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terça-feira, 9 de junho de 2020

Eletrodomésticos: Liv’n Arquitetura aborda as novidades e a evolução da tecnologia nos equipamentos para cozinha



Arquiteta Júlia Guadix direciona o que levar em conta antes de escolher geladeira, fogão, forno, micro-ondas, coifa e máquina lava-louça para o ambiente


A cozinha vai muito além de armários e revestimentos de encher os olhos. Levando em conta que esse é um dos ambientes da casa que mais pede funcionalidade e praticidade no dia a dia, a escolha certa dos eletrodomésticos é primordial para facilitar essa rotina, que vai desde o armazenamento até o preparo dos alimentos.

Entusiasta pela evolução dos equipamentos que a indústria tem desenvolvido, a arquiteta Júlia Guadix, do escritório de arquitetura Liv’n Arquitetura, acompanha as novidades e gosta de contar com as características dos modelos e as necessidades de cada residência para especificar em projeto. Com tantas opções no mercado, ela condiciona como o primeiro passo o preparo de uma lista com os itens que não podem fazer na cozinha. “Em um projeto de cozinha, sempre começamos com a escolha dos eletrodomésticos. Assim conseguimos adequar a parte elétrica e a marcenaria de acordo com as necessidades de cada aparelho”, explica Júlia.

A profissional também coloca como papel do profissional de arquitetura o suporte para avaliar questões técnicas como medidas para o planejamento da marcenaria e o posicionamento das tomadas, bem como observar as voltagens que estão diretamente relacionadas ao quadro de energia da casa. Além disso, uma interrogação final colocada por Júlia deve ser respondida sem nenhuma dúvida: as aquisições se encaixarão, e sobretudo atenderão a rotina dos moradores?

A seguir, acompanhe o check list preparado pela arquiteta:


Geladeira: 

Nesse projeto a geladeira está embutida no nicho da marcenaria com uma altura de 1,95m/Foto: Guilherme Pucci


Quando o assunto é a escolha da geladeira, Júlia logo enfatiza que o modelo deve apresentar a tecnologia Frost Free, que por conta do sistema de refrigeração controlado eletronicamente garante a não formação de gelo nas paredes e elimina o degelo. Quanto às medidas, é preciso levar em conta não apenas o vão de encaixe, mas também o espaço para ‘respiro’ do eletrodoméstico, que é indicado no manual do produto elaborado pelos fabricantes, e o espaço para abertura das portas.

Com o advento da indústria, os modelos com freezer invertido se tornaram uma grande vantagem em função da praticidade e do conforto para a abertura da porta do refrigerador. “Gosto muito das versões inverse, que trazem o freezer na parte de baixo do aparelho e permite que os itens da área mais usada – o refrigerador – fiquem aos olhos do usuário”, destaca a arquiteta. Como adicional, alguns modelos com tecnologia inverter também garantem menor consumo de energia elétrica, sem reduzir a eficiência de performance.

Como adicionais, os modelos mais recentes ainda agregam funções como produção de gelo automático e água fresca – diretamente na porta. “Imagina nunca mais encher uma garrafa de água ou forminhas de gelo? É um dos meus sonhos de consumo!”, brinca a arquiteta.

Linha branca ou acabamento inox? Essa é uma dúvida que paira na mente dos consumidores em função da durabilidade. De maneira geral, ambos oferecem a mesma longevidade em função dos cuidados semelhantes: limpeza com pano macio e detergente neutro, sem a utilização de nenhum produto abrasivo. “Em geral, dou preferência para os acabamentos de inox, que além de conferir modernidade e elegância aos ambientes, envelhecem melhor. As geladeiras brancas possuem elementos em plástico branco que amarelam com o tempo e denunciam a idade do equipamento.  Em nenhum dos dois acabamentos recomendo a bucha dupla face para não aparecerem riscos indesejados”, esclarece Júlia.


Cooktop e Forno: 

Nesse projeto, o cooktop e o fogão são elétricos, práticos para limpar e controlar a temperatura. O forno, embutido no móvel sob o cooktop, facilita o dia-a-dia/Foto: Guilherme Pucci

As cozinhas atuais seguem com a tendência de posicionar cooktop e forno de forma separada. Em relação à fonte de energia – a gás (por botijão ou natural, de forma encanada) ou elétrico –, são definidos de acordo com a preferência dos clientes, como pelas condições oferecidas no projeto.

A arquiteta revela a predileção pelo sistema elétrico, já que a indução se traduz como mais eficiente e seguro na rotina diária. “Fico muito mais tranquila de pensar que a ‘boca’ desse cooktop só esquenta quando a panela está posicionada no local”, diz a arquiteta. Além disso, esfria mais rápido e é muito prático para limpar, já que não apresenta os relevos do fogão tradicional, os bocais e as grades. O modelo também é muito vantajoso em projetos como extensão da bancada.

Olhando para os fornos, Júlia também avalia os elétricos como mais apropriados, pois promovem aquecimento uniforme e descomplica o acendimento e controle da temperatura. Os modelos de embutir, que podem ser elétricos ou a gás, se revelam mais ergonômicos, pois podem ser colocados na marcenaria em uma altura que facilita o manuseio na colocação e retirada de assadeiras e refratários. “Poder integrar cooktop e forno aos móveis e bancada, além de trazer uma estética muito elegante e contemporânea, ainda otimiza a área útil, já que em muitas situações a cozinha é pequena. Separar o forno e o cooktop também permite montar um layout mais funcional e com circulação melhor dentro da cozinhal”, enfatiza Júlia.

Ponderar todos esses detalhes permite realizar as adequações indicadas pelos fabricantes em relação à fiação e aos disjuntores, no caso do elétrico, assim como providenciar as condições para a conexão com o gás.


