Fibrilação atrial é um
dos principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral, sendo
responsável, todos os anos no Brasil, por 51 mil casos da doença¹
Na pesquisa, os entrevistados diagnosticados com FA ou que conhecem alguém que possui a doença foram questionados se sofreram com a ocorrência de um AVC nos seis meses anteriores ao estudo. 30% deles responderam afirmativamente3, o que vai ao encontro dos principais estudos científicos na área que apontam a relação do derrame, como a doença é popularmente conhecida - com essa arritmia, um dos seus principais fatores de risco. Nessa amostra, 34% dos casos de AVC aconteceram em mulheres, contra 24% em homens3.
Para evitar tal complicação, que figura como a principal causa de incapacidade física globalmente4, a fibrilação atrial deve ser diagnosticada precocemente e tratada. A doença, que leva o coração a bater em um ritmo descompassado, favorece a formação de coágulos no órgão que, ao se desprenderem, entram na circulação sanguínea e podem chegar a qualquer parte do corpo, como o cérebro, levando ao acidente vascular cerebral isquêmico5. Assim, parte do tratamento da FA consiste no uso de medicamentos anticoagulantes, que "afinam" o sangue e previnem a ocorrência do AVC.
Entretanto, a pesquisa também mostrou que 47% dos entrevistados com FA não fazem uso de medicação anticoagulante³, ficando mais expostos ao risco de AVC. De acordo com especialistas, essa porcentagem pode ser justificada graças à preocupação com sangramentos, um dos principais efeitos colaterais desse tipo de medicação. Mas, hoje, caso esses pacientes sofram acidentes, sangramentos incontroláveis ou tenham que ser submetidos a procedimentos emergenciais, já existe na medicina um agente reversor, específico para a dabigatrana, que age revertendo, imediata e momentaneamente, efeito anticoagulante6-7.
Doença assintomática x AVC
Recentemente a Boehringer Ingelheim também anunciou novos resultados do GLORIA™-AF, um dos maiores programas de registro observacionais que coleta dados reais de segurança, eficácia e resultados em pacientes com FA que fazem uso controlado de anticoagulantes.
De acordo com essa subanálise dos dados do GLORIA™-AF, apresentada em uma sessão científica da Associação Europeia de Ritmo Cardíaco – European Heart Rhythm Association, pacientes com fibrilação arterial (FA) não valvar, com poucos ou sem sintomas da doença, são mais propensos a ter um AVC (Acidente Vascular Cerebral), antes mesmo do diagnóstico de FA, quando comparados aos pacientes com FA sintomática8.
Provavelmente, a constatação é uma consequência da falta de conhecimento sobre a patologia, já que pacientes com FA assintomática levam mais tempo para receber o diagnóstico da doença.
Nesta subanálise do GLORIA™-AF, que comparou as características de 6.011 pacientes com FA no Leste Europeu, 69% (4.119 pessoas) apresentaram poucos ou nenhum sintoma da doença e 31% (1.892 pessoas) reportaram sintomas quando foram diagnosticados. Constatou-se, portanto, que pacientes com FA sem sintomas tiveram duas vezes mais chances de sofrer um AVC prévio (14,7% contra 6%)8.
Segundo o Dr. Steffen Christow, cardiologista e chefe do Laboratório de Eletrofisiologia do Hospital Ingolstadt GmbH, na Alemanha, sem o diagnóstico, os pacientes com FA continuam em risco de sofrer um AVC, que pode ser debilitante e provocar não só mudanças na vida dos pacientes, como pode ser uma condição fatal.
"O GLORIA™-AF enfatiza a necessidade de programas de saúde pública de triagem para identificar a FA na população de alto risco, para que as pessoas possam ser diagnosticadas precocemente e assim receber a terapêutica apropriada com o uso de anticoagulantes. Além disso, também é importante fazer o gerenciamento de todos os fatores de risco da doença, para reduzir assim os riscos de AVC e morte", esclarece o Dr. Christow.
De acordo com o Professor Jörg Kreuzer, vice-presidente médico da Área de Terapêutica Cardiovascular da Boehringer Ingelheim, o GLORIA™-AF é uma iniciativa importante:
"Estamos realmente satisfeitos por essas descobertas estarem na pauta da sessão científica da EHRA. Estamos aguardando mais resultados do GLORIA™-AF que irão dar suporte nas prescrições do médico para prevenção do AVC. Análises futuras do programa incluirão dados de cerca de 5.000 pacientes que usam a dabigatrana e a rotina clínica prática em todo o mundo, grupo acompanhado por dois anos", comenta.
Boehringer Ingelheim
www.boehringer-ingelheim.com.br e www.facebook.com/BoehringerIngelheimBrasil
Referências
- Martins S World StroKe Coference 2011.
- Atrial Fibrillation Fact Sheet, National Heart Blood and Lung Institute Diseases and conditions Index, October 2009. Disponível em www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/af. Último acesso em 18 de setembro de 2017.
- Pesquisa "A Percepção dos Brasileiros sobre Doenças Cardiovasculares". Coleta de Dados pelo IBOPE CONECTA em parceria com a Boehringer Ingelheim. Análise de Dados feita pela Edelman Significa.
- Figin et al 2015-2016.
- Atrial Fibrillation Fact Sheet, National Heart Blood and Lung Institute Diseases and conditions Index, October 2009. Disponível em www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/af. Último acesso em 18 de setembro de 2017.
- Base de dados da Boehringer Ingelheim
- Pollack, C.V. et al. Idarucizumab for Dabigatran Reversal – Full Cohort Analysis. New Engl J Med. 2017; DOI: 10.1056/NEJMoa1707278.
- Christow.SP. et al. Increased Rate of Previous Stroke in Asymptomatic/Minimally Symptomatic versus Symptomatic Patients with Newly Detected Atrial Fibrillation in Western Europe – Results From the GLORIA-AF Registry. (Abstract #41120) apresentado no EHRA-EUROPACE CARDIOSTIM, em 21 de junho de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário