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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Enem e saúde mental: estratégias para reduzir a ansiedade às vésperas do vestibular

Nos dias que antecedem um dos exames mais importantes do país,
mais do que estudar, o essencial é manter o equilíbrio. Corpo e mente
 precisam estar em sintonia para que todo o conhecimento adquirido
ao longo do ano possa ser colocado em prática com serenidade.
Foto: Divulgação
Do estresse à confiança, psicólogo ensina como transformar a ansiedade do pré-vestibular em foco e equilíbrio, ajudando os estudantes a viver essa fase com mais tranquilidade e autoconfiança.

 

A poucos dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a ansiedade costuma tomar conta de muitos estudantes. A pressão pela escolha da carreira, o peso das expectativas familiares e o medo de não alcançar a nota desejada podem transformar esse momento em uma verdadeira montanha-russa emocional. Mas é possível atravessar essa fase com mais equilíbrio. Adotar hábitos que fortalecem a mente e o bem-estar faz toda a diferença, especialmente nos dias que antecedem as provas. 

Confira estratégias simples que ajudam a transformar ansiedade em foco e tensão em confiança.

Segundo o psicólogo Rafael Pierini, referência no atendimento a crianças e adolescentes com dificuldades escolares e transtornos de aprendizagem, é importante que o estudante mantenha uma rotina equilibrada, com momentos dedicados ao lazer, prática de atividades físicas e um sono reparador. Além disso, buscar apoio psicológico quando necessário ajuda a desenvolver ferramentas emocionais para lidar com a pressão e manter o foco. “Preparar-se para o Enem vai muito além dos estudos. É também um exercício de autocuidado e equilíbrio emocional”, destaca o especialista.


Como identificar o estresse pré-vestibular?

Sensações como medo, insegurança e ansiedade costumam ser sinais de que o vestibulando está sob estresse antes da prova. Outro indicativo frequente é a oscilação de humor, que pode intensificar a tensão em determinados momentos do dia ou da semana. Quando não observado, esse quadro pode afetar as relações interpessoais: o estudante tende a se isolar, acreditando que precisa estar totalmente focado no vestibular, o que aumenta ainda mais o desgaste emocional. “Reconhecer esses sinais é um passo importante para prevenir problemas maiores, como crises de ansiedade ou queda no rendimento nos estudos”, alerta Rafael.


Mas o que fazer para evitar ou diminuir a ansiedade neste período pré Enem?

1.   Mantenha uma rotina equilibrada: organize um cronograma de estudos realista, alternando períodos de concentração com pausas para descanso.

2.   Priorize o sono: é durante o descanso que o cérebro consolida o aprendizado e se recupera do esforço diário.

3.   Movimente-se: atividades físicas leves, como caminhadas ou alongamentos, ajudam a liberar a tensão e melhorar a clareza mental.

4.   Respire e desacelere: técnicas de respiração, meditação e mindfulness são grandes aliadas para controlar a ansiedade e recuperar o foco.

5.   Compartilhe seus sentimentos: conversar com familiares, amigos ou um psicólogo alivia a pressão e ajuda a enxergar novas estratégias.

De acordo com o psicólogo, enfrentar o período pré-Enem com equilíbrio emocional é tão importante quanto a preparação acadêmica. Cuidar da saúde mental vai além de organizar os estudos: envolve adotar hábitos que promovam bem-estar físico e emocional, como sono adequado, alimentação equilibrada e momentos de lazer.“O estudante que se cuida emocionalmente faz prova do Enem mais leve, confiante e concentrado. Preparar-se não é só acumular conteúdo, mas também preservar a própria saúde mental”, conclui Rafael. 

 


Rafael Pierini - Em São José do Rio Preto, atuou diretamente no atendimento a crianças e adolescentes com dificuldades escolares e transtornos de aprendizagem. Há mais de 13 anos, além desse trabalho, mantém consultório clínico, com foco em psicoterapia e Terapia Cognitivo-Comportamental para insônia. Também ministra aulas e palestras sobre temas como neurodesenvolvimento, sono, Terapia Cognitivo-Comportamental, atuação em equipes interdisciplinares, saúde mental e educação.
Instagram: @rafael_pierini_


Dados demonstram que agir no pré-diabetes pode evitar mais de 50% das mortes cardiovasculares ou hospitalizações por insuficiência cardíaca1


     Estudo apresentado no Congresso Europeu EASD 2025, em Viena, revela que a remissão do pré-diabetes pode reduzir em mais de 50% o risco de morte cardiovascular ou hospitalizações por insuficiência cardíaca e, em mais de 40%, mortalidade por todas as causas1


