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sexta-feira, 25 de março de 2016

DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DA EPILEPSIA, PURPLE DAY, TEM ATIVIDADES ESPECIAIS E ILUMINAÇÃO ROXA EM FONTES PELO PAÍS





Diversas cidades apoiam o Purple Day para lembrar que as pessoas que vivem com epilepsia não estão sozinhas

Em prol da conscientização da epilepsia, fontes nas cidades de Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Brasília ganham iluminação especial na cor roxa, no dia 26 de março, para celebrar o Purple Day - Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia.

A data foi criada em 2008 pela canadense de nove anos Cassidy Megan, numa parceira com a Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS). A garota escolheu a cor roxa devido à flor de lavanda, que é associada ao sentimento de solidão, pois representa o isolamento vivido por muitas pessoas que têm epilepsia.

No Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia pessoas do mundo inteiro são convidadas a apoiarem a causa, vestindo uma peça na cor roxa para destacar a importância da sociedade em se informar a respeito da epilepsia. “O Purple Day, ou Dia Roxo, é comemorado anualmente em 26 de março e representa um esforço internacional para aumentar a consciência sobre a epilepsia, que afeta cerca de 1% da população em todo o mundo e até 2% entre os brasileiros”,  destaca Dra. Adélia Henriques Souza,  neurologista infantil e Presidente da LBE - Liga Brasileira de Epilepsia.


Com o objetivo de mostrar que essas pessoas não estão sozinhas, levar informação à população e promover a inclusão social, muitas cidades resolveram vestir a camisa e apoiar a causa iluminando de roxo, pontos importantes de cada região. Em São Paulo, o Dia Mundial da Conscientização da Epilepsia será marcado com a iluminação da Fonte do Parque do Ibirapuera. Também serão iluminadas as fontes nas seguintes praças: General Osório (Curitiba), Rui Barbosa (Belo Horizonte), Arsenal da Marinha (Recife) e Praça das Fontes – Setor Hoteleiro (Brasília). Ao longo do mês, a organização do Purple Day está promovendo diversas atividades em torno da data e em todo o país, como palestras e intervenções.

De acordo com Eduardo Caminada Júnior, embaixador do Purple Day no Brasil e Vice-presidente da EPIBRASIL (Federação Brasileira de Associações de Pessoas com Epilepsia), o principal desafio dos pacientes com epilepsia é lidar com o preconceito e o estigma. “Essas questões dificultam demais  a rotina das pessoas com epilepsia, seus familiares e àqueles que participam de alguma forma desse universo. A melhor forma de mudar tudo isso é levando informação à todos. É preciso entender que basta ter um cérebro para ter epilepsia e não devemos desprezar a possibilidade de que um dia também poderemos fazer parte dessa estatística”, afirma Caminada.


SERVIÇO

Dia Mundial de Conscientização da Epilepsia (Purple Day)
Data: Sábado, 26/03

Iluminação de Fontes
Locais:
·         Curitiba
Fonte da Praça General Ósorio - Centro

·         São Paulo
Fonte do Pão de Açúcar – Ibirapuera

·         Belo Horizonte
Fonte da Praça Rui Barbosa / Praça da Estação – Centro

·         Recife
Praça do Arsenal da Marinha – Recife Antigo

·         Brasília
Praça das Fontes – Setor Hoteleiro


Caminhada Simbólica
Local: Brasília- Parque da Cidade
Data: 26 de março, sábado
Horário: 9h

Tenda de Conscientização
Local: Blumenau - Rua XV de Novembro
Horário: a partir das 9h
Atividades: Entrega de panfletos e orientações gerais

Apoio/Patrocinador: Associação Brasileira de Epilepsia-ABE, Liga Brasileira de Epilepsia – LBE e UCB.



Especialista esclarece mitos e verdades sobre a epilepsia
 
Comemorado no dia 26 de março, Purple Day desmistifica a doença que atinge  uma em cada cem pessoas no mundo  
 
No dia 26 de março, é celebrado o Purple Day, Dia Mundial de Conscientização sobre a epilepsia. Historicamente, a doença traz uma bagagem de preconceitos e estigmas que envolvem questões sociais e psicológicas que vão além da medicina. Por isso, é preciso desmitificar essa enfermidade que atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo, e cerca de 3 milhões de brasileiros, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
A epilepsia é uma doença neurológica caracterizada por descargas elétricas anormais e excessivas no cérebro que são recorrentes e geram as crises epilépticas. As crises podem se manifestar com alterações da consciência ou eventos motores, sensitivos/sensoriais, autonômicos (por exemplo: suor excessivo, queda de pressão) ou psíquicos involuntários percebidos pelo paciente ou por outra pessoa.
 
