Especialista
faz alerta sobre os perigos da doença que pode levar a morte
Recentemente, especialistas
têm falado muito sobre uma doença rara e normalmente desconhecida pela maioria
das mulheres, a Síndrome do Choque Tóxico (SCT). A patologia é causada por
toxinas produzidas pela bactéria Staphylococcus Aureus, comumente
gerada pelo organismo das mulheres e presente na flora
vaginal, mas que em alguns casos pode levar a morte.
A condição está relacionada ao uso impróprio
do absorvente interno que, se utilizado por longos períodos sem troca, favorece
a proliferação intensa dessa bactéria e, consequentemente, são
produzidas toxinas em excesso que causam a SCT.
De acordo com o ginecologista do Hospital
Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral, o ideal é sempre calcular um período
entre três e quatro horas, dependendo do fluxo menstrual de cada mulher, para
trocar o absorvente, seja este interno ou externo. “Uma boa dica para diminuir
as chances de incidência da SCT é substituir o absorvente de material sintético
pelo de fibra de algodão”, destaca Sobral. Além disso,
é recomendável prestar atenção a outras possíveis causas da doença,
como a exposição à bactérias, especialmente em ambiente hospitalar e após
cirurgias.
Alguns sinais como febre alta, dor de cabeça, confusão e tontura,
vômitos e a erupção cutânea, semelhante a uma queimadura de sol, podem indicar
o começo da síndrome, que depois evolui para manifestações mais graves.
“Geralmente, a paciente entra em estado de choque depois de 48 horas,
quando os sintomas, que podem levar a anemia, lesões nos rins e fígados, se
agravam”, explica o especialista.
Muitas vezes os sintomas da SCT são semelhantes aos de outras
doenças, por isso, existe grande dificuldade no diagnóstico. Porém, na
suspeita da síndrome a pessoa deve se hospitalizar imediatamente, já que se a
ação não for rápida, há risco de óbito. “O tratamento é feito em unidade de
terapia intensiva (UTI) e conta com o uso de antibióticos por, pelo menos, 10
dias e também uma drenagem no foco da infecção”, finaliza Sobral.
Doutor Maurício Luiz Peixoto Sobral,
CREMESP 90722 - especialista em Mastologia, Ginecologia e Obstetrícia.
Possui título de Especialista em Ginecologia eObstetrícia
(TEGO) e Título de Especialista em Mastologia
(TEMA). É preceptor de ginecologia e obstetrícia do
Hospital Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. Realizou mais de 10.000
partos e cirurgias ginecológicas ao longo dos 17 anos de formado. Tem
larga experiência em Obstetrícia no atendimento público e privado em
grandes Hospitais. Além de Sócio-diretor da Aclimed - Clínica Médica
Aclimação Ltda. www.facebook.com/dr.mauriciosobral
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