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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Simone Biles, a Geração Z, o antifrágil e o poder do "não" em nossas vidas

O mundo parou com a notícia dessa semana, diretamente das Olimpíadas de Tóquio 2020: Simone Biles decidiu não disputar a categoria geral (equipes) e individual na ginástica artística.

A priori, acreditávamos que a atleta tinha se lesionado em uma das apresentações em equipe, ao efetuar um movimento de ginástica de maneira desencontrada, porém, ela justificou sua desistência da competição, ao alegar que queria preservar sua saúde mental. Afirma que sente o peso do mundo em suas costas e que parece que ficou ainda mais pesado na última semana.

Simone era a grande promessa dessas Olimpíadas dos Estados Unidos da América: o mundo todo estava com os holofotes apontados para ela. Todos estávamos acostumados com a entrega de seus resultados perfeitos e impecáveis nas competições de ginástica e estava (quase) tudo certo para ela garantir 6 medalhas ao seu país, por conta de seu desempenho sempre arrebatador.

Simone Biles é a maior estrela da ginástica artística da atualidade. São 25 medalhas em mundiais (sendo 19 de ouro), 6 medalhas em jogos olímpicos, onde a mais recente foi a prata com o time americano, na última semana do mês de julho. Era a grande favorita ao ouro em todas as modalidades da ginástica artística, principalmente a modalidade individual, nos diversos aparelhos.

Porém, desde muito cedo, Simone Biles sente na pele o que é lidar com pressões e estresse, para ser perfeita. Para quem não se lembra, ela cresceu num ambiente repleto de abusos psicológicos e até sexuais: o médico Larry Nasser foi condenado por abusar de dezenas de ginastas, dentre elas, Simone Biles.

"Tenho que colocar minha saúde mental como prioridade. Eu não vejo problemas em desistir de grandes competições para focar em você, porque isso mostra força como competidora e como pessoa", alega Biles, numa coletiva de imprensa do dia 28 de julho.

A gente acredita que os atletas são super heróis, sempre prontos, com um sorriso no rosto, para encarar grandes desafios, mas nos esquecemos que diariamente sofrem muita pressão por resultados. Tudo indica que Simone Biles teve foram sintomas de Burnout, devido ao acúmulo de tarefas, um excesso de responsabilidade e nível de exigência exagerado proveniente da cobrança por resultados perfeitos nas Olimpíadas.

Os sintomas do burnout podem ser físicos e mentais, como esgotamento físico e mental, falta de motivação para ir trabalhar, maior irritabilidade, depressão, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade de concentração, pessimismo, dores de cabeça constantes, enxaqueca, fadiga, palpitação, pressão alta, tensão muscular, insônia, problemas gastrintestinais, gripes e resfriados recorrentes, entre outros.

Focar apenas aquilo que realmente lhes interessa, dizer não e expor suas vulnerabilidades, além de procurar se divertir em todos os âmbitos da vida, são características muito fortes da Geração Z, a qual pertence Simone Biles, afinal, ela nasceu em 1997.

Só para contextualizar, os grupos etários, também conhecido como Gerações, apresentam valores, necessidades e padrões de comportamento semelhantes, formando assim uma subcultura que pode conter importantes segmentos de mercado, afinal, cada grupo etário sofreu grandes influências e foi marcado por fatos históricos, tecnologia, valores, atitudes e predisposições de uma época.

As gerações são divididas da seguinte forma:

Baby Boomers: são pessoas nascidas no período após a Segunda Guerra Mundial, de 1946 a 1963 (algumas literaturas falam que é até 1964).

Geração X: nascidos entre 1964 (algumas literaturas falam que é à partir de 1965) e 1979

Geração Y (Millenials): composta por pessoas nascida entre 1980 e 2000. Alguns autores também alegam que a geração Y nasceu de 1980 e 1995.

Geração Z: nascidos de 1995 até 2010, ou de até 2000 até 2010.

Geração Alpha: nascidos pós 2010, ainda crianças e pré-adolescentes.

A geração Z é muito marcada por mudanças políticas, sociais e tecnológicas que influenciaram e alteraram as suas crenças e formas de viver. Sempre conheceram um mundo instável e estão acostumados à turbulência que os rodeia. Logo, esses jovens encaram o mundo de uma forma mais pragmática e realista do que os seus pais.

Logo, as pessoas dessa geração têm menos dificuldade de expor suas vulnerabilidades do que as de outras gerações, pois estão acostumados a mostrar sua vida com maior naturalidade nas mídias sociais.

Foi-se o tempo que expor as vulnerabilidades era motivo de vergonha ou tristeza. E precisamos aprender isso com a Geração Z. E é aí que nasce o conceito do antifrágil, tão debatido e observado pelas empresas. De acordo com a Revista HSM, ser antifrágil vai além de sermos resilientes: foca-se no autoconhecimento e na inteligência emocional, onde reconhecemos nossas forças, e ao mesmo tempo, identificamos o que precisamos melhorar. Além disso, o antifrágil traz a ciência ao indivíduo de suas vulnerabilidades e a humildade de reconhecer que não sabe tudo e, ainda assim, incentiva-o a munir-se de coragem para aceitar novos desafios na jornada pessoal e profissional de evolução contínua, tendo autocompaixão e olhando para frente.

Observamos o antifrágil nas falas e atitudes de Simone Biles. Ela disse que não vê problemas em desistir das Olimpíadas, competição sonho de muitas atletas, e ao mesmo tempo dá a entender que teremos outras oportunidades de vê-la brilhando na ginástica artística, mas que infelizmente não será nesse momento.

