Pesquisar no Blog

sábado, 4 de março de 2023

10 de março é Dia Mundial do Rim - doença silenciosa afeta mais de 10 milhões de brasileiros

Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal, mas as técnicas endovasculares melhoram qualidade de vida desses pacientes

 

A doença renal crônica é um importante problema de saúde pública que afeta milhares de pacientes em todo o país. Caracterizada pela perda progressiva e irreversível da função dos rins, a doença requer, como parte do tratamento a hemodiálise. 

O procedimento consiste na colocação de um acesso venoso em local de fluxo sanguíneo elevado. O sangue é então depurado em uma máquina e devolvido ao corpo. O tempo e a quantidade de sessões por semana dependem do estadiamento da doença renal crônica. 

A doença renal crônica é mais frequente em pacientes hipertensos, diabéticos, que usam anti-inflamatórios não hormonais indiscriminadamente ou com histórico familiar de insuficiência renal. 

O uso de cateter como acesso venoso é o mais comum, mas também o que apresenta mais problemas. Estudo conduzido por profissionais de enfermagem, publicado na Revista da Escola de Enfermagem da USP¹, apontou que 100% dos eventos adversos relacionados à hemodiálise são de cateter obstruído por coágulo sanguíneo. As complicações envolvendo o cateter podem ser graves e prejudicar o tratamento do paciente. 

Outro problema frequente é a retirada acidental da agulha do acesso venoso, que pode causar até a morte do paciente. Levando-se em conta que, segundo a OMS, há 133 mil pessoas no mundo que precisam de diálise -- aumento de 33% em 10 anos -- e esse número deve triplicar até 2030, é preciso buscar formas de melhorar a via de acesso do tratamento. 

Segundo o cirurgião vascular Dr. Caio Focássio, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular da capital paulista, isso é possível por meio de uma técnica endovascular que pode aumentar a expectativa e a qualidade de vida do paciente. 

“É uma técnica em cortes, sem fissura, que mantém a fístola, que é o nosso acesso, ativa”, explica. 

Dr. Caio conta que a cirurgia endovascular conecta a veia e a artéria, construindo a fístola com a própria veia ou com uma prótese, geralmente no braço do paciente. “Em dois anos a fístola pode fechar, mas há técnicas para mantê-la aberta por mais tempo”, diz o médico. 

“Com as técnicas endovasculares, é possível triplicar a vida útil, assistindo esse acesso periodicamente e mantendo a fístola ativa com consultas regulares ao médico vascular”, conclui Dr. Caio.

 

FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten -- Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.
drcaiofocassiovascular


Saúde da Mulher: Conheça as 5 principais fases ao longo da vida

São várias as mudanças que ocorrem no corpo das mulheres ao longo das diferentes fases da vida. E compreender todo o processo de envelhecimento, pode ajudar a ajustar a sua rotina de bem-estar para manter seu corpo e mente funcionando ao máximo.

 

O mês de março é voltado às mais diversas reflexões envolvendo o Dia Internacional da Mulher. E na área da saúde, não é diferente. São várias as mudanças que ocorrem no corpo das mulheres ao longo das diferentes fases da vida. Para conhecer mais sobre as necessidades de cada fase, a nutricionista da Vitamine-se, Carol Tavares apresenta dicas importantes. 

“É fundamental compreender o processo de envelhecimento e as necessidades de cada fase, para o ajuste correto da rotina de saúde e bem-estar, mantendo o corpo e a mente funcionando ao máximo, afirma a especialista”.

 

1 - Puberdade

A puberdade marca o início da adolescência, quando acontece a primeira menstruação. Como, nessa fase, há um aumento na produção de hormônios, é normal que algumas mudanças físicas aconteçam, como o desenvolvimento das mamas e o surgimento dos pelos. Além disso, a pele da mulher também tende a ficar mais oleosa, favorecendo o surgimento de cravos e espinhas, o que pode ser amenizado com a inclusão de alimentos ricos em vitaminas do complexo B, zinco e ômega 3, que ajudam a controlar a atividade das glândulas sebáceas e, consequentemente a oleosidade. O ferro também é outro importante aliado durante essa fase, devido a maior perda do mineral com a menstruação.

 

2 - Fértil

Na fase fértil da mulher, as principais mudanças físicas e psicológicas são desencadeadas pela tensão pré-menstrual (TPM), como enjoos, maior sensibilidade e irritabilidade, cansaço, dores e inchaço abdominal. Alimentos ricos em fibras alimentares, magnésio, zinco, triptofano, ômega 3, além de outros nutrientes com ação antioxidante, como o cromo e o extrato de laranja moro podem ajudar a aliviar os sintomas.

“Após os 25 anos, a produção de colágeno, proteína responsável pela firmeza e elasticidade da pele, começa a diminuir, favorecendo o aparecimento de pequenas rugas e linhas de expressão”, cita Carol Tavares. Assim, a suplementação com colágeno pode ser uma boa estratégia para ajudar a retardar esse processo.

 

3 - Gestação

Durante a gestação, além de todas as mudanças físicas, é comum que apareçam enjoos, excesso de sono, especialmente durante os primeiros meses, queda de pressão e ondas de calor. As alterações hormonais também podem estimular as oscilações de humor, maior irritabilidade e redução da libido. Garantir a ingestão adequada de vitaminas A, D e do complexo B, assim como ferro, cálcio e zinco é fundamental durante esse período.

 

4 - Climatério:

O climatério costuma acontecer entre os 40 e os 50 anos da mulher, quando a produção de hormônios, como o estrogênio e a progesterona começam a diminuir e os ciclos menstruais se tornam irregulares. É nessa fase que iniciam as ondas de calor, com oscilações de humor, dores de cabeça, insônia e sensação de inchaço. Por isso, é importante redobrar a atenção com a alimentação, incluindo fontes de vitaminas D e E, cálcio, zinco, cromo, compostos fenólicos, como própolis e antioxidantes, o ômega 3 e o extrato de laranja moro.