     Alcançar a remissão do pré-diabetes para os valores glicêmicos normais representa uma abordagem pioneira em prevenção primária1, além de reverter em 58% a progressão para o diabetes tipo 22


     Consulta pública para reavaliação do PCDT, aberta até 11 de novembro, avalia tirar o pré-diabetes como fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 23

 

A Merck Brasil reuniu imprensa e especialistas em São Paulo para a apresentação inédita no Brasil dos dados recentemente apresentados no Congresso da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2025. Pela primeira vez, estudos demonstraram que normalizar a glicemia em pacientes com pré-diabetes, alcançando a remissão desta condição (normoglicemia), pode reduzir em mais de 50% o risco de morte cardiovascular ou hospitalização por Insuficiência Cardíaca (IC) e em mais de 40% o risco de mortalidade por todas as causas1.

“Essas evidências comprovam que reverter o pré-diabetes para valores glicêmicos normais não está apenas associada à menor incidência de diabetes tipo 2, mas também representa uma abordagem pioneira para a prevenção primária nos indivíduos com pré-diabetes”1, comenta Dra. Denise Franco (CRM-SP 54481|RQE 18096), endocrinologista e especialista em tecnologia no tratamento do diabetes, membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

De acordo com dados da SBD, cerca de 30 milhões de brasileiros vivem com pré-diabetes no país4. A doença, apesar de silenciosa, aumenta em 15% o risco de alguns tipos de câncer, 20% o risco cardiovascular e 67% o risco de complicações renais5-7.

“Nosso papel é mostrar que o pré-diabetes é uma doença que ainda pode ser revertida, um convite à ação imediata”, reforça Roberta Brito, gerente médica da Merck para diabetes e obesidade. “A iniciativa reforça nosso compromisso com a prevenção e educação em saúde, estabelecendo estratégias de controle, não somente em relação à evolução para o diabetes tipo 2 (DM2), mas também na redução do risco cardiovascular e na melhoria da qualidade de vida da população”1,2, reforça. 

O evento foi mediado pela Dra. Thelma Assis (CRM-SP CRM 149800), médica e apresentadora. “É importante que a população saiba que o rastreio do pré-diabetes é simples, e que, na maioria dos casos, a mudança de hábitos alimentares e a incorporação de atividades físicas intensas são capazes de evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2, uma doença crônica, irreversível e progressiva”, explica Thelminha. Em casos determinados ou quando a mudança de estilo de vida não é adotada adequadamente, o uso de medicação pode ser necessário para a normalização da glicemia8,9.


Consulta Pública para Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Diabetes Tipo 2

Até o dia 11 de novembro, está aberta a Consulta Pública de número 82, para atualização do PCDT de diabetes. No documento, entre outras alterações, houve a recomendação da retirada do pré-diabetes como um fator de risco para o diabetes tipo 23.

“A retirada do pré-diabetes como fator de risco para diabetes tipo 2 nos surpreendeu, pois, inicialmente, essa avaliação sequer fazia parte do escopo da revisão do PCDT, e está desalinhado às diretrizes nacionais e internacionais, como a europeia e americana10-12. Assim, queremos chamar a atenção para a importância da manutenção do pré-diabetes como fator de risco – principalmente, em posse desses dados recentemente apresentados no EASD sobre redução de mortalidade e internação”, comenta Franco.

 

Merck
www.merck.com.br
Facebook (@grupomerckbrasil), Instagram (@merckbrasil) e LinkedIn (Merck Brasil).


Referências 

1.    ELSA VAZQUEZ ARREOLA, ROBERT L. HANSON, ARVID SANDFORTH, LEONTINE SANDFORTH, SARAH KATZENSTEIN, NORBERT STEFAN, HUBERT PREISSL, NIKOLAUS MARX, REINER JUMPERTZ VON SCHWARTZENBERG, ANDREAS L. BIRKENFELD; 161-OR: Prediabetes Remission and Cardiovascular Mortality and Morbidity. Diabetes 20 June 2025; 74 (Supplement_1): 161–OR. https://doi.org/10.2337/db25-161-OR

2.    Aroda VR, Knowler WC, Crandall JP, et al. Metformin for diabetes prevention: insights gained from the Diabetes Prevention Program/Diabetes Prevention Program Outcomes Study. Diabetologia. 2017;60(9):1601-1611. 

3.    CONITEC. Disponível em: Relatório preliminar - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Diabete Melito tipo 2. Acesso em novembro de 2025.