Além do mais, a geração Z também gosta de viver o "agora" e as suas necessidades têm que ser satisfeitas de imediato. Nota-se que Simone Biles não fingiu que estava tudo bem e no meio da competição notificou a sua equipe.

Além do mais, os indivíduos da Geração Z também possuem espírito crítico em relação aos assuntos que os rodeiam, pois convivem com mudanças em diversos âmbitos, desde que nasceram, sendo muito sensíveis aos assuntos que impactam a sociedade e meio ambiente. Observa-se que Biles entendeu a importância de abordar sobre o tema saúde mental ao mundo e abrir ao público os reais motivos de sua saída, pois ela poderia ter alegado que estava lesionada. Porém, ela é da Geração Z, e essa geração não faz tipo.

Por conta da sobrecarga de informações, os Z procuram, de maneira corriqueira, momentos de diversão e formas de fazer mais rápido, melhor e de maneira mais divertida uma tarefa, na sua vida social, no local de trabalho ou mesmo nas suas compras. Valorizam experiências incríveis e significativas na sua vida. Por exemplo, em entrevista para o Globo Esporte, após a conquista da prata para o Brasil no skate, nas Olimpíadas, a Fadinha Rayssa Leal afirma: "eu só me diverti, é o que eu mais sei fazer".

A campeã da medalha de prata da ginástica artística geral (feminino individual), Rebeca Andrade, também da geração Z, ao falar carinhosamente e com sororidade sobre o caso de Simone Biles, torcia para que a ginasta voltasse a se divertir nas competições.

Simone fez o mundo refletir sobre saúde mental, além de nos ensinar a importância de sermos antifrágeis, assumindo nossas vulnerabilidades e tendo a coragem de dar uma pausa e entender que não somos super heróis. Precisamos urgentemente cuidar de nossas mentes: precisamos aprender a dizer não aos outros e sim para nós mesmos.

Quantas vezes dizemos sim para as pessoas e não para nós? Quem irá cuidar de nossa saúde mental, se não for nós mesmos? Será que para isso, teremos que chegar ao nosso limite, ou podemos nos prevenir antes da pane mental? O copo precisa transbordar? Simone nos convida a pegarmos novamente em nossas mãos e conduzirmos nossa saúde mental, sem medos do julgamento do mundo, sem medo de ser feliz, afinal, assumir que não dá mais é motivo de muito orgulho e de muita coragem. "Bora", aprender com a Geração Z, ao invés de criticarmos esse grupo etário?

Torcemos muito para que Biles se recupere e volte a brilhar. Torço muito também para que você (e eu também) consigamos dizer não ao que não nos eleva, nos deixa fadigado e não esteja alinhado com nosso propósito. Coragem para todos nós...



Mariana Munis - professora de Marketing e Comportamento do Consumidor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.


A importância da figura paterna no desenvolvimento dos bebês

 

Em comemoração ao Dia dos Pais, a MAM Baby conversou com a psicóloga e psicanalista Lia Campos sobre a importância do vínculo paterno 

Os bebês são extremamente vulneráveis, principalmente nas primeiras semanas de vida, e um dos passos mais importantes para garantir que cresçam confiantes e saudáveis é fortalecer o vínculo familiar. Quem exerce o papel paterno pode fazer muita diferença nesse processo e, com o estabelecimento do primeiro vínculo, moldar a maneira como o bebê vai vivenciar relacionamentos futuros. 

O Dia dos Pais é comemorado no próximo domingo e, para celebrar a data, a MAM Baby, marca especialista em bebês, conversou com a psicóloga e psicanalista Lia Keuchguerian Silveira Campos para entender como a pessoa que exerce o papel paterno pode ajudar o bebê a se tornar uma criança saudável, forte, autoconfiante e afetuosa.

Em 1930, Freud escreveu que não conseguia pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai. Esse vínculo pode se estabelecer desde a gestação, com uma música cantada para o bebê ainda na barriga, por exemplo. Quando nasce, ele tem a capacidade de se lembrar da música, o que pode ser importante nos momentos em que a criança precisa se acalmar.

Em algumas circunstâncias, a pessoa que assume a figura paterna pode ser vista como intrusa na relação mãe-bebê. Por isso, o ideal é que o vínculo seja estabelecido desde antes do nascimento e cultivado no dia a dia da criança. É nessa constância que o bebê entenderá a importância desse elo e se permitirá receber e, até mesmo, trocar afeto para se desenvolver de maneira saudável.

“O pai é responsável por ampliar o universo do bebê de forma atraente e segura, ele garante um ambiente facilitador satisfatório, estabelece os limites de proteção e inclui a criança na cultura”, afirma Lia. Para ela, a melhor maneira de desenvolver o vínculo com o bebê é participar da rotina de cuidados. “Ao se sentir protegidos, amparados e satisfeitos de suas necessidades, os bebês se sentem seguros para fortalecer o relacionamento com o cuidador”, explica a psicóloga.

Uma pessoa que alimenta o bebê, dá banho e nina o bebê é reconhecida como uma figura de proteção, o que traz uma sensação de segurança para os pequenos. Ter essa confiança básica fortalecida pelo amor e cuidado é a melhor base para se tornar uma pessoa forte, autoconfiante e afetuosa.

Outro papel indispensável da figura paterna é oferecer suporte para a mãe. É essencial acolher essa mulher que, na maioria dos casos, se sente fragilizada no pós-parto diante das muitas demandas do bebê. É muito importante que o pai dê total apoio à mãe ao bloquear interferências externas e solucionar outras questões da rotina para que ela possa viver e se entregar à preocupação materna primária de forma tranquila.