Micro-ondas:

Aqui nessa cozinha o micro-ondas foi embutido no móvel, seguindo as recomendações da altura de 1,40 m do piso/Foto: Guilherme Pucci


Foi-se o tempo que o micro-ondas era utilizado somente para esquentar pratos e estourar pipoca. Essencial para o bom funcionamento da cozinha, o tamanho, em litros, deve ser avaliado antes da compra. Para casais ou para quem mora sozinho, a arquiteta indica um modelo de 20 a 25 litros. Porém, se a ideia for fazer preparos maiores e a se casa apresentar mais habitantes, a indicação é por versões acima de 30 litros.

Por se tratar de um aparelho com diferentes funções e potências, é preciso avaliar as novas opções existentes, como o grill, para dourar e gratinar, e a função Air Cook, que realiza a fritura de alimentos com o ar quente. “A evolução é tão grande que o mercado oferece modelos que mantém os pratos aquecidos e também tiram o odor depois de estourar uma pipoca”, brinca Júlia.
Sobre sua colocação na cozinha, o modelo de embutir configura-se como esteticamente mais bonito, todavia registra um preço superior ao tradicional e demanda um móvel planejado e de acordo. O modelo de mesa é mais acessível e conta com a praticidade de precisar apenas de um apoio e uma tomada.

A instalação do micro-ondas também pede atenção especial, já que a altura correta permite que o usuário possa enxergar por completo o interior do eletrodoméstico e retirar o prato quente sem o risco de queimaduras ou de derrubar sobre si. Para tanto, utilize a referência de 1,40m entre o piso e a base do aparelho ou verifique a melhor altura com vistas a garantir acessibilidade e segurança para pessoas de menor estatura ou com necessidades especiais.


Lava-louças:

Nessa cozinha, a lava-louça é apoiada no armário. É importante observar o modelo do equipamento, pois isso irá influenciar nos móveis e nas bases de alvenaria/ Foto: Guilherme Pucci

Item essencial para quem quer economizar água e ficar menos tempo arrumando a cozinha, a máquina de lava-louça tem ganhado cada vez mais espaço nos projetos e deve ser escolhida de acordo com o tamanho da família. A redução do consumo do recurso hídrico pode alcançar a m
arca de até 85%, principalmente quando é ligada em sua capacidade máxima.
Quanto menor a família, menor as dimensões da máquina e o tempo para encher e ativar o início da lavagem. “Para duas pessoas, recomendo as máquinas de oito ou 10 serviços”, expõe a arquiteta

Com dois modelos no mercado, o de piso e o de apoio, a opção interfere diretamente na execução dos armários e suas bases de alvenaria. Definir, de antemão, a máquina de lavar louças permite efetuar os pontos de água fria e de esgoto, prever o disjuntor exclusivo no quadro de luz e considerar o espaço para colocação dentro da marcenaria.


Coifa:

Nesse projeto, a coifa foi fixada na parede, renovando o ar da cozinha durante a preparação dos alimentos/Foto: Guilherme Pucci


Com a integração da cozinha com a área social ou até mesmo com a lavanderia, a coifa passou a ser item fundamental no projeto devido à sua capacidade de filtrar a gordura e eliminar os odores dos alimentos.

Muitos pormenores devem ser levados em conta antes de determinar a coifa certa para o projeto. Tanto no exaustor quanto no depurador, a gordura é retida nos filtros metálicos que visualizamos de baixo para cima. A diferença está no processo: enquanto o exaustor joga os odores e vapores para o exterior por meio de um duto, o depurador leva esse ar para um filtro de carvão e o devolve ao ambiente, eliminando a necessidade do duto de ar.
“Mas para ser eficiente, a vazão da coifa precisa ser capaz de renovar o ar do ambiente 12 vezes em uma hora. E, caso seja cozinha americana, é preciso levar em consideração a área do ambiente todo. Ou seja, quanto maior o ambiente, maior deve ser a vazão da coifa”, informa Júlia.

O tamanho da coifa também gera muitas dúvidas: o modelo precisa ter comprimento igual ou superior ao cooktop/fogão e deve ser instalada com 65 a 75 cm de altura acima destes para plena eficiência da sucção da gordura, vapores e odores.

Por fim, o projeto ainda deve considerar se a escolha se dará por meio da coifa de parede, de ilha e de embutir – que fica quase invisível e deixa o visual clean.





Liv’n Arquitetura
Av. Dr. Cardoso de Melo, 291, São Paulo – SP
(11) 94537 – 0101
Instagram: @livn.arq




Como manter a casa limpa e arejada em dias mais frios

Divulgação

Confira algumas dicas para evitar ácaros e mofo durante esta temporada


Com a queda de temperatura e o início do inverno cada vez mais próximo, a umidade do ar diminui e a limpeza da casa se torna ainda mais importante, garantindo uma melhor qualidade do ar dentro de casa e diminuindo as chances de crises alérgicas ou outras doenças respiratórias, ainda mais comuns durante esta época do ano.

Fazer uma boa limpeza na casa é um dos primeiros passos para eliminar a presença de poeira e ácaros do ambiente. Para isso, use uma vassoura ou um aspirador de pó, passando um pano úmido pela casa em seguida. Além disso, é importante lembrar de retirar o pó dos móveis, com o uso de um espanador ou um paninho com produto específico.

Antes de a temperatura cair ainda mais, separe cobertores grossos ou de pelo, mantas e capas de almofada, assim como bichinhos de pelúcia e outros itens do tipo, e coloque-os para lavar. Assim, durante o inverno, será possível ficar quentinho e confortável com peças limpas e sem pó. Na hora de lavar, é importante ficar atento à capacidade máxima de peso da máquina de lavar roupa, procurando uma lavanderia profissional caso seja necessário.

