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quarta-feira, 15 de maio de 2024

Cientistas estudam a causa dos altos patamares de energia das superexplosões estelares

Imagem de uma região ativa do Sol, registrada pelo Solar Dynamics Observatory
(SDO/Nasa), comparada com o tamanho da Terra. Apesar das diferenças,  os estudos
dos 
flares solares constituem o principal aporte para o entendimento
das superexplosões estelares
 (
crédito: Nasa))
Estudo analisa 42 eventos de superexplosões em estrelas não muito distantes – bem mais intensos do que os observados recentemente no Sol – e aponta o modelo teórico mais consistente para descrever o fenômeno

 

Intensas tempestades geomagnéticas foram registradas neste final de semana, em decorrência de explosões solares detectadas pelo Observatório Solar da Nasa, a agência espacial norte-americana. Além de produzirem auroras boreais e austrais, essas explosões têm potencial de perturbar as comunicações, a transmissão de energia elétrica, a navegação e as operações de rádio e satélite.

Fenômenos ainda mais intensos do que os recentemente ocorridos no Sol foram estudados em estrelas não muito distantes (Kepler-411 e Kepler-396) por pesquisadores do Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no Brasil, e da School of Physics and Astronomy, da University of Glasgow, na Escócia. Artigo a respeito foi publicado no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

“Assim como as explosões solares têm impacto na Terra, as superexplosões que foram foco deste estudo podem afetar a atmosfera de exoplanetas e impactar, entre outros fatores, as condições para formação ou destruição de eventual vida microbiológica nesses planetas”, explica à Agência FAPESP Paulo Simões, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e primeiro autor do artigo.

Apesar de sua finalidade principal ser a busca por exoplanetas, telescópios como o Kepler Space Telescope e o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) têm proporcionado uma vasta quantidade de dados sobre explosões estelares (stellar flares, em inglês), detectadas com excelente fotometria por filtros de banda larga na faixa da luz visível.

Como as estrelas estão muito distantes, elas são vistas por meio dos telescópios apenas como pontos luminosos. E os fenômenos interpretados como explosões são repentinos aumentos de luminosidade desses pontos.

Ocorre ainda uma carência de dados em outras faixas do espectro eletromagnético. E a maioria dos estudos sobre esses eventos concentra-se na questão da energia irradiada: superexplosões (superflares), com energias de 100 a 10 mil vezes maiores do que as das mais energéticas explosões solares, têm sido encontradas. A questão é saber qual o modelo que melhor explica esses altíssimos patamares de energia.

Há dois modelos principais em cotejo. O mais adotado trata a radiação da superexplosão como a emissão de um corpo negro à temperatura de 10 mil Kelvin. O outro associa o fenômeno a um processo de ionização e recombinação de átomos de hidrogênio. O estudo em pauta analisou os dois modelos. O grupo recebeu apoio da FAPESP por meio de três projetos (18/04055-821/02120-0 e 22/15700-7).

“Dados os processos conhecidos de transferência de energia em flares, argumentamos que o modelo de recombinação de hidrogênio é fisicamente mais plausível do que o modelo de corpo negro para explicar a origem da emissão óptica de banda larga”, diz Simões.

Os pesquisadores cotejaram 37 eventos do sistema estelar Kepler-411 e cinco eventos da estrela Kepler-396, utilizando ambos os mecanismos de radiação. “Verificamos que as estimativas para a energia total de explosão com base no modelo de recombinação do hidrogênio são cerca de uma ordem de grandeza menores do que os valores obtidos a partir da radiação do corpo negro. E se ajustam melhor aos processos conhecidos”, afirma Simões.

Esses processos são descritos a partir das explosões solares. A despeito das muitas diferenças, as explosões solares continuam abastecendo os modelos nos quais as interpretações das explosões estelares se baseiam. Afinal, existe uma vasta quantidade de informação acumulada sobre explosões solares, que foram registradas, pela primeira vez, de forma independente, por dois astrônomos ingleses, Richard Carrington e Richard Hodgson, em 1º de setembro de 1859.

“Desde esse momento, as explosões solares já foram observadas como um brilho intenso com durações de segundos a horas, em diferentes comprimentos de onda: rádio, luz visível, ultravioleta e raio X. Esses flares são um dos fenômenos mais energéticos de nosso Sistema Solar e podem afetar operações de satélites, comunicações por meio de rádio, linhas de transmissão de energia, sistemas de navegação e funcionamento do GPS, para citar alguns exemplos”, informa Alexandre Araújo, doutorando no Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie, professor da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo e coautor do artigo.

As explosões solares ocorrem em regiões ativas, associadas a intensos campos magnéticos. A energia acumulada nos campos magnéticos da coroa solar, a parte mais exterior do Sol, é liberada de forma repentina, aquecendo o plasma e acelerando partículas, como elétrons e prótons.