4.    IDF Diabetes Atlas 11th Edition (adults 18-79 years old).  

5.    Scappaticcio L, Maiorino MI, Bellastella G, Giugliano D, Esposito K. Insights into the relationships between diabetes, prediabetes, and cancer. Endocrine. 2017 May;56(2):231-239. doi: 10.1007/s12020-016-1216-y. Epub 2016 Dec 31.PMID: 28040833

6.    Grundy SM. Pre-diabetes, metabolic syndrome, and cardiovascular risk. J Am Coll Cardiol. 2012;59(7):635-643. doi:10.1016/j.jacc.2011.08.080

7.    Plantinga LC, Crews DC, Coresh J, et al. Prevalence of chronic kidney disease in US adults with undiagnosed diabetes or prediabetes. Clin J Am Soc Nephrol. 2010;5(4):673-682.

8.    Ismail L, Materwala H, Al Kaabi J. Association of risk factors with type 2 diabetes: A systematic review. Comput Struct Biotechnol J. 2021 Mar 10;19:1759-1785. doi: 10.1016/j.csbj.2021.03.003. PMID: 33897980; PMCID:  PMC8050730.  

9.    Associação Paulista de Medicina (APM). Idade inicial para rastrear diabetes tipo 2 muda para 35 anos, de acordo com nova diretriz de sociedade médica. Disponível em Idade inicial para rastrear diabetes tipo 2 muda para 35 anos, de acordo com nova diretriz de sociedade médica - APM. Último acesso em 12/08/2025 às 14 horas. 

10. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2025. 11th Edition | 2025  IDF Diabetes Atlas 

11. EASD 2026, Guideline Report: Diabetes Distress 

12. American Diabetes Association Professional Practice Committee; 2. Diagnosis and Classification of Diabetes: Standards of Care in Diabetes—2025. Diabetes Care 1 January 2025; 48 (Supplement_1): S27–S49. https://doi.org/10.2337/dc25-S002

 

Desinformação sobre autismo explode 15.000% na América Latina após pandemia, aponta estudo

Levantamento da Autistas Brasil e FGV mapeia 150 falsas causas e 150 falsas curas sobre o TEA em 1,6 mil comunidades conspiratórias no Telegram
 

A desinformação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) deu um salto sem precedentes na América Latina e no Caribe: cresceu mais de 15.000% desde o início da pandemia de COVID-19. É o que revela um estudo divulgado pela Autistas Brasil, em parceria com o Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas da FGV (DesinfoPop/FGV). A pesquisa analisou 58,5 milhões de conteúdos compartilhados em 1.659 grupos e canais de teorias da conspiração no Telegram entre 2015 e 2025, envolvendo mais de 5,3 milhões de usuários. 

Além de mapear o avanço das narrativas, o estudo identificou e classificou 150 falsas causas e 150 falsas “curas” para o autismo disseminadas nesses ambientes digitais — algumas perigosas e com potencial de causar danos irreversíveis à saúde de crianças e adolescentes. Entre os conteúdos analisados, 47.261 publicações tratavam especificamente de autismo, alcançando 4,1 milhões de pessoas e acumulando 99,3 milhões de visualizações.
 

Brasil lidera disseminação no continente

O Brasil aparece como o principal polo de circulação dessas teorias conspiratórias:
48% do conteúdo sobre autismo mapeado na região é produzido em comunidades brasileiras

10.591 publicações foram encontradas apenas no país

• O conteúdo atingiu 1,7 milhão de usuários e somou 13,9 milhões de visualizações 

Argentina, México, Venezuela e Colômbia também estão entre os países com maior circulação de desinformação sobre autismo.
 

Das telas de celular ao prato: as narrativas falsas mais comuns

O mapeamento revela teorias que vão desde as já conhecidas alegações antivacina até teorias extremas e sem qualquer base científica. Entre as falsas causas atribuídas ao autismo, aparecem itens como:

  • uso de 5G, Wi-Fi e micro-ondas
     
  • consumo de salgadinhos como Doritos
     
  • presença de “parasitas” no corpo
     
  • inversão do campo magnético da Terra
     
  • alimentos industrializados e corantes
     
  • cosméticos, desodorantes e até água da torneira
     

Já entre as falsas curas, foram identificadas práticas perigosas e, em alguns casos, criminosas, como:

  • ingestão de dióxido de cloro (CDS/MMS)
     
  • ozonioterapia e eletrochoque de Tesla
     
  • uso de prata coloidal, azul de metileno e protocolos de “desparasitação” tóxicos
     
  • dietas extremas e suplementação sem orientação médica
     

Essas supostas curas são frequentemente usadas para exploração financeira de famílias, especialmente daquelas que buscam respostas e apoio após o diagnóstico.

