Laços
afetivos com a mãe, mesmo ainda dentro do útero, podem influenciar na
personalidade do filho na vida adulta
“Eu
preparo uma canção pra que minha mãe se reconheça, todas as mães se reconheçam,
que faça acordar os homens e adormecer as crianças.” É preciso buscar
inspiração nos poetas para falar de mãe. Como falar da presença que ilumina sem
ser piegas? Como não ser piegas diante do amor incondicional de uma mãe? Só os
que não podem mais desfrutar da presença física delas sabem dizer do vazio
desta falta.
Desde
o momento em que fomos gerados, recebemos impressões, sentimentos e sensações
de nossas mães. Esses registros podem estar repletos do néctar do amor ou da
falta dele. Em ambos os casos deixará marcas, como uma impressão digital. O
símbolo da palavra mãe vai além, muito além daquela que gera. Mãe é aquela que
cuida, que acolhe, que ama. Embora não tenhamos lembranças conscientes da fase
uterina e da primeira infância, guardamos na memória em forma de sensação sutil
todas as emoções e sentimentos que chegaram através delas.
As
outras pessoas, o pai, os avós, os irmãos, também exercem influência na vida do
bebê, mas a relação mãe e filho é sem dúvida a mais marcante para o
desenvolvimento do indivíduo. A falta de amor e conexão na infância pode
resultar em adultos hostis, antissociais, gananciosos, inseguros e arrogantes.
Indivíduos totalmente afastados do senso de cooperação e generosidade. São
seres egoístas que buscam preencher a qualquer custo o buraco da falta. O
processo do desenvolvimento no sentido da humanidade se dá na presença do amor.
A
empatia de uma mãe para com seus filhos faz com que ela se coloque muitas vezes
em seus lugares, de modo a compreendê-los nas diversas fases da vida: na
infância, nos desafios da adolescência até a vida adulta. Amar
incondicionalmente também significa ensinar os limites, o respeito ao próximo
etc. A atitude emocional da mãe, que começa na gestação, será a base psíquica e
emocional que orientará o indivíduo na vida adulta.
Estudos
comprovam que crianças que se sentiram acolhidas e amadas por seus pais tendem
a se tornar adultos cooperativos, autoconfiantes, emocionalmente capazes de
transmitir a mesma amorosidade recebida. A autoimagem segura e apropriada que
se inicia com o amor materno e paterno influenciarão o indivíduo pelo resto da
vida. Essa é a base para os laços futuros com os outros seres humanos, com os
outros seres vivos e com o sistema ecológico de modo geral.
“Eu
distribuo um segredo, como quem ama ou sorri, no jeito mais natural: minha
vida, nossas vidas, formam um só diamante.”
Hilda
Medeiros – Transformando Realidades. Coach e terapeuta, realiza atendimento
presencial e on-line. Ministra palestras, workshops e treinamentos em todo o
Brasil - www.hildamedeiros.com.br
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