A maternidade, em todas as suas dimensões,
é a expressão máxima do amor. É o ato de gerar no amor, é fazer seu um filho
sem mãe, é a entrega a uma causa. É participação na obra do Criador. Como diz
uma velha canção, para nós filhos, “mãe é uma só que a gente tem no mundo, mãe
é o amor mais puro e mais profundo”. Ela nos deu um pedaço de seu corpo, nos
deu a vida, guia nossos passos e ilumina nossos caminhos. Quis o Criador
estender a beleza da maternidade para além dos seres humanos, concentrando nela
a perpetuação de toda a sua obra criadora.
Por isso, a figura da mãe é sempre
lembrada e comemorada todos os anos de maneira muito especial. Ryuho Okawa,
fundador do movimento religioso Happy Science, compara com muita precisão o
amor de um pai ou de uma mãe por um filho ao amor infinito de Deus. “Os pais
nunca deixam de amar seus filhos porque eles se comportam mal, para somente
voltar a amá-los quando passam a se comportar bem de novo. Na verdade, quanto
mais um filho se comporta mal, mais seus pais ficam preocupados, mais lhe dão
atenção e cuidados, oferecendo ajuda e apoio (do livro Mensagens do Céu** – IRH
Press do Brasil, 2015).
Nem tudo, porém, são flores para as mulheres
que tentam conciliar a maternidade com sua realização profissional. As
cobranças vêm de todos os lados, do grupo familiar e das empresas, e se
acentuam nas regiões e segmentos sociais mais carentes. E não é apenas para
ajudar na renda familiar que as mamães trabalham. As mulheres trabalham porque
o trabalho dignifica, porque desempenhar uma profissão, ganhar o próprio
dinheiro, participar e ter uma voz ativa na sociedade é uma grande realização.
As mulheres desconheciam toda essa
realização quando a sociedade impunha a elas apenas o papel de donas de casa,
mães e esposas. Conquistando arduamente, e sempre, seus direitos, a mulher está
podendo experimentar várias realizações: a de ser mãe e profissional
respeitada, embora nem sempre valorizada como deveria ser. Mesmo tendo
conquistado quase todos os direitos fundamentais nas últimas décadas, a mulher
ainda luta por igualdade de oportunidades na vida socioeconômica e na política.
Não é nada fácil para a mulher, em
especial no mundo competitivo em que vivem os novos casais, ser ao mesmo tempo
mãe, profissional e esposa. Às dificuldades todas soma-se a carência de creches
e de escolas de educação infantil na maioria de nossas cidades e metrópoles. Se
já não é fácil ser mãe em lares com boas condições financeiras, proporcionando
sólida formação aos filhos e mantendo com eles um diálogo construtivo, pode-se
imaginar como deve ser difícil ser mãe e educar um filho nas periferias, onde
pipocam reclamações de falta de vagas nas escolas e o transporte escolar é
precário.
Lembremos ainda, neste mês de maio, de
todas as dimensões da maternidade, de todos os gestos de amor de que é capaz o
coração de uma mulher – para além do ato de dar vida a um filho. Com certeza
absoluta, não é menor o amor de uma mãe por um filho adotivo, que ela abriga em
seus braços, ama, alimenta e educa como se fosse seu. E em tantas outras
situações a maternidade é substituída por um propósito maior – como as
missionárias, enfermeiras e médicas além-fronteira. São mulheres que abrem mão
da realização pessoal de gerar um filho, criá-lo e acompanhar seu
desenvolvimento até que ele se torne adulto, para cuidar de muitos, amar sem
querer nada em troca, numa espécie de maternidade mais que altruísta. É um amor
que não depende da troca nem do contato diário, não cobra nada, muito menos
gratidão. Essas mulheres são movidas por forças maiores, dotadas de um profundo
desprendimento.
Que nós filhos tentemos, neste Dia das
Mães e neste mês de maio, tomar consciência de quão grande é o amor que delas
recebemos e de quanto já sofreram e sofrem por nós. Em outro de seus livros (Convite
à Felicidade***), Ryuho Okawa nos lembra que, quando bebês, elas “nos
alimentaram, trocaram nossas fraldas, nos carregaram no colo quando chorávamos
e nos colocaram para dormir”; depois, na infância, “cuidaram de nós quando nos
machucávamos, ficávamos doentes ou tínhamos algum problema”. Sejamos gratos.
Tentemos retribuir com um sorriso, um abraço e gestos de carinho, dividindo com
elas nossas angústias e sonhos. Em todas as dimensões, é o amor mais puro e
mais profundo.
Kie Kume - gerente geral da IRH Press do
Brasil, editora dedicada à publicação em português dos livros do mestre
Ryuho Okawa. www.irhpress.com.br
**Em
Mensagens do Céu – Revelações de Jesus, Buda, Moisés e Maomé para o mundo
moderno (IRH Press do Brasil), Ryuho Okawa aponta caminhos para o ser
humano. A grande mensagem envolve a necessidade de unir o mundo sob uma única
perspectiva espiritual, para que seja possível a construção de um futuro feliz
para a humanidade.
*** Em Convite
à Felicidade, Ryuho Okawa toca em sete grandes temas, formando um eixo
de reflexão para o encontro da felicidade: uma mente calma; seu eu verdadeiro;
dificuldades e fracassos; gratidão; perdão; uma vida alegre; e sonhos e metas.
Mais do que uma simples leitura, o livro oferece uma experiência reveladora:
faz a meditação sobre os temas com você, pela Internet. Basta fazer o download
das músicas de cada tema no site www.irhpress.com.br.
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