Saiba a importância da família na construção socioemocional das crianças e adolescentes

Especialista e psicóloga do LIV, Renata Ishida fala sobre as diferentes configurações familiares e a desconstrução do estereótipo de gênero no cuidado de crianças e adolescentes

 

Nas últimas décadas, o papel do pai na sociedade tem se transformado e evoluído. Historicamente, o pai desempenhava uma função disciplinadora e rígida, e a interação e participação nos cuidados diários e na educação dos filhos era reduzida. Hoje em dia, além de termos pais mais participativos, as construções familiares também mudaram e são diversas. Em muitos lares, não vemos mais as composições tradicionais, mas sim famílias compostas por casais homoafetivos, mãe solteira ou apenas o pai, entre outras. E essa diversidade traz muitos benefícios para a construção e desenvolvimento socioemocional das crianças e vai além do que podemos imaginar.

Para Renata Ishida, psicóloga clínica e coordenadora pedagógica do LIV - Laboratório Inteligência de Vida - a presença da família na vida de um filho, seja ela composta por figuras masculinas ou não, é fundamental quando se pensa em um bom desenvolvimento socioemocional. "Essas diversas configurações familiares permitem criar crianças de uma maneira muito mais saudável, sendo uma educação sem mentiras e tabus, que se pode dialogar, e ser menos preconceituosa. Essas famílias valorizam muito mais o afeto, o cuidado e o lugar de segurança, do que a sua constituição tradicional conservadora de pai e mãe, um lugar de reprodução. E isso para a construção socioemocional das crianças é muito valioso. Elas vão crescer se sentindo seguras, aceitas, e vão aprender que o mundo é diverso. E vão saber que a diversidade é algo natural e positivo", explica.

Para a psicóloga, em países como o Brasil, que ressaltam e acreditam que os homens têm um papel e a mulher tem outro, é fundamental que a educação consiga desconstruir esses estereótipos de gênero. "Quando se tem uma figura masculina presente e participativa na vida das crianças, isso mostra que ser cuidadoso com o outro, afetuoso, se importar, ter uma escuta ativa, é algo que todo mundo pode desenvolver. Isso evita que estereótipos de homem e mulher sejam criados. Esse processo de cuidado entre pai e filho mostra às crianças que os homens também choram, também sentem medo, se sentem inseguros, ficam com dúvidas, assim como as mães. Quando uma criança vê um homem cuidando de uma criança, ela aprende que isso também faz parte da vida, que isso também é responsabilidade dos homens."

Segundo Renata, a habilidade de cuidar do outro não nasce com as pessoas. Essa habilidade é aprendida. "As mulheres são ensinadas a cuidar do outro desde pequenas quando ganham bonecas. A partir do momento que nós podemos mostrar para as crianças que todo mundo faz parte desse processo de criação, educação, cuidado, troca, afeto, conversa, nós vamos desconstruindo essa ideia de que existe coisa que é feita pra pai e coisa que é feita pra mãe, feito para homem, feita para mulher. Isso dá a liberdade para as crianças, que serão mulheres ou homens no futuro, fazerem e serem o que quiserem."

E uma família com a ausência de uma figura masculina tem potencial para gerar conflitos no desenvolvimento psicológico da criança? Renata explica: "Não é a presença ou ausência do pai que vai fazer essa diferença, mas sim uma comunidade social em torno da criança que seja diversa, acolhedora, presente, e que exerça o cuidado dessa criança, independentemente de ser homem ou mulher. A educação da criança fica muito mais rica quando se tem uma diversidade de pessoas participando dela, seja de diferentes idades, de diferentes culturas, de diferentes sexos. Isso vai gerar uma criança muito mais crítica, curiosa, empática e interessada pelo mundo."

 


Renata Ishida - psicóloga clínica e coordenadora pedagógica do LIV - Mestra em Psicologia Social pela PUC-São Paulo e especialista em infância e adolescência, Renata atuou 10 anos na Saúde Pública, mas foi na área da Educação que percebeu maior potência do seu trabalho no que diz respeito à transformação, criação e encontros, ou seja, na própria possibilidade de produção do que considera saúde. Acredita que precisamos de menos fórmulas e mais escuta - de si, do outro e do mundo - para que consigamos construir com criatividade e responsabilidade caminhos diante dos desafios da vida.

 

LIV - Laboratório Inteligência de Vida

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Depressão sazonal: entenda como o inverno interfere no humor e na saúde mental

Psiquiatra explica como a menor incidência de luz solar pode levar a sentimentos de tristeza e indica possíveis formas de prevenção e tratamento

 

Não é incomum ouvir pessoas dizerem que se sentem tristes ou até menos motivadas em dias frios e nublados. Apesar de parecer um simples "senso comum", as baixas temperaturas realmente podem interferir no humor e na saúde mental das pessoas.

Esse fenômeno é chamado também de depressão sazonal. De acordo com a médica psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, as causas específicas da depressão sazonal seguem desconhecidas e variam de pessoa para pessoa.

"Pode ser uma queda nos níveis de serotonina, assim como alterações nos níveis de melatonina e vitamina D. Tudo isso tem interferência direta no humor e qualidade de sono das pessoas, por exemplo", explica.

Ainda segundo a médica, em todas as possibilidades, a maior responsabilidade não é do frio, mas sim da menor incidência de luz solar neste período. "A depressão sazonal pode se dar, inclusive, por uma alteração do relógio interno da pessoa, levando a sentimentos de tristeza e desânimo", afirma.



Prevenção e tratamento

Apesar de não ser muito falada e ter menos incidência no Brasil, por se tratar de um país com muito sol e estações não tão bem definidas, é importante estar atento e procurar o auxílio de um psiquiatra assim que aparecerem os primeiros sintomas.

