Um estudo publicado em 20 de março
revelou que beber chá muito quente aumenta em 90% a probabilidade de ter a
doença
O
câncer de esôfago, tubo que liga a garganta ao estômago, é o sexto tipo mais comum entre os
brasileiros e o 15º entre as brasileiras, de acordo com o
Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ainda conforme a entidade, o câncer de
esôfago é o oitavo tipo
mais frequente no mundo, sendo duas vezes mais comum em homens,
do que em mulheres.
Outra
pesquisa, divulgada no mês passado pelo periódico Cancer Epidemiology, revelou
que ingerir mais de três xícaras ou 700 ml de chá verde ou preto, em
temperaturas acima de 60ºC aumenta em 90% o risco de se ter a doença.
Representado pelo laço azul, o câncer de esôfago é lembrado neste mês de abril.
A campanha Abril Azul visa conscientizar a população e combater o aumento da
doença.
Janaina
Jabur, médica oncologista da Aliança Instituto de Oncologia explica que apesar
de comum, esse tipo de câncer raramente apresenta algum indício. "Com o
passar do tempo, o paciente passa a sentir dificuldade para engolir alimentos
devido ao estreitamento do esôfago, que é o órgão que leva o alimento da boca
até o estômago", pontua.
De
acordo com a especialista, essa dificuldade começa com alimentos sólidos e pode
piorar até mesmo com ingestão de líquidos como a água. "Além disso, o
paciente pode sentir dor ao engolir o alimento, o que leva a perda de peso, que
pode ser bastante intensa", comenta Janaina.
A
doença pode se manifestar ainda com uma sensação de má digestão, impacto do
alimento no esôfago e arrotos frequentes. De acordo com a especialista, se o
paciente não procurar assistência médica a doença pode evoluir e gerar outros
sintomas, como rouquidão, tosse, falta de ar, náuseas e vômitos, bem como
outros sinais relacionados à doença metastática.
Prevenção
Para prevenir a doença, segundo a
médica, é preciso interromper o uso do cigarro e o consumo de bebida alcoólica.
"Orientamos que o paciente priorize a alimentação rica em frutas e
vegetais, controle do peso e atividade física regular", complementa.
Tratamento
Dra Janaina destaca que o tratamento vai depender do estágio de evolução da doença, podendo ser necessário fazer quimio, radioterapia e cirurgia, nos casos de doença localizada. "O acompanhamento da equipe multidisciplinar formada por profissionais capacitados é fundamental para suporte clínico aos sintomas relacionados à doença e ao tratamento", ressalta.
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