Quase nunca o caminho
mais fácil é o melhor, especialista explica
No
cenário de crise indubitável em que estamos vivendo, as empresas que estão de
pé no mercado são aquelas que tem prezado sobretudo por uma administração muito
atenta aos relacionamentos com clientes e fornecedores. O risco do calote tem
assombrado o mercado, exigindo dos empresários um jogo de cintura que há muitos
anos não era exigido. Há 35 anos atuando na área de recuperação de crédito
empresarial, posso assegurar que estamos vivendo um período muito fora da curva
e há muita empresa derrapando nesse momento e indo direto com a cara no muro.
Vê-se
casos de empreendedores experientes tirando dinheiro de contas pessoais para
pagar dívidas, um erro administrativo básico, mas que ainda é um dos primeiros
que são cometidos quando a empresa entra no vermelho. Há também muito administrador
cortando custos naquilo que é essencial para a sua atividade, ou seja,
amputando “braços” importantes, como por exemplo, a equipe de vendas. Ora,
justamente no momento em que você precisa bater incansavelmente na porta de
clientes, você resolve dar adeus ao seu vendedor?
Antes de
se voltar para a folha de pagamentos, com a certeza de que este é um bom
caminho, convido a todo administrador a olhar à frente e pensar duas coisas: A
primeira é sobre indenizações trabalhistas que podem afundar de vez um barco. A
outra é sobre pensar que ao demitir um bom funcionário você está lançando-o aos
braços de seu concorrente ou muitas vezes criando um novo concorrente. Em ambos
os casos a conta do arrependimento chega como um tsunami.
No leme,
as mãos do bom administrador precisam ser firmes para tirar a empresa da beira
do abismo. Perfis omissos, autoritários ou centralizadores são os menos
desejáveis. Em anos de definições políticas, que deixam o mercado ainda mais
instável, temos lido muito uma frase por aí nas redes sociais que diz que “um
problema complexo não se resolve com medidas simplistas”. E isso vale para sua
administração empresarial: Se parece fácil, fique atento, pois o risco de você
estar errando é grande.
Ficou
para trás o tempo em que era apenas técnica que um administrador tinha que ter
para deixar uma empresa saudável. Hoje é necessário enxergar as adversidades
como oportunidades de explorar novos nichos, abrir novos mercados e ser mais
eficaz também com os seus relacionamentos. Renegociar dívidas mostrando boa
vontade é o que todo mundo espera e nesse sentido a postura do devedor conta
muito, pois é a partir daí que as alternativas surgirão.
À frente
da Hold Brasil, empresa especializada em cobrança amigável ou extrajudicial,
tenho enfrentado situações sui generis, com clientes meus
devendo a clientes meus. E o que mais percebo é que a atitude vem contando
muito na hora dos acordos, pois estão todos com um único pensamento: Sair da
tormenta. Posso garantir que a sensatez é a qualidade mais necessária a um
administrador de empresas hoje e que, a solução para sair da crise se chama
“eficiência”. Esse é o dever de casa que, se sua empresa não fez ainda, deve
fazer com urgência. Do contrário, demissões, empréstimos ou dilapidar
patrimônios para pagar credores serão apenas paliativos até a próxima maré
ruim.
Sidney
Almeida de Sousa - mestre em Administração de Empresas, especialista em
Marketing e conta com uma sólida trajetória de mais de 35 anos no setor de cobrança
empresarial, tendo portanto grande renome no mercado e experiência, o que o
coloca entre os grandes especialistas em questões ligadas à recuperação de
créditos entre Pessoas Jurídicas (PJ). Empreendedor, preside a Hold Brasil, uma
das cinco maiores empresas do segmento no país. Tem sua trajetória reconhecida
nacionalmente, mas principalmente nos mercados do Rio Grande do Sul, São Paulo,
Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Ceará e Pernambuco.
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