Endocrinologista
Prof. Dr. Filippo Pedrinola alerta sobre a importância da microbiota
equilibrada na saúde e seu papel no sistema imunológico
A obesidade infantil é um problema crescente ao
redor do mundo e objetvo de grandes investimentos em pesquisas, já é
considerada uma epidemia. Publicado esta semana, um estudo da Sociedade
Americana de Microbiologia acrescenta uma novidade ao tema, a comprovação da
influência da microbiota intestinal no ganho de peso em crianças e seu papel na
transmissão da tendência à obesidade de pais para filhos. Os pesquisadores
descobriram que a microbiota aos dois anos de idade tem uma forte ligação com o
IMC (índice de massa corporal) e pode facilitar a avaliação da presença de
risco de sobrepeso e sua prevenção.
“Os Esforços da prevenção da obesidade infantil têm
se concentrado no estilo de vida, como a má alimentação e falta de exercícios
físicos. Contudo, pesquisadores afirmam que o conhecimento das causas
fisiológicas da obesidade e a forma de controlá-la na infância ainda é
incompleta. Há algumas décadas a ideia da influência da microbiota intestinal
no sobrepeso tem ganhado força e pesquisadores passaram a buscar evidências
científicas”, explica o médico endocrinologista Prof. Dr. Filippo Pedrinola.
A microbiota de bebês aos quatro meses começa a
apontar uma probabilidade significativa dos riscos da obesidade aos 12 anos.
Essa associação ganha força conforme a idade avança chegando ao pico de 53%,
mais da metade, nos bebês de dois anos. Esse percentual está acima do que
qualquer outro indicador de obesidade infantil, como parto, tempo de
amamentação, exposição a antibióticos, nascimento prematuro e outros fatores
maternos (sobrepeso pré-gravidez, tabagismo durante a gestação, educação, etc).
Sendo assim, um caminho para a prevenção da
obesidade seria através da identificação precoce de indivíduos com alto risco
de desenvolvimento de obesidade, e a pesquisa sugere que microbiota durante a
primeira infância pode ser um importante fator que aponte o risco de obesidade.
Intervenções na alimentação podem ser adotadas antes que as crianças comecem a
ganhar peso.
Para acessar a pesquisa completa, acesse o link:
Microbiota e sua importância na saúde
O corpo humano é colonizado por milhões de
microorganismos que, juntos, podem chegar a dois quilos, que é o peso
aproximado do cérebro. Tratam-se de bactérias que estão, em sua grande maioria,
hospedadas no intestino e que exercem funções como se fossem um órgão responsável
por 70% de todo o sistema imunológico de uma pessoa. Uma função protetora
acontece por meio do deslocamento de patógenos, competição por nutrientes e
receptores, além da produção de fatores antimicrobianos.
Além disso, a microbiota também está associada às
funções metabólicas, por exemplo na síntese de vitaminas, biotina e folato,
além da fermentação de resíduos de alimentos que não são digeridos.
Quando a microbiota está em desequilíbrio, o corpo
passa a permitir uma maior atuação e proliferação de bactérias causadoras de
doenças. Esse dedequilíbrio, chamado de disbiose, pode ser causado por má
alimentação (rica em gorduras saturadas e açúcares refinados), ingestão de
álcool, fumo, infecções bacterianas, envelhecimento, medicamentos e, até mesmo,
estresse e fadiga. Por isso, o grupo de risco para a disbiose são os portadores
de doenças crônicas (como diabetes, hipertensão e câncer), idosos, crianças e
atletas de alta performance.
“Um desequilíbrio na microbiota, ao contrário do
que muita gente ainda acredita, não está ligado apenas a um desconforto
intestinal. São inúmeros os sinais e sintomas causados pela disbiose, como
alergias, rinites, infecções de vias aéreas, halitose, alterações de humor,
insônia, enxaqueca, asma, eczema, dermatite atópica, psoríase, urticária,
doença coronariana, fibromialgia, doenças articulares, diabetes, cólicas,
diabetes e até a obesidade, tema da pesquisa indédita da Sociedade Americana de
Microbiologia”, explica Dr. Pedrinola.
Dr. Filippo Pedrinola - criador do protocolo
Medicina de Estilo de Vida, é médico formado pela Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (USP) com residência médica em clínica e
endocrinologia no Hospital das Clínicas de São Paulo.Após período de um ano do
Fellowship Program do Cedars Sinai Medical Center da University of California
em Los Angeles (UCLA), concluiu doutorado em endocrinologia pela Faculdade de
Medicida da USP. É membro da The Endocrine Society dos Estados Unidos, da
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e da Associação
Brasileira de Estudos sobre Obesidade (ABESO). Possui certificação em medicina
mente-corpo pelo Body-Mind Institute da Harvard Medical School, pela
International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) e pela
University of Texas em Arlington (UTA). Além de estar à frente de suas clínicas
médicas próprias, faz parte do corpo clínico do Hospital Albert Einsten e do
Hospital BP Mirante, neste último é Coordenador do Núcleo de Bem-Estar e
Terapias Integrativas.
Clínica
Prof. Dr. Filippo Pedrinola
End.: Rua Viradouro, 63 – 11o andar.
Tel.: 11 3878-0124
Nenhum comentário:
Postar um comentário