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sábado, 9 de setembro de 2023

Expectativa de vida dos cachorros: descubra a média de cada raça

Descubra quanto tempo, em média, cada raça pode viver e entenda os fatores que influenciam a longevidade dos nossos amigos peludos. 

 

Bobi, o cão mais velho do mundo, completou 31 anos neste ano. Apesar de desejarmos que nossos companheiros vivam tantas décadas, sabemos que a expectativa de vida dos cachorros não é tão alta como a dele. 

Mas, afinal, quanto tempo os cachorros vivem? Abaixo, contaremos o que pode fazer para oferecer qualidade de vida ao seu companheiro e aumentar sua longevidade. 

Isso porque certos cuidados são básicos e essenciais, e já que nós somos os responsáveis pela vida dos nossos bichos, nada mais justo do que sabermos como cuidá-la, não é mesmo?  

 

Qual é a expectativa de vida dos cachorros? 

Antes de falar sobre a expectativa de vida das raças mais populares do mundo, é nosso dever alertar que os dados são gerais, ok? 

Assim como nós, os seres humanos, a longevidade dos cães também depende de outros fatores, principalmente o estilo de vida. Por isso, fique atento ao próximo tópico para saber como oferecer uma vida longa ao seu companheiro fiel. 

Mas, agora, confira as expectativas: 

  • Beagle: 9,8;
  • Border Collie: 12,1;
  • Boxer: 10;
  • Buldogue Americano: 7,7;
  • Buldogue francês: 9;
  • Buldogue inglês: 7,3;
  • Cavalier king charles spaniel: 10,4;
  • Chihuahua: 7,9;
  • Cocker spaniel: 11,3;
  • Dálmata: 10 a 13 anos;
  • Dachshund: 12 a 15 anos;
  • Golden Retriever: 10 a 12 anos;
  • Husky: 9,5;
  • Jack Russell Terrier: 12,7;
  • Labrador: 11,7;
  • Lhasa Apso: 12 a 14 anos;
  • Mestiço: 11,8;
  • Pastor Alemão: 10,1;
  • Poodle: 14 a 18 anos;
  • Pug: 7,6;
  • Rottweiler: 8 a 10 anos;
  • Shih-tzu: 11;
  • Springer Spaniel: 11,9;
  • Staffordshire Bull Terrier: 11,3;
  • Yorkshire Terrier: 12,5.

Encontrou a raça do seu cão nessa lista? Não se apegue tanto a ela! Assim como citamos, aspectos como predisposição genética e estilo de vida contam demais afirmam os veterinários da Vet Quality, por isso, confira o próximo assunto:

 

Cuidados para aumentar a expectativa de vida do cachorro

A curiosidade sobre a expectativa de vida dos cachorros, você já matou, certo? Porém, te convidamos a continuar por aqui! Isso porque o mais indicado é não se basear nesses dados, mas, sim, focar em cuidar da saúde e da qualidade de vida do bichano. E para isso existe a medicina veterinária preventiva, que atua exatamente para garantir anos a mais para nossos pets, mas com mais qualidade e felicidade.

Então, para garantir a companhia do seu melhor amigo por muitos e muito anos, siga as orientações abaixo: 

 

Vacinas em dia

Manter a carteira de vacinação em dia evita muitas doenças caninas. Por outro lado, um cãozinho não vacinado tem a saúde frágil e está propenso a várias enfermidades, inclusive as fatais. 

Você sabia que a falta de vacinação os impede de passear, viajar e frequentar creches e hotéis para pet? 

Por isso, elas são um alívio até mesmo para os tutores, que podem ficar despreocupados ao passear com o cão e ao deixá-lo ter contato com outros animais. 

 

Exames periódicos

Você costuma realizar exames de check-up? Ou, pelo menos, reconhece a importância deles para a sua saúde? 

Então! Para os cachorros, existe o check-up veterinário, e se trata de uma bateria de exames super importantes para investigar doenças, verminoses, saúde ocular, dentição, deficiência nutricionais e qualquer outro problema. 

 Todos os aspectos acima, se prejudicados, podem diminuir a expectativa de vida dos cachorros, portanto, não esqueça de pedir os testes a um médico veterinário de confiança. 