“Por terem massa menor, os elétrons podem ser acelerados até frações consideráveis da velocidade da luz – tipicamente até 30%, mas alcançando às vezes valores maiores. As partículas aceleradas viajam ao longo das linhas do campo magnético: uma parte é lançada para fora, no espaço interplanetário, enquanto outra parte viaja no sentido oposto, rumo à cromosfera, situada abaixo da coroa, onde sofre colisões no plasma de alta densidade e transfere sua energia para o meio. O excesso de energia aquece o plasma local, causando ionização e excitação dos átomos e, consequentemente, produção de radiação, que detectamos com telescópios em solo e no espaço”, descreve Simões.

Desde a década de 1960, numerosos estudos observacionais e teóricos tentam explicar a geração do excesso de luz visível causada pelas explosões, mas ainda não há uma solução definitiva. Desses estudos nasceram as duas alternativas principais já referidas: (1) o modelo de radiação de corpo negro causada por um aquecimento na fotosfera, camada situada abaixo da cromosfera; (2) a radiação por recombinação de hidrogênio na própria cromosfera solar. Vale explicar que a recombinação ocorre quando os prótons e elétrons do hidrogênio, separados pelo processo de ionização, voltam a se juntar, formando átomos.

“A limitação do primeiro caso pode ser resumida a uma questão de transporte de energia: nenhum dos mecanismos de transporte de energia normalmente aceitos para explosões solares tem capacidade de entregar a energia necessária na fotosfera para causar o aquecimento do plasma de modo a explicar as observações”, argumenta Simões.

E Araújo completa: “Cálculos feitos na década de 1970 – depois confirmados por simulações computacionais – mostram que a maioria dos elétrons acelerados em explosões solares não consegue atravessar a cromosfera solar, chegando até a fotosfera. Assim, o modelo de corpo negro para explicar a produção da luz branca em explosões solares é incompatível com o principal processo de transporte de energia aceito para explosões solares”.

Os pesquisadores lamentam que o modelo de radiação por recombinação de hidrogênio, mais consistente do ponto de vista físico, ainda não possa ser confirmado por meio de observações. Seu artigo fornece, de qualquer forma, um reforço para o uso desse modelo, que tem sido negligenciado na maior parte dos estudos.

O artigo Hydrogen recombination continuum as the radiative model for stellar optical flares pode ser acessado em: https://academic.oup.com/mnras/article/528/2/2562/7571558.

 

José Tadeu Arantes
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/cientistas-estudam-a-causa-dos-altos-patamares-de-energia-das-superexplosoes-estelares/51648



terça-feira, 14 de maio de 2024

Doação de plaquetas tem papel vital em inúmeros tratamentos


GSH Banco de Sangue de São Paulo informa que esse hemocomponente pode ser armazenado por apenas 5 dias, no máximo, por isso é essencial a mobilização de doadores regulares para garantir o equilíbrio nos estoques

 

As plaquetas são pequenas células sanguíneas que desempenham um papel fundamental na coagulação do sangue, essenciais para controlar sangramentos e manter a integridade do sistema vascular. A diminuição na quantidade de plaquetas pode predispor o paciente a sangramentos, um dos motivos pelos quais as pessoas com dengue hemorrágica (como o próprio nome já se refere a uma hemorragia) precisam dessa reposição com urgência. ‏‌   

Elas são utilizadas ainda nos tratamentos de pacientes com câncer, cirurgias, doenças hematológicas, transplantes, traumas e lesões graves, entre outras enfermidades. Por essa relação, já é possível se ter uma dimensão da importância da doação de plaquetas para a recuperação e esperança de vida para as pessoas que estão internadas em tratamentos diversos. ‏‌   

“Cada doação de plaquetas pode ajudar a proporcionar conforto e esperança de vida para aqueles que lutam contra doenças graves. Portanto, o ato de doar plaquetas é verdadeiramente um gesto de generosidade e solidariedade que pode fazer uma diferença significativa na vida de muitos pacientes necessitados”, explica a líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo, Janaína Ferreira. ‏‌   

A doação deste componente sanguíneo é feita por aférese, um procedimento diferenciado e seguro, no qual o sangue é fracionado o que possibilita que apenas as plaquetas (glóbulos brancos) sejam colhidas, enquanto os demais componentes retornam para o doador. Esse procedimento permite coletar de um único doador um volume suficiente de plaquetas para atendimento de um adulto. Numa doação de sangue convencional, seriam necessários aproximadamente 7 a 8 doadores para obter o mesmo número de plaquetas. ‏‌   

A coordenadora regional explica ainda que, para se tornar um doador de plaquetas, é necessário que a pessoa faça antes uma doação de sangue comum e se candidate à doação de plaquetas. A seguir, o candidato passa por uma triagem para determinar sua elegibilidade e garantir que a doação seja segura e eficaz e, após um mês da primeira doação de sangue, caso esteja apto, ele será convocado a fazer sua doação de plaquetas. ‏‌   

“É importante destacar que as plaquetas não podem ser armazenadas por muito tempo, apenas por 5 dias, no máximo, o que torna essencial termos doadores regulares para garantir um suprimento contínuo”, ressalta Janaína. ‏‌   

O GSH Banco de Sangue de São Paulo atende diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso. 