 

5 - Menopausa

Já a menopausa inicia após a última menstruação, encerrando as atividades reprodutivas no corpo da mulher, por volta dos 50 anos. Os sintomas são bem parecidos com os do climatério, com oscilações de humor um pouco mais intensas, acompanhadas de alterações no peso corporal, memória e insônia. Vale mencionar a importância de redobrar a atenção com a alimentação e os exercícios físicos. A suplementação com vitamina D, cálcio, zinco, ômega 3, magnésio e melatonina podem auxiliar na melhora da qualidade de vida.

Independente da faixa etária, é sempre possível aproveitar as vantagens que cada suplementação pode apresentar para as mulheres. “Na busca por uma vida mais saudável, os suplementos são aliados fundamentais para garantir mais saúde e bem-estar ao público feminino”, conclui Carol Tavares.



Vitamine-se

 

Prática de ginástica localizada previne doenças cardíacas e respiratórias

Exercício contribui para a melhora da concentração e da coordenação motora em outras atividades do cotidiano, além de aumentar flexibilidade, força e resistência muscular

 

Você sabia que uma única aula de 45 minutos de ginástica localizada pode queimar até 500 calorias, em razão do enorme gasto de energia? Isso mesmo. A modalidade é uma excelente atividade para quem quer entrar em forma e trabalha grupos musculares específicos, consistindo em realizar diferentes movimentos repetitivos, como flexionar algum membro ou saltar, por exemplo. 

De acordo com Mônica Marques, diretora técnica da Cia Athletica, o intuito da ginástica localizada é melhorar o condicionamento físico de forma geral, assim como aumentar a flexibilidade, a força e a resistência muscular. “Esse tipo de exercício traz muitos benefícios ao corpo, incluindo a definição e a tonificação muscular, além do gasto calórico elevado”, explica. 

A modalidade pode envolver o uso de algum aparelho para intensificar os resultados ou facilitar a execução dos exercícios, como uma plataforma abdominal, e também costuma incluir equipamentos como halteres, barras, caneleiras, bastões, faixas elásticas e colchonetes. No entanto, pode também ser realizada sem o auxílio de equipamentos, mas essa escolha vai depender do objetivo de quem pratica e do plano de treino que o professor elaborar. 

Além da alta queima calórica, os exercícios localizados para perna, abdômen, costas e braços melhoram o sistema cardiorrespiratório. “Isso porque o coração e os pulmões precisam trabalhar mais para bombear sangue e levar oxigênio para os músculos, para que consigam realizar os movimentos. O resultado disso é o fortalecimento desses órgãos, o que os deixa menos suscetíveis a doenças respiratórias e cardíacas”, afirma Mônica. 

A ginástica localizada traz ainda outros benefícios para a qualidade de vida, como a melhora da concentração e da coordenação motora, não só na execução dos exercícios, como também em outras atividades do cotidiano.


Companhia Athletica
www.ciaathletica.com.br


Dias de calor requerem cuidados redobrados contra picadas de mosquito e possíveis reações alérgicas

 Entenda como se proteger, aliviar os sintomas e curtir o sol sem grandes incômodos causados por picadas de mosquitos


Mosquito, pernilongo, muriçoca e carapanã. São vários os nomes que esse bichinho tão pequeno, mas que pode causar tanto desconforto, recebe pelo Brasil. Não importa como você o chame, é essencial estar atento aos cuidados preventivos contra as picadas deste inseto e entender como lidar da melhor forma com possíveis reações alérgicas, sobretudo nos dias de altas temperaturas. Pensando nisso, especialista da Prevent Senior compartilha informações e dicas para dias de calor sem transtornos.

Dias mais quentes propiciam uma diversidade de opções de lazer e garantem momentos memoráveis, mas o calor e a umidade também favorecem uma maior proliferação de mosquitos que, em contato com organismo humano, podem gerar não apenas o desconforto comum, mas reações alérgicas mais delicadas. Além disso, é comum que, nesses dias, a pele fique mais exposta, o que também aumenta as chances das picadas de mosquitos. 


Afinal, como um inseto tão pequeno pode causar tanto desconforto?

“Os mosquitos são parte de um grupo de insetos que podem ser bastante diferentes entre si, mas que compartilham de características em comum: o fato de a fêmea ser hematófaga, ou seja, se alimentar de sangue humano ou de outros mamíferos”, explica o dermatologista e chefe da especialidade na Prevent Senior do Rio de Janeiro, Lucas Serrão.

O médico ressalta que é na busca pelo alimento que as picadas acontecem e as reações no nosso corpo são desencadeadas após o contato da saliva do mosquito com a pele, já que essa substância é identificada pelo organismo como um invasor, fazendo com que o sistema imunológico ative o estado de defesa. “Nesse processo ocorre a liberação de muita histamina, que é a principal mediadora da coceira. Esse é o principal motivo de as picadas de inseto coçarem tanto”, complementa.


Por que a picada do mosquito às vezes resulta em alergia?

A alergia é uma resposta excessiva do sistema imunológico contra substâncias que entram em contato com o corpo. No caso da picada de mosquito, a saliva do inseto provoca reações exageradas em pessoas hipersensíveis (alérgicas). “Nesses casos, a liberação de histamina ocorre em maior quantidade, ou seja, aumenta a coceira no local e em outras partes do corpo. Podem também aparecer bolinhas, placas, edemas e inchaço na boca”, alerta o dermatologista. 

Apesar de raros, há casos em que alergias graves podem desencadear consequências mais sérias, como infecção bacteriana devido a contaminação do local ou até mesmo dificuldade respiratória como resposta alérgica. “Nesses casos, é importante ter a avaliação de um médico para receber a melhor orientação, respeitando a individualidade de cada episódio”, orienta o especialista da operadora.


A PREVENÇÃO É A MAIOR ALIADA

Cuidados redobrados podem evitar transtornos com as reações às picadas de mosquitos. Mesmo com o aumento da proliferação desses insetos em dias mais quentes e maior exposição do corpo pelo uso de roupas mais leves, é possível tomar medidas preventivas que evitam maiores incômodos com esse bichinho. Veja, abaixo, seis dicas para aproveitar o calor de forma mais tranquila, elencadas pelo médico alergista e imunologista da Prevent Senior, Danilo Gois.


