Foto: Cocel
Mesmo após a mudança do padrão brasileiro de
tomadas e plugues em 2011, regulamentada pela norma NBR 14136,
muitas pessoas ainda desconhecem – ou ignoram – os perigos da falta de atenção e
improvisações com as tomadas. Os riscos são ainda maiores em imóveis antigos,
onde as instalações elétricas podem não suportar as exigências atuais, além de
provavelmente não possuírem Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS)
e Interruptores Diferenciais Residuais (IDR), complementos
de segurança obrigatórios pela NBR 5410.
Juntamente com os disjuntores, estes dispositivos
são fundamentais numa instalação elétrica, pois protegem, respectivamente,
contra sobrecarga e curto-circuitos, fuga de correntes e surtos causados por
raios, que podem danificar aparelhos e levam risco à vida dos usuários. É
preciso, portanto, estar atento aos primeiros sinais para evitar um contratempo
maior. Um exemplo bastante comum, mas que pode passar despercebido é o escurecimento
ou até derretimento dos orifícios da tomada.
"As manchas e o derretimento são sinais de
sobrecarga de corrente, o que provoca um aquecimento excessivo no conjunto
entre plugue, encaixe e fios elétricos", explica Lucas
Machado, engenheiro eletricista da STECK
Indústria Elétrica. "O motivo mais comum é a
incompatibilidade entre a corrente nominal da tomada e a do aparelho. Com os
danos do ressecamento, os componentes perdem o isolamento e podem entrar em
contato, causando curtos e incêndios".
As tomadas residenciais são divididas entre modelos
que suportam até 10A, conhecidas como Tomadas de Uso Geral (TUG), e os
que suportam entre 10 e 20A, chamadas de Tomadas de Uso Específico (TUE).
As TUGs são mais comuns, pois abrangem a maior
parte das necessidades de uma casa ou apartamento. As TUEs são tomadas
"estratégicas", pois foram planejadas para o uso isolado de aparelhos
específicos, como micro-ondas, ar-condicionado e máquinas de lavar. O novo
padrão evita o encaixe entre plugues e orifícios diferentes, mas improvisações
com adaptadores e réguas podem causar sobrecarga e sobreaquecimento no
conjunto.
"Existem aparelhos como os secadores, onde a
potência pode variar muito de um para outro, o que torna difícil prever uma
instalação específica para eles. É preciso estar atento às informações do
fabricante e ao notar os primeiros sinais de aquecimento, procure um
profissional capacitado para o melhor diagnóstico",
finaliza Machado.
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