No Vet Quality, temos todos os exames veterinários essenciais: 

  • eletrocardiograma;
  • hemograma completo;
  • exame de colesterol;
  • endoscopia;
  • exame de urina;
  • ultrassom;
  • etc.  

 

Consultas ao veterinário 

Falando em clínicas veterinárias, elas têm um papel fundamental na manutenção e promoção da saúde do seu cão. 

Porém, não espere os sintomas aparecerem para ir até uma. Pelo contrário, em alguns casos, as consultas regulares evitam com que eles apareçam!

É dever do médico veterinário orientá-lo sobre:

  • alimentação;
  • exames;
  • vacinação;
  • rotina;
  • questões comportamentais;
  • segurança e bem-estar;
  • prática de atividades físicas;
  • hábitos de higiene;
  • e todas as informações necessárias à saúde e qualidade de vida dos bichos.

O mínimo detalhe pode fazer muita diferença! Afinal, pets são únicos e a dica de produto ou ração que você recebeu de um colega, pode não funcionar com o seu cão. 

Além disso, profissionais qualificados conseguem detectar doenças (até mesmo as silenciosas) antes que se agravem. 

 

Boa alimentação

A alimentação adequada é o pilar da saúde humana, mas também está relacionada à saúde e à expectativa de vida do cachorro. Nesse caso, as principais indicações são:

  • compre uma ração adequada à idade e porte;
  • quanto mais nutrientes, melhor;
  • do mesmo modo, quanto menos aditivos, melhor; 
  • caso o doguinho tenha alergia, problema de pele ou outra condição específica, a ração deve ser adequada à condição.
  • nem demais, nem de menos. Portanto, um veterinário deve examinar as condições do seu pet para orientá-lo em relação à quantidade;
  • evite as rações a granel. Quanto aos filhotes e idoso, sempre que possível, opte pelas premium, pois eles precisam comidinhas mais reforçadas.  

 

Exercícios regulares 

Assim como a alimentação balanceada, os exercícios físicos também fazem parte do “combo de longevidade” do seu cachorrinho (e do seu também!). 

Nesse caso, vale, além dos passeios: brincadeiras interativas e brinquedos específicos. 

Caso siga todas as dicas acima, a expectativa de vida do seu cachorro será apenas um detalhe. Lembre-se que cada animal é único, e em caso de preocupações com a saúde do seu cão, é fundamental buscar orientação profissional em um hospital veterinário.


Pesquisa revela personalidades caninas: cães otimistas e pessimistas existem

Dra Ceres Faraco, especialista em comportamento animal, explica pesquisa de Mike Mendl sobre traços de personalidade dos cães e ensina como podemos lidar melhor com eles a partir dessa nova ótica


Em um estudo inovador conduzido pelo renomado professor de comportamento animal Mike Mendl, foi revelado que os cães, assim como os seres humanos, exibem traços de personalidade variados que podem ser categorizados como otimistas ou pessimistas. A pesquisa desafia a noção convencional de que os cães possuem um espectro emocional uniforme, lançando luz sobre as diferenças individuais que moldam suas respostas aos desafios da vida.

"O Dr. Mike Mendl, um dos principais especialistas em comportamento animal e cognição, passou anos explorando a psicologia de nossos companheiros de quatro patas. Seu estudo recente, que envolveu a observação e análise dos comportamentos de uma ampla variedade de cães, trouxe novas percepções sobre o complexo mundo emocional dos cães", explica a veterinária e especialista em comportamento animal Dra Ceres Faraco.

Segundo a Dra. Ceres, a pesquisa de Mendl se baseia no conceito de viés cognitivo, que sugere que o julgamento de um indivíduo é influenciado pelo seu estado emocional. "O estudo envolveu treinar cães para associar diferentes sinais a resultados positivos ou negativos, criando cenários que imitam a tomada de decisões em situações incertas. As reações dos cães a esses sinais foram então observadas e analisadas para determinar seus viés cognitivos. Surpreendentemente, os resultados da pesquisa de Mendl indicaram que os cães realmente exibem viés cognitivo distintos, classificando-os em duas categorias amplas: otimistas e pessimistas", comenta a especialista.

Assim como os seres humanos, cães otimistas tendem a interpretar situações ambíguas de maneira mais positiva, enquanto cães pessimistas tendem a inclinar-se para interpretações mais negativas.