1 – Uso de repelentes na pele

O melhor repelente não será o mesmo para todas as pessoas. Dessa forma, o importante é escolher produtos autorizados pelas autoridades sanitárias e atentar-se para as orientações do rótulo para escolher o produto mais adequado de acordo com a sua individualidade. Quanto ao uso infantil, é importante respeitar a faixa etária indicada.

Repelentes naturais também são boas opções para espantar os mosquitos. Já existem compostos prontos no mercado com o uso de ervas, especiarias e plantas. No entanto, é importante lembrar que mesmo sendo natural, o composto pode causar alergia e, por isso, é recomendado o uso apenas com orientação médica.


2 – Barreiras físicas para impedir a passagem do mosquito

Para não se preocupar com a presença inoportuna do inseto em casa, o uso de telas nas janelas e mosquiteiros em volta do local de dormir é forte aliado. Principalmente em casos de bebês que ainda não andam, o mosquiteiro no berço e no carrinho ajudam nessa prevenção. 


3 – Não deixe água parada e mantenha o terreno da casa sempre limpo

Você também pode evitar a maior proliferação de mosquitos retirando possíveis pontos focais de criadouros de mosquitos. Retire entulho ou qualquer material que acumule água parada ou umidade. 


4 – Uso de repelentes elétricos, velas ou difusores de essência

Colocar repelentes elétricos, velas ou difusores de essência de citronela em lugares estratégicos, como a entrada de portas e janelas, ajuda na proteção contra os mosquitos.  Mas, atenção! O uso desses itens não é indicado quando houver bebê ou pessoas alérgicas no ambiente.


5 – Evite locais onde há grandes quantidades de mosquitos

Sobretudo para pessoas alérgicas, é importante evitar lugares onde há grande quantidade de mosquitos. Áreas úmidas no fim da tarde ou à noite devem ser evitadas para diminuir o risco às reações alérgicas. 


6 – Use roupas que dificultem o contato do inseto com a pele

Quando for inevitável estar em um local com mosquitos, use estrategicamente roupas que deixem o corpo menos exposto, como camisas de mangas compridas e calças. Dê preferência para roupas com tecidos naturais que não esquentam demais no calor e permitam a respiração da pele. 


TRATAMENTOS E ALÍVIO DOS SINTOMAS

De forma geral, as reações mais comuns à picada de mosquito são manchas avermelhadas, inchaço, coceira e inflamação. Esses sintomas podem levar dias para sumir por completo. Por isso, destacamos algumas formas de cuidados simples e práticos que você pode utilizar para aliviar os sintomas. 


CUIDADOS QUE PODEM SALVAR VIDAS

Com essas ações preventivas, é possível não apenas se proteger do incômodo ou as reações alérgicas à saliva dos mosquitos, mas de doenças mais graves, como dengue, zika, chikungunya, malária e febre amarela, que também são transmitidas por diferentes espécies do inseto. A prevenção é a maior aliada na luta contra todas elas e representa um ato de cuidado coletivo, pois além de proteger você e sua família, tem impacto positivo na comunidade.

 

PREVENT SENIOR


Março Lilás: três em cada 10 mulheres possuem chance de desenvolver lesões precursoras de câncer de colo uterino

Exames preventivos devem começar no início da vida sexual da mulher

 

Apesar de ser uma doença prevenível, o câncer de colo do útero continua acometendo 16 mil brasileiras a cada ano. Ele se desenvolve a partir do papilomavírus humano (HPV), transmitido principalmente por meio das relações sexuais. 

Sabe-se que, a cada 10 pessoas sexualmente ativas, oito delas já tiveram contato com o HPV, entretanto, apenas duas ou três vão persistir com o vírus e podem evoluir com alguma alteração. A vacina anti-HPV, oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos, e meninos de 11 a 14, previne a persistência do papilomavírus e reduz o risco de desenvolver pelo menos cinco tipos diferentes de câncer (colo uterino, canal anal, cabeça e pescoço, vulva e vagina). 

Essa vacina combate quatro subtipos do vírus HPV, dois que estão relacionados a verrugas e dois com risco alto de desenvolvimento de câncer. “Existe muita desinformação sobre a vacina oferecida no SUS, porque acham que é um incentivo às meninas iniciarem as relações sexuais mais cedo. Ela é segura e eficiente, e sua nova versão, que deve combater nove subtipos do vírus, deve chegar ao Brasil em março, o mês de prevenção ao câncer de colo do útero, conhecido como Março Lilás”, explica Dra. Audrey Tsunoda, oncologista do Hcor. 

De acordo com a médica, esse é um mito que precisa ser combatido, pois a mulher deve estar protegida quando decidir iniciar sua vida sexual. “Ao longo da nossa vida, temos contato com vários tipos do HPV, e sem proteção, pode ser que algum deles resulte em câncer”, afirma. 

Os exames preventivos de rotina têm uma importância fundamental. A partir deles, é possível detectar a persistência dos vírus ou até mesmo o desenvolvimento de alterações, tanto em mulheres que receberam a vacina ou não. Para ajudar na prevenção, alguns métodos já são utilizados, como o papanicolau, por exemplo. Alterações no resultado do exame alertam que aquela mulher deve ser acompanhada mais de perto. 

“Achados diferentes sugerem que é necessário realizar investigação e acompanhamento adicionais, mesmo que a maioria dessas alterações não seja grave. Algumas lesões precursoras do câncer de colo uterino ou mesmo tumores iniciais que ainda não deram sintomas também podem ser detectados. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz é o tratamento e menos chances de ter sequelas”, explica Dra. Audrey. 

Em alguns países, o Teste de detecção do HPV no colo uterino é utilizado rotineiramente para prevenção. De acordo com a médica, o exame poderá ser usado no cotidiano das mulheres brasileiras num futuro próximo, e pode ser crucial para rastrear mulheres nas regiões menos favorecidas do país. 