“Estamos diante de uma epidemia silenciosa de desinformação. A cada nova teoria sem base científica, o que está em jogo não é apenas a verdade, mas a segurança e a dignidade das pessoas autistas e de suas famílias. O estudo mostra como a desinformação se tornou um negócio — explorando a dor e a esperança de quem busca respostas. Precisamos urgentemente de políticas públicas, educação midiática e responsabilidade das plataformas digitais para conter essa onda de desinformação e proteger quem mais precisa de apoio, não de engano.”Guilherme de Almeida, presidente da Autistas Brasil


Impacto humano: famílias são alvos fáceis

O estudo alerta que a combinação entre desinformação, desespero e promessa de cura cria terreno fértil para exploração emocional e financeira. Pais e cuidadores relatam sentir-se pressionados a testar métodos perigosos, muitas vezes apresentados como “a solução que médicos não querem que você saiba”.

As narrativas também alimentam preconceito, dificultam a inclusão e reforçam mitos que afastam famílias de acompanhamento médico, terapias baseadas em evidências e suporte adequado.
 

Como o estudo foi conduzido

A pesquisa utilizou coleta automatizada de dados de grupos abertos no Telegram e seguiu protocolos éticos, com anonimização completa das informações em conformidade com a LGPD. Foram aplicadas análises de redes, séries temporais, conteúdo e sobreposições temáticas para compreender como as narrativas se constroem, se conectam e se retroalimentam.
 

Sobre a Autistas Brasil

A Autistas Brasil atua desde 2020 na defesa dos direitos das pessoas autistas e pela efetivação de políticas públicas inclusivas em todo o território nacional. A entidade é referência no debate sobre educação inclusiva e direitos humanos, participando de instâncias consultivas e fóruns de controle social em diversas áreas.

 

Descarte incorreto de medicamentos ameaça o meio ambiente e a saúde pública, alerta especialista

Imagem gerada por IA
Sete em cada 10 brasileiros ainda jogam remédios no lixo. Ao serem descartados de forma inadequada, os medicamentos liberam substâncias químicas ativas que podem contaminar o solo, rios, lagos e lençóis freáticos

 

Cerca de 14 mil toneladas de medicamentos perdem a validade todos os anos no Brasil, segundo relatório da Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal. Apesar disso, uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF), realizada em parceria com o Instituto Datafolha, aponta que 70% da população ainda descarta esse tipo de resíduo de maneira incorreta — no lixo comum ou no vaso sanitário. 

O resultado desse hábito representa graves riscos ambientais e à saúde pública, como alerta Adriana Nascimento, professora do curso de Farmácia do UniBH - integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil, o Ecossistema Ânima. Segundo a especialista, ao serem descartados de forma inadequada, os medicamentos liberam substâncias químicas ativas que podem contaminar o solo, rios, lagos e lençóis freáticos, além de expor trabalhadores da coleta e reciclagem a substâncias tóxicas. “Esses compostos permanecem ativos por longos períodos e alteram o metabolismo de organismos vivos, interferindo nos ciclos naturais e desequilibrando o ecossistema”, afirma. 

Entre os principais fármacos que causam impacto ambiental estão antibióticos, hormônios, analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos e anticonvulsivantes. A presença desses resíduos no meio ambiente pode provocar um problema ainda mais preocupante: a resistência bacteriana. “Quando antibióticos são descartados inadequadamente, podem tornar bactérias presentes no ambiente resistentes, o que traz sérios riscos à saúde da população”, explica. 

Ainda de acordo com a docente, além do comportamento inadequado da maioria dos brasileiros, a falta de orientação e de pontos de coleta acessíveis agrava o cenário. “Ainda faltam campanhas educativas e infraestrutura adequada, especialmente em cidades pequenas e áreas rurais”, aponta. 

Para enfrentar esse problema, Nascimento destaca que o Brasil conta, desde 2020, com o Decreto nº 10.388, que instituiu a política de logística reversa de medicamentos de uso domiciliar. A norma estabelece que farmácias e drogarias de municípios com mais de 100 mil habitantes precisam disponibilizar pontos de entrega voluntária para recolhimento de medicamentos vencidos ou em desuso. “Medicamentos vencidos ou em desuso, além de blisters, frascos e ampolas com o produto podem ser entregues nos pontos de coleta. Já seringas, agulhas, materiais cortantes, pilhas, curativos, gaze e similares não podem ser descartados”, explica. 

Após coletados, os resíduos seguem para unidades especializadas em tratamento de resíduos químico, passando por processos controlados, como a incineração em altas temperaturas, que desativa a toxicidade e evita a emissão de poluentes no ar. “A destinação final deve obedecer aos critérios ambientais. Uma destruição sem controle pode liberar contaminantes no ar, causando novos problemas”, explica a farmacêutica. 