"Essa descoberta tem implicações significativas não apenas para nossa compreensão do comportamento dos cães, mas também para como interagimos e ensinamos eles, isso muda todo o conceito de como lidarmos com os cães e respeitar seus sentimentos e percepções sobre o mundo e as pessoas", aponta a Dra. Ceres.

As implicações dessa pesquisa vão além do âmbito acadêmico, oferecendo insights valiosos para tutores de cães, treinadores e comportamentalistas de animais. Reconhecer que os cães possuem personalidades e compreensões únicas leva a destacar a necessidade de treinamentos e enriquecimentos personalizados que respeitem suas potencialidades e limites. É um avanço para o bem-estar dos cães.

 

Ceres Berger Faraco - graduada em Veterinária, mestre e doutora em Psicologia. Especialista em Farmacologia e Toxicologia Veterinária. Atuou por mais de 20 anos como apoio técnico ao plantão de atendimento no Centro de Informação Toxicológica do RS para acidentes com fármacos e outros riscos. Atua há mais de 20 anos na Especialidade da Clínica dos Problemas de Comportamento em cães e gatos, proporcionando melhor qualidade de vida às famílias e seus pets. Ceres é ainda membro da diretoria da Associação Latino-Americana de Zoopsiquiatria e figura atuante em palestras pelo Brasil e pelo mundo.


Raiva nos pets: Como prevenir?


A vacinação é a única forma de manter os cães e gatos protegidos contra a doença, que evolui rapidamente e não tem cura


A raiva representa uma ameaça significativa à saúde pública e animal. A doença é uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida dos animais para seres humanos. Apesar de ser um tema recorrente, muitas pessoas têm dúvidas sobre como os pets são afetados por essa enfermidade.

No Brasil, recentemente foi confirmado um caso de raiva no estado de São Paulo. O animal afetado foi submetido a um exame PCR que confirmou a doença. Porém, não foi possível determinar se o vírus que afetou o cão era da variante canina ou a transmitida por morcegos.

De acordo com dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, a cidade não registrava casos de raiva em cães da variante canina desde 1983, e quanto a variante transmitida pelo morcego, o último caso ocorrido foi em 2011.

Mas, como os cães e gatos contraem a raiva? A raiva é uma doença infecciosa viral aguda causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae.  O contágio direto acontece por três vias: troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida, sendo a última a via mais comum de infecção.  

A doença também pode ser transmitida de forma indireta, o animal pode se contaminar ao entrar em contato com secreções contaminadas, seja ao morder um objeto ou por meio de feridas na pele. Os principais transmissores da doença são morcegos, guaxinins, gambás e macacos, que contaminam os pets de forma acidental.

O vírus age primeiro no sistema periférico de cães e gatos, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. Em seguida, ele se instala nas glândulas salivares e, pela saliva, pode ser transmitido para outros animais. “A doença age no sistema nervoso central e evolui de forma progressiva, dessa forma, o animal contaminado perde o domínio da sua capacidade física e psíquica se tornando, irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos”, explica a médica veterinária e especialista de marketing da Unidade de Pets da Ceva, Natália Abreu.

A salivação excessiva, sinal mais marcante associado a doença, é apenas um dos sintomas associados. “No quadro de raiva, os animais apresentam primeiramente alterações comportamentais, como medo, excitação, depressão, e principalmente agressividade. Com a progressão da doença, os sintomas neurológicos se acentuam e o pet passa a ter dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta de coordenação nos membros e paralisia. A evolução do quadro leva o animal ao óbito”, detalha Natália.

Não há cura para raiva em cães e gatos. Para os humanos existe tratamento para a enfermidade, mas mesmo nestes casos as chances de cura são mínimas e a enfermidade pode gerar diversas sequelas neurológicas. Ao suspeitar que o animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente.

Para proteger os pets e, consequentemente os humanos, a vacinação é fundamental. No caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida. Já os animais adultos devem ser revacinados anualmente.

“É importante reforçar que a vacinação é uma ferramenta de prevenção contra doenças indispensável na vida dos pets. Cães e gatos devem ser vacinados anualmente contra a doença e os tutores devem seguir rigorosamente o calendário de vacinação estabelecido pelo médico veterinário. Atrasar ou pular imunizações deixa o pet vulnerável a ação de uma série de vírus, por isso é indispensável manter a carteirinha de vacinação do animal em dia”, finaliza Natália.