Também é importante cuidar das roupas de frio e dos casacos, que ficaram muito tempo armazenados dentro do guarda-roupa. Antes de usá-los, é preciso lavar as peças e deixá-las expostas ao sol.

Cômodos que acumulam muita umidade, como é o caso do banheiro, devem receber um cuidado especial, garantindo que não haja presença de mofo nas paredes ou no teto. Uma estratégia para eliminar o mofo de maneira simples é borrifar um pouco de vinagre branco no local, deixando agir por alguns minutos e limpando com um pano a seguir. 

Deixar a casa ventilada ajuda a evitar mofo em diferentes cômodos – situação que é agravada no inverno, já que é comum deixar a casa fechada por mais tempo. Para evitar esse problema, é importante deixar pelo menos uma janela aberta, podendo ser durante o horário em que o sol está mais forte; assim, o ambiente fica menos gelado. Para melhorar a circulação e a qualidade do ar, é possível usar aparelhos como o ar-condicionado ou o umidificador de ar, sendo essencial manter a limpeza dos filtros em dia, impedindo que o ar da casa fique sujo.

Alguns itens já muito conhecidos podem facilitar ainda mais a limpeza, como o esfregão Mop. Além disso, os preparados caseiros também são uma ótima maneira de garantir uma limpeza ainda mais eficiente. Vinagre branco, bicarbonato em pó e limão, por exemplo, podem ser a base para ótimos produtos de limpeza feitos em casa, bons para retirar manchas de piso e paredes, além de desengordurar e eliminar odores do ambiente.


Como organizar sua casa para o home office



Espaço adaptado para home office.
Divulgação Emccamp
Arquiteta dá dicas para deixar os ambientes mais confortáveis, harmoniosos e propícios a uma rotina de trabalho saudável


Passar todo o tempo do dia dentro de casa tem sido um desafio, sobretudo para aqueles que moram em apartamentos pequenos. Conciliar os espaços de convivência em família com um ambiente reservado para o trabalho, a princípio, pode parecer impossível. Mas, segundo a arquiteta da construtora Emccamp Residencial, Isabella Souza, algumas dicas simples podem fazer toda a diferença. A primeira delas é que o local escolhido para a realização das atividades proporcione uma ergonomia adequada, com cadeira que dê estabilidade e descanso à coluna.

“Ter uma mesa é indispensável, já que sentar na cama ou no sofá podem causar danos à saúde do corpo. Ela não precisa ser grande, mas deve ter espaço suficiente para caber o computador de frente e na mesma direção de quem estiver sentado. Se colocada no quarto, a cama pode servir de apoio para outros materiais menos essenciais”, explica. Itens como organização, iluminação e cores podem fazer toda a diferença para o ganho de produtividade.


Organização e privacidade

Com espaço reduzido, é comum que a maioria dos apartamentos não tenha armários específicos para os documentos, papéis de rascunho e demais itens de trabalho. Mas, a organização pode contribuir com a amplitude espacial e, inclusive, dar a sensação de mais clareza de ideias e melhorar o desempenho. Uma dica simples e barata é investir nas caixas organizadoras, gaveteiros ou até mesmo prateleiras. “Quando trabalhamos em um ambiente organizado, fica mais fácil encontrar os itens de que precisamos, ganhando agilidade e despendendo menos energia”, explica a arquiteta. 

Outra dica que pode melhorar a sensação de privacidade em locais compartilhados é utilizar divisórias do tipo biombo, que podem ser guardadas quando estiverem fora de uso. “Seja na sala, no quarto ou na cozinha, o importante é ter um local silencioso e passível de isolamento, caso você precise fazer uma videoconferência, por exemplo”.


Iluminação

O ambiente iluminado não só contribui para o bom desempenho intelectual, como preserva a saúde de quem passa horas na frente do computador. “A baixa luminosidade pode provocar dor de cabeça, cansaço e irritação dos olhos. Mas é importante que a claridade seja homogênea e controlada, evitando reflexos indesejados que atrapalhem a visibilidade diante da tela”, diz Isabella. Se estiver em cômodos com baixa incidência da luz solar, é recomendável fazer uso da iluminação artificial com lâmpadas de tonalidade branca neutra. As lâmpadas de cores amareladas tornam o local aconchegante e, consequentemente, amenizam a disposição para o trabalho. Elas podem ser utilizadas como auxiliares, em abajures ou em sancas.


Cores

As cores frias e sóbrias nas paredes, como azul, verde e violeta, tendem a estimular as tarefas de concentração, enquanto as cores mais quentes como amarelo, vermelho e laranja estimulam a criatividade. Porém, se o ambiente for pequeno, as paredes em tonalidades neutras e claras darão a sensação de maior amplitude. “Um recurso para aparentar mais espaço é o uso dos espelhos. Só tenha cuidado para não colocar de maneira que dê reflexos em sua mesa ou computador”, ressalta.

Para a arquiteta, não é necessário morar em um apartamento grande, com muitos cômodos, para conseguir separar a rotina doméstica, do lazer e do trabalho. “Um pouco de disciplina e pequenas adaptações podem fazer a toda a diferença”, diz. Independentemente do recurso utilizado, é importante que o ambiente tenha a personalidade do seu morador, para que ele se sinta bem e em harmonia para efetuar a rotina da melhor maneira possível.



Espaço adaptado para home office. Divulgação Emccamp

Como incentivar seu filho a expressar suas emoções



Se, para nós, adultos, já é complicado entender e lidar com este cenário de receios e incertezas que estamos vivenciando, imagine para uma criança? O medo é um sentimento comum a todos os seres humanos. A diferença é que os adultos já possuem ferramentas racionais e emocionais para compreender e combater o que sentem, enquanto as crianças ainda não têm. Mesmo que algumas tenham mais facilidade em se expressar e maior preparo emocional, seja pela própria personalidade como por estímulos externos, o momento atual exige atenção redobrada com os pequenos.

