Ensinamentos aprendidos durante a infância impactam
na vida adulta, principalmente em relação aos cuidados com a saúde
Créditos: divulgação
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Número de homens
diabéticos aumentou 54% no Brasil nos últimos 11 anos
Comemorado em 5 de agosto, o Dia Nacional da Saúde
surgiu como uma homenagem ao médico sanitarista Oswaldo Cruz, pioneiro da
medicina experimental no Brasil, e enfatiza a importância dos cuidados com a
saúde física e mental. Mas, entre homens e mulheres, quem se cuida mais? Além
da expectativa de vida menor do que das mulheres (aproximadamente sete anos),
os homens são mais propensos a ataques cardíacos e problemas de pressão, entre
outras enfermidades. O diabetes, por exemplo, é uma doença que merece atenção:
de acordo com o Ministério da Saúde, o número de homens diabéticos aumentou 54%
no Brasil entre 2006 e 2017. Boa Vista, em Roraima, lidera o ranking de casos.
Muitas vezes, a falta de cuidado com a saúde vem da
infância: desde pequenos, os homens são ensinados que devem aguentar dores, ser
mais fortes e “engolir o choro”. De acordo com a endocrinologista e presidente
da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná (SBEM-PR),
Silmara Leite, é preciso mostrar a importância do “autocuidado” para esse
público. “Essa imagem de super-herói pode gerar graves problemas de saúde ao
longo da vida.
Aderir a uma vida mais saudável pode prevenir muitas
dificuldades no futuro”, alerta a médica.
Doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e
derrames cerebrais, são as principais causas de morte masculinas no Brasil.
Apesar de serem desencadeada por fatores ambientais, biológicos, hereditários
ou psicológicos, essas doenças tendem a ser desenvolvidas por meio de hábitos.
Por isso, pressão arterial e obesidade são alguns dos fatores que aumentam os
riscos. O diabetes também influencia. “Muitos dos casos de diabetes estão
relacionados com a obesidade. Mais da metade dos brasileiros estão acima do
peso. Mudanças na alimentação e na prática de exercícios contribuem para
prevenir a doença”, explica Silmara.
Cegueira, insuficiência renal e perda de membros
podem ser mais propensas em homens diabéticos. "A queda no hormônio
masculino é mais comum em diabéticos e obesos. Nessa situação, os homens podem
apresentar queda de desejo sexual, disfunção erétil, desânimo, cansaço, acúmulo
de gordura no abdômen, entre outros problemas. O cuidado e o
acompanhamento se faz extremamente necessário, pois permite melhor
qualidade de vida", finaliza a médica.
Sobre a SBEM-PR
Fundada em setembro de 1957, a
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia - Regional Paraná tem como
objetivo promover a expansão da endocrinologia no Estado, valorizar a especialidade
médica e esclarecer à população sobre as diversas doenças endócrinas e
metabólicas. Com unidades em Curitiba, Cascavel, Maringá e Londrina, a
instituição conta hoje com cerca de 200 sócios.
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