Antes da entrega, a professora orienta que os dados pessoais dos pacientes sejam removidos de embalagens de medicamentos manipulados, e que os produtos não sejam abertos. Sempre que possível, devem permanecer em sua embalagem original — e, caso isso não seja viável, devem ser acondicionados separadamente em sacos plásticos bem fechados.

 

Educação para mudar a realidade  

Adriana reforça que o farmacêutico é a referência para dúvidas sobre medicamentos e deve exercer papel ativo na conscientização da sociedade, por meio de ações educativas e campanhas públicas. Instituições de ensino e unidades de saúde também precisam ampliar iniciativas informativas sobre o descarte correto. “A orientação essencial é simples: nunca jogue medicamentos no lixo comum ou no vaso sanitário. Se não houver ponto de coleta na cidade, o posto de saúde pode receber e encaminhar o material corretamente”, afirma acrescentando que mais do que uma medida ambiental, o descarte consciente de medicamentos é uma questão de responsabilidade coletiva e cuidado com a saúde das próximas gerações.


Inflamação no cérebro pode ser chave para progressão do Alzheimer, diz novo estudo liderado por brasileiros

Pesquisa publicada na revista Nature Neuroscience aponta para a comunicação entre células que causam a inflamação no cérebro como parte essencial da doença

 

Artigo publicado nesta quinta-feira (6), na prestigiada revista Nature Neuroscience, apresenta avanços significativos sobre o Alzheimer ao aprofundar a importância da comunicação entre células do cérebro que causam a neuroinflamação e, consequentemente, a progressão da doença. O trabalho foi liderado pelo laboratório do neurocientista Eduardo Zimmer, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) apoiado pelo Instituto Serrapilheira, que tem se destacado com estudos sobre diagnósticos e causas deste tipo de demência. 

A pesquisa combinou exames avançados de imagem cerebral e biomarcadores em mais de 300 participantes, cobrindo todo o espectro da doença de Alzheimer. Os cientistas observaram que o acúmulo da proteína beta-amiloide (Aβ), uma das marcas mais conhecidas da doença, só provoca a reação dos astrócitos quando a microglia, célula de defesa do cérebro, também está ativada. 

Essa comunicação entre microglia e astrócitos, que caracteriza a neuroinflamação, parece ser a ligação entre as alterações biológicas da doença e os sintomas que os pacientes apresentam. O estudo sugere que o cérebro precisa estar em um estado de inflamação para que a doença se estabeleça e progrida, levando ao acúmulo da proteína tau e a um declínio do desempenho cognitivo. 

“A doença de Alzheimer é uma condição multifacetada, e o papel das células gliais tem sido cada vez mais reconhecido. Nossos achados ampliam dados experimentais anteriores ao fornecer a primeira evidência clínica de que a interação entre microglia e astrócitos é um fenômeno central na progressão da doença de Alzheimer, conectando a patologia da Aβ ao acúmulo subsequente de tau e ao declínio cognitivo”, afirma João Pedro Ferrari-Souza, primeiro autor do estudo e aluno de doutorado de Zimmer. 

A descoberta abre uma nova e promissora frente para o desenvolvimento de terapias. Em vez de focar apenas nas proteínas Aβ ou tau, como tem sido a abordagem tradicional, tratamentos futuros podem ser direcionados para modular o "diálogo" entre microglia e astrócitos, células antes negligenciadas na literatura médica, de acordo com Zimmer. 

“Esse estudo ajuda na concepção de uma visão menos neurocêntrica da doença de Alzheimer. Ou seja, os modelos biológicos devem agora incluir a comunicação entre microglia e astrócitos”, explica Zimmer. “Uma compreensão mais profunda de como essas células se comunicam pode oferecer informações valiosas para o desenvolvimento de terapias direcionadas às células gliais, com o objetivo de interromper a progressão da doença de Alzheimer.” 

Abordagens que visem as células gliais, sozinhas ou combinadas com terapias anti-Aβ/tau, podem ajudar a retardar ou interromper a progressão da doença se ajustarem essa conversa celular de forma segura. 

Em 2023, o neurocientista Eduardo Zimmer, apoiado pelo Instituto Serrapilheira, já havia descoberto que os astrócitos — células do sistema nervoso em formato de estrela — podem ter influência determinante nos casos de demência. A pesquisa anterior demonstrou que o mau funcionamento dessas células pode alterar os resultados de exames de neuroimagem (como o PET scan), que antes eram atribuídos exclusivamente a problemas nos neurônios. Essa pesquisa, que rendeu a Zimmer o prêmio “Blas Frangione Early Career Achievement Award”, abriu a possibilidade de que a manipulação dos astrócitos possa, no futuro, ajudar a recuperar parte da memória de idosos com a doença.