"É recomendado cultivar pensamentos mais positivos, praticar atividades físicas, manter a vida social, tentar ter uma alimentação balanceada, se expor mais ao sol quando possível e manter a rotina de sono. Além disso, evitar ou diminuir o consumo de álcool, cafeína, tabaco e outras drogas", indica Dra. Renata.

Uma vez que os sintomas da depressão sazonal são os mesmos que os da depressão comum, o tratamento também ocorre da mesma forma. "Inclui tanto a parte tradicional, como antidepressivos, terapia e atividade física, quanto fototerapia com luz artificial e reposição de vitamina D", explica a psiquiatra.


Jogos e Soroban auxiliam no desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down

A jovem Ana Clara durante a aula com a professora Tatiana de França Moura Alves, do Super Cérebro


Competências cognitivas e socioemocionais são trabalhadas de maneira lúdica

 

A jovem Ana Clara, de 22 anos, tem síndrome de Down. Nunca gostou de jogos e custava a se concentrar em sala de aula. Na pandemia, suas dificuldades de aprendizagem aumentaram. Mas nos últimos meses, Ana Clara está progredindo como nunca: está mais persistente, interessada e raciocinando com mais agilidade. E isso tudo a deixa muito feliz e confiante. A mudança começou com atividades que incluem jogos de tabuleiro adaptados ao seu ritmo e Soroban - uma ferramenta milenar para cálculo matemático. “Tenho observado o quanto a Ana Clara melhorou a concentração depois que começou o Soroban. Além disso, ela evitava participar de jogos porque não entendia. Agora se interessa por vencer seus desafios. Ela está mais rápida nas respostas, no raciocínio e tudo isso aumenta a sua autoestima também”, diz  Beatriz Ardison dos Santos, mãe de Ana Clara.

As aulas acontecem no Instituto AMOR 21 (Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down), em Maceió (AL), e fazem parte de uma iniciativa do Grupo Super Cérebro, em parceria com seus franqueados de Maceió.“Iniciamos esse trabalho em meados de abril. Naquele momento os jovens e adultos atendidos pela associação viviam a ansiedade gerada pela pandemia. Muitos deles, por serem do grupo de risco, ficaram meses afastados das atividades até que fossem vacinados contra a Covid-19. Com o retorno, abrimos a primeira turma com cinco alunos para trabalhar o método Super Cérebro, que tem como propósito contribuir para o desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais, as chamadas soft skills. Rapidamente pudemos perceber a evolução, tanto no raciocínio lógico, quanto no campo emocional. Agora queremos abrir mais turmas e atender às crianças também”, conta Tatiana de França Moura Alves, que é franqueada do grupo em Maceió e atua como voluntária no Instituto AMOR 21.

Tatiana é terapeuta ocupacional e comanda duas unidades do Super Cérebro em Maceió, juntamente com o marido Rogério Virgílio Alves. O casal tem um filho de 11 anos com síndrome de Down. “Conhecemos as dificuldades e as necessidades desse público e por isso estamos trabalhando com o método do Super Cérebro no seu desenvolvimento. Observamos uma evolução incrível. Eles aprenderam a transformar algo abstrato como a matemática em concreto com o uso Soroban. A ferramenta proporciona o contato visual e o toque e isso facilita a aprendizagem”, revela.

A evolução não ficou restrita ao raciocínio lógico. Tatiana conta que eles estão empoderados. “Vibram quando acertam um exercício e aprenderam a responder, sem medo de errar. Até a linguagem evoluiu e com isso eles percebem que são muito capazes, ganham confiança e autoestima.”

Além do Soroban, jogos de tabuleiro mundialmente reconhecidos são utilizados para desenvolver capacidades como comunicação e argumentação, estratégia para a tomada de decisão, colaboração, liderança e respeito às regras. Para trabalhar com os alunos com síndrome de Down, foram feitas algumas adaptações. “No caso dos jogos, reduzimos a quantidade de regras para o melhor entendimento deles. Conforme entendem o jogo vamos acrescentando novas regras. É preciso perceber a dificuldade para ir aumentando o grau à medida que evoluem.”

Para a diretora comercial do Grupo Super Cérebro, Patrícia Gamba, é sinônimo de orgulho ver que o método está contribuindo de forma expressiva para o desenvolvimento intelectual e emocional de pessoas com síndrome de Down. “O Super Cérebro criou um método exclusivo para aprimorar competências que vão muito além do raciocínio lógico, desenvolvendo a inteligência socioemocional, que é fundamental para garantir a capacidade de se relacionar com outros indivíduos e superar desafios de maneira saudável e equilibrada. Saber que esses estudantes estão evoluindo com o método e que isso impacta na vida pessoal deles é sensacional. Tenho certeza de que estão mais autoconfiantes e isso influencia em todos os aspectos da vida deles dentro e fora da escola”, diz.

 

 

Grupo Super Cérebro

 https://www.supercerebro.com.br  

 

Instituto AMOR 21

https://www.instagram.com/amor21oficial


Dia Nacional de Combate ao Colesterol é lembrado com mostra na Estação Oscar Freire de metrô até o final de agosto

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo, responsável pela exposição, explica nos painéis por que é importante manter o nível adequado da substância no sangue

 


 Cartaz em exibição na mostra

  

No dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Na Estação São Paulo-Morumbi de metrô, uma exposição com 20 pranchas informa e alerta sobre o colesterol – um tipo de gordura que faz parte das estruturas das células e é primordial para o funcionamento do organismo. Ele se torna um problema quando seus níveis se apresentam alterados, podendo causar graves problemas de saúde, como infarto e acidente vascular cerebral.   

