O ano de 2020 não foi nada fácil para as finanças da maioria dos brasileiros. O índice de desemprego chegou a 14,4% em outubro, o que representa a maior taxa desde 2012, atingindo 13,8 milhões.
Com as contas no vermelho, é preciso planejamento para que 2021 entre no azul. De acordo com dados de um estudo realizado pela QuiteJá, plataforma de renegociação de dívidas, com a participação de 1.400 usuários da plataforma, de todos os estados brasileiros, 47,7% dos respondentes possuem dívidas entre R$ 1.000,00 e R$ 5.000,00. Dentre elas, 24,7% têm entre 25 a 54 anos e 34,8% possuem idade entre 35 a 44 anos. Outro dado levantado pela pesquisa é que 81,4% dos respondentes possuem renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 3.000.
Com a chegada do ano novo é comum a criação de metas e objetivos para colocar em prática no próximo ano, entre elas uma das mais comuns é ser mais organizado com as finanças. No início do ano, uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostrava que guardar dinheiro era a principal meta financeira do brasileiro para 2020 (49%), mas a pandemia tirou esse foco.
Para colocar em prática a organização financeira em 2021,
Larissa Brioso, educadora financeira da Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, dá as 9 dicas
abaixo.
1 - Limite seu orçamento
Estabelecer um teto de gastos para as categorias de despesas
mensais ajuda a economizar e evitar desperdícios. As áreas da saúde, moradia,
transporte e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas. Com isso,
separar uma quantia específica para usar com os gastos extras evita o consumo
exagerado com itens desnecessários.
2- Necessidade
Fazer uma lista do que deseja comprar é um passo fundamental
para a organização. Dividir os itens nas categorias: "quero" e
"necessito", faz com que os produtos da segunda categoria tenham
prioridade em relação aos da primeira.
"Usar a técnica chamada "3 Ps e 1 Q" pode ser
uma ótima opção. O consumidor tem que perguntar a si mesmo se realmente PRECISA
do que ele quer adquirir, se ele pode PAGAR por aquilo, se o PREÇO está bom e
se ele realmente QUER, evitando o impulso", afirma Larissa.
3 - Organização
Um dos maiores problemas dos gastos com compras excessivas é
a perda de controle por falta de organização. Roupas, calçados, livros e tudo aquilo
que leva ao desejo do consumo, sempre devem estar muito bem organizados e
visivelmente dispostos, assim você não esquecerá daquilo que já tem e não
precisa comprar.
4 - Cuidado com o cartão de crédito
Inicialmente, uma compra de valor baixo pode parecer
inofensiva, mas o acúmulo de pequenos gastos pode comprometer o orçamento dos
meses seguintes. Ao optar por pagamentos parcelados, inclua o valor da fatura
no seu planejamento de compras. Mas, dê preferência por opções à vista, e evite
ao máximo recorrer ao cheque especial.
5 - Comparação de preços
Atualmente, com a ajuda da internet, pesquisar sobre a
variação de preços de um mesmo produto pode render uma boa economia. Os valores
podem variar das lojas físicas e online, além das multimarcas. Ficar atento aos
cupons de desconto pode ser interessante também, pois um grande número de sites
de compras, de quase todos os segmentos, oferece vouchers de descontos.
6 - Corte de gastos
Em casos em que a renda mensal é menor ou próxima do total de
gastos, a verificação de possíveis cortes é a melhor alternativa para evitar
situações sufocantes em que a única saída seriam os empréstimos. Atividades de
lazer e entretenimento de alto custo podem ser substituídas por opções mais
baratas e até mesmo gratuitas. Além disso, conhecer e colocar em prática suas
habilidades de forma criativa pode te ajudar a ganhar mais dinheiro.
7 - Poupança
Guardar mensalmente uma parcela da renda total traz grandes
benefícios, principalmente a longo prazo. A construção de uma poupança gera uma
segurança maior dentro do planejamento financeiro. Uma maneira para estimular
essa poupança é estabelecer metas e aplicar o dinheiro em algum investimento
que proporcione rendimentos.
8 - Reserva para emergências
Imprevistos acontecem a qualquer hora, por isso é primordial
ter uma quantia guardada para situações extremas. A reserva de emergência pode
variar dependendo de cada pessoa, porém, normalmente ela representa seis vezes
o valor do custo médio mensal e é essencial para alcançar a tranquilidade
financeira.
9 - Anote tudo que entra e sai da sua conta
O valor de um cafézinho pode parecer que não vai impactar as
suas finanças, mas se você não tiver controle sobre os pequenos gastos que são
feitos no dia a dia, pode ser que você não saiba como está gastando o seu
dinheiro. Por isso, é importante encontrar uma maneira de se adaptar melhor
para criar o hábito de registrar cada ganho e gasto que tem em seu cotidiano.
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