Entenda a importância do cuidado com o seu organismo após procedimento
cirúrgico
O
crescimento desproporcional dos ossos da face, além de comprometer
esteticamente o formato do rosto, pode estar relacionado a outros distúrbios
como: ronco e apneia do sono, má oclusão, dor ou dificuldade para se alimentar.
Para a correção, nesses casos, o mais indicado é o tratamento ortodôntico
muitas vezes associado ao tratamento cirúrgico.
Com o
intuito de realocar os maxilares, a cirurgia ortognática consiste em um
processo de ‘’soltar’’ o maxilar superior e inferior. Para reposicionar de
maneira correta são utilizados placas e parafusos de titânio e, em alguns casos
ainda é preciso mexer no queixo, dependendo da necessidade identificada pelo
cirurgião bucomaxilofacial.
Esse é um
procedimento que trata de problemas em três planos da face chamados de: antero-posterior,
vertical e transversal. Sendo, o primeiro relacionado ao prognatismo
(queixo grande), retrognatismo (queixo pequeno) e, em outros casos, a falta de
crescimento da maxila. O segundo, está associado a problemas de excesso ou
deficiência de altura da face, como por exemplo, quando a pessoa sorri e mostra
muito a gengiva ou mostra pouco os dentes superiores. Já o terceiro, é
referente à desarmonia no sentido latero-lateral, nesse caso há um desvio dos
maxilares que deixa a face assimétrica e desarmônica, podendo gerar a mordida
cruzada posterior (quando os dentes de baixo estão para fora enquanto os de
cima para dentro).
‘’Essas
anomalias podem estar associadas a dores nos músculos da mastigação ou na
região articular. A cirurgia ortognática reposiciona a maxila e a mandíbula,
deixando um perfil mais harmônico e melhorando a função do paciente, como a
oclusão e a mastigação.’’ afirma Dr. Sylvio Vivone, cirurgião bucomaxilofacial
formado pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP com
pós graduação em cirurgia da articulação temporomandibular pelo Miami
Anatomical Research Institute - M.A.R.C. – Miami – EUA.
A
complexidade do procedimento exige dedicação no pós-operatório
Os cuidados
pós-operatórios são cruciais para garantir o sucesso de qualquer procedimento
cirúrgico. E, se tratando de recomendação médica, todo cuidado é pouco.
“Hospitalizados ou mesmo em casa é muito importante que os pacientes façam a
manutenção continuada do resguardo”, afirma Vivone.
Confira
abaixo as dicas recomendadas pelo Cirurgião que garantem a maior eficácia após
a operação:
1 - Repouso de qualquer atividade física no primeiro mês.
2 - Evite
ficar exposto ao sol e locais muito quente.
3 – Nos
dois primeiros dias após ter realizado o procedimento, realizar compressas
frias, tomando cuidado para não colocar o gelo diretamente na pele e causar
queimaduras.
4 -
Mantenha a cabeceira inclinada, utilizando mais travesseiros.
5 - Evite
alimentos com consistência sólida nos primeiros dias, e siga as orientações do
seu cirurgião de como ir acrescentando alimentos com consistência mais sólida.
6 - O uso
de álcool ou hábitos tabagistas deve ser restrito.
7 - Não
deixe de ir às consultas médicas para acompanhar a evolução do quadro.
É
importante ressaltar que o especialista responsável deve estar à disposição
para qualquer sinal diferente durante todo o pós operatório. “Quando o paciente
passa por esse tipo de procedimento, o acompanhamento deve ser quase que
integral, o profissional precisa demonstrar que está ali para ajudá-lo”,
completa Vivone.
A forma do tratamento e a relação entre o paciente
e o cirurgião deve ser da forma mais clara possível para que a recuperação
ocorra com tranquilidade, confortável e segura. Para dúvidas ou queixas
consulte os especialistas da área e tenha um diagnóstico mais preciso.
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