Critérios para doação de plaquetas:

  • Boas condições físicas
  • Idade entre 18 e 67 anos
  • Idade até 60 anos, caso seja a primeira doação
  • Peso superior a 60 kg
  • Evitar ingerir alimentos gordurosos no dia anterior à doação
  • Ter realizado pelo menos uma doação normal de sangue há, no máximo, 12 meses, em nossa instituição
  • Não ter apresentado reação adversa ou desconforto em doações prévias
  • Intervalo entre doações de plaquetas 21 dias (plaquetaférese para plaquetaférese) ou 30 dias (sangue total para plaquetaférese), com no máximo 17 doações no período de 12 meses
  • Não estar grávida ou amamentando
  • Doadoras do sexo feminino que já tiveram mais de duas gestações são inaptas para doar plaquetas (aborto conta como gestação)
  • Não ter tido gripe nos últimos 10 dias
  • Não ter tido sífilis, malária ou doença de Chagas
  • Não ter tido hepatite após os 11 anos de idade
  • Não ter feito tatuagem ou maquiagem definitiva há menos de 12 meses
  • Não ter piercing em cavidade oral ou região genital
  • Não ter diabetes em uso de insulina ou epilepsia em tratamento
  • Não ter feito endoscopia há menos de 6 meses
  • Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas
  • Não utilizar medicamentos que alterem a função plaquetária, como AAS, Aspirina, anti-inflamatório

Obs: Poderá haver outros critérios de exclusão que serão analisados no momento da entrevista.


 Serviço:
GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.


Shopping Penha oferece Ação da Saúde com aferição de pressão arterial, dextro e teste de bioimpedância gratuitamente


Ação “Conviva com Saúde” em parceria com a RD Saúde (Droga Raia e Drogasil), acontece na próxima sexta-feira, 17/05

 

O Shopping Penha, localizado na zona leste de São Paulo, em parceria com a rede RD Saúde (Drogasil e Droga Raia), realizará no próximo dia 17 de maio, das 11h às 19h, o Conviva com Saúde. A ação contará com farmacêuticos profissionais que farão aferição da pressão arterial, dextro e teste de bioimpedância e as pessoas interessadas serão atendidas por ordem de chegada.

 

A pressão arterial pode ser entendida como a força que o sangue exerce sobre as paredes das artérias e assim possa circular por todo o corpo. As alterações dessa força podem ser prejudiciais à saúde, por isso a importância desse controle.

O dextro é a aferição de glicose, ou seja, serve para medir os níveis de açúcar no sangue. O exame também é conhecido como “glicemia ponta de dedo” ou “glicemia capilar”. Níveis fora do padrão podem indicar problemas de saúde.

Já o teste de bioimpedância é capaz de estimar a quantidade de massa magra, de gordura corporal, até mesmo a quantidade de água no corpo. É importante salientar que esse tipo de teste não detecta nenhum tipo de doença, mas faz uma avaliação geral da composição corporal. 

“Essa ação no Espaço Conviva tem o objetivo de continuarmos oferecendo uma programação diversa, que além das atividades culturais, de lazer e diversão, também tenha momentos para ajudar, de alguma forma, a cuidar da saúde de nossos frequentadores”, comenta Julia Lima, gerente de marketing do shopping.

  

Serviço: “Conviva com Saúde” - Shopping Penha.

Data: 17/05.

Onde: .Espaço Conviva

Horário: das 11h às 19h.

Valor: Gratuito.

Atendimento: por ordem de chegada.

Endereço: Rua Dr. João Ribeiro, 304 - Penha de França.

 

AD Shopping

www.adshopping.com.br, www.admall.com.br, e www.alugueon.com.br 



Biritiba Mirim recebe Projeto 'Mulheres de Peito', com exames gratuitos de mamografia

FIDI
Projeto, parceria entre FIDI e governo do Estado de São Paulo, permanece na cidade até 25 de maio


A carreta-móvel do programa Mulheres de Peito, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI), instituição privada sem fins lucrativos que faz a gestão completa de diagnósticos por imagem, chega na cidade de Biritiba Mirim, e permanece entre os dias 14 e 25 de maio, realizando gratuitamente mamografias para mulheres com mais de 35 anos. 

Localizada na Rua Padre Anchieta, Centro, Paralelo a Av. Ferdinando Jungers, entre as ruas laterais Rua José Guimarães e Rua José Bonifácio, a carreta atende de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados), por meio da distribuição de senhas no período da manhã. Serão realizados 50 exames nos dias da semana e 25 aos sábados.   

A carreta contribui com a agilidade do diagnóstico e garante o acesso facilitado a mulheres da cidade e região. Para realizar o exame na carreta do programa Mulheres de Peito, as pacientes de 35 a 49 anos e acima de 70 anos precisam apresentar RG, cartão do SUS e um pedido médico; já as de 50 a 69 anos podem levar apenas RG e cartão do SUS. 

A mamografia é um exame muito versátil e é indispensável para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Se for detectada em fase inicial, aumenta as chances de tratamento e cura, podendo chegar a 98%. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025 são estimados 73.610 novos casos da doença, sendo essa a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil ¹.  

