A técnica, com anestesia local e sem necessidade de internação, já está sendo utilizada pelo Hospital das Clínicas da USP (SP)
Uma nova técnica, minimamente invasiva,
pode tratar as hemorroidas com menos tempo de internação e recuperação mais
rápida. Trata-se do método de Embolização, que consiste em obstruir as artérias
hemorroidárias. De acordo com o médico Dr. Francisco César Carnevale, professor
livre-docente da FMUSP e chefe do Serviço de Radiologia Vascular Intervencionista
do Instituto de Radiologia (InRad), a doença hemorroidária interna está
relacionada ao aumento no fluxo sanguíneo arterial, que ocorre devido ao
alargamento do diâmetro das artérias retais que irrigam tecidos, musculatura e
vasos sanguíneos.
“Nesta nova técnica, um cateter de 2 mm
de diâmetro é introduzido pela virilha e chega à artéria do intestino, que é
responsável pela formação das hemorroidas. É feita uma fotografia e também uma
tomografia das artérias, por meio de um software inédito, dentro do Hospital
das Clínicas, para confirmar a localização destas veias e artérias
hemorroidárias. Assim, é feita a obstrução delas”, comentou o médico.
O novo tratamento permite uma obstrução
intencional no local do sangramento usando microesferas de resina acrílica
inofensivas ao paciente juntamente com micromolas metálicas. Estes materiais
não causam problemas ao paciente e não se deslocam. “A embolização é muito
segura porque é guiada por imagens altamente sofisticadas”, completa o Dr.
Carnevale.
Além das vantagens da nova tecnologia,
a técnica é executada com anestesia local e sem a necessidade de internação, “o
paciente retorna rapidamente às suas atividades, tanto laborais quanto sociais
e familiares. A grande vantagem da embolização é que traz resultados similares
aos cirúrgicos, com alta após três a seis horas, e ainda com menos dor”,
conclui o especialista. No Hospital das Clínicas da USP (HCFMUSP) já foram
tratados alguns pacientes com Embolização de hemorroidas.
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