A oncologista ressalta ainda que os hábitos modernos contribuem para o desenvolvimento de câncer no colo do útero, e manter rotinas saudáveis são ótimas formas de prevenção. “Vale destacar a importância de cuidados como manter uma boa alimentação, não fumar e praticar exercícios físicos, que reduzem as chances não só do desenvolvimento de um câncer, mas de várias outras doenças”, finaliza.
 

Hcor


Especialista em reprodução humana desmistifica cinco fake news sobre fertilidade

Médica e membro da AMCR reforça que todas as informações ligadas à saúde devem ser checadas com especialistas antes de serem colocadas em prática

 

Muitas mulheres que tentam engravidar acabam recorrendo à internet para buscar informações sobre a fertilidade. Embora a web seja um espaço importante para a disseminação de conhecimento, sabe-se que tudo o que está disponível por lá deve ser checado, uma vez que nem sempre determinados dados são propagados por especialistas. “Infelizmente, a área da Saúde é uma das que mais padece de fake news”, afirma Dra. Dorodina Correia, ginecologista, obstetra e membro da (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil). 

A médica preparou uma lista de informações mentirosas que circulam na Internet sobre fertilidade. Elas seguem abaixo, desmistificadas:

 

1 - Ficar de pernas para cima depois da relação sexual facilita a fecundação 

Não existe nenhuma comprovação científica para esse boato, que não é recente. Também não há nenhuma comprovação científica associada a posições melhores ou piores para se engravidar, conforme ressalta Dra. Dorodina.
 

2 - Relação sexual no dia da ovulação é sinônimo de gravidez 

Isso também não é verdade. Estudos mostram que as chances de engravidar existem em dias antes e depois da ovulação. “Até cinco dias antes da ovulação, as chances são de 4%. Até dois dias antes, de 25 a 28%. Durante as 24 horas após a ovulação, 8 a 10%. Para o restante do ciclo, é de 0%”, revela a especialista.

 

3 - Ter relação sexual todo dia faz mal para a fertilidade 

Essa informação é puro mito. Segundo estudos publicados nos periódico cientificos Fertility and Sterility e Physiology and Behavior, quanto mais relações sexuais uma mulher tiver, mais frequentemente seu sistema imunológico receberá a mensagem de que é hora de engravidar. Portanto, quanto mais relações, melhor.

 

4 - Só a mulher pode ser infértil 

As causas da infertilidade são divididas igualmente entre homens e mulheres. Sabe-se que cerca de 33% dos casos são devido a fatores femininos e 33% a fatores masculinos. O restante são relacionados a fatores combinados (femininos e masculinos) ou aqueles em que a causa da infertilidade não pôde ser esclarecida.
 

5 - Uso prolongado de pílula anticoncepcional dificulta a gravidez 

As pílulas anticoncepcionais só impedem que a gravidez ocorra durante o seu uso. Assim que ele é suspenso, ou feito de forma irregular, a contracepção deixa de ser efetiva. Após a interrupção, os ciclos menstruais serão recuperados no período de alguns meses. “O que ocorre é que as mulheres, por fazerem uso prolongado dos métodos hormonais, acabam por desconhecer seu ciclo menstrual. Essa situação pode mascarar possíveis problemas de fertilidade que já existiam, mas só são descobertos ao interromper a pílula.


AMCR - Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil
amcrbrasil.org/#!/quem


Saúde da mulher: 4 bilhões de motivos para investir na saúde delas

 

Em novembro de 2022, a Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que atingimos a inacreditável cifra de 8 bilhões de habitantes. O número é impressionante e reflete as melhorias na saúde, nutrição, higiene e avanços na medicina que permitiram um aumento notável na longevidade humana, mas que infelizmente ainda não estão disponíveis para todos. Apesar de algumas colocações alarmistas de superpopulação, na verdade, a taxa de crescimento populacional está diminuindo à medida que as taxas de fertilidade decrescem em muitas áreas do mundo, em consequência das mudanças sociais e econômicas.

Dados recentes revelam que, à medida que as mulheres buscam mais educação e têm acesso ao planejamento reprodutivo, acabam por adiar a gestação e, quando decidem engravidar, o número de filhos é reduzido. A queda de natalidade é uma questão que afeta inúmeros países e resulta na desaceleração do crescimento populacional mesmo naqueles mais populosos, como China e Índia. Segundo o IBGE, em 2022 a taxa era de 1,65 nascimentos por mulher. A realidade não é muito diferente nos demais países da América Latina e Europa, por exemplo.

O impacto esperado na economia, na sociedade e em nosso modo de vida como um todo deve ser tremendo à medida que a população envelhece e as taxas de fertilidade diminuem. Em contrapartida, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que a infertilidade é um problema de saúde mundial que acomete entre 48 milhões de casais e 186 milhões de pessoas no mundo, o que representa 15% da população total do planeta.  Uma parcela significativa dessas pessoas infelizmente permanece sem acesso ao diagnóstico e tratamento adequados. Além disso, o adiamento da maternidade, uma tendência registrada em todos os cantos do globo, promete agravar a situação, já que há uma queda significativa da fertilidade feminina após os 35 anos de idade. Portanto, a necessidade de se concentrar em fornecer cuidados reprodutivos adequados para todos não pode ser subestimada.

Pelo exposto acima, fica claro que muito do nosso futuro depende da saúde e das decisões tomadas pelas quase quatro bilhões de mulheres que povoam nosso planeta. Segundo o Banco Mundial, 49,7% da população mundial é feminina e compreende a maioria dos habitantes em grande parte dos países, exceto na Índia e na China, onde os homens superam em muito as mulheres.

Quando se consideram os grupos etários, a proporção entre homens e mulheres é mais elevada entre os 15 e os 19 anos, mas, acima dos 50 anos, as mulheres ultrapassam os homens. O papel da força de trabalho feminina é extremamente importante e, sem sombra de dúvida, impulsiona o crescimento econômico.

Apesar desses números, as mulheres continuam negligenciadas quando se trata de ciência e pesquisa. Mesmo em países como os Estados Unidos, onde as mulheres representam mais de 50% da força de trabalho, controlam 60% da riqueza produzida no país e são responsáveis por 85% das decisões de consumo, a situação é preocupante.