(1) Dados e números sobre o câncer de mama - Relatório anual 2023 relatorio_dados-e-numeros-ca-mama-2023.pdf (inca.gov.br).  


Programa Mulheres de Peito em Biritiba Mirim 

Período: 14 a 25 de maio  

Endereço: Rua Padre Anchieta, Centro, Paralelo a Av. Ferdinando Jungers, entre as ruas laterais Rua José Guimarães e Rua José Bonifácio 

Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 8h à 17h, e aos sábados, das 8h às 12h (exceto feriados).  
Distribuição de senhas de atendimento no período da manhã. 

Documentos necessários 

- Mulheres de 35 a 49 anos e acima de 70 anos: RG, cartão do SUS e pedido médico. 

- Mulheres de 50 a 69 anos: RG e cartão do SUS. 


Sobre a Carreta da Mamografia  

As imagens capturadas nos mamógrafos são encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (SEDI), serviço da Secretaria que emite laudos à distância, localizado na capital paulista. O resultado sai em até dois dias após a realização do exame.  

A carreta do programa Mulheres de Peito percorre os municípios do estado de São Paulo ininterruptamente, para incentivar mulheres a realizar exames de mamografia gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), ampliando o acesso da população à atenção básica em saúde.  

A unidade móvel conta com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia e um agente administrativo. Para agilizar o diagnóstico, cada veículo é equipado com conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, computadores e mobiliários.  

O projeto existe desde 2014, e as carretas já percorreram mais de 300 locais. No total, já foram realizadas cerca de 300 mil mamografias, 7 mil ultrassons, 700 biópsias, e mais de 3 mil mulheres foram encaminhadas. 



FIDI - Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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Vai fazer uma cirurgia? Paciente deve ficar de olho também no local do procedimento

Ao se preparar para uma cirurgia estética ou por motivo de saúde, os pacientes costumam pensar em quase tudo: compra dos medicamentos que deverão ser usados, adequação da residência, contratação de um cuidador, dentre outros detalhes importantes. Mas raramente alguém dedica atenção ao local onde a cirurgia será realizada. De modo geral, essa parte fica a cargo do médico, que escolhe onde será feito o procedimento.

Ainda que seja um profissional habilitado e altamente capacitado, essa decisão não precisa ser exclusivamente dele. O paciente também tem poder de escolha, e esta deve ser influenciada pela estrutura oferecida pelo lugar.

“O centro cirúrgico é algo essencial no procedimento, porque há uma intervenção no corpo do paciente que pode inclusive ser bastante invasiva. Então é necessário que a estrutura do local onde a cirurgia será feita seja completa e adequada para evitar qualquer agravamento”, explica Flávia Nápoles, diretora executiva do Hospital São Rafael, referência em procedimentos cirúrgicos em Belo Horizonte.

Ela orienta que os pacientes procurem informações não apenas da sala de cirurgia, mas também das condições que o hospital oferece no pós-cirúrgico. “Grosso modo, essa escolha é bem parecida com a tarefa de selecionar um hotel para se hospedar nas férias. O turista viaja pensando na praia ou em outras atrações turísticas, mas não abre mão do conforto na hora do descanso. Da mesma forma, o paciente não vai permanecer no lugar apenas para a cirurgia e depois vai embora”, compara a diretora executiva do São Rafael.

“A recuperação também demanda um atendimento de excelência. E, neste ponto, é importante observar a limpeza, o conforto não apenas para o paciente mas também para o visitante, o tipo de refeição que é servida, o acompanhamento dos profissionais da saúde, etc.”, adverte.

Quanto ao centro cirúrgico, em particular, ela lista alguns itens que não podem passar despercebidos. Além dos equipamentos, que devem ser modernos e com a manutenção em dia, é importante que a equipe médica seja qualificada e que haja um controle rigoroso de infecção, que pode ser comprovado pelas certificações e acreditações. “Essas certificações são fornecidas pelos órgãos reguladores e de inspeção sanitária. Se o local tiver com esses documentos em dia, é um sinal claro de que está em consonância com os padrões de segurança, higiene e qualidade no atendimento”, pontua.

Perigo

Os alertas da Flávia Nápoles apontam também para o que não escolher ao realizar um procedimento. “Pode parecer ridículo dar este aviso, mas, por mais assustador que possa ser, há casos de médicos no Brasil que fizeram procedimentos invasivos na própria casa, e alguns resultaram em morte. Por isso, jamais faça uma cirurgia fora de um centro cirúrgico adequado, pois isso pode representar um perigo à vida do paciente. É uma escolha que pode ser fatal”, adverte.

E ela finaliza: não basta ser um centro cirúrgico qualquer, pois um local inadequado pode resultar em algum tipo de agravamento que coloque o paciente em risco. “Não é questão de capricho ou de frescura querer que um procedimento seja realizado num lugar de excelência. É questão de segurança! O que estiver à mão do indivíduo para se proteger antes e depois da cirurgia é bem-vindo. É um direito do paciente participar da seleção do local, e compartilhar sua intenção com o médico que for realizar o procedimento”, conclui a diretora executiva do Hospital São Rafael.


