Saiba como lidar com as
características de aprendizagem no Transtorno de Espectro Autista (TEA).
Cada pessoa tem um
ritmo diferente de vida e de aprendizagem. A nossa capacidade de aprender algo
novo é influenciada por diferentes fatores, como a cognição, a personalidade,
as experiências de educação e as oportunidades culturais. A dificuldade de
aprender é bastante comum em diferentes crianças, mas torna-se ainda mais
especial naquelas com Transtorno de Espectro Autista (TEA).
A TEA é um distúrbio
do desenvolvimento que tem como características os prejuízos sociais e de
comunicação, o interesse restrito a poucos temas e os comportamentos
repetitivos e estereotipados. “O TEA é uma condição diagnosticada cada vez mais
precocemente e as estatísticas apontam para uma a cada 100 pessoas em todo o
mundo”, conta a fonoaudióloga Ana Lúcia Duran, que reforça a importância da
capacitação de pais e professores para garantir a melhor aprendizagem e
adequação da criança autista.
“É preciso focar nas
peculiaridades desta criança. Ela aprende melhor quando é instruída de forma
clara e quando as regras e expectativas são simples. As metodologias de ensino
que focam na intuição para a aprendizagem não são indicadas a esses alunos,
visto que eles têm dificuldade para entender a linguagem corporal, as
expressões faciais e a entonação de voz das outras pessoas. São crianças muito
literais e que não compreendem conceitos abstratos e piadas, por exemplo”,
explica.
Em alguns casos parece
difícil por ser pouco linear ou fluído, o aprendizado é totalmente possível e
deve ser constantemente estimulado nas crianças com TEA. “Mesmo que pareça que
ela não está evoluindo, deve-se insistir na transmissão do conhecimento
repetidas vezes”, indica Ana Lucia. “As dificuldades não são permanentes e
muitos alunos pulam etapas da aprendizagem, chegando a conseguir acompanhar
seus colegas de sala que não têm TEA.”
Para facilitar a
aprendizagem, é indicado ser claro e consistente nas explicações, dar dicas
visuais, treinos com teatro e instruções curtas e claras. “Os estímulos visuais
e a criação de uma rotina são essenciais para ajudar a criança com TEA na
escola”, conta a fonoaudióloga, que reforça que cada caso deve ser acompanhado
de forma individual.
FONTE: Ana
Lúcia Duran - Fonoaudióloga
clínica (graduada pela EPM/UNIFESP) e educacional (responsável pelo projeto
oficina de linguagem do colégio Cermac/ vencedor do PNGE - Prêmio Nacional de
Gestão Educacional/2015), pós graduada em psicomotricidade.
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