A ação de esclarecimento é uma realização da ViaQuatro, concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 4-Amarela de metrô, em parceria com a SBEM-SP – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo. 

Nos painéis da exposição, orientações sobre a utilidade do colesterol, as causas de ele se apresentar alto em algumas situações, os riscos que pode causar quando ultrapassa o limite considerado adequado, entre outras informações A situação se torna mais crítica quando associado a outros fatores, como glicose aumentada, hipertensão, tabagismo. 

“Além de oferecer um transporte seguro e confortável a todos, a concessionária busca sempre levar aos passageiros informações que possam colaborar com a saúde e qualidade de vida”, diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro.

 


 

 Serviço

Dia Nacional de Combate ao Colesterol – Linha 4-Amarela

 

Estação São Paulo-Morumbi – de 9 a 31 de agosto


Dermatologistas alertam para o risco da automedicação no tratamento de doenças dermatológicas em crianças no retorno às aulas

Escutar conselhos de amigos ou parentes ou mesmo a indicação de um atendente de farmácia pode ser um risco para o sucesso do tratamento de doenças dermatológicas que afetam crianças e até adolescentes. Por isso, os médicos dermatologistas lembram aos pais e responsáveis que a automedicação (induzida ou espontânea) deve ser evitada no momento de cuidar de sinais e sintomas que atingem a saúde de pele, cabelos e unhas de crianças.

A utilização de fórmulas caseiras (chás, infusões, extratos de plantas), shampoos, pomadas, cremes ou outros medicamentos sem a devida indicação médica pode comprometer o tratamento das doenças que afetam os pequenos. Na avaliação dos especialistas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é importante levá-los para a avaliação de um especialista, mesmo de forma preventiva.

"É recomendável um cuidado maior com a saúde dos pequenos em creches e escolas, pois são locais com maior risco de contaminação pelo contato prolongado entre as crianças. Mas se ocorrer a transmissão de alguma dessas doenças, não tente resolver o problema por conta própria. Leve a criança para a avaliação atenta e o acompanhamento de um médico dermatologista", afirma a coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, Silvia Assumpção Soutto Mayor.


Doenças - Com o retorno gradual às aulas presenciais e às atividades em grupo, a SBD ressalta que as crianças ficam mais expostas a uma série de doenças dermatológicas. Algumas delas são bastante comuns em creches e escolas, como a pediculose do couro cabeludo. Essa doença parasitária, conhecida popularmente como piolho, é transmitida por meio de contato direto e pelo compartilhamento de objetos de uso pessoal, como bonés, escovas, acessórios de cabelo e toalhas.

Além da pediculose, outras doenças também podem incomodar e exigir cuidados, como micoses, pitiríase versicolor, molusco, impetigo e escabiose. Atenta a esse cenário, a Sociedade Brasileira de Dermatologia faz algumas recomendações aos pais, mães e adultos responsáveis para evitar que esses problemas atinjam as crianças com a retomada da rotina escolar.

Como lembrou a coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD, os adultos devem ficar atentos à saúde dos seus filhos ou crianças sob sua responsabilidade. "Não deixe de procurar a ajuda de um médico dermatologista, evitando soluções caseiras ou o uso de remédios sem a devida prescrição. Cada paciente deve ser avaliado, segundo suas necessidades, sendo que as dosagens e os períodos de uso dos medicamentes podem variar de paciente para paciente. Lembre-se: o uso indevido pode retardar o tratamento e causar problemas ainda maiores, como alergias e intoxicações", reforçou Silvia Soutto Mayor.

Para se prevenir de dificuldades na prevenção e no combate às doenças de pele, cabelos e unhas que afetam alunos e frequentadores de creches, confira as características dos principais desses problemas dermatológicos e procure ajuda, se necessário.


Escabiose

De contágio exclusivo entre humanos, essa doença surge por conta de contato direto com pessoas, roupas e outros objetos contaminados. Aproximadamente quatro dias após o contato com o ácaro (Sarcoptes scabiei variante hominis) na área infectada surgem bolinhas que podem vir acompanhadas de bolhas d’água e coçam muito, principalmente à noite. Em geral, essa doença não afeta apenas crianças. Outros membros da família - mesmo os adultos - também podem ser acometidos. O tratamento consiste no uso medicamentos tópicos que devem ser prescritos por um especialista, que indicará o período e a forma de aplicação. Dependendo da característica do quadro apresentado, também pode ser preciso usar medicamentos sistêmicos. Como a doença é bastante contagiosa, deve ser avaliado o tratamento para todos os contatos próximos a fim de reduzir o risco de complicações, o que reforça a importância do acompanhamento por um médico dermatologista.


Impetigo

Trata-se de uma infecção bacteriana superficial, altamente contagiosa e muito frequente em crianças. As manifestações ocorrem especialmente na face, braços e pernas. Ele se caracteriza pela presença de crostas amareladas ou bolhas nas áreas afetadas. O impetigo também pode atingir o paciente após algum trauma na pele, como arranhões e pequenos cortes, ou picadas de insetos. Para prevenção, os dermatologistas recomendam manter a pele sempre limpa. Também é aconselhável evitar coçar lesões. O tratamento pode exigir o uso de antibióticos.


