No fim do
mês, diversas pessoas não conseguem explicar a si próprias onde foi parar o
salário. Enquanto as despesas maiores são conhecidas e recorrentes, as
menores acontecem de forma tão espontânea e rápida que fica difícil
controlar. E mesmo que o consumo seja ponderado racionalmente, ele acaba
sendo validado por meio de algumas brechas psicológicas: as mentiras que as
pessoas contam para si mesmas.
Uma
pequena mentira pode ser o jeito encontrado pelo cérebro para esconder uma
verdade inconveniente. Apesar de não ser tarefa fácil, detectar e tentar
mudar este comportamento é um importante passo para alcançar uma vida
sustentável e próspera financeiramente.
No começo
de abril, celebra-se o Dia da Mentira no Brasil. Conheça cinco mentiras que
podem estar sabotando a saúde da sua vida financeira.
Embora
essa frase possa ser verdadeira, ela tende a minar a realização de algo
que, entre tudo aquilo que é do merecimento da pessoa, ela realmente deseja
– como um sonho, que mesmo adormecido, nunca deixou de existir.
É preciso
ter em mente que atingir uma grande meta é viver algo mais desejado e
merecido do que qualquer outra experiência do dia a dia, e que quanto mais
dinheiro se aplica em compras esporádicas, menos é destinado à merecida
realização dos sonhos.
Segundo o
presidente da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, as pessoas
costumam ser as primeiras a sabotarem sua verdadeira felicidade. “Com
tantas promoções e ofertas, muitas vezes, é difícil mesmo resistir à
tentação de comprar algo, ainda que não precisemos de verdade daquilo. Por
isso é tão importante que tenhamos objetivos de vida bem definidos, pois
são eles que nos farão praticar o consumo consciente; afinal de contas,
estamos nos privando de um prazer pontual em prol de algo muito maior lá na
frente”.
Uma das
principais mentiras que as pessoas contam a si mesmas é que precisam de
determinado produto ou serviço. É necessário ponderar se há mesmo uma necessidade
e se há condições de usufruir daquilo no momento da aquisição.
De acordo
com Domingos, é importante que o consumo venha após o planejamento
financeiro e a pesquisa de preços em, no mínimo, três locais
diferentes. “Não vale a pena querer sustentar um status. Muita gente
compra aquilo que não precisa, com o dinheiro que não tem, para
impressionar, muitas vezes, pessoas que nem conhece. Precisamos nos educar
financeiramente para viver de maneira mais saudável e sustentável,
realizando sonhos que possuem valor para nós mesmos”, explica.
A
felicidade advinda do consumo esporádico e sem planejamento tende a ser
pequena e momentânea. Realizar sonhos, por sua vez, gera a felicidade
genuína e duradoura que todos almejam.
Quem reconhece
que está infeliz precisa, ao invés de buscar a satisfação em compras,
equilibrar o momento presente com a projeção de um futuro de realizações.
“Para que o ato de sonhar também não seja algo pontual, sempre recomendo
que as pessoas tenham, no mínimo, três objetivos: um de curto (até um ano),
um de médio (de um a dez anos) e outro de longo prazo (acima de dez anos)”,
ressalta Domingos.
Mais do
que contestada, esta mentira aparentemente inofensiva deve levar a reflexão
sobre o porquê de, ao invés de planejar e consumir com consciência, a
pessoa prefere se deixar levar pelo momento. É possível que esteja faltando
organização. “Ter ciência da situação financeira é primordial para que se
possa ter mais pulso firme e disciplina na hora de resistir aos impulsos
consumistas. Parece impossível, mas muita gente não sabe quanto de dinheiro
tem na conta antes de gastar. Precisamos acabar com esse comportamento o
quanto antes, com educação financeira”, afirma o presidente da DSOP.
Assim
como a falta, a sobra de dinheiro é um sinal de que a administração não
está sendo eficaz, pois a melhor forma de utilizar os recursos financeiros
é seguindo um bom planejamento.
A quem
tem dinheiro sobrando no final do mês, convém rever se há sonhos que podem
ser realizados mais rapidamente com o acréscimo deste valor ou se há novos
objetivos de vida a serem priorizados.
Afinal, o
dinheiro deve trabalhar em favor das pessoas, não o contrário.
DSOP Educação Financeira
Avenida Paulista, 726 - cj. 1205 - 12º andar, Bela Vista - São Paulo/SP.
Telefone: (11) 3177-7800
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