Médica e membro da AMCR reforça que
todas as informações ligadas à saúde devem ser checadas com especialistas antes
de serem colocadas em prática
Muitas mulheres que tentam
engravidar acabam recorrendo à internet para buscar informações sobre a
fertilidade. Embora a web seja um espaço importante para a disseminação de
conhecimento, sabe-se que tudo o que está disponível por lá deve ser checado,
uma vez que nem sempre determinados dados são propagados por especialistas.
“Infelizmente, a área da Saúde é uma das que mais padece de fake news”, afirma
Dra. Dorodina Correia, ginecologista, obstetra e membro da (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do
Brasil).
A médica preparou uma lista de informações mentirosas que circulam na Internet sobre fertilidade. Elas seguem abaixo, desmistificadas:
1 - Ficar de pernas para cima depois da relação sexual facilita a fecundação
Não existe nenhuma comprovação científica para esse boato, que não
é recente. Também não há nenhuma comprovação científica associada a posições
melhores ou piores para se engravidar, conforme ressalta Dra. Dorodina.
2 - Relação sexual no dia da ovulação é sinônimo de gravidez
Isso
também não é verdade. Estudos mostram que as chances de engravidar existem em
dias antes e depois da ovulação. “Até cinco dias antes da ovulação, as chances
são de 4%. Até dois dias antes, de 25 a 28%. Durante as 24 horas após a
ovulação, 8 a 10%. Para o restante do ciclo, é de 0%”, revela a especialista.
3 - Ter relação sexual todo dia faz mal para a fertilidade
Essa informação é puro mito. Segundo estudos publicados nos
periódico cientificos Fertility and Sterility e Physiology and Behavior, quanto
mais relações sexuais uma mulher tiver, mais frequentemente seu sistema imunológico
receberá a mensagem de que é hora de engravidar. Portanto, quanto mais
relações, melhor.
4 - Só a mulher pode ser infértil
As
causas da infertilidade são divididas igualmente entre homens e mulheres.
Sabe-se que cerca de 33% dos casos são devido a fatores femininos e 33% a
fatores masculinos. O restante são relacionados a fatores combinados (femininos
e masculinos) ou aqueles em que a causa da infertilidade não pôde ser
esclarecida.
5
- Uso prolongado de pílula anticoncepcional dificulta a gravidez
As
pílulas anticoncepcionais só impedem que a gravidez ocorra durante o seu uso.
Assim que ele é suspenso, ou feito de forma irregular, a contracepção deixa de
ser efetiva. Após a interrupção, os ciclos menstruais serão recuperados no
período de alguns meses. “O que ocorre é que as mulheres, por fazerem uso
prolongado dos métodos hormonais, acabam por desconhecer seu ciclo menstrual.
Essa situação pode mascarar possíveis problemas de fertilidade que já existiam,
mas só são descobertos ao interromper a pílula.
amcrbrasil.org/#!/quem
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