Micoses

Essa doença é causada pela ação de fungos que atingem a pele, as unhas e o cabelo.
A transpiração, o calor e a umidade estão entre os fatores que favorecem o surgimento de micoses, que aparecem com maior frequência em pés, dedos, unhas e virilha. Como forma de prevenção, os médicos dermatologistas recomendam não compartilhar itens de higiene pessoal, secar bem o corpo após o banho e evitar deixar a criança com a pele úmida pelo suor por muito tempo. Também deve-se evitar deixar que as crianças caminhem descalças por áreas públicas, como ginásios, piscinas e praias. Em caso de infecção, o tratamento exige o uso de medicamentos específicos que devem ser prescritos por especialistas no assunto, que farão a escolha de acordo com as características da manifestação.


Molusco

Essa doença é uma infecção viral contagiosa. Se confunde com pequenas espinhas ou bolinhas cor da pele que são indolores e podem estar isoladas ou agrupadas. O contato direto com outra criança com molusco é a forma de contágio mais comum. Para não deixar que o vírus se espalhe para outras partes do corpo, é importante evitar o ato de coçar e mexer nas lesões. É recomendável levar a criança para avaliação do médico dermatologista, prescreverá o tratamento adequado, que pode ser realizado por meio de uso de medicamentos ou até mesmo a remoção cirúrgica das lesões. Dependendo do nível de imunidade da criança, é possível que as lesões regridam ou até desapareçam, mas isso não elimina a importância de uma consulta com o especialista.


Pediculose

Conhecida como piolho, a pediculose é uma doença parasitária bastante frequente em crianças de três a 11 anos. A transmissão ocorre por contato direto. O principal sinal de contágio é a presença de coceira intensa que pode provocar até ferimentos. Para prevenir, evite o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como pentes, roupas, presilhas, bonés e toalhas. Também oriente seus filhos a não irem com o cabelo molhado para a escola, pois a umidade favorece a proliferação dos insetos. E um lembrete: não existe fórmula, remédio ou preventivos. Além dos cuidados citados, o ideal é não ter contato com crianças infestadas. Assim, caso seus filhos manifestem o problema, avise a escola e siga as recomendações dos médicos para que eles não espalhem a doença.


Pitiríase versicolor

Também conhecida como micose de praia ou "pano branco", essa doença é causada por fungos do gênero Malassezia. Apresenta-se clinicamente na forma de manchas brancas que descamam, especialmente nas áreas muito oleosas do corpo (pescoço, tronco, rosto) e no couro cabeludo. Os médicos dermatologistas avisam: a família deve ficar atenta aos sintomas dessa manifestação em crianças e adolescentes. Caso surjam, o especialista deve ser procurado o mais rápido possível para fazer o diagnóstico e dar início ao tratamento que pode implicar na administração de medicamentos antifúngicos tópicos ou orais.


Quebrando o silêncio: música em hospitais auxilia na recuperação de pacientes em períodos de isolamento

A música também leva ao autoconhecimento e à ressignificação do sofrimento vivido na fase do momento hospitalar
 Divulgação


Com o objetivo de multiplicar conhecimento científico sobre tema, psicólogo compartilha em livro vivências e benefícios da música em ambiente hospitalar


Quem nunca se emocionou com uma música, que despertou lembranças por trazer a marca de alguém ou de algum momento importante? Ela, assim como outras artes, tem o poder de intensificar emoções e ressignificar espaço e tempo. Em ambiente hospitalar, não é diferente. A música pode ser um instrumento de humanização do cuidado, o que contribui na recuperação dos pacientes. 

A dentista Viviane Frossard Migliavacca Straub passou sete dias internada, no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), para realizar duas cirurgias do aparelho digestivo. Mesmo sem relação nenhuma com a covid-19, por causa do isolamento imposto pela pandemia, ela passou todo esse período sem a possibilidade de receber visitas e longe do marido. Ela relembra que a música teve um papel fundamental nesse processo de recuperação e de manutenção da esperança na melhora. “A maior emoção que eu tive foi que, no momento da minha alta, entrou toda a equipe do hospital, acompanhada do meu esposo, cantando a nossa música. Mesmo em tempo de pandemia, de solidão e de isolamento social, a gente pode ter alegria. E isso vindo de um hospital é muito mais valoroso”. 

Esse é um exemplo de experiência vivida pelo psicólogo dos hospitais Marcelino Champagnat e Universitário Cajuru, em Curitiba (PR), Sidnei Evangelista. Ao longo dos últimos sete anos ele coleciona vivências como essa que agora fazem parte de um livro. Com o título “Música em ambiente hospitalar e sua interface com a bioética”, Sidnei se baseia em pesquisas científicas e experiências próprias do dia a dia dos hospitais para apurar os benefícios que a música traz para os cuidados. 

“A música possui uma função simbólica da arte que nos ajuda a encontrar ou dar sentido aos momentos que estamos vivenciando. Principalmente no momento de sofrimento. Ela proporciona o resgate da autoestima e da autonomia. Além disso, os encontros musicais causam uma diminuição dos efeitos negativos relacionados ao internamento, pois eles fazem esse resgate da identidade que muitas vezes se perde nos ambientes hospitalares”, explica. “O olhar de quem participa, vivencia e está no dia a dia faz toda a diferença”, complementa. 


Ambientes acolhedores

Entre uma atividade e outra, as músicas chegaram nas unidades de internação, pronto-socorro, UTIs, sala de espera, centro cirúrgico e hemodiálise. Com base nesses encontros, o conteúdo do livro foi desenvolvido. “A partir dessas visitas, percebi de início que a música tinha boa receptividade na comunidade hospitalar. Paciente, familiar e profissionais da saúde demonstravam em algumas falas o bem que a música trazia”, conta. Sidinei diz que a publicação busca enfatizar que a música também leva ao autoconhecimento e à ressignificação do sofrimento vivido no ambiente na fase do momento hospitalar. Um dos principais objetivos, segundo ele, é tornar os hospitais, cada vez mais, espaços menos ameaçadores.