Infertilidade Masculina: Causas e Soluções

Médico especialista aponta possíveis causas da infertilidade no homem e aponta soluções para quem busca o sonho de ter filhos


Muitas vezes, quando se trata de dificuldades para engravidar, é comum que o foco recaia sobre as mulheres em busca de soluções. Entretanto, é essencial ressaltar que a infertilidade masculina também desempenha um papel significativo nesse processo. Estatísticas revelam que cerca de 15% dos casais enfrentam problemas de infertilidade, e em aproximadamente metade desses casos, a causa ou um fator significativo é relacionado à fertilidade masculina.


A avaliação do homem torna-se, portanto, um ponto crucial nesse processo. Com avanços na medicina reprodutiva, homens que enfrentam desafios de fertilidade têm acesso a diversas opções que podem auxiliar no caminho para a paternidade. A diminuição da fecundidade global tem apontado para a necessidade de uma avaliação andrológica mais criteriosa em casais que buscam a gravidez. Dentre as possíveis soluções e tratamentos disponíveis, algumas se destacam como eficazes e promissoras.

Um desses caminhos é a reversão da vasectomia, um procedimento que oferece esperança a homens que desejam recuperar a fertilidade após terem realizado a cirurgia. Segundo o Dr. Tiago Mierzwa, urologista e andrologista especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem, cerca de 6% dos pacientes vasectomizados procuram a reversão, muitas vezes motivados por novos relacionamentos ou mudanças de perspectiva em relação à paternidade.

Entre as soluções, a reversão de vasectomia e a punção testicular para posterior fertilização in vitro são procedimentos que têm beneficiado muitos casais. A reversão de vasectomia é uma alternativa para homens que desejam reconectar os canais que permitem a passagem dos espermatozoides, possibilitando a gestação natural. Já a punção é uma coleta que consiste na retirada de espermatozoides diretamente do local. Um procedimento pouco invasivo que pode ser feito sob anestesia local ou sedação e, normalmente, é realizado com o auxílio de uma seringa e agulha fina.

"A infertilidade masculina é uma questão que afeta muitos casais e pode ser causada por uma variedade de fatores. É fundamental que os homens também busquem investigar sua fertilidade, já que em muitos casos, o problema pode ser resolvido com tratamentos adequados e às vezes até simples", explica Mierzwa.

 

Varicocele: Uma Possível Causa da Infertilidade Masculina

Considerada uma das principais causas da infertilidade no homem, a varicocele é uma dilatação anormal das veias que drenam o sangue do testículo no escroto gerando uma incompetência das veias e ocasionando um refluxo venoso. A doença acomete principalmente jovens entre 15 e 18 anos e pode comprometer a capacidade de fertilização do óvulo anos mais tarde.

Embora muitos dos homens com varicocele sejam férteis, segundo Tiago Cesar Mierzwa, com o passar do tempo pode haver uma diminuição do volume testicular, perda de qualidade do sêmen e diminuição na produção de testosterona. “Já foi demonstrado em pesquisas que a varicocele provoca danos testiculares progressivos ao longo do tempo e que a cirurgia não apenas impede o avanço, mas também reverte parte do prejuízo causado”, esclarece.

Em artigo publicado em seu próprio site, o especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem esclarece que a varicocele é mais comum do que se imagina e afeta, em média, 20% dos homens. É também ela a principal causa reversível de infertilidade masculina. “A doença está presente em 40% dos homens que apresentam infertilidade para o primeiro filho (primária) e aumenta para 80% nos homens com diagnóstico de infertilidade secundária, ou seja, que não conseguiram engravidar a parceira novamente devido a uma piora do espermograma”, conclui.

É preciso identificar com um especialista se há real necessidade de realizar procedimento para correção da varicocele. Entre os principais resultados da cirurgia está a melhora expressiva no espermograma e aumento das chances de gravidez ao casal.

Uma das correções principais é feita por meio da microcirurgia com auxílio de doppler transoperatório. “É um procedimento minimamente invasivo com altas taxas de sucesso e satisfação e baixíssimas chances de complicações, o que acaba sendo uma das técnicas mais recomendadas com alta no mesmo dia e retorno às atividades normais à partir de três dias”, conta Mierzwa.

Muitos casais acabam recorrendo a métodos de reprodução assistida de alta complexidade, como a Fertilização In Vitro (FIV). Pacientes com diagnóstico de varicocele que são submetidos à correção da varicocele antes da fertilização in vitro apresentam aumento significativo nas taxas de gravidez clínica e nas taxas de nascidos vivos de fertilização in vitro, quando comparados aos pacientes que tem varicocele clínica e não são tratados antes da FIV.

 

Sem pressão: Congelamento de Óvulos e Espermatozoides

Coincidindo com as reflexões sobre a construção e diversidade das famílias, celebramos, no dia 14 de maio, o Dia Internacional da Família, uma data que ressalta a importância da união, compreensão e suporte mútuo no seio familiar. Em meio a essas ponderações, as possibilidades de congelamento de óvulos, espermatozoides e embriões surgem como opções para aqueles que ainda não decidiram sobre o futuro familiar ou desejam preservar a capacidade reprodutiva sem a pressão do tempo.

