Com dieta do brasileiro ameaçada durante a pandemia, especialista alerta para o problema do descontrole de doenças relacionadas ao AVC
O acidente vascular cerebral (AVC)
é a segunda principal causa de mortes no Brasil, mesmo com o Ministério da
Saúde registrando uma redução no número de casos de 205.070 em 2019 para
192.681 em 2020. Diante disso, a nutricionista Maíra Azevedo destaca a importância de
usar a alimentação como estratégia de prevenção.
Como ela ressalta, o
desequilíbrio no colesterol,
sobrepeso,
obesidade,
consumo excessivo de
álcool, além de diabetes e hipertensão são só alguns dos
grandes fatores de risco do AVC que estão diretamente associados aos hábitos
alimentares do paciente.
Alimentação na contramão
Contudo, as restrições da
pandemia e outros impactos na economia das famílias brasileiras acabaram
levando a dieta do brasileiro no sentido contrário. Um estudo recente constatou
uma redução drástica
no consumo de carnes, frutas, hortaliças, legumes e outros grupos. Em casos
mais graves, a queda chegou a até 85%.
Como explica a
nutricionista, quando associada à mudança no estilo de vida de jovens adultos -
que envolve ainda um incremento no sedentarismo -, isso tem contribuído para
mais casos de doenças relacionadas ao AVC.
“Quando falamos em saúde,
ter uma alimentação saudável é fundamental. No caso das doenças
cardiovasculares, sabemos que obesidade, diabetes e hipertensão são fatores de
risco. Isso significa que pessoas que apresentam alguma dessas doenças têm uma
chance maior de ter AVC, quando comparado a indivíduos saudáveis”,
argumenta.
O que não pode faltar?
Embora o controle de
doenças cardiovasculares dependa de uma série de fatores, o equilíbrio da dieta é fundamental.
Diante disso, alguns alimentos não podem faltar como cereais ricos em fibras,
abacate, peixes ricos em ômega 3, nozes, cacau, azeite de oliva, tomate,
açafrão e outros.
Mais do que isso, Maíra
Azevedo reforça que é importante que haja uma mudança relevante tanto em
hábitos alimentares como em relação ao estilo de vida. “Como prevenção, tenha
uma alimentação rica em frutas e vegetais, dando preferência aos grãos
integrais, alimentos ricos em fibras, peixes, carnes magras e produtos lácteos
com baixo teor de gordura”, aconselha a especialista.
Por fim, ela recomenda que alimentos ricos em açúcares, sódio e gorduras devem ser
evitados. Entre eles, ela lista carnes com alto teor de gordura, frituras,
temperos prontos, embutidos (salsicha, presunto, peito de peru) enlatados,
doces em geral, bolachas, biscoitos, quitandas e bebida alcóolica.
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