tecnologia em favor da inclusão em todos os campos: saúde, educação, trabalho, etc.

 

quinta-feira, 11 de abril de 2024

11 de Abril: Um dia para a conscientização sobre a Doença de Parkinson em idosos

 Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) reforça que a doença não tem cura e que cuidados individualizados devem ser prescritos

 

11 de abril: Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson (DP), uma data que busca dar voz a milhões de pessoas afetadas por essa condição neurológica em todo o mundo. A doença é a principal causa de parkinsonismo e é fortemente associada ao processo de envelhecimento, acometendo homens e mulheres com idade superior a 50 anos e com a prevalência aumentando conforme o avançar da idade. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial com idade superior a 60 anos possuem a doença. No Brasil, estudos mostram uma prevalência de 1,5% a 3,0% das pessoas acima de 65 anos; estima-se que pelo menos 300 mil pessoas tenham a DP em nosso país. 

Os principais sinais da Doença de Parkinson são bradicinesia (dificuldade em iniciar e lentificação dos movimentos), tremor em repouso e rigidez. A Dra. Maira Tonidandel Barbosa, médica geriatra titulada pela SBGG, comenta a dificuldade do diagnóstico da enfermidade: “sua identificação pode não ser fácil em idosos, pois várias doenças neurodegenerativas e não neurodegenerativas podem cursar com sintomas e sinais de Parkinsonismo. A eficácia diagnóstica está diretamente relacionada à história clínica detalhada, ao exame físico e à identificação dos sinais cardinais motores, bem como de outros sintomas não-motores que podem estar associados, como alterações do sono, depressão, alterações do olfato e constipação intestinal”. Outras doenças clínicas e neurológicas devem ser excluídas também por exames complementares. 

Além disso, a Dra. Maira afirma que não há nenhuma intervenção medicamentosa ou cirúrgica que seja curativa ou que previne a progressão da doença. “O tratamento da Doença de Parkinson visa o controle dos sintomas, deve ser individualizado, e pode envolver a necessidade de uma equipe multidisciplinar de acordo com as manifestações e prioridades para cada fase da doença (neurologista, geriatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, terapeuta ocupacional, educador físico). O objetivo é manter o paciente o maior tempo possível com autonomia, independência funcional e equilíbrio psicológico”, acrescenta. 

Por fim, a geriatra destaca alguns cuidados que os ciclos sociais das pessoas acometidas com a doença devem ter: “Manter os pacientes, familiares e cuidadores informados sobre o diagnóstico, a evolução da doença e as formas de tratamentos não farmacológicos e farmacológicos permitem uma atitude positiva, melhor suporte e gerenciamento dos cuidados, sempre com decisões compartilhadas.”

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG

 

Dia Internacional do Beijo: o impacto do gesto na saúde e bem-estar

Infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz aconselha sobre a importância do autocuidado para um Dia do Beijo seguro e saudável

 

No Dia Internacional do Beijo, celebrado no próximo sábado (13), é importante lembrar desse gesto não só como uma demonstração de amor e carinho, mas também em relação às questões de saúde. Portanto, destacamos a relevância do beijo para o bem-estar com um olhar para a prevenção, uma vez que a preocupação com infecções ainda é uma realidade. 

Segundo estudo apresentado em 2009 no AAAS (Annual Meeting of the American Association for the Advancement of Science), beijar não é apenas um ato de afeto, mas um forte estimulante para a liberação de neurotransmissores, incluindo dopamina e serotonina, responsáveis pela sensação de alegria e satisfação, ou seja, o ato do beijo se destaca não apenas pela diversidade de interpretações que carrega, mas também pela complexidade biológica que o acompanha. 

No momento em que o beijo ganha destaque como um ato de conexão entre as pessoas, conscientizar sobre os cuidados com a saúde assume um papel crucial. O Dr. Ivan França, infectologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, alerta para os riscos associados à transmissão de infecções, especialmente em um cenário pós-pandemia. "O beijo pode ser veículo de transmissão para uma variedade de patógenos, incluindo vírus, fungos e bactérias. É essencial manter práticas de higiene e estar atento à saúde não só individual, mas também do outro," aconselha. 