Ceva Saúde Animal - Ceva
www.ceva.com.br


Alimentos e produtos naturais para cães garantem saúde com sabor

Tutores estendem para seus pets os cuidados que têm com a própria alimentação


O consumo de petiscos e ração para cães tem passado por uma mudança comportamental que prioriza a alimentação saudável, natural e livre de conservantes industriais ou substâncias com potencial alergênico para os pets. A alimentação natural à base de plantas e frutas tem se mostrado eficaz tanto para a nutrição dos animais como para sua pele e pelagem, resultando em melhor qualidade de vida e saúde dos bichos.

Assim como os humanos, os animais têm sua saúde e energia impactadas pelo tipo de alimentos que consomem. O aumento de doenças e alergias diretamente relacionadas ao consumo de determinadas matérias primas tem despertado as pessoas para a maior ingestão de comidas naturais, substituindo a proteína animal pela vegetal, e com os pets o processo não é diferente.

 

“Muitos cães, por exemplo, sofrem com alergias ou intolerância a determinados produtos ou ingredientes e os tutores demoram a perceber. Quando esses cães passam a consumir alimentos naturais, deixam de estar expostos ao risco de alergia e também passam a ter melhor saúde, e isso se reflete até na pelagem, que fica mais sedosa, brilhante e saudável”, diz Juliana Marino, fundadora da PetVegan.

 

Ela observa que a alimentação natural para pets tem sido procurada principalmente por tutores que decidem passar para os animais esse conceito alimentar, apostando em produtos livres de glúten, sódio, conservantes, proteína animal, químicas e outros ingredientes encontrados em alguns produtos.

 

Esses alimentos não utilizam conservantes artificiais. No caso da PetVegan os produtos são conservados com alecrim, por suas propriedades antioxidante e antimicrobiana, cientificamente comprovadas. E a coloração dos snacks e bifinhos se dá pelo uso de frutas ou vegetais e não artificialmente.

O glúten é substituído por farinha de arroz, de aveia ou fécula de mandioca, ideais para os pets que são intolerantes a glúten.

 

Segundo Juliana, o custo dos petiscos naturais PetVegan não difere dos itens de linha premium por estarem na mesma classificação de qualidade. “A economia pode ser compensada pelas despesas que os tutores deixam de ter ao evitarem algumas doenças quando oferecem esse tipo de alimento aos seus pets”, diz ela.

 

Além da linha de petiscos, outros produtos naturais também têm revolucionado o mercado Pet. A PetVegan conta, por exemplo, com uma coleira composta de Erva de Sta Maria & Neem, que apresenta eficácia contra pulgas, carrapatos e outros insetos. O item, indicado para cães, gatos e filhotes, é atóxico, livre de venenos pode ser encontrado em diversos tamanhos. 

Juliana afirma que a procura por alimentos naturais para pets tem aumentado muito, e que os produtos já podem ser encontrados nas principais redes de petshops e empórios que cada vez mais estão dedicando um espaço para os pets.


Raiva em animais: como identificar, sintomas e tratamento

A raiva é uma das doenças que possui a maior taxa de mortalidade e não acomete apenas cães, pode contaminar outros animais e até em humanos

 

Quem possui um pet, cães ou gatos, sabe que a raiva é uma das doenças com maiores taxas de mortalidade, chegando a quase 100%. Mas afinal, o que é a raiva? Segundo a Dra. Cintia Ghorayeb, clínica geral do Veros Hospital Veterinário, a doença é causada por um vírus e a transmissão se dá por meio da mordida, ou pelo contato com as secreções do animal já infectado. 

Esse vírus atinge o sistema nervoso central, causando graves lesões na massa cinzenta do cérebro e levando o animal doente a importantes e irreversíveis alterações neurológicas. Após o vírus chegar no cérebro, os sintomas podem levar ao óbito rapidamente, na maioria dos casos em até 10 dias. Como o próprio nome diz, essa doença deixa o animal muito agressivo, pela desorientação neurológica, e os ataques a outro animal ou até mesmo os humanos, se tornam mais frequentes.