Não há dúvidas sobre os impactos de gênero na saúde e na doença e, portanto, estudos que considerem tais diferenças são urgentemente necessários. Há pesquisas que mostram respostas diferentes à uma droga para o tratamento da hipertensão, enquanto outros revelam o efeito dos hormônios ovarianos sobre a imunidade, por exemplo. Além disso, a maioria dos estudos clínicos que são fundamentais para identificar novos tratamentos inclui uma minoria de mulheres. Por outro lado, os investimentos na saúde da mulher permanecem baixos, compreendendo menos de 2% dos atuais projetos da indústria farmacêutica.

Condições femininas benignas como endometriose, miomas, sangramento uterino anormal ou menopausa recebem pouca atenção, apesar do enorme efeito adverso que podem ter na qualidade de vida das mulheres e de suas famílias caso não sejam tratadas adequadamente. Ciente dos números e preocupada com a questão, a OMS estabeleceu seis prioridades para a saúde da mulher que incluem a saúde sexual e reprodutiva para todos, bem como a redução de doenças não transmissíveis.

O conceito de saúde da mulher, entretanto, deve abranger não apenas a saúde sexual e reprodutiva, mas também um espectro mais amplo que inclua a saúde mental, materna e menstrual, bem como a prevenção do câncer e das doenças crônicas, como obesidade. Esforços para reduzir a desigualdade de gênero na saúde e mudar esse cenário devem ser uma prioridade na agenda dos governos, universidades, entidades médicas e demais organizações da sociedade civil, pois os investimentos na saúde da mulher retornarão em termos de melhoria da qualidade de vida e saúde, além de crescimento econômico, o que traz benefícios para todos. A saúde das gerações futuras também pode estar em risco quando a saúde feminina é negligenciada. Como o ambiente intrauterino é um fator vital na definição da saúde futura do indivíduo, cuidar da saúde da mulher principalmente durante o período pré-concepcional é de suma importância.

O Dia 8 de Março foi escolhido para comemorar o Dia Internacional da Mulher, data para homenagear mundialmente todas as conquistas incríveis que as mulheres alcançaram e chamar atenção para as muitas batalhas que ainda permanecem. Em meio a homenagens, desfiles e discursos inflamados, o tempo urge enquanto milhões adoecem e padecem sem o devido cuidado. Embora não haja dúvida de que houve avanços que devem ser comemorados, já passou da hora de realmente oferecer a toda e qualquer mulher o cuidado e o respeito que todas merecem. 

 

Márcia Mendonça Carneiro - Diretora científica da clínica Origen BH e professora titular do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFMG

 

Dia Mundial da Obesidade 4 de março - Força-tarefa de cirurgias bariátricas marcam o mês

 Além das intervenções para atender pacientes na fila do SUS, projeto inclui ativações de conscientização sobre a obesidade em comunidades de SP, Salvador, Recife e Campo Largo

 

O Brasil é um dos países com as mais altas taxas de obesidade no mundo. São mais de 41 milhões de brasileiros obesos. Esse preocupante cenário inspirou à organização de uma força-tarefa de cirurgias bariátricas cujo objetivo consiste em beneficiar pacientes obesos graves que aguardam pelo procedimento na fila do SUS. A ação acontece ao longo do mês simultaneamente na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Hospital Santa Izabel da Santa Casa em Salvador, no Hospital Nossa Senhora do Rocio em Campo Largo no Paraná e no Hospital das Clínicas de Pernambuco no Recife. 

Parceria da multinacional Medtronic, referência global em tecnologia em saúde, com hospitais e médicos, essa força-tarefa deverá realizar 48 cirurgias minimamente invasivas, envolvendo pacientes obesos que aguardam na fila do SUS pelo tratamento. A empresa doou os dispositivos e acessórios necessários para a realização de todas as cirurgias bariátricas por videolaparoscopia. 

O cirurgião Luiz Vicente Berti, vice-presidente executivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) explica que a obesidade é uma doença multifatorial com fundo genético que piora com o tempo, levando a sequelas e enfermidades graves, às vezes sem possibilidade de cura. “Além do impacto na saúde das pessoas, a longa espera gera desgaste mental, social e financeiro para pacientes e para os cofres públicos. Estamos falando de pessoas que irão adoecer mais, podem precisar se afastar do trabalho ou não conseguem seguir com a vida profissional por preconceito”, alerta. 

Segundo Filipe Milano, diretor de Marketing da Medtronic, a força tarefa realmente visa mostrar que é possível ampliar o acesso à saúde dos brasileiros. “Temos como missão ampliar o acesso a novas tecnologias e tratamentos diferenciados, e disponibilizamos um dos portfólios de cirurgia metabólica e bariátrica mais avançados do mundo. Sabermos que estamos contribuindo para a saúde dos brasileiros é motivo de grande satisfação para a nossa companhia e nos motiva a expandir este projeto”. 

Além das cirurgias, para conscientizar a sociedade sobre os perigos da obesidade, a Medtronic, em parceria com a G10, instituição não-governamental que realiza atividades em favelas, estará presente em ativações de conscientização sobre os perigos da obesidade em comunidades das cidades onde serão realizadas as cirurgias. 

Durante as ativações, uma equipe de profissionais de saúde fará gratuitamente testes de glicemia, controle de peso e cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal), além de distribuição de conteúdo informativo. Com a ação, a Medtronic estima a mobilização de 4 mil pessoas.

O evento acontece neste sábado, dia 4 de março, na Comunidade Alto Santa Isabel - Casa Amarela (Recife), Comunidade Nordeste de Amaralina (Salvador), Comunidade Paraisópolis (São Paulo) e Comunidade Paralin (Curitiba).

 

Acesso à cirurgia

Apesar de o aumento da obesidade, há queda no número de cirurgias bariátricas no Brasil. Por causa da suspensão dos procedimentos, muitos Estados viram as filas de espera aumentarem. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, o número de cirurgias bariátricas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caiu 81,7% em 2021, se comparado com 2019. Durante a pandemia, muitas cirurgias eletivas foram adiadas o que elevou consideravelmente o tempo de quem aguardava o procedimento.

