Diversas cidades
apoiam o Purple Day para lembrar que as pessoas
que vivem com epilepsia não estão sozinhas
Em prol da conscientização da epilepsia, fontes nas
cidades de Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília ganham
iluminação especial na cor roxa, no dia 26 de março, para celebrar o Purple Day
- Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia.
A
data foi criada em 2008 pela canadense de nove anos Cassidy Megan, numa
parceira com a Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS). A garota
escolheu a cor roxa devido à flor de lavanda, que é associada ao sentimento de
solidão, pois representa o isolamento vivido por muitas pessoas que têm
epilepsia.
No
Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia pessoas do mundo inteiro são
convidadas a apoiarem a causa, vestindo uma peça na cor roxa para destacar a
importância da sociedade em se informar a respeito da epilepsia. “O Purple Day,
ou Dia Roxo, é comemorado anualmente em 26 de março e representa um esforço
internacional para aumentar a consciência sobre a epilepsia, que afeta cerca de
1% da população em todo o mundo e até 2% entre os brasileiros”, destaca Dra.
Adélia Henriques Souza, neurologista infantil e Presidente da LBE - Liga
Brasileira de Epilepsia.
Com
o objetivo de mostrar que essas pessoas não estão sozinhas, levar informação à
população e promover a inclusão social, muitas cidades resolveram vestir a
camisa e apoiar a causa iluminando de roxo, pontos importantes de cada região.
Em São Paulo, o Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia será marcado com a
iluminação da Fonte do Parque do Ibirapuera. Também serão iluminadas as fontes
nas seguintes praças: General Osório (Curitiba), Rui Barbosa (Belo Horizonte),
Arsenal da Marinha (Recife) e Praça das Fontes – Setor Hoteleiro (Brasília). Ao
longo do mês, a organização do Purple Day está promovendo diversas atividades
em torno da data e em todo o país, como palestras e intervenções.
De
acordo com Eduardo Caminada Júnior, embaixador do Purple Day no Brasil e
Vice-presidente da EPIBRASIL (Federação Brasileira de Associações de Pessoas
com Epilepsia), o principal desafio dos pacientes com epilepsia é lidar com o
preconceito e o estigma. “Essas questões dificultam demais a rotina das
pessoas com epilepsia, seus familiares e àqueles que participam de alguma forma
desse universo. A melhor forma de mudar tudo isso é levando informação à todos.
É preciso entender que basta ter um cérebro para ter epilepsia e não devemos
desprezar a possibilidade de que um dia também poderemos fazer parte dessa
estatística”, afirma Caminada.
SERVIÇO
Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia (Purple Day)
Data: Sábado, 26/03
Iluminação de Fontes
Locais:
·
Curitiba
Fonte da Praça General
Ósorio - Centro
·
São Paulo
Fonte do Pão de Açúcar
– Ibirapuera
·
Belo Horizonte
Fonte da Praça Rui
Barbosa / Praça da Estação – Centro
·
Recife
Praça do Arsenal da
Marinha – Recife Antigo
·
Brasília
Praça das Fontes –
Setor Hoteleiro
Caminhada Simbólica
Local: Brasília- Parque da Cidade
Data: 26 de março, sábado
Horário: 9h
Tenda de Conscientização
Local: Blumenau - Rua XV de Novembro
Horário: a partir das 9h
Atividades: Entrega de panfletos e orientações gerais
Apoio/Patrocinador:
Associação Brasileira de Epilepsia-ABE, Liga
Brasileira de Epilepsia – LBE e UCB.
Especialista esclarece mitos e verdades sobre a
epilepsia
Comemorado no dia
26 de março, Purple Day desmistifica a doença que atinge uma em cada cem
pessoas no mundo
No dia 26 de março, é celebrado o
Purple Day, Dia Mundial de Conscientização sobre a epilepsia. Historicamente, a
doença traz uma bagagem de preconceitos e estigmas que envolvem questões
sociais e psicológicas que vão além da medicina. Por isso, é preciso
desmitificar essa enfermidade que atinge mais de 50 milhões de pessoas no
mundo, e cerca de 3 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS).
A epilepsia é uma doença
neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no
cérebro que são recorrentes e geram as crises epilépticas. As crises podem se
manifestar com alterações da consciência ou eventos motores,
sensitivos/sensoriais, autonômicos (por exemplo: suor excessivo, queda de
pressão) ou psíquicos involuntários percebidos pelo paciente ou por outra
pessoa.