 

Instituto Serrapilheira


Estudo apresentado na Obesity Week 2025 sugere que aplicações de Wegovy® e Mounjaro® a cada duas semanas podem manter o peso após o emagrecimento

Apresentado no principal congresso mundial sobre obesidade, o estudo aborda o “desmame” das canetas de GLP-1. Para a endocrinologista Dra. Tassiane Alvarenga, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, “é um caminho possível, mas que exige acompanhamento rigoroso e mudanças de estilo de vida”.

 

Um estudo apresentado nesta quarta-feira (05) na Obesity Week 2025, em San Diego (EUA), levantou uma nova possibilidade para pacientes que utilizam os medicamentos à base de agonistas de GLP-1, como semaglutida (Wegovy®) e tirzepatida (Mounjaro®): a de reduzir a frequência das aplicações após atingirem o peso e o controle metabólico ideais.

A pesquisa, conduzida pelo médico Dr. Mitch Biermann, do Scripps Health, acompanhou 30 pacientes que passaram do uso semanal para o quinzenal dessas medicações. O resultado surpreendeu: 26 mantiveram o peso e os parâmetros metabólicos estáveis, enquanto apenas quatro precisaram retornar ao esquema semanal.

Em média, os participantes apresentaram perda inicial de 15% do peso corporal (cerca de 13,5 kg) e conseguiram preservar os resultados mesmo com intervalos maiores entre as doses. O IMC médio caiu de 29,5 para 25 durante o tratamento e permaneceu estável após o espaçamento. Pressão arterial, triglicerídeos e glicemia também não sofreram alterações relevantes.

De acordo com o estudo, a maioria dos pacientes utilizava doses menores que as máximas recomendadas cerca de 7,5 mg de tirzepatida ou 1,7 mg de semaglutida reforçando a importância da individualização da dose e da frequência de uso na fase de manutenção.

Para Dra. Tassiane Alvarenga endocrinologista, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a descoberta traz novas perspectivas, mas ainda não representa uma mudança de protocolo: “O que o estudo propõe é um passo adiante no entendimento de que a obesidade é uma doença crônica que precisa de manutenção, mas essa redução na frequência precisa ser muito bem acompanhada. Espaçar as doses pode funcionar para alguns pacientes, mas não significa que o tratamento acabou”, explica.

Ela acrescenta que a estratégia pode ter benefícios práticos, como menor custo e menor exposição medicamentosa, desde que o paciente mantenha uma rotina sólida de cuidados.

“Quando o paciente muda o estilo de vida, pratica atividade física regularmente e mantém alimentação equilibrada, é possível pensar em ajustes na dose ou na frequência. Mas, isso deve ser feito com segurança e sob orientação médica”, reforça.

Embora o estudo seja pequeno e ainda sem caráter conclusivo, ele abre espaço para uma nova etapa da medicina de precisão no tratamento da obesidade: a personalização da terapia de acordo com o perfil e a resposta de cada paciente.

PESQUISA:Link

 

Dra. Tassiane Alvarenga – ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA - Graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU; Residência Médica em Clínica Médica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP); Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia- SBEM; Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO; Faz parte do Corpo Clínico da Santa Casa de Misericórdia de Passos. Sobrepeso e Obesidade.


Samu Ourinhos orienta população sobre como agir em casos de arritmia e mal súbito

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Data marca a conscientização sobre os riscos e reforça a importância do atendimento rápido pelo serviço de emergência


O Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita, celebrado em 12 de novembro, tem como objetivo alertar a população sobre os riscos das alterações no ritmo do coração e reforçar a importância do diagnóstico precoce e do atendimento emergencial. Estima-se que entre 300 mil e 320 mil brasileiros sejam afetados anualmente por casos de morte súbita, na maioria das vezes associados a doenças cardíacas não diagnosticadas. 

A principal causa é a arritmia cardíaca, quando o coração passa a bater de forma irregular, muito rápido, muito devagar ou de maneira descompassada, comprometendo a circulação do sangue e podendo levar à parada cardíaca. Outras doenças podem estar associadas, como a arterial coronariana, que resulta do acúmulo de placas de gordura nas artérias e responde por cerca de 64% dos casos de morte súbita. Em pessoas mais jovens, também podem estar envolvidas, cardiomiopatias hereditárias, miocardite que é inflamação do músculo cardíaco e distúrbios arrítmicos primários. 

Entre os sinais de alerta estão palpitações, tontura, falta de ar, dor no peito, sensação de desmaio e, em casos mais graves, perda súbita de consciência. No entanto, muitas arritmias podem ser silenciosas, o que aumenta o risco de complicações. 

