O Seminário Mídia,
Zika e os Direitos das Mulheres reunirá representantes de organizações
nacionais e internacionais com foco em direitos reprodutivos, comunicação,
saúde, direito e bioética. Haverá transmissão ao vivo pela web.
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Nesta semana em que se completa um ano desde o início das revelações sobre o vírus zika e a correlação com a má formação em fetos, o Brasil recebe diversos especialistas no tema que irão debater a inter-relação entre a epidemia, os direitos das mulheres e a cobertura da imprensa. Entre eles estão: Suzanne Serruya, diretora do Centro Latino-Americano de Perinatologia da Unidade de Saúde da Mulher da OMS; Ana van der Linden, neurologista do IMIP (Recife/PE); Jacqueline Pitanguy, coordenadora da ONG Cepia; Thomaz Gollop, especialista em medicina fetal e coordenador do Grupo de Estudos sobre o Aborto; Debora Diniz, professora e pesquisadora da UnB e da ONG Anis – Instituto de Bioética; e Tania Lago, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Em recente pronunciamento à imprensa, Margaret Chan, diretora geral da OMS, afirmou que, em um ano, "a infecção por zika passou de uma mera curiosidade médica a uma doença com sérias implicações para a saúde pública". “Quanto mais sabemos, piores as coisas parecem", declarou Chan, que avalia que a má formação de fetos relacionada ao vírus causa profundos danos às famílias e às comunidades, além de impactar nos sistemas de saúde locais e no sistema de suporte social. Mais do que a todos, porém, a epidemia de zika e a síndrome congênita associada ao vírus afetam principalmente as vidas das mulheres - que estão no centro dessa epidemia, mas não no foco principal no debate público. Ante essa lacuna e a urgência na garantia de direitos, este debate será travado em profundidade no Seminário Mulher e Mídia, que acontece nos dias 22 e 23 de abril, em São Paulo. A proposta do evento é aproximar os campos da pesquisa, assistência e políticas públicas dos profissionais que produzem informações diariamente e, com isso, fortalecer a cobertura da mídia nacional e a geração de informações de qualidade para o debate público sobre a situação das mulheres, grávidas ou não, no contexto da epidemia de zika no Brasil. O evento ocorre em meio à preparação da ação de litígio estratégico para requerer que o Supremo Tribunal Federal (STF) avalie a inconstitucionalidade do Estado ao impedir a interrupção da gestação no caso de mulheres infectadas pelo vírus zika. A ONG Anis – Instituto de Bioética, que está desenvolvendo a ação, estará no Seminário para debater a estratégia judicial para garantir planejamento familiar e proteção à maternidade e à infância.
Braston Hotel São Paulo
Rua Martins Fontes, 330 - Consolação, São Paulo/SP
das 9h às 17h30
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