Sidnei também faz parte da equipe de pastoral e voluntariado do Hospital Universitário Cajuru e conta que as práticas de humanização fazem muita diferença para os pacientes do hospital que é 100% SUS e referência em traumas. O autor do livro afirma que, antes mesmo de enxergar a doença ou o acidente atendido, é preciso entender que ali estão pessoas que merecem essa aproximação. “Estamos diante de um ser humano, que é um ser biopsicossocial e espiritual. Um hospital vai além do tratamento físico”, afirma. E é nesse sentido que a música conta histórias, emociona e inspira. Ela traz alegria aos pacientes, mesmo nas situações mais difíceis. 

“A música nos ajuda a encontrar afetos positivos e conforto espiritual que muitas vezes não cabem nas palavras. E por isso é que ela é fundamental no ambiente hospitalar”, defende Sidinei. O livro “Música em ambiente hospitalar e sua interface com a bioética” será lançado no dia 5 de agosto, no auditório do Hospital Universitário Cajuru. Em virtude dos cuidados no enfrentamento ao coronavírus, o lançamento poderá ser acompanhado de forma on-line, das 10h às 12h. 

 


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Saiba o que é miomectomia histeroscópica

FreePik | Divulgação
Doutor Alexandre Silva e Silva, especialista em ginecologia minimamente invasiva e cirurgia robótica explica mais sobre a técnica



Miomectomia é o nome da cirurgia de retirada dos miomas, enquanto a histeroscópica é uma das técnicas utilizadas para a retirada dos miomas quando eles estão por dentro da cavidade uterina.

Segundo o Dr. Alexandre Silva e Silva, especialista em ginecologia minimamente invasiva e cirurgia robótica, este tipo de procedimento pode ser feito através da via vaginal. Para isto, o cirurgião introduz um instrumento chamado histeroscópio por meio do canal vaginal, sem a necessidade de cortes, por onde é retirado o mioma.

“Essa cirurgia é realizada sob anestesia, em ambiente hospitalar e não está recomendada para todos os tipos de mioma. É preciso uma avaliação do cirurgião que, na individualização do caso, consegue informar a paciente se ela está apta ou não para o procedimento”, explica o doutor.

Geralmente a recuperação é rápida e a paciente pode ter alta em até 6 horas após o procedimento e voltar às suas atividades normais em cerca de 3 a 4 dias.
De acordo com o Dr. essa é um das cirurgias ginecológicas com menos restrições no pós-operatório, sem a necessidade de alimentação ou cuidados especiais. Um pequeno sangramento nos 14 dias que seguem a cirurgia pode ser esperado, mas com o passar dos dias ele vai diminuindo até sumir completamente.

 

 

Dr. Alexandre Silva e Silva -  se formou em 1995 na Faculdade de Ciências Médicas de Santos em medicina. Sua especialização é em Cirurgia Minimamente Invasiva e Cirurgia Robótica. Além disso, possui certificação em cirurgia robótica em 2007 no Hospital Metodista de Houston. Certificação em cirurgia robótica single site em 2016 em Atlanta. É mestre em ciências pela Universidade de São Paulo em 2019 e foi pioneiro em cirurgia minimamente invasiva a partir do ano de 1998. E dá aulas de vídeo cirurgia desde então. Referência em vídeo-laparoscopia e cirurgia robótica.


Agosto Dourado: 31% das brasileiras não conseguiram amamentar seus filhos por 6 meses, diz estudo

Embora a Organização Mundial da Saúde recomende a amamentação exclusiva, não são todas as mulheres que conseguem.


Dia 1º de agosto começou a semana mundial de aleitamento materno, que vai até dia 7, e que este ano tem como tema “proteger a amamentação: uma responsabilidade compartilhada.” Um dos objetivos desta semana tão importante, é manter a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida, conforme recomendam a OMS - Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde. Afinal, as fórmulas e leites especiais não são capazes de imitar fielmente a composição do leite materno.

Porém, conforme constatou a Famivita em seu mais recente estudo, 31% das brasileiras não conseguiram atingir o objetivo de amamentar seus filhos, exclusivamente por seis meses. E os dados por estado demonstram que o Tocantins é o estado em que mais mulheres amamentaram exclusivamente, sendo que somente 10% não conseguiram. No Rio de Janeiro, 30% das entrevistadas não atingiram esse objetivo, e em São Paulo 35%. Já o Rio Grande do Sul é o estado em que menos mulheres amamentaram exclusivamente por seis meses, com 41% das participantes.

A falta de orientação adequada na hora de amamentar pode causar alguns transtornos para as mamães, podendo causar dor, e dificultando a pega pelo bebê. Porém, é muito importante que elas não desistam, pois o leite materno tem tudo que o bebê precisa para crescer saudável. É por isso que uma consultoria de amamentação, pode fazer toda a diferença. Com ela, as mamães têm acesso a profissionais especializados e experientes, consultoria 100% online e suporte pós-consulta durante 15 dias. Tudo isso, através de um processo muito rápido, e por um custo muito mais baixo do que as fórmulas e leites especiais.


Saiba a importância do armazenamento de sêmen para a saúde masculina

 Médico da Criogênesis comenta os benefícios do procedimento, que auxilia em casos de infertilidade


Devido à rotina movimentada, muitos brasileiros têm adiado o momento de ter filhos. Embora esse desejo esteja cada vez mais tardio, a fertilidade é sempre um motivo de atenção. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% da população adulta sofre com esse problema. Ainda segundo a instituição, os homens são os responsáveis em 40% dos casos de dificuldades para engravidar.

