Dia de
Prevenção e Combate à Hipertensão é lembrado anualmente em 26
de abril para alertar gravidade do problema
Há uma estimativa de que 25% da população brasileira adulta conviva com esse mal, chegando a mais de 50% na faixa etária acima dos 60 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Não é possível saber a sua causa, mas na maioria das vezes influenciam fatores como hereditariedade (predisposição familiar), obesidade, tabagismo, estresse, sedentarismo, colesterol alto e grande consumo de sal. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome, em média, doze gramas de sódio todos os dias. É quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é menos de cinco gramas por dia.
A cardiologista Carmen Weigert, do Hospital Cardiológico Costantini, lembra que a doença não tem cura para a maioria dos pacientes, mas pode ser controlada com cuidados específicos. Em poucos pacientes, um entupimento de uma artéria do rim ou alguma doença sistêmica pode ocasionar a hipertensão e o tratamento pode normalizar a pressão elevada.
"O médico determinará o melhor método para cada paciente. Se não tratada, a pressão alta pode causar derrames cerebrais, doenças do coração (como infarto e insuficiência cardíaca), angina (dor no peito), insuficiência renal (paralisação dos rins) ou alterações visuais que podem levar à cegueira", explica a médica.
Carmen afirma ainda que a maioria dos hipertensos são assintomáticos. "Mas quando um indivíduo apresenta uma hipertensão grave, prolongada ou não controlada pode apresentar dores de cabeça, dispneia (falta de ar), agitação, náuseas e vômitos e visão turva", esclarece.
A cardiologista recomenda uma monitorização regular dos níveis de pressão arterial, que deve ser mantida abaixo de 140/90 mmHg - 14 por 9. Além disso, tanto para tratamento pós-diagnóstico como para prevenir a doença, é importante mudanças de hábitos e estilo de vida.
"É
imprescindível ter alimentação saudável, evitar açúcares e doces, carnes
vermelhas com gordura aparente e vísceras, temperos prontos, alimentos
industrializados e processados, como embutidos, enlatados, conservas e
defumados. Preferir alimentos cozidos ou assados e evitar frituras. Usar
temperos naturais como limão, ervas, alho, cebola e dar preferência a produtos
lácteos desnatados. Além disso, é importante diminuir a quantidade de sal da
comida, usar no máximo uma colher de chá de sal para toda a alimentação do
dia", recomenda Carmen,
Além
disso, a cardiologista aconselha a redução no consumo de bebidas alcoólicas,
assim como a suspensão do tabagismo. Por fim, é recomendável a prática de
atividade física, com acompanhamento profissional, no mínimo cinco vezes na
semana.
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