A rotina mudou drasticamente. Seu filho precisa entender a razão. As pessoas estão tensas, e crianças sentem toda essa energia pesada. Mais do que você possa imaginar. Por isso, além de ter muita sensibilidade e observação, você precisa dar espaço e oportunidades para a criança expor, à sua maneira, seus medos, sentimentos e suas milhões de dúvidas sobre o que está acontecendo ao seu redor. Confira algumas dicas que te ajudarão neste processo, motivando seu filho a se expressar e sentir mais liberdade para se comunicar:


Busque um momento apropriado e tranquilo para conversar com seu filho. Explique a situação com uma linguagem apropriada para a idade da criança. É claro que ela vai fazer várias perguntas. Se tiver alguma que você não puder ou não souber responder, diga que vai pesquisar e depois contar para ela. Mas não a deixe sem respostas.


Fique atento ao que seus filhos leem e assistem. A internet e a TV podem atrapalhar a explicação que você deu e deixar a criança ainda mais confusa e assustada. Imponha limites apropriados para o uso dos meios de comunicação. Claro que será inevitável que, em algum momento, ela veja ou ouça algo perturbador. Deixe que ela expresse como entendeu aquela informação e tente achar uma explicação coerente e adequada à sua capacidade de compreensão.   

Nunca desconsidere o que a criança está sentindo, dizendo que já é um “homem” ou uma “moça”, que não tem que ter medo de nada ou que isso é uma bobagem. Mostre que você entende seus sentimentos. Essa postura fará com que seu filho sinta abertura para expor suas emoções.


Quando seu filho te procurar para conversar, espontaneamente, dê total atenção. Ouça tudo até o final, sem interrupções. Deixe para emitir suas opiniões somente quando tiver certeza de que ele disse tudo o que precisava.


Quando notar uma mudança de comportamento no seu filho e ele não disser nada, pergunte apenas se aconteceu alguma coisa. Se a resposta for negativa, estará claro que ele não quer falar. Não o force. Diga que, quando quiser conversar, pode te procurar a qualquer hora. Ao longo do dia, passe algumas vezes pelo quarto da criança. Na primeira vez, dê um beijo nela e vá embora, sem dizer nada. Num segundo momento, invente que precisa pegar algo no seu quarto. Essa atitude demonstra proximidade e oferece chances para a criança mudar de ideia e acabar se abrindo.



Dra. Cristiane Romano - fonoaudióloga, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP 

Dicas para estimular o ensino de inglês para crianças enquanto as aulas não retornam



Aproveitar o tempo em casa é uma oportunidade para que os pequenos assimilem melhor o idioma e se divirtam com toda a família


Para quem tem crianças pequenas, a rotina tem sido um pouco mais tumultuada durante a pandemia, já que é preciso conciliar todas as tarefas do lar, o trabalho e a falta de opções de lazer para os pequenos, que necessitam de muita atenção e disponibilidade para gastar toda a energia comum dessa fase da vida. Agora, mais adaptados à quarentena e ainda sem previsão de retorno das atividades escolares, implementar algumas práticas dentro de casa podem vir bem a calhar para ajudar no desenvolvimento dos filhos.

Quem traz as dicas sobre o assunto é a Sylvia de Moraes Barros, CEO da The Kids Club, rede de ensino de inglês para crianças de 18 meses a 12 anos. Para a profissional, é importante lembrar que vivemos um momento sem precedentes e é normal que pais e tutores se sintam, muitas vezes, perdidos com tantas cobranças. Nessas horas, a calma é o melhor direcionamento. “Praticar  inglês dentro de casa deve ser visto como uma forma de se divertir e não uma obrigação. Por isso, é importante estimular que a criança fale o que ela se sentir confortável e que seja prazeroso. Aos pais, lembro que sua função não é de ser professor ou ensinar, portanto, não se cobre. A sugestão é que você, que fala inglês e quer ajudar seu filho, apenas seja um facilitador, e que proporcione um ambiente ou uma situação onde seu filho pode sentir-se confortável em falar inglês”, explica. Confira abaixo.

  1. Use expressões e nomeie objetos do dia a dia
A ideia é que a criança tenha a prática de ouvir inglês em um contexto, mesmo com coisas bem simples do dia a dia, como good morning, thank you, please. Use as palavras que você sabe sempre dentro de um contexto real. Vale também inserir palavras que fazem sentido na rotina, ações que seu filho faz todos os dias, como escovar os dentes, lavar as mãos, tomar banho, almoçar, etc. Outra ideia é usar objetos que se tem em casa, como o nome das frutas, dos utensílios de cozinha, (prato, talheres, copos) de móveis ou peças de roupa. Vale lembrar que nossa sugestão é que você fale as palavras para seu filho ouvir, mostrando o objeto, e que você não use tradução. Evite perguntar também “como se fala __ em inglês?”, pois isso força a criança a traduzir, e não é o que queremos. É mais importante compreender o que está sendo dito do que repetir algo que ela não sabe o que é.

  1. Colocar vídeos e desenhos animados
Assistir desenhos animados e vídeos no youtube em inglês, sem legenda em português, é uma excelente forma de distraí-los e, ao mesmo tempo, aproximá-los do inglês. A dica vale para adultos, inclusive, que querem melhorar a fluência.  Recomendo que o responsável assista junto e que vá “checando” se a criança está compreendendo a história, fazendo algumas perguntas ou comentários, e tomando cuidado para não pedir que ela traduza, apenas que explique do seu jeito o que entendeu. É um exercício muito saudável.