Diferentemente da cirurgia aberta ainda praticada pelo SUS, a cirurgia bariátrica laparoscópica a ser usada pelos médicos na ação é uma técnica menos invasiva e mais confortável para o paciente. O médico realiza a redução do estômago através de 5 a 6 pequenos 'furinhos' no abdômen, introduzindo os instrumentos necessários com uma microcâmera ligada a um monitor que permite a visualização e redução de parte do estômago. Como é minimamente invasiva, este tipo de cirurgia tem um tempo de recuperação mais breve, com alta hospitalar antecipada e redução nas chances de complicações.

 

Medtronic
  

Março Lilás alerta para a conscientização sobre o câncer de colo de útero

Segundo estudo do INCA, somente na região Centro-Oeste serão cerca de 1400 novos casos em 2023. Conheça as formas de prevenção e combate a esse tipo de tumor

 

Em 2023, está estimado que surjam mais de 17 mil casos de câncer de colo de útero no Brasil, o que representa uma média de 13,25 casos para cada 100 mil mulheres. No país, com exceção dos tumores não melanoma, o câncer de colo de útero é o terceiro com maior incidência entre as mulheres, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Com números expressivos, se torna cada vez mais necessário desenvolver ações de conscientização e prevenção deste tipo de doença. Regionalmente, o estudo aponta que no Centro-Oeste serão cerca de 1.440 novos casos. 

Segundo a professora do curso de Medicina da Uniderp, Danielle Scarpin, a principal causa do câncer de colo de útero é a infecção persistente do Papilomavírus Humano (HPV). Ela atinge os órgãos genitais e, na maioria das vezes, se manifesta de forma branda, mas em alguns casos, pode se desenvolver para um quadro mais grave. “A saúde íntima é um elemento importante para a vida das mulheres. Com o início da vida sexual, muitas meninas passam a fazer uso de medicamentos anticoncepcionais e os perigos das infecções sexualmente transmissíveis não ganham a atenção necessária. A vacinação contra o Papilomavírus (HPV) é um dos meios de prevenção ainda na adolescência para evitar que problemas surjam na vida adulta” alerta a médica. 

A campanha Março Lilás tem o objetivo de conscientizar para esta doença que se desenvolve de forma silenciosa, e ressalta formas eficientes de prevenção, como a vacina contra o HPV. O medicamento está disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde), para meninas de 9 a 14 anos e para meninos de 11 a 14 anos. O uso de preservativos é essencial, já que o contágio ocorre através da relação sexual. 

O exame preventivo é o meio pelo qual as lesões são identificadas e tratadas, evitando que evoluam para um câncer. O Ministério da Saúde recomenda que a realização do exame colpocitológico aconteça a cada 3 anos (caso possuam 2 outros exames anteriores, anuais e sem alteração) para qualquer pessoa com colo do útero, que já tenha tido atividade sexual, na faixa etária de 25 a 64 anos. 

 

Uniderp


Novas regras para laqueadura e vasectomia entram em vigor

Esterilização voluntária poderá ser realizada a partir dos 21 anos e mulheres não precisam mais da autorização do cônjuge para o procedimento

 

 

No mês que celebra o Dia da Mulher, entre outras alterações, a nova Lei chega para dar liberdade de escolha ao sexo feminino, que não precisa mais da autorização do cônjuge para a realização do procedimento de esterilidade voluntária. 

Sancionada em setembro de 2022, a Lei 14.443/22 entra em vigor nesse mês de março, em todo o País, e tem como objetivo alterar a Lei do Planejamento Familiar. 

O texto aponta que a nova idade para a realização dos procedimentos de laqueadura ou vasectomia caem de 25 para 21 anos. Para a população feminina, além da permissão para que o método seja realizado após o parto, não há mais a obrigatoriedade de consentimento do parceiro, como já mencionado acima. Este, sem dúvida, um dos pontos de maior repercussão positiva na nova legislação. Com base na regulamentação anterior, realizar a laqueadura logo após dar à luz não era permitido, o que obrigava a mulher se submeter a uma segunda cirurgia tempos depois. 

Danielle Scarpin, médica ginecologista e professora do curso de Medicina da Uniderp, salienta que as mudanças são positivas. “A laqueadura pode ocorrer assim que finalizada uma cesariana e isso traz benefícios para a mãe que necessitará de tempo para a recuperação de uma única cirurgia. Ao contrário do que alguns podem pensar, após o nascimento do filho por método natural ou normal, a laqueadura também poderá ser realizada, em seguida, se esse for o desejo da puérpera. No entanto há o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o procedimento cirúrgico, que precisa ser respeitado”, pontua. 

Nos casos em que a família já tenha dois filhos vivos, a idade mínima para a esterilização voluntária pode ser desconsiderada.

 

Laqueadura

É o método cirúrgico nas trompas que impede o espermatozoide de chegar até o ovário, aplicado em mulheres para impossibilitar a gravidez. Pode ser realizada via cirurgia abdominal, via região da cicatriz umbilical, via vaginal ou por videolaparoscopia.

 

Vasectomia

Realizada em homens, tem a função de provocar a esterilidade, e funciona como um rompimento nos ductos ligados aos testículos, que servem como caminho dos espermatozoides no momento da ejaculação. A cirurgia não afeta a produção do hormônio masculino, a ereção ou desempenho sexual. 

Os procedimentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde- SUS, e os interessados devem entrar na fila para dar início ao processo.

   

Uniderp


Laser vaginal é indicado para o tratamento de incontinência urinária

Ginecologista afirma que o procedimento melhora quadros leves da doença além de melhorar a falta de lubrificação 

 

Incontinência urinária é um problema muito mais comum e presente do que imaginamos. Quem nunca, ao tossir, perdeu um pouco de xixi? Ou, até mesmo, quando dá uma risada? A incontinência urinária define-se como “a queixa de qualquer vazamento involuntário de urina” e é um problema comum na população feminina, com taxas de prevalência variando entre 10% e 55% em mulheres de 15 a 64 anos. 

