Em comemoração ao Dia dos Pais, a MAM Baby conversou com a psicóloga e psicanalista Lia Campos sobre a importância do vínculo paterno
Os bebês são extremamente vulneráveis, principalmente
nas primeiras semanas de vida, e um dos passos mais importantes para garantir
que cresçam confiantes e saudáveis é fortalecer o vínculo familiar. Quem exerce
o papel paterno pode fazer muita diferença nesse processo e, com o
estabelecimento do primeiro vínculo, moldar a maneira como o bebê vai vivenciar
relacionamentos futuros.
O Dia dos Pais é comemorado no próximo domingo e,
para celebrar a data, a MAM Baby, marca especialista em
bebês, conversou com a psicóloga e psicanalista Lia Keuchguerian Silveira
Campos para entender como a pessoa que exerce o papel paterno pode ajudar o
bebê a se tornar uma criança saudável, forte, autoconfiante e afetuosa.
Em 1930, Freud escreveu que não conseguia pensar em
nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai.
Esse vínculo pode se estabelecer desde a gestação, com uma música cantada para
o bebê ainda na barriga, por exemplo. Quando nasce, ele tem a capacidade de se
lembrar da música, o que pode ser importante nos momentos em que a criança
precisa se acalmar.
Em algumas circunstâncias, a pessoa que assume a
figura paterna pode ser vista como intrusa na relação mãe-bebê. Por isso, o
ideal é que o vínculo seja estabelecido desde antes do nascimento e cultivado
no dia a dia da criança. É nessa constância que o bebê entenderá a importância
desse elo e se permitirá receber e, até mesmo, trocar afeto para se desenvolver
de maneira saudável.
“O pai é responsável por ampliar o universo do bebê
de forma atraente e segura, ele garante um ambiente facilitador satisfatório,
estabelece os limites de proteção e inclui a criança na cultura”, afirma Lia.
Para ela, a melhor maneira de desenvolver o vínculo com o bebê é participar da
rotina de cuidados. “Ao se sentir protegidos, amparados e satisfeitos de suas
necessidades, os bebês se sentem seguros para fortalecer o relacionamento com o
cuidador”, explica a psicóloga.
Uma pessoa que alimenta o bebê, dá banho e nina o
bebê é reconhecida como uma figura de proteção, o que traz uma sensação de
segurança para os pequenos. Ter essa confiança básica fortalecida pelo amor e
cuidado é a melhor base para se tornar uma pessoa forte, autoconfiante e
afetuosa.
Outro papel indispensável da figura paterna é
oferecer suporte para a mãe. É essencial acolher essa mulher que, na maioria
dos casos, se sente fragilizada no pós-parto diante das muitas demandas do
bebê. É muito importante que o pai dê total apoio à mãe ao bloquear
interferências externas e solucionar outras questões da rotina para que ela
possa viver e se entregar à preocupação materna primária de forma tranquila.
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