  1. Ouvir músicas em inglês
Essa é outra dica que também pode ser incorporada aos estudos dos adultos, já que a música é uma ferramenta poderosa para memorização. Estimule e, por que não, cante e se divirta com a criança. Brincar de karaokê é uma opção que envolve toda a família e uma ótima maneira de praticar a pronúncia e entonação. Procure descobrir com seu filho o que a música diz, para poder aliar a prática da pronúncia das palavras com o significado. Outra dica é inventar um gesto para cada frase, conforme o que a música diz. Muitas músicas infantis contam uma história, ou propõe um movimento. Bolar uma coreografia com esses gestos faz a música ter significado, ajuda a criança a entender o que ela está cantando e ainda pode ser muito divertido!




The Kids Club

Educação: financiamento é alternativa para evitar a evasão em nível superior



Esse ano, o Dia da Língua Portuguesa, celebrado em 10 de junho, traz inúmeras reflexões sobre o futuro da educação. Entre os temas, o provável aumento de índices de evasão escolar, entra com uma das principais consequências desse período prolongado de paralisação das atividades presenciais em salas de aula, por conta da pandemia. Dados revelam, que países que passaram por crises similares, destacam maior risco de abandono e evasão escolar, além de impactos emocionais de curto e longo prazos, como o aumento da ansiedade e falta de concentração.

A nota técnica do Todos Pela Educação “O retorno às aulas presenciais no contexto da pandemia da Covid-19: contribuições para o debate público”, lançada no dia 7 de maio, ressaltou que para que responder esses desafios, as redes de ensino precisarão, necessariamente, envolver outros setores, especialmente a saúde, com atendimento psicológico para estudantes e professores, além da assistência social, em ações de prevenção e busca ativa a estudantes que apresentam risco de abandono, entre outras.

“Por conta da pandemia, somada ao isolamento social e a junção das atividades em home office, o desafio de manter os alunos engajados nos estudos é muito grande. As redes de ensino de todas as escalas e setores estão buscando alternativas para reduzir os prejuízos na aprendizagem de seus alunos”, comenta o CEO da fintech especializada em crédito para pós-graduação e MBA, Intersector, Kleber Câmara.


Financiamento como aliado

A taxa de evasão nas instituições de ensino superior (IES) continua muito preocupante no Brasil. Em 2018, a 8ª edição do Mapa do Ensino Superior, mostrou que a evasão dos cursos do ensino superior no país atingiu 30,1% na rede privada e 18,5% na rede pública. Nos cursos de educação a distância (EAD), o índice chegou a 36,6% na rede privada e a 30,4% na pública.

De acordo com o último Censo da Educação (2017), disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC), a quantidade de alunos que abandonaram seus cursos ou trancaram a matrícula é alarmante. Em alguns cursos a taxa de evasão ultrapassou os 50%. As causas para os altos índices, seja na rede pública ou privada, são várias, mas entre elas: a vontade de trocar de curso, falta de recursos e assistência e incapacidade de conciliar o estudo com o trabalho.

Para Kleber, o impacto da evasão no ensino superior pode ser sentido também, fortemente, nas matrículas para as instituições que oferecem programas de pós-graduação. Segundo ele, em todos os níveis, as escolas de ensino superior e as de pós-graduação e MBA, devem desenvolver um sistema de comunicação e uma forma de checagem diária com cada aluno. “Além desses aspectos, é necessário que as instituições se aproximem dos alunos, se sensibilizando e mostrando que compreendem o difícil período. É necessário abrir canais de comunicação para manter o aluno próximo e seguro, evitando o abandono”.

Ainda segundo o Censo, pelo menos 40% dos estudantes apontam as dificuldades financeiras como o principal motivo de abandono da sala de aula. Atualmente, com a pandemia, além dos aspectos comportamentais, a incerteza sobre os aspectos financeiros, por conta da crise, devido ao momento de isolamento social e ao fechamento do comércio, muitos alunos já ficaram desempregados, elevando sua inadimplência.

É esperado que as escolas se depararem com novos e complexos desafios, que só poderão ser devidamente enfrentados se houver apoio de outras áreas, como o setor financeiro.  A Intersector, uma financiadora apoiada por um Fundo de Investimentos, acredita que a educação seja o único caminho para transformação da sociedade, oferece diversas soluções integradas para as instituições de ensino parceiras, desde o financiamento de seus programas de pós-graduação e MBA até estratégias para impedir/reduzir a evasão e a inadimplência, que serão os grandes desafios das instituições durante e pós-pandemia.


“A parceria com uma financiadora que ofereça taxas de juros menores, prazos maiores, parcelas mais acessíveis e sem a burocracia das instituições financeiras tradicionais, aumenta a captação de alunos para escolas, gera mais receita, possibilitando a antecipação de receita, além de minimizar a evasão e expandir as oportunidades de negócios. Além disso, contribui para que os alunos não desistam dos sonhos, permitindo que a escola foque naquilo que é a sua expertise, a educação”, ressalta o Kleber.

Se tornar uma escola parceira da Intersector e ampliar a captação de alunos é muito simples, ao contrário do que se pode imaginar. É exatamente por facilitar a vida das instituições que desejam crescer que a fintech já ajudou diversas escolas em todo o país a aumentarem seu quadro em milhares de novos alunos e, consequentemente, sua receita.

“As instituições irão se deparar com desafios que só poderão ser enfrentados com o apoio de outras áreas e nós, da Intersector, estamos dispostos à ajudá-las, oferecendo propostas de financiamentos, com as menores taxas de juros e prazos mais longos, para que as alunos não desistam do sonho de conquistar uma pós-graduação na escola e curso que sempre sonhou”, finaliza o CEO.