Para aqueles que desejam adiar a decisão sobre o futuro familiar, o congelamento de óvulos e espermatozoides surge como uma opção promissora. A técnica permite preservar essas células reprodutivas para uso posterior, oferecendo mais liberdade na concepção de uma família e diminuindo a pressão do relógio biológico. Desta forma, o casal pode optar pela fertilização in vitro.

Em um cenário em que a infertilidade masculina é uma realidade enfrentada por muitos casais, é essencial destacar que existem soluções viáveis para superar esses desafios. Com o apoio de profissionais especializados, é possível encontrar caminhos para realizar o sonho da paternidade e da maternidade, garantindo que mais pessoas tenham a oportunidade de experimentar a formação de uma família. 



Dr. Tiago Cesar Mierzwa - Urologia e Andrologia. Especialista em medicina sexual e reprodutiva do homem. Mestre em Clinica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná. Membro da Sociedade Brasileira de Urologia/ American Urological Association/ International Society for Sexual Medicine/ Sociedade LatinoAmericana de Medicina Sexual/ ABEMSS/ Confederación Americana de Urologia/ Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida.
IG: @drtiago.urologia
www.andrologia.curitiba.br
YT: https://www.youtube.com/@drtiagomierzwaandrologia


MAIO: MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO DA APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA

Transtorno neurológico atinge 2 em cada mil crianças no país

 

Um transtorno pouco conhecido até entre a classe médica brasileira atinge 2 em cada mil crianças no país. Trata-se da Apraxia de Fala na Infância (AFI), um distúrbio neurológico que afeta a produção dos sons da fala. Para dar voz a tantas crianças e familiares que sofrem com essa condição, foi criado o Dia da Conscientização da Apraxia da Fala na Infância, no dia 14 de maio. A data, já oficializada em vários países, aqui no Brasil é reconhecida em nove estados e 23 cidades.

 

“Agora, o nosso principal objetivo é fazer tramitar e ser aprovado no Congresso o projeto de lei federal (PL 1274/22) que inclui o dia da conscientização da Apraxia de Fala na Infância no calendário nacional. O projeto está parado, sem relatoria. Precisamos dar visibilidade ao transtorno para alertar pais e profissionais de saúde, de modo que mais crianças recebam o diagnóstico correto e possam ser tratadas”, afirma Mariana Chuy, uma das fundadoras da associação e mãe do Gabriel, 13 anos, diagnosticado com apraxia de fala.

 

Com o intuito de alertar o poder público, profissionais de saúde e a sociedade sobre a existência desse transtorno, três mulheres fundaram, em 2016, a Associação Brasileira da Apraxia da Fala na Infância (ABRAPRAXIA), cuja missão é promover ações que possibilitem às crianças com este diagnóstico alcançar seu melhor potencial. A associação conta com mais de 70 mil seguidores no Instagram e já capacitou mais de 23 mil pessoas, entre fonoaudiólogos, pais e familiares, além de oferecer cursos regulares sobre o transtorno.

 

Foi graças à mobilização da ABRAPRAXIA que os estados do Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e os municípios de Betim, Buritizeiro, Blumenau, Cabo Frio, Chapecó, Cuiabá, Curitiba, Duque de Caxias, Fortaleza, Goiânia, Mauá, Natal, Piracicaba, Porto Alegre, Presidente Prudente, Rio de Janeiro, São Paulo, São Bernardo do Campo, Ribeirão Pires, Sertãozinho, Taubaté, Vila Velha e Vitória sancionaram a lei que reconhece o Dia da Conscientização da Apraxia da Fala na Infância.

 

De acordo com a Dra. Elisabete Giusti, fonoaudióloga com expertise em transtornos do desenvolvimento da fala e da linguagem, a apraxia atinge o planejamento e a programação das sequências de movimentos necessários para produzir a fala, pois o cérebro não envia os comandos adequados para os articuladores, dificultando a produção das palavras. 

 

“A precisão e a consistência dos movimentos necessários para produzir os sons da fala estão alteradas, na ausência de déficits neuromusculares. É uma alteração funcional e que nem sempre é detectada em exames para o estudo do cérebro, como ressonância e tomografia”, explica Dra Elisabete. 


O diagnóstico deve ser realizado por um fonoaudiólogo que possua experiência em transtornos de fala e de linguagem, incluindo os distúrbios motores de fala. O profissional será o responsável por avaliar o melhor tratamento. O transtorno pode acontecer em conjunto com outras comorbidades, por isso é fundamental que as crianças sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar.



GIP: Conheça o projeto que usa testes genéticos para estudar a inteligência humana

O GIP permitiu elaborar relatórios sobre transtornos muito frequentes hoje em dia, o que ajuda a ter diagnósticos mais precisos, afirma o farmacêutico e especialista em biotecnologia, responsável pelo sistema de inteligência artificial do projeto GIP, Hitty-Ko Kamimura 

 

O GIP -  Genetic Intelligence Project - é um projeto que se dedica a analisar a relação entre genética e inteligência através do estudo de casos de voluntários e do desenvolvimento de relatórios genéticos mais completos que permitem analisar melhor transtornos muito comuns atualmente.

