De
acordo com o Ranking de Competitividade Global divulgado pelo Fórum Econômico
Mundial, o Brasil ocupa a 80ª posição entre 137 países pesquisados. Embora , o
desempenho brasileiro venha melhorando timidamente com passar do tempo. Em
educação e saúde, por exemplo, passamos da 99ª posição para a 96ª.
Esse
resultado poderia ser melhor se alguns problemas crônicos do setor de saúde
fossem resolvidos. Para Raimundo Sousa, sócio da Mazars consultoria
empresarial, um dos pontos chaves está na necessidade de maior eficiência em
gestão. "Uma necessidade é a construção de uma aliança entre todos os
envolvidos, incluindo cada um dos usuários, na utilização racional dos recursos
e na redução de desperdícios visíveis e invisíveis, que representam
aproximadamente 30% do total desembolsado. Só para se ter uma ideia, 70% dos
atendimentos em prontos socorros/PAs são considerados desnecessários, e não
haveria tamanha demanda se melhorássemos o acesso dos usuários aos atendimentos
eletivos".
Outro
problema do sistema de saúde do Brasil é a inflação médica brasileira ser a
mais alta do mundo. Como referencia, em 2017, este índice setorial superou a
inflação oficial em mais de 10 pontos percentuais.
Para
Sousa há incontáveis oportunidades para promover melhorias no setor de saúde
brasileiro. "Hospitais e clínicas especializadas, através de seus
administradores, sejam médicos, sejam de áreas de apoio, têm como desafio
gerenciar os seus negócios com a visão focada na "experiência do
usuário/cliente" e produzir resultados positivos para o negócio. Os
avanços dos meios de comunicação têm proporcionado um verdadeiro "empoderamento
do usuário/paciente/cliente", trazendo como consequência demandas para um
atendimento qualificado, humanizado, de forma integrada e com alta
resolutividade".
Outra
experiência que traz melhorias para o setor é a fidelização. " A cadeia de
fornecedores do sistema continua investindo em inovação e lançamento de novos
produtos, como forma de competição entre seus pares, sem dar a atenção especial
a programas de fidelização. A experiência tem mostrado melhorias significativas
de eficiência e redução de custos em programas estruturados de
fidelização", explica Sousa.
Por
fim, é preciso melhorar a gestão da saúde suplementar. "Estruturar um
sistema de regulação inteligente, implementar um modelo de segunda opinião que
assegure boas práticas e "pertinência" aos procedimentos, além de
partilhar custos com os usuários (coparticipação), são ações absolutamente
necessárias para que eles se mantenham competitivos", destaca Sousa.
Raimundo Sousa – possui carreira como
executivo de finanças, administração e gestão de pessoas em organizações
nacionais e multinacionais de grande, médio e pequeno portes. É Mentor Executivo
e atua há 20 anos em consultoria empresarial com foco em resultados superiores.
Atuou por longo período como consultor sênior e líder de projetos no time da
Falconi. É cofundador da BMI, TotvsBMI e Totvs Consulting. Tem experiência
reconhecida e expressiva nos segmentos de saúde, alimentos, agronegócios,
serviços e varejo.
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