O médico salienta que a adoção de medidas preventivas, incluindo higiene oral, vacinação, e conscientização sobre as doenças transmissíveis, além de contribuir para intimidade da relação, também atua como um escudo contra a propagação de infecções. "Manter uma boa higiene oral e estar atualizado com as vacinas não só certifica uma interação mais segura, mas também reduz o risco de transmissão de agentes patogênicos possivelmente presentes na boca, como mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como doença do beijo, herpes simples, candidíase oral (ou sapinho), HPV, SARS-CoV-2 e bactérias que causam doenças como a gengivite," ressalta. 

O infectologista também enfatiza sobre a importância de observar cuidadosamente os sinais, como os possíveis sintomas de infecções nos parceiros. "Manifestações como coriza, febre, lesões na boca ou sintomas gripais são alertas de que talvez não seja apropriado compartilhar um beijo," adverte. Esse tipo de cuidado não é apenas uma medida de autoproteção, mas também uma demonstração de carinho pela saúde do parceiro. 

Além disso, consultar regularmente médicos e especialistas para realização de avaliações e consulta sobre vacinação são cruciais na prevenção da saúde geral. O Dr. Ivan França aponta que "uma boa saúde não é apenas questão de cuidado pessoal, mas um elemento fundamental para um sistema imunológico forte, capaz de combater infecções e manter um equilíbrio saudável." 

Ao seguir essas orientações, é possível aproveitar não só os aspectos emocionais e físicos de um beijo, mas também contribuir para uma sociedade mais saudável e consciente.



Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Dia do Beijo: quatro sinais de herpes labial que você deve ficar de olho

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Problema não é indício de má higiene bucal e pode aparecer devido a queda na imunidade ou estresse


O Dia Internacional do Beijo é comemorado no dia 13 de abril, mas antes de sair celebrando a data com qualquer pessoa, é preciso ter cautela. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 65% da população com menos de 50 anos é portadora de herpes labial, que pode ser facilmente identificada por pequenas bolhas, vermelhidão na região e transmitida através do beijo e compartilhamento de objetos, como copos e talheres.

O causador do problema na região bucal é o vírus Herpes simplex. A maioria das pessoas entra em contato com ele ainda durante a infância e, em boa parte dos casos, fica inativo ao longo de toda a vida do paciente. Ou seja: você não apresenta qualquer tipo de sintoma.

“Algumas pessoas podem desenvolver sintomas em momentos específicos, como durante quedas de imunidade ou períodos de muito estresse. Por isso, a herpes não é um sinal de má higiene bucal”, alerta o cirurgião dentista Paulo Zahr, presidente do Grupo OdontoCompany, que listou os quatro principais sinais para identificar e tratar o problema de forma simples:

  • Vermelhidão nos lábios

A vermelhidão nos lábios é um dos primeiros sintomas relacionados com a herpes labial. 

  • Rachadura nos lábios

Outro sinal bem característico é a presença de rachaduras, causadas pela sensibilidade na região.

  • Coceira e ardência

Vermelhidão e rachaduras são o combo perfeito para o surgimento de dor, coceira e ardência. No entanto, esses sinais são bem inespecíficos e devem ser avaliados

  • Feridas e bolhas

Por fim, outro sintoma muito comum (e possivelmente o mais conhecido) da herpes labial diz respeito às feridas e bolhas formadas nos lábios, normalmente nos cantinhos. Ao contrário da afta, é bem improvável que elas apareçam do lado de dentro da boca.


O que fazer quando a herpes aparece?

“Caso você apresente algum desses sintomas, o ideal é buscar o apoio de um profissional da odontologia. Para isso, não deixe de escolher um dentista qualificado e que possa te ajudar. Ele poderá prescrever o tratamento adequado para cada paciente”, explica o presidente do Grupo OdontoCompany.

O dentista também alerta para não deixar de cuidar da higiene bucal até o dia da consulta. Outra dica é evitar o compartilhamento de objetos, como copos e talheres, com pessoas que moram na mesma casa.

Os sintomas da herpes labial podem aparecer e deixar as pessoas com desconforto e dor. Então, não deixe de tratar o problema e caso note algum desses sinais, converse com o seu dentista de confiança. 