De acordo com o médico regulador do Samu de Ourinhos, administrado pelo Grupo Chavantes, Márcio Guerreiro, fatores como estresse, consumo de álcool, tabaco ou drogas, além de desequilíbrios de substâncias como sódio, potássio e cálcio, podem desencadear arritmias. “Essas alterações no ritmo cardíaco nem sempre dão sinais perceptíveis. Em alguns casos, o paciente sente palpitações, tontura ou falta de ar, mas há situações em que a arritmia é silenciosa, e isso torna o quadro ainda mais perigoso”, explica o médico. 

 

Como agir diante de um caso de mal súbito 

Em situações de emergência, o tempo é determinante. Se a pessoa apresentar perda de consciência e não estiver respirando, o primeiro passo é ligar imediatamente para o Samu (192). O atendimento começa com o telefonista da central, que coleta informações como nome, endereço e ponto de referência. A chamada é então transferida para o médico regulador, responsável por avaliar os sinais clínicos ainda durante a ligação e orientar quem está prestando socorro sobre as ações iniciais até a chegada da equipe. 

Dependendo da gravidade do caso, o médico determina o envio de uma ambulância básica ou avançada. As unidades móveis do Samu são equipadas com desfibriladores, medicamentos e monitores cardíacos, permitindo o início do tratamento ainda no local.

 

Protocolo do Samu

Ao chegar ao local, a equipe do Samu realiza uma avaliação clínica imediata e, se necessário, utiliza o eletrocardiograma (ECG) para identificar o tipo de arritmia. Nos casos em que há parada cardíaca, pode ser necessária a desfibrilação (choque elétrico) para restabelecer o ritmo normal do coração, além da administração de medicamentos específicos. Durante todo o atendimento, os profissionais mantêm contato com a central de regulação médica, garantindo o suporte e a coordenação das condutas. 

“O Samu está preparado para agir rapidamente nesses casos. Cada minuto conta, e a orientação médica na linha 192 pode fazer diferença antes mesmo da chegada da ambulância”, destaca Guerreiro. “Por isso, é essencial que a população saiba reconhecer os sinais e acione o serviço de emergência sem hesitar.”  


OSS - Organização Social de Saúde - Grupo Chavantes gerencia mais de 30 projetos espalhados em seis estados brasileiros, o que a posiciona como a oitava maior entidade do setor no país, com uma gestão anual de aproximadamente R$ 720 milhões.


Seu intestino não está bem? Seu cérebro também não!

 Dr. Luiz Antônio da Silva Sá é especialista em Clínica Médica, Geriatria, Gerontologia e professor da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR)

 

É fato que existe uma relação crucial entre saúde digestiva e bem-estar mental, sendo o intestino considerado nosso segundo cérebro. Muitos podem perguntar: “Mas como isto é possível?” A resposta é muito clara: sim, é mais do que possível, é realidade! 

Aprendemos, desde os bancos escolares, que temos o intestino delgado com a função principal de absorver os nutrientes necessários à nossa vida, e o intestino grosso com a função de absorção de água. Ambos são em forma de tubo, medindo em torno de 10 metros de comprimento. E ficamos nisso. Porém, as funções dos nossos intestinos são muito mais do que apenas isso, fazendo parte importante do eixo cérebro-intestino. 

Sabemos que o intestino é um sistema nervoso que possui a impressionante quantia de mais de 100 milhões de neurônios, com 70% das células do sistema imunológico, produzindo mais de 30 neurotransmissores. O órgão também é responsável pela produção e armazenamento de 50% do neurotransmissor Dopamina, responsável pelo humor, aprendizado e memória, e 95% da Serotonina, responsável pelo sono, apetite, digestão e função cognitiva. Portanto, quando há queda no nível dos neurotransmissores, a saúde física, mental e as emoções ficam comprometidas, além de ocorrer maior vulnerabilidade à doenças imunológicas e mentais. 

O nosso bem-estar geral está diretamente relacionado ao funcionamento do intestino. Se ele não estiver funcionando adequadamente, podem ser desencadeadas não apenas alterações gastrointestinais, como também transtornos emocionais e psiquiátricos. Diferente de qualquer outro órgão do corpo, nosso intestino pode funcionar sozinho. Ele tem sua própria autonomia para tomar decisões, não precisa que o cérebro lhe diga o que fazer. 

O que “governa” o intestino é o chamado sistema nervoso entérico (SNE), que é uma “sucursal “do sistema nervoso autônomo do corpo – o responsável por controlar diretamente o sistema digestivo. Esse sistema nervoso se estende pelo tecido que reveste o estômago e o sistema digestório, e possui seus próprios circuitos neurais. 

