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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

No Dia Nacional da Saúde, médicos alertam para a saúde masculina


Ensinamentos aprendidos durante a infância impactam na vida adulta, principalmente em relação aos cuidados com a saúde
Créditos: divulgação


Número de homens diabéticos aumentou 54% no Brasil nos últimos 11 anos


Comemorado em 5 de agosto, o Dia Nacional da Saúde surgiu como uma homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, pioneiro da medicina experimental no Brasil, e enfatiza a importância dos cuidados com a saúde física e mental. Mas, entre homens e mulheres, quem se cuida mais? Além da expectativa de vida menor do que das mulheres (aproximadamente sete anos), os homens são mais propensos a ataques cardíacos e problemas de pressão, entre outras enfermidades. O diabetes, por exemplo, é uma doença que merece atenção: de acordo com o Ministério da Saúde, o número de homens diabéticos aumentou 54% no Brasil entre 2006 e 2017. Boa Vista, em Roraima, lidera o ranking de casos.

Muitas vezes, a falta de cuidado com a saúde vem da infância: desde pequenos, os homens são ensinados que devem aguentar dores, ser mais fortes e “engolir o choro”. De acordo com a endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná (SBEM-PR), Silmara Leite, é preciso mostrar a importância do “autocuidado” para esse público. “Essa imagem de super-herói pode gerar graves problemas de saúde ao longo da vida.

 Aderir a uma vida mais saudável pode prevenir muitas dificuldades no futuro”, alerta a médica.

Doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames cerebrais, são as principais causas de morte masculinas no Brasil. Apesar de serem desencadeada por fatores ambientais, biológicos, hereditários ou psicológicos, essas doenças tendem a ser desenvolvidas por meio de hábitos. Por isso, pressão arterial e obesidade são alguns dos fatores que aumentam os riscos. O diabetes também influencia. “Muitos dos casos de diabetes estão relacionados com a obesidade. Mais da metade dos brasileiros estão acima do peso. Mudanças na alimentação e na prática de exercícios contribuem para prevenir a doença”, explica Silmara. 

Cegueira, insuficiência renal e perda de membros podem ser mais propensas em homens diabéticos. "A queda no hormônio masculino é mais comum em diabéticos e obesos. Nessa situação, os homens podem apresentar queda de desejo sexual, disfunção erétil, desânimo, cansaço, acúmulo de gordura no abdômen, entre outros problemas. O cuidado e o  acompanhamento se faz extremamente necessário, pois permite melhor qualidade de vida", finaliza a médica. 




Sobre a SBEM-PR
Fundada em setembro de 1957, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná tem como objetivo promover a expansão da endocrinologia no Estado, valorizar a especialidade médica e esclarecer à população sobre as diversas doenças endócrinas e metabólicas. Com unidades em Curitiba, Cascavel, Maringá e Londrina, a instituição conta hoje com cerca de 200 sócios.


Bruxismo: descubra as causas e como evitar crises


Especialista da Odonto Empresas dá dicas de como detectar a disfunção e amenizar o incômodo  

Bruxismo é um transtorno que afeta não só a estrutura dentária, mas também pode influenciar no sono e até causar enxaquecas. Essa disfunção é caracterizada por um ranger excessivo dos dentes, principalmente ao dormir, como um ato involuntário. Os principais sintomas são dores de cabeça ao acordar, dor prolongada nos músculos da face e desgaste na superfície dos dentes, podendo causar sensibilidade dentinária.
A condição é mais comum entre os jovens, existem muitas causas para o problema, que a dentista da Odonto Empresas, do grupo Caixa Seguradora, Rosane Menezes Faria, elenca abaixo:
1.   Ansiedade ou estresse: a tensão acumulada durante um período estressante pode causar o bruxismo. “Além disso, pessoas muito competitivas ou agressivas estão mais sujeitas a sofrer com o transtorno”, explica.
2.   Má oclusão: também conhecido como má formação da arcada dentária, o problema não permite que todos os dentes se encostem na mordida, gerando uma tensão no maxilar. “Para corrigir a arcada e solucionar o bruxismo, o uso de aparelhos odontológicos pode ser recomendado por um dentista”, pontua.
3.   Uso de antidepressivos: o efeito colateral destes medicamentos pode ser um agente do bruxismo. Alguns antidepressivos agem como inibidores seletivos da recaptação de serotonina, ou seja, regulam o humor e podem culminar no desenvolvimento da doença. 
4.   Parkinson ou Huntington: em casos mais raros, o bruxismo pode surgir da complicação de uma dessas duas doenças, já que ambas afetam diretamente os movimentos voluntários e involuntários dos músculos do corpo.
A especialista ressalta que o diagnóstico e o tratamento só podem ser realizados por um dentista. “Geralmente, os profissionais recomendam o uso de placas miorrelaxantes durante à noite, quando as crises são mais intensas. Para amenizar a dor causada pela pressão da mandíbula, o paciente pode fazer uma compressa quente e úmida na região dos maxilares, além de utilizar miorrelaxantes prescritos pelo dentista. É importante ainda evitar a automedicação e procurar um profissional ao menor sintoma de dor ou incômodos. Alguns tratamentos mais inovadores tem sido utilizados, como aplicação de toxina botulínica, porém o grande inconveniente são o valores cobrados por esses tratamentos, que ainda são caros”, finaliza.




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