Especialista alerta para os potenciais riscos a crianças e adolescentes
no uso indiscriminado da tecnologia
O aplicativo de bate-papo online sul-coreano
Simsimi, que possui mais de 50 milhões de downloads e foi criado em 2002, foi
suspenso no Brasil na última semana. Segundo blog corporativo da empresa, o app
passou a "aprender" e dar respostas impróprias a seus usuários, como
ameaças de sequestros e assassinatos. O programa, apontado como perigoso foi
removido das lojas oficiais de aplicativos do Google e Apple.
Com um visual que atrai crianças e jovens e uso de
Inteligência Artificial (IA), a aplicação teve um impacto social bastante
negativo no Brasil, explica o comunicado oficial da empresa desenvolvedora.
Segundo a advogada, especialista em Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e
professora do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), Roberta Densa, a IA pode
ajudar a trazer soluções rápidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas,
mas ainda oferece, também, muitos riscos, principalmente em relação a crianças
e adolescentes. "Ao que tudo indica essa inteligência artificial aprendeu
palavras de baixo calão e passou a oferecer respostas maliciosas, de ameaças,
como assassinato ou sequestros de crianças ou suas famílias", destaca
Roberta Densa.
"Além do constante monitoramento dos familiares aos conteúdos
acessados, o implemento da tecnologia exige maior controle e reflexão sobre
segurança e filtros na governança dos dados, com os seus impactos sob a
perspectiva de valores éticos", ressalta a advogada.
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