Mas para que tudo funcione, ele precisa de uma perfeita Microbiota (antes conhecida por Flora Intestinal), que é um conjunto de micro-organismos (bactérias, vírus, fungos e protozoários), que para espanto de alguns, vivem no intestino humano em harmonia com o nosso corpo, nos ajudando em diversos processos, físicos e emocionais.
 

O papel central da microbiota intestinal 

Trata-se de uma comunidade complexa de mais de 100 trilhões de microrganismos (bactérias, vírus, fungos e protozoários) de mais de mil espécies, com um peso estimado entre 1 e 2 kg, cerca de 3 a 10 vezes mais o número de nossas células. 

Somos 90% micróbios e 10% humanos (10 trilhões de células para 100 trilhões de microrganismos), que vivem em harmonia com o hospedeiro, contribuindo para o bem-estar do nosso organismo.

A microbiota tem inúmeras funções cruciais:

  • Defesa contra microrganismos patogênicos.
  • Fortalecimento do sistema imunológico.
  • Auxílio na digestão de fibras e na extração de energia dos alimentos.
  • Favorecimento da absorção de minerais (como Mg, Ca e Ferro).
  • Síntese de vitaminas essenciais (como vitamina K e do Complexo B) e aminoácidos.
  • Regulação do apetite e da saciedade.
  • Influência direta no comportamento e humor por meio de vias neurais, endócrinas e imunológicas.

Caso o mecanismo da microbiota seja alterado, entra-se num processo de Disbiose.
 

Disbiose: desequilíbrio e suas consequências 

A disbiose intestinal é definida como um desequilíbrio na microbiota, caracterizado pela alteração na quantidade e diversidade de bactérias, com aumento de microrganismos prejudiciais. Este estado pode causar inflamação, diminuir a capacidade de absorção de nutrientes e impactar negativamente a saúde.

As causas mais comuns da Disbiose são: 

• Uso excessivo de antibióticos;

• Consumo elevado de alimentos ultraprocessados, embutidos, farináceos, gorduras saturadas, sal e açúcar;

• Tabagismo e consumo de álcool;

• Estresse crônico;

• Sedentarismo;
 

Sintomas e doenças associadas 

A Disbiose manifesta-se com sintomas gastrointestinais (distensão abdominal, alternância entre diarreia e constipação, fezes malformadas) e sistêmicos (cansaço, cefaleia, candidíase de repetição, ansiedade, depressão e problemas de concentração). 

A persistência do desequilíbrio pode levar à maior vulnerabilidade ou progressão de condições graves, como:

• Doenças inflamatórias intestinais (síndrome do intestino irritável, doença de Crohn);

• Doença celíaca e intolerância à lactose;

• Doenças autoimunes (artrite, lúpus) e metabólicas (diabetes tipo 2, obesidade);

• Doenças neurodegenerativas (Doença de Parkinson, Demência de Alzheimer);

• Alguns tipos de câncer, principalmente o colo retal;
 

Estratégias para a saúde intestinal 

O manejo e a prevenção da Disbiose focam na adoção de um estilo de vida saudável e no uso de suplementos específicos:

1. Estilo de vida e alimentação:

• Adoção de uma dieta diversificada rica em fibras (frutas, verduras, grãos integrais, oleaginosas, sementes);

• Inclusão de alimentos fermentados (iogurtes, kefir, kombucha);

• Prática regular de exercício físico;

• Hidratação adequada;

• Gerenciamento do estresse e garantia de sono de qualidade;

2. Suplementação Específica:

• Probióticos: Microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro, reequilibrando a microbiota e fortalecendo a barreira intestinal. Estão presentes em leites fermentados, iogurtes, kefir, ou na forma de cápsulas e pós;

• Prebióticos: Componentes alimentares não digeríveis que estimulam seletivamente o crescimento e/ou a atividade de bactérias benéficas no cólon. Encontrados em alimentos como cebola, alho, banana, aveia e aspargos;

Em casos graves e refratários, como a colite pseudomembranosa por Clostridium difficile, o Transplante de Microbiota Fecal (TMF) – a transferência de fezes de um doador saudável – é uma opção terapêutica com resultados promissores.

O transplante de fezes também parece ser promissor no tratamento de outras doenças, como síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal, como a doença de Crohn, obesidade, doenças mentais como doenças de Parkinson e Alzheimer e, até, autismo.
 

Para finalizar, deixo aqui dois conselhos: 

1)- Descasque mais, desembale menos;

2)- Pense no seu microbioma como um animal de estimação, ele precisa ser alimentado diariamente.

 

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