Muitos fatores predispõem a perda urinária. Um deles é a raça: mulheres brancas perdem mais urina do que as negras. Outro é a gravidez, um fator predisponente, principalmente com o parto normal; e a obesidade também pode ser considerada fator de risco, entre outros.

A ginecologista dra. Loreta Canivilo explica que o tratamento é indicado para quadros leves de incontinência urinária e para mulheres que sofrem com a falta de lubrificação, “o laser vaginal é o melhor e mais moderno método, capaz de apresentar resultados logo após a primeira sessão” afirma a especialista.

No entanto, uma ampla parcela das mulheres desconhece a finalidade desse procedimento – e para entender o objetivo do laser vaginal a médica expõe como o procedimento funciona.

“O laser vaginal é um tratamento muito atual e praticamente indolor, feito com um aparelho que é inserido na vagina, emitindo uma luz que atinge o tecido e gera calor. Essa ação provoca microlesões na derme vulvar ou na mucosa vaginal capazes de rejuvenescer o tecido e fazer com que a questão hormonal se refaça na vagina”.

A médica explica que de acordo com o protocolo, recomenda-se que sejam realizadas três sessões, porém, caso a paciente apresentar uma melhora significativa logo após a primeira sessão, as demais podem ser descartadas.

O tratamento, além de proporcionar uma melhora na qualidade de vida, também pode contribuir para o aumento da sua autoestima – afinal, aproveitar todos os momentos de forma plena – e sem dor – nos deixa seguras e felizes, ressalta Dra. Loreta. 

 

Dra. Loreta Canivilo - ginecologista, obstetra, ginecoendócrino e professora, formada pela Faculdade de Medicina ABC.  A médica também é especialista em assuntos relacionados a reposição hormonal, estética íntima e tratamentos de doenças do útero e endométrio.


Otorrinolaringologista: um especialista amplo, com várias atuações

Além de lidar com problemas de origens variadas, a especialidade de otorrinolaringologia cuida de estruturas extremamente delicadas e complexas como nariz, seios da face, laringe e ouvidos. Por envolver voz, respiração, equilíbrio, audição e olfato, a atuação do profissional é muito importante, não só no tratamento e na prevenção de problemas, mas também porque a não-resolução deles pode refletir de forma significativa na qualidade de vida dos pacientes, causando limitações na vida social, autonomia e autoestima. Daí a importância da prevenção e do cuidado.

O olfato e o paladar estão intimamente relacionados. Gostos como o amargo, doce, ácido e salgado podem ser reconhecidos sem a influência dos odores, porém sabores mais complexos requerem o olfato para serem identificados. Devido a essa relação, ocorrendo a melhora do olfato, possivelmente haverá também uma melhora do paladar.

Faz parte do trabalho do otorrino analisar a capacidade do paciente de perceber odores e observar a qualidade e a intensidade do sentido olfativo. Os testes olfatórios, no entanto, são complexos e nem sempre fornecem uma resposta satisfatória. Dessa forma, é preciso considerar outros fatores que ajudam no diagnóstico. É de fundamental importância investigar a origem e a evolução do quadro, bem como realizar a observação endoscópica das fossas nasais e exames de imagem.

O tratamento da alteração no olfato dependerá da causa do problema, já que a perda pode ser temporária ou permanente. Se for temporária, o tratamento é feito por meio de medicamentos, ou de intervenção cirúrgica, caso a perda olfatória for provocada por obstruções na região nasal, como desvio de septo, por exemplo.

No entanto, se o problema persiste, é possível administrar um tratamento utilizado mundialmente, conhecido como Treinamento ou Fisioterapia Olfatória.

A voz, por sua vez, é um importante instrumento de comunicação e expressão de ações, desejos e emoções, dando vida às palavras e frases. Apesar de algumas categorias de animais conseguirem vocalizar e até mesmo reproduzir palavras (como os papagaios, por exemplo), somos a única espécie no planeta capaz de criar um sistema inteligente e complexo de fala, com signos e significados comuns, sendo, dessa forma, um importante instrumento evolutivo.

Por esse motivo, o diagnóstico correto e o tratamento adequado para possíveis alterações da voz são de suma importância, além, é claro, de manter sempre uma boa hidratação e evitar o álcool e o tabagismo, cuidados importantes para diminuir os riscos de lesões nas cordas vocais.

No caso da audição, mesmo que nem todos os danos possam ser evitados, já que fatores genéticos podem interferir na evolução de cada indivíduo, existem hábitos que podem reduzir o risco de desenvolver a perda relacionada à idade e/ou induzida por ruído.

O primeiro deles é evitar barulhos altos, pois uma das principais causas de perda auditiva é a exposição ao ruído. Os fones de ouvido também precisam ser utilizados com cuidado e a recomendação é que se aumente o volume apenas até o nível suficiente para ouvir o som de maneira confortável.

Outros cuidados importantes, como respeitar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no trabalho, quando são exigidos; evitar inserir objetos -- como cotonetes -- dentro do canal auditivo; manter bons hábitos de vida; e controlar doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e dislipidemia, também podem contribuir para uma boa saúde auditiva e para evitar a evolução de perdas.

Por fim, é fundamental consultar um otorrinolaringologista regularmente, pois o acompanhamento periódico do especialista pode evitar ou, ao menos, amenizar os problemas envolvendo ouvido, nariz e garganta. Esse profissional auxiliará ainda na prevenção e tratamento de infecções, que podem evoluir para problemas mais graves.

Em São Paulo, o Hospital Paulista é referência brasileira no segmento. A unidade conta com um Voice Center, que é um centro especializado não somente em exames endoscópicos da laringe, mas também com consultas na área de Laringologia; um Ambulatório de Olfato e um Centro de Medicina Diagnóstica em Otorrino, além de uma completa estrutura hospitalar para a realização de cirurgias, desde as mais simples até as mais complexas na área.