 

O relatório do projeto GIP é uma ferramenta que estima o Quociente de Inteligência (QI) com base em dados genéticos e já pode ser usado também para outras características. Ele utiliza um banco de dados exclusivo, que incorpora diversos estudos científicos sobre genes e polimorfismos nucleotídicos simples (SNPs) associados à inteligência.

Além do relatório genético, o GIP também avalia uma série de características neurológicas, como a espessura cortical, o hipocampo, cognição, criatividade, linguagem, habilidades matemáticas e velocidade de processamento. A análise desses dados permite identificar condições e predisposições individuais com mais precisão.

"Todos os aspectos mentais estão conectados à inteligência, existem nuances que, caso identificadas, nos ajudam a entender melhor o estado da pessoa, ou mesmo traços que podem levar a determinadas condições. Com o relatório, é possível trabalhar na prevenção", afirma o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista com pós-doutorado e especialista em genômica, criador do relatório genético e do projeto GIP.

De acordo com Hitty-Ko Kamimura, farmacêutico e especialista em biotecnologia, responsável pelo desenvolvimento do sistema e aplicação de inteligência artificial ao projeto GIP, os relatórios ajudam também a melhorar diagnósticos de transtornos.

"O GIP permitiu elaborar relatórios mais detalhados sobre autismo, TDAH, TAG, entre outros transtornos frequentes hoje em dia, ajudando profissionais da saúde a realizar diagnósticos mais precisos", explica.

  

Estudos de casos mais emblemáticos do projeto GIP:

 

Caso 1: O relatório genético indicou que a inteligência do paciente deveria ser mais alta do que a medida em seu teste de QI. A análise revelou que o uso de substâncias havia atrofiado seu cérebro, reduzindo sua capacidade cognitiva. Isso motivou o paciente a procurar tratamento especializado.

 

Caso 2: A análise genética identificou que a inteligência da paciente estava sendo afetada por fatores depressivos. A dificuldade da psicóloga em auxiliar foi superada quando o projeto GIP encontrou genes ligados à depressão, resultantes de traumas na infância. Com essas informações, a paciente pôde revisitar o abuso sofrido através do processo terapêutico. 

Caso 3: O relatório destacou uma alta inteligência em testes de QI do paciente, contrastando com baixa cognição e criatividade. Isso o levou a realizar um teste de inteligência emocional e social. Interessado nos resultados e suas implicações, o paciente buscou auxílio profissional recomendado pelo GIP, onde um diagnóstico subsequente de autismo alterou significativamente sua vida para melhor.

Caso 4: Uma jovem, através de seus pais, descobriu ter uma inteligência elevada, não evidente em seu comportamento cotidiano. O GIP identificou predisposições para TDAH e TAG, incentivando a família a realizar testes de QI e uma avaliação completa. Os resultados confirmaram a superdotação da menina, junto com TDAH e TAG. 



Hitty-Ko Kamimura - Graduado em Farmácia e adora desenvolvimento criativo, com uma paixão por inovação e tecnologia. Kamimura é um entusiasta em Inteligência Artificial e auxilia no treinamento de IAs privadas. Sua expertise abrange desde a biotecnologia até o desenvolvimento conceitual de softwares.

Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 220 artigos científicos e 17 livros.


O que a pandemia nos ensinou que podemos usar no enfrentamento à dengue?


A maior emergência em saúde da atualidade ainda está na memória de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e todos que integram equipes de saúde em hospitais e espaços de pronto atendimento. É, também, lembrança corriqueira para muitas pessoas, especialmente aquelas que perderam familiares e amigos próximos para o coronavírus. A palavra pandemia sempre nos transporta a lembranças de dias difíceis. Para alguns, é tocar na ferida do vazio, da perda, do luto que é revivido com sua pronúncia.

Para além das dores, a pandemia deixou aprendizados. Há quem consiga recordar de ensinamentos e lições pessoais, como a valorização da possibilidade de socializar, a necessidade de manter hábitos saudáveis e de higienização. São percepções por vezes abstratas de quem mudou de rota e passou a dar valor à normalidade da vida. Para além disso, há aprendizados concretos e importantes que são vistos dentro da rotina hospitalar.

Com a covid, aprendemos a lidar com situações extremas e desafiadoras. Entendemos o quanto a comunicação transparente e ponderada pode contribuir com a confiança nos colegas de trabalho e nos processos estabelecidos. Protocolos bem estruturados de atendimento nos mostraram o quanto o fluxo de entrada de pacientes deve ser facilitado e servem como uma ponte para melhor experiência dos que necessitam de suporte especializado. 

