Os
brasileiros que estão de malas prontas para a Flórida, nos Estados Unidos,
devem ficar atentos à epidemia de Influenza A (H1N1), popularmente conhecida
como gripe suína. A dica é do infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo
Vasconcelos, Artur Timerman. “Estamos relacionando os últimos casos registrados
no País, principalmente na região Sudeste, com o grande número de brasileiros
que viajaram recentemente para a Flórida”, esclarece.
De
acordo com Timerman, este cenário é inesperado, já que o período de maior vulnerabilidade
para a doença é o inverno. Desde janeiro deste ano, foram registrados 304 casos
da gripe suína no País, de acordo com o Ministério da Saúde. Deste montante, 45
óbitos foram confirmados, sendo que 40 estão na região Sudeste. São Paulo
lidera o ranking com 38 mortes.
“Desde
janeiro constatamos quadros de pessoas com sintomas de gripe. Ou seja, febre,
coriza, dores no corpo e muitas vezes tosse. São características de uma doença
basicamente de inverno. Estamos em um momento em que surgem cada vez mais casos
de dengue, chikungunya e zika vírus, mas temos muitos registros de gripe suína
também”, salienta o infectologista.
Timerman
faz um alerta para a comunidade médica, principalmente aos profissionais de
Pronto Socorro (PS), uma vez que os sintomas da H1N1 podem ser confundidos com
os da dengue. “Nem todos os casos são dengue, chikungunya ou zika. Como estamos
vivendo esta epidemia, acabam pensando que o paciente tem essas doenças e se
esquecem de fazer o diagnóstico correto de gripe”, ressalta o especialista.
O
contágio e a transmissão pela Influenza A (H1N1) ocorrem pelo ar ou por contato
direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas, presentes na tosse ou
espirro. Sofrem mais com a doença as grávidas, crianças com menos de 5 anos, pessoas
com doenças que atacam a imunidade (crianças e adultos em uso de corticoides em
altas doses, quimioterápicos e portadores de neoplasias e HIV) e idosos com
mais de 65 anos.
Para
evitar a transmissão, é fundamental cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou
tossir; usar lenço de papel ou a dobra interna do cotovelo, para espirrar ou
tossir; jogar sempre o lenço após o uso; manter a higiene das mãos com água e
sabão ou álcool gel; evitar tocar boca, nariz e olhos com as mãos e manter os
ambientes sempre ventilados e limpos.
Complexo
Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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