Com a ajuda de tecnologias reprodutivas, a ciência conseguiu desenvolver alternativas para esse problema. Dentre eles, o armazenamento do sêmen se configura como um dos principais. Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis , alerta para a importância desse procedimento, tendo em vista, por exemplo, que tratamentos como a quimioterapia e radioterapia podem desenvolver quadros de infertilidade. "O armazenamento de células germinativas masculinas (espermatozoides) possibilita a preservação da fertilidade, proporcionando segurança na hora que se desejar engravidar. Alguns tipos de cânceres, cirurgias como a de testículo e próstata, podem desencadear problemas reprodutivos. Sendo assim, ele se consolida como fundamental para garantir a capacidade reprodutiva do homem", conta.

O médico ressalta também que, mesmo saudável, em alguns casos armazenamento pode ser recomendado: "Homens que vão realizar vasectomia, pacientes em tratamento de fertilização in vitro, expostos a materiais contaminantes como agrotóxicos e toxinas ambientais, podem se beneficiar desse método em um futuro", enfatiza.

Para armazenar o sêmen por tempo indeterminado, é necessário que ele seja criopreservado. "Esse procedimento acontece através de uma técnica que utiliza vapor de nitrogênio", explica o especialista. Segundo o ginecologista, o processo, acontece em temperaturas extremamente baixas, de aproximadamente -196°C. "De 24 a 48 horas depois do congelamento, uma porção do sêmen é descongelada para verificar sua qualidade e o percentual de sobrevivência dos espermatozoides", esclarece.

 

Criogênesis

https://www.criogenesis.com.br


Apneia obstrutiva do sono e sua relação com depressão e ansiedade

Sintomas depressivos podem estar correlacionados com a AOS


O sono perturbado pode causar uma série de consequências importantes para o dia a dia da pessoa, como falta de concentração, problemas de humor, ansiedade e Transtorno Depressivo Maior (TDM), que atingem diretamente sua qualidade de vida.1 De acordo com estudo publicado na revista Molecular Psychiatry, que reuniu 85 mil participantes do UK Biobank Study, pessoas com um ciclo de sono desalinhado têm maior probabilidade de apresentar depressão e ansiedade e têm menos sensação de bem-estar.1

Segundo o doutor Fábio Aurélio Costa Leite, psiquiatra com especialização em sono, dor e psiquiatria geriátrica, “indivíduos que não conseguem ter um dia normal porque dormiram mal, acordaram muitas vezes à noite e ficaram irritados e cansados em razão disso, podem ter alteração emocional de forma mais duradoura e apresentar sintomas como ansiedade”. Ele destaca que a saúde mental pode ser alterada por qualquer tipo de fator, seja físico ou emocional, e um sono ruim, cuja causa pode ser a AOS (Apneia Obstrutiva do Sono), pode sim levar a outras doenças, como a depressão. A apneia obstrutiva do sono é um transtorno do sono comum e potencialmente grave, no qual a via aérea torna-se repetidamente bloqueada pelo relaxamento dos tecidos da faringe e da base da língua, limitando a quantidade de ar que atinge os pulmões.

Uma vez constatada a relação do sono ruim com a apneia, é possível iniciar o tratamento que trará benefícios em pouco tempo. A terapia médica de escolha para AOS é o CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), mas é importante a adesão do paciente para que o tratamento seja bem-sucedido e ofereça resultados perceptíveis.2

Rodrigo Parente, foi alertado pela esposa sobre seu ronco e a impressão de que estava sufocando, durante a noite. Foi então que começou a perceber que havia algo errado, pois sentia cansaço todos os dias, sono constante durante o trabalho e problemas de concentração. “Percebia certa irritabilidade, excessiva preocupação e medo com certas atividades cotidianas. Após uma crise de ansiedade, fui ao psiquiatra especialista de sono e obtive o diagnóstico de apneia do sono, correlacionada com a depressão, e iniciei o tratamento imediatamente. Com a correta prescrição médica, aliada ao uso do CPAP, houve uma melhora significativa na qualidade de sono e de vida. Inclusive, hoje durmo várias horas sem interrupção. Acordar revigorado passou a ser uma realidade que há muito tempo não vivia”, comemora Parente.

Doutor Fábio Aurélio Costa Leite alerta que alguns pacientes que fazem tratamento de depressão e ansiedade e que usam medicamentos de forma adequada acabam não se recuperando completamente porque têm apneia do sono e não sabem. “Quando fazemos uma investigação, descobrimos a AOS e fazemos a correção com uso do CPAP, o paciente fica estável.”

No Brasil o tratamento para apneia, que em certos casos está relacionada à depressão, pode ser realizado com equipamentos ResMed, uma das maiores fabricantes mundiais de soluções para o tratamento da doença. Pacientes podem acompanhar sua própria terapia com CPAP com um aplicativo gratuito e fácil de usar, chamado myAir™. O app fornece uma pontuação diária de como a pessoa dormiu e inclui guia de instruções, vídeos e informações personalizadas de treinamento com base nos dados da sua terapia, melhorando ainda mais a adesão ao tratamento.3

 

 

ResMed

https://www.resmed.com.br/

 

Referências:

  1. CNN Health. 2021. Disponível em: https://edition.cnn.com/2021/06/07/health/night-owl-depression-link-wellness/index.html
  2. S Jehan et al. Sleep Med Disord. 2017; 1(3):2-3
  3. Malhotra A, et al. Chest, 2018. Disponível em: https://journal.chestnet.org/article/S0012-3692(17)33073-8/fulltext

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