A seguir, a Dra. Adélia Henriques Souza, neurologista infantil e presidente da Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) esclarece alguns mitos e verdades ao redor da doença:
 
1.  A epilepsia é uma doença contagiosa - MITO
A epilepsia é uma doença neurológica não contagiosa. Portanto, qualquer contato com alguém que tenha epilepsia não transmite a doença.
 
2.   Durante uma crise convulsiva, deve-se segurar os braços e a língua da pessoa -  MITO 
Durante uma crise o ideal é colocar o paciente deitado com a cabeça de lado para facilitar a saída de possíveis secreções e evitar a aspiração de vômito. A cabeça deverá ser apoiada sobre uma superfície confortável. É importante não introduzir qualquer objeto na boca, não tentar interromper os movimentos dos membros e não oferecer nada para a pessoa ingerir.
 
3.   Toda convulsão é epilepsia -  MITO
A crise convulsiva é uma crise epiléptica na qual existe abalo motor. Para considerar que uma pessoa tem epilepsia ela deverá ter repetição de suas crises epilépticas, portanto a pessoa poderá ter uma crise epiléptica (convulsiva ou não) e não ter o diagnóstico de epilepsia.  
 
4.    Epilepsia é uma doença mental -  MITO
A epilepsia é uma doença neurológica, não mental.
 
5. Os pacientes com epilepsia não podem dirigir - MITO
Segundo a Associação Brasileira de Educação de Trânsito, o paciente com epilepsia que se encontra em uso de medicação antiepiléptica poderá dirigir se estiver há um ano sem crise epiléptica - dado que deve ser apresentado através de um laudo médico. Caso o paciente esteja em retirada da medicação antiepiléptica, ele poderá dirigir se estiver há no mínimo dois anos sem crises epilépticas e ficar por mais seis meses sem medicação e sem crise. Já a direção de motocicletas é proibida.
 
6.   É possível manter a consciência durante uma crise de epilepsia -  VERDADE
Sim, é possível. A manifestação clínica da crise epiléptica relaciona-se com a área do cérebro de onde a crise é gerada. As crises epilépticas APRESENTAM-SE de diferentes maneiras: podem ser rápidas ou prolongadas; com ou sem alteração da consciência; com fenômeno motor, sensitivo ou sensorial; únicas ou em salvas; exclusivamente em vigília ou durante o sono.
 
7.    O estresse é um fator desencadeador de crises de epilepsia -  VERDADE
O estresse é um dos fatores que pode deflagrar uma crise epiléptica.
 
8.    Existem medicamentos capazes de controlar totalmente a incidência das crises -  VERDADE
Cerca de 70% dos casos de epilepsia são de fácil controle após o uso do medicamento adequado.  Os 30% restantes são classificados como epilepsias refratárias de difícil controle. 
 
9.   A epilepsia pode acometer todas as idades -  VERDADE
A epilepsia acomete desde o período neonatal até o idoso, e pode ter início em qualquer período da vida. 
 
10.   O paciente com epilepsia pode ter uma vida normal -  VERDADE
Pacientes com epilepsia, desde que controlados, podem e devem ser inseridos completamente na sociedade, ou seja, devem trabalhar, estudar, praticar esportes, se divertir. 
 
Sobre o Purple Day
O Purple Day é um movimento internacional, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a epilepsia. Anualmente, no dia 26 de março, as pessoas são convidadas a se vestir de roxo nos eventos em prol da conscientização sobre a doença.
A data foi criada em 2008 por Cassidy Megan, na época com nove anos, em Nova Escócia no Canadá, com a ajuda da Associação de Epilepsia da Nova Escócia (EANS). Em 2009, a Fundação Anita Kau­mann, sediada nos EUA, tornou-se parceira do movimento. No Brasil, o Purple Day está presente desde 2011.

Liga Brasileira de Epilepsia
A Liga Brasileira de Epilepsia (LBE) é uma associação civil, sem fins lucrativos que foi fundada na cidade do Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1949. A LBE congrega médicos e outros profissionais dedicados à saúde das pessoas com epilepsia, tem a missão de promover recursos para o ensino e pesquisa destinados à prevenção, diagnóstico e tratamento da epilepsia. É associada à Internacional League Against Epilepsy (ILAE) e ao Internacional Bureau For Epilepsy (IBE), dos quais recebeu o título de Capítulo Brasileiro e o poder para representá-las no Brasil. Atualmente compõem a diretoria, Dra. Adélia Henriques Souza (presidente), Dr. Ricardo Amorim Leite (secretário), Dra. Valentina Nicole de Carvalho (tesoureira) e Dra. Maria Luiza Manreza (Secretária Permanente). www.epilepsia.org.br

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