Meu filho aprenderá menos no isolamento?



Nesse momento conturbado, o impacto nas escolas acabou distanciando os professores de seus alunos. Esse fato trouxe uma necessidade de adaptação por parte das instituições e a grande maioria delas seguiu o caminho óbvio: fez entrar em cena as aulas on-line. A verdade é que a pandemia foi um catalisador desse recurso, pois todos os profissionais da educação sabiam que, em algum momento, essa chave iria virar - e isso aconteceu mais rápido do que imaginavam. Mas será que esse modelo pode ser aplicado para crianças do Ensino Fundamental? 

As crianças são muito atentas e, como dizem, são verdadeiras esponjas, absorvem muito do que os pais fazem. Posso afirmar que, nesse cenário, o exemplo não é uma forma de educar - e sim, a única existente para educar os filhos. Portanto, crianças atentas aliadas a bons exemplos, a educação acontece. Desde o momento em que os pais conversam ao telefone celular enquanto dirigem, discutem entre si usando palavras inapropriadas, chegam na escola e, com “pressa”, escolhem a fila dupla ou uma vaga não permitida para estacionar rapidinho, elas estão atentas. Percebem também aquele bom dia aos inspetores, a cordialidade em permitir a passagem de um pedestre e o apoio dado à professora com elogios.

Em alguns casos, as crianças, fora da supervisão dos pais, vivenciam situações conflitantes com colegas de sala, inimizades dentro da própria turma e até situações desconfortáveis com os professores, como responder uma pergunta que não prestou atenção ou ler um texto para a turma (sei disso porque era sempre o escolhido). Podemos admitir que a escola é um grande ensaio da vida adulta e deixar que as crianças resolvam os seus problemas, em determinados casos, com os pais atuando como meros observadores, é uma excelente dica para gerarmos adultos autônomos, seguros e com forte autoestima.

O isolamento trouxe uma preocupação com as aulas que estão sendo “perdidas”. E o conteúdo, será reposto? Pois bem, essas aulas são somente um fragmento do universo de aprendizado que elas vivenciam dentro do ambiente escolar com tantas diversidades. A educação, para as crianças, é algo que ocorre o tempo todo e com as mais variadas situações. Portanto, mesmo no isolamento, elas estão absorvendo conhecimento e sendo educadas. Aproveitemos essa oportunidade única para contribuir positivamente na educação dos nossos filhos. Existe um mundo de experiências, valores, atitudes, amor e gratidão, além de muitas sensações a serem descobertas e que podemos mostrar a eles por meio de exemplos. E então,  vamos praticar a educação neste isolamento?




Fabio Carneiro - professor de Física no Curso Positivo


Covid-19 pode garantir vaga na universidade


Preparação dos vestibulandos deve contemplar a pandemia nas mais diferentes áreas do conhecimento e na decisiva redação

O impacto da pandemia na vida dos estudantes não ficará restrito à suspensão de aulas presenciais e alterações no cronograma do Enem e de muitos concursos vestibulares Brasil afora. A Covid-19 e seus desdobramentos serão tratados em diversas questões de provas e concursos por muito tempo e professores das mais diferentes disciplinas já estão trabalhando on-line os conteúdos correlacionados com o atual momento.
Especialmente para quem vai prestar vestibular, os professores do Curso Positivo Luiz Fernando Giacchero (Química), Filipe Ferrari (Filosofia e Sociologia), Alexandre Detzel (Geografia) e Diego Venantte (Biologia) sugerem uma forma de se preparar para os diferentes tipos de questões: traçando uma linha do tempo da História e, de forma interdisciplinar, estudar diferentes desafios enfrentados pela humanidade. Da redação às disciplinas das Ciências da Natureza e Ciências Humanas, os professores apontam alguns caminhos para os vestibulandos.

Alterações no modo de vida, valorização da Ciência e preconceito permeando os temas das redações

Na visão dos quatro professores, o modo de vida da humanidade foi revisto em cada crise - e essa não será diferente, o que pode render bons temas de redação. “O modo de vida que tivemos até agora foi o que potencializou a disseminação do novo coronavírus, tal qual o modo de vida de 1970/80 potencializou o HIV”, defende Venantte. “Hoje achamos normal chegar ao mercado ou farmácia e encontrar a comercialização de camisinhas, mas nem sempre foi assim”, exemplifica Detzel. Essa mudança de comportamento, bem como a capacidade do homem em superar crises e também o legado tecnológico podem render diversas abordagens para a elaboração das redações. “Hoje, estamos desenvolvendo novas técnicas e novos métodos forçados por conta de uma pandemia”, destaca Giacchero. “Sempre chamou a minha atenção como professor de Química o poder do ser humano de mudar o mundo pelo processo de fissão nuclear”, exemplifica.
Segundo os especialistas, a valorização da Ciência também pode inspirar diversas argumentações. “Enquanto as informações das Ciências Biológicas atreladas às Ciências Humanas não forem utilizadas, muitas estratégias serão em vão ou pouco servirão para conter uma pandemia ou epidemia. Exemplo disso foi a medida de fechar rodoviárias e aeroportos depois do Carnaval, quando o vírus já estava circulando por aqui”, lembrou Venantte.
Outro tema que pode ser cobrado é a correlação entre doenças e a onda de preconceitos que deriva da desinformação. Os educadores lembraram que, da mesma forma que o HIV foi classificado como a "praga gay" em um primeiro momento de completa falta de conhecimento sobre a transmissão, a Covid-19 também trouxe uma onda de preconceitos contra chineses, motivada pela necessidade de rotular e buscar culpados.

