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quarta-feira, 30 de março de 2016

Vai viajar para os Estados Unidos? Cuidado com a epidemia de H1N1





Os brasileiros que estão de malas prontas para a Flórida, nos Estados Unidos, devem ficar atentos à epidemia de Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. A dica é do infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Artur Timerman. “Estamos relacionando os últimos casos registrados no País, principalmente na região Sudeste, com o grande número de brasileiros que viajaram recentemente para a Flórida”, esclarece. 

De acordo com Timerman, este cenário é inesperado, já que o período de maior vulnerabilidade para a doença é o inverno. Desde janeiro deste ano, foram registrados 304 casos da gripe suína no País, de acordo com o Ministério da Saúde. Deste montante, 45 óbitos foram confirmados, sendo que 40 estão na região Sudeste. São Paulo lidera o ranking com 38 mortes.

“Desde janeiro constatamos quadros de pessoas com sintomas de gripe. Ou seja, febre, coriza, dores no corpo e muitas vezes tosse. São características de uma doença basicamente de inverno. Estamos em um momento em que surgem cada vez mais casos de dengue, chikungunya e zika vírus, mas temos muitos registros de gripe suína também”, salienta o infectologista. 

Timerman faz um alerta para a comunidade médica, principalmente aos profissionais de Pronto Socorro (PS), uma vez que os sintomas da H1N1 podem ser confundidos com os da dengue. “Nem todos os casos são dengue, chikungunya ou zika. Como estamos vivendo esta epidemia, acabam pensando que o paciente tem essas doenças e se esquecem de fazer o diagnóstico correto de gripe”, ressalta o especialista.

O contágio e a transmissão pela Influenza A (H1N1) ocorrem pelo ar ou por contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas, presentes na tosse ou espirro. Sofrem mais com a doença as grávidas, crianças com menos de 5 anos, pessoas com doenças que atacam a imunidade (crianças e adultos em uso de corticoides em altas doses, quimioterápicos e portadores de neoplasias e HIV) e idosos com mais de 65 anos.

Para evitar a transmissão, é fundamental cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir; usar lenço de papel ou a dobra interna do cotovelo, para espirrar ou tossir; jogar sempre o lenço após o uso; manter a higiene das mãos com água e sabão ou álcool gel; evitar tocar boca, nariz e olhos com as mãos e manter os ambientes sempre ventilados e limpos.

Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos

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