 

OdontoCompany


No Mês de Conscientização da Amputação destaca-se a importância da prevenção de úlceras e pé diabético

Estima-se que até 50% das amputações podem ser evitadas por meio de identificação e agilidade no diagnóstico

 

No Mês de Conscientização da Amputação, a Campanha Abril Laranja é fundamental para alertar a população sobre a importância da prevenção e o controle das úlceras e o pé diabético. A prevalência de pessoas com esta condição vem crescendo progressivamente ao longo dos anos devido ao aumento mundial de casos de diabetes melittus (DM). O termo pé diabético abrange uma série de alterações e complicações que afetam a saúde dos pacientes diabéticos. Compreender adequadamente esta condição é fundamental para diminuir os casos da doença e, consequentemente, evitar a amputação do membro.

O angiologista, cirurgião vascular e diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Akash Kuzhiparambil Prakasan, explica que as mudanças metabólicas podem resultar em danos nos nervos e nos vasos sanguíneos, levando à perda de sensibilidade nos pés. Isso, por sua vez, pode causar atrofia nos músculos intrínsecos, resultando em deformidades que aumentam o risco de desenvolver calosidades e feridas. Em casos mais graves, dependendo do comprometimento tecidual e de outros fatores associados ao paciente, tais complicações podem levar à necessidade de intervenções cirúrgicas, amputações e, em situações extremas, até mesmo à morte do paciente. “É uma doença extremamente prevalente em nosso meio e que causa cerca de uma mutilação a cada 30 segundos no mundo. São números gritantes que chamam para uma ação imediata deste problema de saúde pública”, declara o especialista.

Ainda segundo o cirurgião vascular, os problemas nos pés são responsáveis por mais internações hospitalares do que quaisquer outras complicações em pacientes com diabetes. Estima-se que ao longo da vida, aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvam úlceras. Dessas úlceras, em torno de 20%* levarão a amputações, que podem ser maiores (acima do tornozelo) ou menores (abaixo do tornozelo). “Alarmantemente, 10%* desses pacientes não sobrevivem ao primeiro ano após o diagnóstico da ferida no pé. Isso destaca a urgente necessidade de uma atenção especial a esses pacientes, com o objetivo de reduzir ao máximo essas complicações.

A compreensão das causas desses problemas permite o reconhecimento precoce de pacientes com alto risco. Foi demonstrado que até 50% das amputações e úlceras nos pés do diabético devem ser evitadas por meio de identificação, agilidade no diagnóstico e educação eficaz”, afirma Dr. Akash -  *link.

As diretrizes médicas, tanto nacionais quanto internacionais, estão apoiadas em vasta literatura da medicina e atuam nas diversas etapas, desde a prevenção até a abordagem cirúrgica, seja com a limpeza das feridas, com a necessidade de amputações menores e maiores, até a correção da deformidade que leva à ulceração do pé. O Dr. Akash reforça que o acompanhamento multidisciplinar, com participação e envolvimento de algumas áreas e profissionais da saúde, é de extrema importância.

Estudos envolvendo pacientes com úlcera no pé cicatrizado mostram que sinais precoces de lesões na pele, como calos abundantes, bolhas ou hemorragia, estão entre os prognósticos mais fortes de recorrência. Se estas lesões pré-ulcerativas forem identificadas em tempo hábil, é provável que a cura delas previna muitas recidivas. Fatores biomecânicos, como as pressões a que o pé descalço é submetido, no calçado e o nível de adesão ao uso de calçados prescritos também são importantes na recorrência de úlceras na superfície plantar do pé́.  Como esses motivos biomecânicos são alteráveis, o cuidado adequado tem papel importante na prevenção.

Existem várias medidas que podem ajudar a proteger o paciente. O primeiro passo é controlar o diabetes de forma adequada. Além disso, é essencial tomar precauções para prevenir lesões nos pés. Isso inclui manter as unhas adequadamente cortadas, tratar qualquer infecção fúngica entre os dedos (como a micose interdigital, que pode aumentar o risco de infecções), manter a pele dos pés hidratada, escolher calçados apropriados e optar por meias feitas de algodão ou materiais que permitam uma boa ventilação, reduzindo assim a umidade nos pés. A recomendação é evitar o uso de meias apertadas ou com costuras internas que possam causar atrito e lesões na pele. As consultas regulares aos profissionais de saúde, para que possam identificar alterações precoces, são fundamentais.