Ciências Humanas: de olho na intervenção do Estado, planos de recuperação e transformações econômicas

A intervenção do Estado, mesmo em países liberais como os Estados Unidos, pode gerar diversas questões de História, Geografia, Filosofia e Sociologia nas provas. Para o professor Ferrari, os alunos devem estabelecer comparações entre as crises de 1929, 2008 e a atual porque podem surgir questões nesse sentido. "As fraudes nos investimentos da Bolsa de Nova Iorque culminaram na Grande Depressão ou Crise de 1929. De 1921 até 1929, a bolsa norte-americana cresceu 500%. Em oito anos, a bolsa teve um crescimento maior do que a economia e as empresas dos Estados Unidos, isso indica uma bolha financeira”, explicou.
Tal situação desembocou na 2ª Guerra Mundial. “A intervenção do Estado na economia foi importante, tanto com o New Deal (programas de recuperação da economia norte-americana de 1933 a 1937) quanto na Crise de 2008 e nos dias atuais”, contextualizou o professor de Sociologia e Filosofia. “Após a chamada coronacrise, se fará necessário um novo pacto social, pois o Estado tem que cuidar das pessoas quando elas estão em situação de fragilidade. Só que para o Estado ajudar precisa ter dinheiro”, alerta.
Alguns exemplos de novos pactos sociais oriundos dessas crises foi o processo de industrialização no Brasil com a Crise de 1929, quando os EUA deixaram de comprar o café brasileiro, e a precarização/uberização do trabalho com a crise de 2008. Segundo o professor de Geografia, o processo de industrialização, aliado a urbanização rápida e sem planejamento promoveu a favelização no Brasil e a crise da Covid tende a agravar isso e os riscos sanitários e ambientais. “Muitas doenças são transmitidas pela água e há de se levar em consideração que a maior parte das favelas são desorganizadas (classificadas pelo IBGE como “aglomerados subnormais”), aponta Detzel.
Outro ponto a ser observado na reformulação dos pactos sociais das grandes crises é o aumento da regulação das bolsas. “Os EUA passaram a ter maior regulação e controle das bolsas. Se em 2008 também colocou em xeque o controle, imagine em 1929”, ressalta. Ainda sobre a intervenção do Estado, Ferrari esclareceu que, para ocorrer um Plano Marshall no Brasil, outro país precisaria investir aqui. “Aí seria um novo Plano Marshall no Brasil, por isso que essa ideia já sumiu. Mas um novo New Deal virá”, aposta. O referido Plano Marshall foi o programa dos EUA para a recuperação da Europa após a 2ª Guerra Mundial.

Ciências da Natureza: pandemia x epidemia global e as razões da diferenciação do status entre Covid-19 e HIV

Tanto as provas de Biologia, quanto Geografia e até a redação devem testar a compreensão dos vestibulandos sobre as razões da diferenciação entre pandemia e epidemia global para o novo coronavírus e o HIV. Isso porque o número de mortos pela Aids no mundo é muito mais elevado. Entre 1981 e 2018, cerca de 32 milhões pessoas morreram, sendo que 750 mil mortes foram em 2018, mesmo assim a OMS classifica a doença como epidemia global e a Covid-19 como pandemia.
Venantte esclarece que o status depende do grau de transmissibilidade do vírus e das variações do número de casos em diferentes regiões, em determinado intervalo de tempo. Segundo ele, o HIV foi tratado como pandemia anteriormente porque a disseminação se dava entre continentes, de forma global. “Hoje, o fluxo não é global, não há uma ampla disseminação do HIV do Brasil para outro país, porque surgiram vários subtipos e, em relação a outros vírus, a transmissibilidade baixou. A alteração da OMS no status é para que os diferentes continentes adotem diferentes medidas, ao contrário do que ocorre em caso de pandemia”, ensina.
O professor alerta que a OMS já sinalizou para o risco da Covid-19 permanecer por anos e virar uma epidemia global. A razão disso está relacionada com outro conteúdo da Biologia, a reprodução celular. “A Covid é um RNA vírus e, ao se multiplicar na célula, não há um reparo das moléculas erradas - e então surgem moléculas alteradas, que dão origem a novas linhagens, daí o risco da Covid-19 virar uma epidemia global, assim como a Aids. O importante é juntar as Ciências para que possam trazer soluções e evitar que as novas linhagens tragam a situação em que vivemos hoje”, defende.

Química

Do ponto de vista da Química, simples medidas como água e sabão e o hábito de lavar as mãos poderiam ter salvado milhões de vida ao longo das diferentes crises sanitárias enfrentadas pela humanidade. Segundo o professor Giacchero, tanto a Gripe Espanhola, que tem conexão com toda a sujeira do ambiente da 1ª Guerra Mundial, quanto a Covid-19 encontram no uso do sabão um dos principais instrumentos de prevenção. Para as questões de prova, o professor sugere dedicar atenção a dois produtos de higiene por conta de estarem inseridos no contexto de grandes crises: “a água oxigenada, a molécula simples do H2O2, foi fundamental para evitar infecções na 1ª Guerra. Já o sabão atua sobre o revestimento, o envelope viral, que destrói o vírus por meio de um hábito simples”, afirma Giacchero. 

As crises e o meio ambiente

Em relação à Crise de 1929, não se pode deixar de lado a associação à Biologia. A quebra dos EUA levou a uma séria questão de saúde, com o aumento nos casos de depressão e suicídio. Além disso, as condições de vida se tornaram miseráveis para algumas famílias de diferentes estados norte-americanos. Nessa nova configuração socioeconômica, ficou estabelecido um quadro favorável à disseminação de doenças, de bactérias e vírus, por conta de problemas sanitários relacionados à falta de água tratada e saneamento básico.
Paralelamente, o Brasil também foi afetado com a queda nas exportações de café, causando um prejuízo enorme para a economia brasileira e o consequente aumento da industrialização, como solução para a crise. “Isso acarretou, no longo prazo, em um prejuízo direto a determinados biomas, além do avanço para regiões onde não existiam indústrias, o que contribuiu para um grande prejuízo ambiental”, afirma Venantte, que provoca os estudantes a pensar nas consequências da Covid-19 para o meio ambiente.