Quatro anos após o início da pandemia, os hospitais se deparam com mais uma situação delicada, embora em proporções mais estáveis e conhecidas. No Brasil, os casos prováveis de dengue ultrapassam a marca de 4 milhões, segundo boletim divulgado no final de abril. O Brasil registra o recorde de 1.937 óbitos em 2024. Em quatro meses, já é o maior indicador do século em um único ano. Outras 2.345 mortes estão em investigação. Dez estados brasileiros publicaram decreto de emergência: Acre, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, além do Distrito Federal.

Desde o início do ano, os hospitais estão com grande procura de pacientes com suspeita da doença ou mesmo confirmação da dengue. Logo que identificamos esse aumento de demanda, estabelecemos fluxos para toda a equipe de saúde com o objetivo de cumprir o protocolo do MInistério da Saúde, que fala sobre atendimento e acompanhamento dos pacientes. O ambiente de triagem foi estruturado para identificação precoce de pacientes com maior gravidade e que necessitam de intervenção mais imediata.

Para além das paredes dos hospitais, outro aprendizado que a covid trouxe é o melhor entendimento da população sobre a importância de estar bem informada e confiar nas equipes e autoridades de saúde. As pessoas hoje buscam estar mais atentas e estão mais conscientes do que são sintomas graves, da importância de buscar atendimento precoce, de como prevenir doenças. As gestões governamentais de saúde também estão mais presentes, com ações voltadas à boa informação e a imprensa ajuda em todo esse processo. São aprendizados vindos da maior emergência em saúde da atualidade e que devem nos auxiliar para quaisquer outros momentos delicados e de alerta na área da saúde.

 

Jarbas da Silva Motta Junior - gerente médico do Hospital São Marcelino Champagnat e atuou como chefe das UTIs covid durante a pandemia


Atenção ao corpo pode melhorar qualidade de vida

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Práticas de autocuidado ajudam na saúde física e mental.

 

Em um mundo cada vez mais acelerado, o autocuidado tem se tornado fundamental para a manutenção da saúde e do bem-estar. Práticas como massagens relaxantes, tratamentos de beleza e estéticos, entre outras ações têm ganhado destaque para melhorar a qualidade de vida.

Técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e respiração profunda, podem ajudar a reduzir os níveis de estresse e melhorar a saúde mental, conforme ressaltado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A massagem também pode ser uma aliada poderosa. Há várias categorias, e cada uma delas garante melhorias específicas para a saúde do corpo e da mente. Os benefícios da drenagem linfática são muitos: combate o inchaço e a celulite, auxilia na recuperação de lesões, diminui os hematomas, favorece a cicatrização, melhora a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos e ajuda na eliminação de toxinas.

Já a massagem modeladora atua na modelagem do corpo, melhora a circulação sanguínea e combate a celulite. O serviço é oferecido em locais com profissionais especializados em massagem modeladora em São Paulo e outras cidades do país.

Os tratamentos estéticos também são uma alternativa de autocuidado. A depilação é um exemplo de procedimento que contribui para o bem-estar. Clínicas especializadas em depilação a laser em São Paulo oferecem serviço que, além de estético, proporciona conforto e praticidade para o dia a dia.


Como “medir” e aumentar a qualidade de vida

Há hábitos simples que permitem cuidar melhor da saúde e, assim, aumentar a qualidade de vida, definida pela OMS como “a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

Dessa forma, para “medir” a qualidade de vida é preciso considerar a harmonia entre o bem-estar físico, a saúde mental e emocional, o equilíbrio espiritual e as boas relações sociais. Os sinais que o corpo apresenta também são utilizados para avaliar a qualidade de vida. Gripes e resfriados frequentes, o surgimento ou o aumento do risco de doenças crônicas e a falta de energia também indicam a necessidade de atenção ao bem-estar.

O cansaço também deve ser observado de perto. Além de afetar o bem-estar físico, a falta de descanso prejudica diversos aspectos da mente, como memória, atenção e humor. Consequentemente, aspectos pessoais, profissionais e sociais ficam prejudicados quando o corpo e a mente estão cansados. 

A médica cardiologista intensivista, Thalita Merluzzi, destaca a importância da prevenção e do autocuidado para a promoção da saúde e do bem-estar. “Alterações sutis em nossa rotina diária podem resultar em um impacto significativo na nossa qualidade de vida”, alerta.


Práticas para o dia a dia

Ações simples podem fazer uma grande diferença: agendar regularmente sessões de depilação pode não apenas melhorar a aparência, mas também proporcionar uma sensação de limpeza e frescor, aumentando a autoestima.

As sessões de massagem também podem trazer benefícios significativos. A modeladora ajuda a modelar o corpo e a melhorar a circulação sanguínea, enquanto a drenagem linfática ajuda a diminuir o inchaço e traz uma melhoria geral à saúde. 

Além disso, cuidados regulares com a beleza, como ir ao salão de beleza, fazer as unhas e as sobrancelhas também podem auxiliar. Mas para além dos cuidados estéticos, também é necessário ter atenção à saúde. Manter uma alimentação equilibrada, realizar atividades físicas regularmente, beber água, evitar o consumo de álcool, cigarro e outras drogas são recomendações do Ministério da Saúde para melhorar a qualidade de vida.


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