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terça-feira, 19 de abril de 2016

Acidente de moto: quando é necessário fazer exames poli-x?





A cada ano, 12 mil pessoas perdem a vida em acidentes de moto. Em 2014, de acordo com o Ministério da Saúde, 20 mil motociclistas paulistas foram parar em salas de cirurgia depois de se envolver em quedas ou acidentes. Por mais que as políticas de trânsito enrijeçam, não é fácil controlar quase 25 milhões de motos circulando no Brasil. Sendo assim, é grande a responsabilidade das equipes que fazem o primeiro socorro e os exames iniciais.

“Em muitos casos, o atendimento realizado logo após o acidente, com a imobilização adequada para o transporte hospitalar, pode determinar as chances do paciente. Com exceção de acidentes realmente sem gravidade, na maior parte dos casos é fundamental que o acidentado passe por uma bateria de exames radiológicos para pesquisar fraturas e lesões relacionadas a traumas de alto impacto. Essa bateria de exames é chamada de poli-x”, diz Edson Sato, médico radiologista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo.

Sato afirma que o poli-x só tem início quando o quadro da vítima estiver estabilizado, já no ambiente clínico. “Trata-se de uma bateria de radiografias com o propósito de assegurar que nenhuma fratura passe despercebida, já que elas podem estar relacionadas a quadros de hemorragias secundárias, embolias gordurosas, pneumotórax, ou, eventualmente, a lesões medulares no caso de fraturas instáveis da coluna”.

Segundo o especialista, o poli-x reúne radiografias do crânio e da coluna vertebral, do tórax e da bacia, bem como de algum outro membro em que recaiam suspeitas de fraturas. “Se alguma dessas radiografias evidenciar fratura, a pesquisa deverá continuar através de uma tomografia computadorizada. Mesmo que o paciente tenha recebido alta hospitalar sem evidências de problemas mais graves, ele deve voltar a procurar um médico e fazer novos exames se sentir que as dores voltaram a se agravar ou se apresentar outros sintomas mais relevantes”.

Caso haja suspeita de hemorragia interna, Edson Sato diz que deverá ser realizado um estudo ultrassonográfico para pesquisa de hemorragia na membrana que reveste o coração (pericárdio), bem como na região do abdome e pélvis.  “Estudos tomográficos também poderão ser necessários para uma avaliação mais detalhada ou ainda em caso de trauma crânio-encefálico”.



Dr. Edson Sato - médico radiologista do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo – www.cdb.com.br


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