 Dra. Bruna Assis - otorrinolaringologista no Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Diagnóstico precoce e tratamento apropriado protegem a saúde vascular da mulher

Cuidar do sistema circulatório melhora a qualidade de vida e reduz o risco de complicações graves

  

Em 8 de Março é comemorado o Dia Internacional da Mulher, a data é conhecida por reforçar temas de importância para a sociedade, como o empoderamento feminino, mas também prioriza a conscientização por assuntos como saúde e bem-estar. A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP) aproveita a ocasião para destacar alguns cuidados relacionados à saúde vascular da mulher.

Cuidar do sistema circulatório precocemente é muito importante para prevenir e tratar doenças vasculares, melhorar a qualidade de vida e reduzir o risco de complicações graves, como infarto, acidente vascular cerebral e embolia pulmonar. O fluxo sanguíneo é responsável por levar, além do sangue, o oxigênio e nutrientes para todas as células do corpo, e também remover resíduos e toxinas. Qualquer problema nesse sistema pode afetar a função de órgãos e tecidos, e causar sintomas como dor, inchaço e dificuldade de movimentação. Por isso, é fundamental que as pessoas se conscientizem da importância de zelar pela saúde vascular e passem a adotar hábitos saudáveis desde cedo.

Algumas doenças vasculares têm maior prevalência nas mulheres quando comparadas aos homens, como, por exemplo, as varizes, devido ao histórico familiar, fatores como mudanças hormonais durante a gravidez, menopausa e uso de contraceptivos orais.

A cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Rina Maria Pereira Porta, esclarece que as varizes podem afetar a saúde das mulheres de várias maneiras. “Essa condição consiste em veias dilatadas e tortuosas que surgem principalmente nas pernas, mas também podem ocorrer em outras partes do corpo. Embora, geralmente não representem um problema de saúde grave, elas podem causar desconforto e ter consequências negativas para a saúde das mulheres. Pode também ocorrer com a gravidez devido ao aumento da pressão sanguínea e ao peso do útero em crescimento”, explica Dra. Rina.

Entre os principais sintomas das varizes estão dor, inchaço, cansaço e sensação de peso nas pernas, que podem afetar a qualidade de vida das mulheres e interferir na capacidade de realizar atividades diárias, como caminhar, subir escadas, entre outras ações. Além disso, as varizes podem prejudicar a autoestima e o bem-estar emocional das mulheres, especialmente àquelas que se sentem constrangidas em expor as pernas.

Dra. Rina alerta ainda que as varizes também aumentam o risco de complicações como a Trombose Venosa Profunda (TVP) e até mesmo embolia pulmonar. Nos casos avançados podem ocasionar as úlceras de perna, que são feridas que podem ser difíceis de cicatrizar e aumentam o risco de infecção.


Outras Doenças Vasculares merecem destaque por impactarem de modo significativo na saúde das mulheres


Doença Arterial Coronariana (DAC): é a principal causa de morte em mulheres em todo o mundo. Ela ocorre quando as artérias que fornecem sangue ao coração se tornam estreitas ou bloqueadas devido ao acúmulo de placas de gordura, o que pode levar a um ataque cardíaco. É mais comum após a menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem. A terapia de reposição hormonal pode ajudar a prevenir em mulheres na pós-menopausa.


Doença Arterial Periférica (DAP): é uma condição na qual as artérias que fornecem sangue para as pernas e pés se tornam estreitas ou bloqueadas, causando dor e dificuldade em caminhar. Ela pode levar a complicações como dor nas pernas, úlceras, gangrena e amputação. Além disso, também está associada a um risco aumentado de eventos cardiovasculares como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. É mais comum em mulheres do que em homens e pode ser agravada por fatores como diabetes, tabagismo e histórico familiar de doenças vasculares.


Acidente Vascular Cerebral (AVC): ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido, causando danos às células cerebrais. As mulheres têm maior risco de AVC do que os homens, que aumenta após a menopausa devido às mudanças hormonais.


Trombose Venosa Profunda (TVP): é uma condição na qual um coágulo sanguíneo se forma em uma veia profunda, geralmente nas pernas, podendo o coágulo se soltar causando uma embolia pulmonar e requer tratamento imediato. As mulheres têm maior risco do que os homens, especialmente durante a gravidez e o pós-parto, devido a mudanças hormonais e à imobilidade.


Embolia pulmonar: ocorre quando um coágulo sanguíneo se solta e viaja para os pulmões, podendo ser fatal, dependendo do tamanho e da localização do trombo nos pulmões, requer internação hospitalar e tratamento de início imediato. A TVP, bem como a embolia pulmonar, também pode ocorrer em mulheres jovens que fazem uso de contraceptivos, principalmente quando está associado à história familiar de TVP, são obesas, fumantes ou passam por cirurgias ou imobilização prolongada.

Com o envelhecimento, as mulheres podem desenvolver outros fatores de risco, como a hipertensão arterial, o diabetes, a obesidade, o sedentarismo, ocasionando maior predisposição não somente para várias doenças vasculares, como outras doenças em geral.

Nos últimos anos, houve um grande avanço no diagnóstico precoce, tratamento e prevenção das doenças vasculares nas mulheres. A adoção de medidas preventivas, como uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física, tem ajudado a reduzir a incidência de casos.

A cirurgiã vascular ressalta que é importante que as mulheres conheçam os sintomas e  busquem orientação médica. “A evolução nos últimos anos de tratamento e diagnóstico precoce e preventivo tem sido significativa na saúde vascular feminina, o que proporciona um melhor controle e prevenção, e melhora assim a qualidade de vida delas. No entanto, é importante ressaltar a importância de manter uma alimentação equilibrada, rica em alimentos de origem vegetal (cereais, legumes, frutas, vegetais e ervas), ingestão de peixe, frutos do mar, ovos, carne branca e laticínios, atividade física e não fumar, e fazer check-ups regulares com o médico, que incluem aferir a pressão arterial e realizar exames que mostrem o nível de glicose no sangue e o colesterol”, reforça a médica.

“A atenção à sua saúde deve iniciar-se desde jovem, adquirindo hábitos saudáveis como atividades físicas regulares e alimentação correta, para que no futuro se mantenha uma boa qualidade de vida”, finaliza a cirurgiã vascular.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br

 

Posts mais acessados