Lives

Um exemplo dessa metodologia de aprendizagem envolvendo diferentes conteúdos em torno de um mesmo tema pode ser conferido na live “Como a humanidade superou as principais crises da história”, disponível no Canal do YouTube do Curso Positivo. A live reuniu os quatro professores que correlacionaram 1ª e 2ª Guerras Mundiais, Crise de 1929, HIV e Crise de 2008 com todos os aspectos econômicos, sociais, sanitários e ambientais envolvendo a pandemia da Covid-19. O canal traz ainda outros temas que os professores do Curso Positivo apostam que devem aparecer nas provas do Enem e dos vestibulares: inteligência artificial, cultura do cancelamento, democracia, entre outros.

Como escolas podem cuidar da saúde mental de sua comunidade durante a pandemia?



Sistema de Ensino pH traz algumas dicas que podem ser adotadas durante o distanciamento social


No início do ano, as instituições de ensino brasileiras foram surpreendidas com a súbita suspensão das aulas presenciais devido a pandemia de Covid-19. Escolas de todo país tiveram que se adaptar rapidamente ao modelo de ensino remoto. Embora algumas instituições de ensino estivessem tecnicamente prontas para esse formato de ensino, muitas pessoas não estavam emocionalmente preparadas para o distanciamento social. Assim, toda comunidade escolar -- professores, famílias, alunos, setores administrativos e de limpeza -- precisou aprender a lidar mais de perto com esse novo modelo de funcionamento a distância.

Em meio às preocupações com a qualidade do aprendizado, com a readaptação de conteúdo e com o cumprimento do planejamento letivo, o cuidado com a saúde mental não pode ficar em segundo plano e deve ser uma prioridade para as instituições. Aline Castro, gerente da assessoria pedagógica do Sistema de Ensino pH, explica que as escolas precisam se perguntar como elas podem auxiliar as famílias, que em sua maioria estão sobrecarregadas, nesse momento tão delicado. 

“Temos que admitir que ninguém foi preparado para o distanciamento social e estamos juntos aprendendo a lidar com ele. O primeiro passo é pensar: como podemos ajudar as famílias que estão tendo que dar conta de suas vidas profissionais, das responsabilidades domésticas, cuidar da casa, dos animais de estimação, dos avós e ainda orientar os estudos de seus filhos?”

Aline explica que o caminho para a escola proporcionar esse equilíbrio é a organização. “Toda semana o Sistema de Ensino pH realiza webinários com pautas relacionadas a sugestões de como a escola pode se organizar. Quando falamos de organização e rotina no novo formato de trabalho, estamos falando de equilíbrio mental e dando suporte para a escola continuar o trabalho dela”. A gerente da assessoria pedagógica conta que alguns webinários trouxeram temas específicos relacionados a saúde e bem-estar das famílias, como o tópico de comunicação não violenta.

Além do webinário, o Sistema pH produziu um material de apoio sobre os benefícios da comunicação empática. Um dos trechos destaca: “Os adultos, família e escola, precisam estar saudáveis e equilibrados emocionalmente em momentos de crise para dar aos seus filhos o sentimento de segurança. Isso significa que precisamos da nossa capacidade de construir relacionamentos saudáveis por meio de uma comunicação clara e de uma escuta ativa”.

Na prática, esse vínculo entre a escola e sua comunidade pode ser mantido por meio de atividades coletivas, recados em vídeo e conversas pontuais que façam uma avaliação sobre como cada um tem se adaptado às mudanças. 


Como ficam as crianças nesse processo? 

No caso dos pequenos, algumas ações e atividades são interessantes: incluir na nova rotina vídeos ao vivo para cantar parabéns para os colegas, enviar histórias para eles ouvirem, propor uma troca de playlist de músicas infantis com os amiguinhos, sugerir que os pais reservem o tempo para brincar com as crianças e não se esquecer do tempo livre para as crianças brincarem e inventarem coisas.


E os adolescentes que se afastam e ficam ainda mais reservados?

Os jovens acabam sendo mais afetados durante o distanciamento social, justamente porque entendem melhor os efeitos da pandemia e têm mais consciência sobre o que está acontecendo. O Sistema pH indica algumas estratégias que podem ser adotadas pela família e sugeridas pela escola: 

• Explicar aos responsáveis a importância de a família exercer o papel de adulto e não de amigos, ao contrário do que alguns imaginam isso não aproxima; adultos equilibrados, responsáveis e com autoridade geram segurança para a família como um todo;

• Criar momentos de diálogos para conhecer as ideias e os sentimentos que os adolescentes estão vivenciando;

• Criar espaço para reflexão por meio de boas perguntas, evitando juízo de valores;

• Fazer as perguntas e dar tempo de resposta;

• Conhecer os jogos eletrônicos, as séries/filmes, o estilo musical, os aplicativos e as redes sociais mais utilizadas por eles pode gerar um bom bate papo;

• Permitir-se aprender com seu filho, os adolescentes são fontes inesgotáveis de criatividade e alegria.


Por fim, o material produzido pelo Sistema pH chama atenção para as famílias lembrarem que estar perto não significa estar presente. É importante reservar um tempo para realmente ficar com os filhos, isso faz eles se sentirem seguros e mais calmos, independentemente da idade.



Sistema de Ensino pH

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