“A maioria das pessoas tem algum familiar ou amigo que possui diabetes. Se não prestarmos atenção e não fornecermos orientações adequadas, essas pessoas correm o risco de ter sua qualidade de vida significativamente comprometida devido às complicações decorrentes do diabetes. É fundamental oferecer suporte e gerenciar para garantir uma melhor saúde e bem-estar para aqueles que convivem com a doença”, enfatiza o médico.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram). 



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


Deixe de lado os tabus: desvendando os mitos e verdades sobre a endometriose

 Muitas incertezas ainda afetam as mulheres diante do assunto; especialista esclarece o que é verdade


A endometriose é uma condição médica complexa que afeta uma em cada dez mulheres no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela é caracterizada pela presença anormal de um tecido semelhante ao endométrio, que reveste a camada interna do útero, fora do órgão. Costuma ter um impacto significativo na qualidade de vida feminina e é reconhecida como questão de saúde pública. 

“A endometriose pode gerar uma variedade de sintomas debilitantes, incluindo dor pélvica, dismenorreia, dor durante o sexo e até mesmo infertilidade. O diagnóstico muitas vezes é desafiador, e o tratamento varia conforme a gravidade dos sintomas e os objetivos reprodutivos da paciente”, comenta o Dr. Patrick Bellelis, especialista em endometriose e colaborador do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. 

Por sua complexidade, circulam muitas informações equivocadas sobre o assunto. Pensando nisso, o especialista esclarece os mitos e verdades a respeito da condição. Confira:

 

Não tem cura definitiva

Verdade. Embora não haja uma cura definitiva para a endometriose, existem opções de tratamento disponíveis para ajudar a gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas. As opções incluem medicamentos para alívio da dor, terapia hormonal e cirurgia para remover o tecido endometrial ectópico.

 

Apenas mulheres mais velhas são afetadas

Mito. Embora seja mais comum em mulheres em idade reprodutiva, a endometriose pode afetar pessoas de todas as idades, incluindo adolescentes e mulheres na pós-menopausa. O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de histórico médico detalhado, exame físico e de imagem, como ultrassonografia ou ressonância magnética.

 

Aumenta riscos de infertilidade

Verdade. A inflamação crônica, as alterações hormonais e a disfunção imunológica causadas pela endometriose aumentam os riscos de infertilidade na mulher. Esses processos podem afetar a qualidade dos óvulos e do esperma, bem como a capacidade do embrião de se implantar no útero. Mas, apesar de 40% das pacientes com endometriose enfrentarem infertilidade, as demais (60%) conseguem engravidar sem maiores problemas, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).

 

Endometriose é só uma dor menstrual normal

Mito. A dor associada à endometriose pode ser intensa e persistente, afetando negativamente a qualidade de vida das pessoas que convivem com a condição. Por muitas vezes, pode ser normalizada tanto pela paciente quanto pelos médicos e pela sociedade, tornando-se um dos principais obstáculos para o diagnóstico precoce. Em muitos casos, a dor não se limita apenas ao período menstrual, mas pode ocorrer em qualquer momento do ciclo. Além disso, consegue ser tão debilitante a ponto de interferir nas atividades diárias, como trabalho, estudo e relacionamentos interpessoais.

 

O diagnóstico é difícil

Verdade. Outra verdade é que a endometriose é difícil de diagnosticar, porque os seus sintomas podem ser confundidos com outras condições ginecológicas, como a síndrome do intestino irritável ou cistos ovarianos. Muitas mulheres sofrem por anos sem um diagnóstico preciso, o que pode levar a um atraso no tratamento e no manejo adequado da condição. Além disso, a dificuldade em obter exames específicos também contribui para esse cenário desafiador.

 

É uma condição rara

Mito. Apesar de ser subdiagnosticada, a endometriose não é uma condição rara, afetando aproximadamente 190 milhões de mulheres em todo o mundo e 7 milhões somente no Brasil, segundo a OMS.

 

Clínica Bellelis - Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. 

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