A seguir, a Dra. Adélia Henriques
Souza, neurologista infantil e presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE)
esclarece alguns mitos e verdades ao redor da doença:
1. A epilepsia é
uma doença contagiosa - MITO
A epilepsia é uma doença
neurológica não contagiosa. Portanto, qualquer contato com alguém que tenha
epilepsia não transmite a doença.
2. Durante
uma crise convulsiva, deve-se segurar os braços e a língua da pessoa
- MITO
Durante uma crise o ideal é
colocar o paciente deitado com a cabeça de lado para facilitar a saída de
possíveis secreções e evitar a aspiração de vômito. A cabeça deverá ser apoiada
sobre uma superfície confortável. É importante não introduzir qualquer objeto
na boca, não tentar interromper os movimentos dos membros e não oferecer nada
para a pessoa ingerir.
3. Toda
convulsão é epilepsia - MITO
A crise convulsiva é uma crise
epiléptica na qual existe abalo motor. Para considerar que uma pessoa tem
epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto a
pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico
de epilepsia.
4. Epilepsia
é uma doença mental - MITO
A epilepsia é uma doença
neurológica, não mental.
5. Os pacientes com epilepsia
não podem dirigir - MITO
Segundo a Associação Brasileira
de Educação de Trânsito, o paciente com epilepsia que se encontra em uso de
medicação antiepiléptica poderá dirigir se estiver há um ano sem crise
epiléptica - dado que deve ser apresentado através de um laudo médico. Caso o
paciente esteja em retirada da medicação antiepiléptica, ele poderá dirigir se
estiver há no mínimo dois anos sem crises epilépticas e ficar por mais seis
meses sem medicação e sem crise. Já a direção de motocicletas é proibida.
6. É possível
manter a consciência durante uma crise de epilepsia - VERDADE
Sim, é possível. A manifestação
clínica da crise epiléptica relaciona-se com a área do cérebro de onde a crise
é gerada. As crises epilépticas APRESENTAM-SE de diferentes maneiras:
podem ser rápidas ou prolongadas; com ou sem alteração da consciência; com fenômeno
motor, sensitivo ou sensorial; únicas ou em salvas; exclusivamente em vigília
ou durante o sono.
7. O
estresse é um fator desencadeador de crises de epilepsia - VERDADE
O estresse é um dos fatores que
pode deflagrar uma crise epiléptica.
8. Existem
medicamentos capazes de controlar totalmente a incidência das crises
- VERDADE
Cerca de 70% dos casos de
epilepsia são de fácil controle após o uso do medicamento adequado. Os
30% restantes são classificados como epilepsias refratárias de difícil
controle.
9. A epilepsia
pode acometer todas as idades - VERDADE
A epilepsia acomete desde o
período neonatal até o idoso, e pode ter início em qualquer período da
vida.
10. O
paciente com epilepsia pode ter uma vida normal - VERDADE
Pacientes com epilepsia, desde
que controlados, podem e devem ser inseridos completamente na sociedade, ou
seja, devem trabalhar, estudar, praticar esportes, se divertir.
Sobre o Purple Day
O Purple Day é um movimento
internacional, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a epilepsia.
Anualmente, no dia 26 de março, as pessoas são convidadas a se vestir de roxo
nos eventos em prol da conscientização sobre a doença.
A data foi criada em 2008 por
Cassidy Megan, na época com nove anos, em Nova Escócia no Canadá, com a ajuda
da Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS). Em 2009, a Fundação Anita
Kaumann, sediada nos EUA, tornou-se parceira do movimento. No Brasil, o Purple
Day está presente desde 2011.
Liga Brasileira de Epilepsia
A
Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) é uma associação civil, sem fins lucrativos
que foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1949. A LBE
congrega médicos e outros profissionais dedicados à saúde das pessoas com
epilepsia, tem a missão de promover recursos para o ensino e pesquisa
destinados à prevenção, diagnóstico e tratamento da epilepsia. É
associada à Internacional League Against Epilepsy (ILAE) e ao Internacional
Bureau For Epilepsy (IBE), dos quais recebeu o título de Capítulo Brasileiro e o
poder para representá-las no Brasil. Atualmente compõem a diretoria, Dra.
Adélia Henriques Souza (presidente), Dr. Ricardo Amorim Leite (secretário),
Dra. Valentina Nicole de Carvalho (tesoureira) e Dra. Maria Luiza Manreza
(Secretária Permanente). www.epilepsia.org.br
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