A contaminação acontece pela saliva do animal doente. No meio rural, o morcego hematófago - que se alimenta de sangue - é um dos mais importantes transmissores da raiva, principalmente para os herbívoros e para o homem. Animais de sangue frio não adoecem, mas são transmissores e atuam como vetores da doença. Animais silvestres, como micos, saguis, gambás e morcegos, podem transmitir a raiva. 

Alguns dos principais indícios que o animal possa estar com a doença são as alterações de comportamento, como agressividade, ansiedade, depressão, dificuldade de engolir, salivação abundante, convulsões e sinais neurológicos graves, conta a Dra. Cintia. Caso o paciente esteja com algum destes sintomas, e não estiver com a vacina atualizada, é importante descartar a doença como diagnóstico diferencial. Infelizmente não existe um tratamento eficiente para a doença, e depois de instalada no cérebro, e o paciente invariavelmente vem a óbito. 

Existem chances de tratar com alguma resposta clínica, antes da contaminação chegar ao cérebro, ou seja, podemos conseguir lutar com o vírus na fase de incubação, que é variável para cada espécie, mas pode acontecer entre 10 à 120 dias, sendo comum em cães 10 dias, e em seres humanos os sintomas começam em aproximadamente 45 dias após a contaminação (sendo os sintomas nos humanos: irritabilidade, salivação, náuseas e vômitos inicialmente, evoluindo pra sinais como convulsão, coma e óbito). A vacinação de todos os animais, e dos profissionais que tem contato com essa casuística (veterinários, biólogos e tratadores em geral) é a única forma eficiente de prevenção e erradicação da doença. 

De acordo com a Dra. Cintia Ghorayeb, o pet toma a primeira dose ainda filhote, a partir dos 4 meses de vida e depois deve receber reforço anualmente para prevenir a doença. Todos os mamíferos devem ser vacinados! 

O Veros está 24h à disposição para receber todos os pacientes e tratá-los da melhor maneira possível, garantindo exames e atendimento de qualidade, com mais de 80 colaboradores (1/3 deles médicos-veterinários) e capacidade para realizar cerca de 2 mil consultas e 700 cirurgias por mês. 



Veros Hospital Veterinário
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 4643, Jardim Paulista – São Paulo, SP.
Site: https://veros.vet/ e Instagram: https://www.instagram.com/veros.vet/


Dia do Médico-Veterinário: Elanco investe em estratégia multicanal para estreitar relacionamento com profissionais responsáveis pela saúde de animais de pequeno e grande porte

Sites especializados, treinamentos, consultoria, podcasts e videocasts são algumas das iniciativas da empresa

 

A Elanco Saúde Animal, empresa independente e dedicada à saúde animal e terceira maior no ranking geral da indústria veterinária no Brasil, celebra o Dia do Médico-Veterinário, comemorado neste 9 de setembro, com relacionamento estreito com os profissionais dedicados à saúde de animais de pequeno e grande porte e com uma estratégia multicanal que abrange consultoria em fazendas, programas de treinamento presencial ou on-line, promoção de eventos regionais de capacitação e aprimoramento de conhecimento e sites especializados.

“Os médicos-veterinários estão em busca de aprimoramento constante e nós, como uma empresa global e dedicada ao bem-estar animal, temos compartilhado nosso conhecimento de formas diversas, atuando lado a lado com esses profissionais, estejam eles no campo, na clínica veterinária ou em hospitais. Nossa presença vai além do produto: oferecemos consultoria, conhecimento e, acima de tudo, parceria”, afirma Fernanda Hoe, diretora geral da Elanco Brasil. 

Um exemplo disso é o portal Cria Saudável, um espaço que traz artigos e vídeos sobre bem-estar animal, manejo sanitário, dados do mercado, gestão de propriedade, entre outras informações, e já está há dois anos no ar. “A Elanco realiza estudos de relevância mundial e os portais são formas práticas de compartilhá-los com os médicos-veterinários e promover o conhecimento”, comenta Fernanda.

 

Outra ação voltada aos médicos-veterinários atuantes na cadeia de animais de produção criada pela Elanco é o site Salmonella 360º, um portal completo que oferece conhecimento técnico, científico e ferramentas para uma produção lucrativa e com segurança alimentar, contribuindo para a prevenção e controle da salmonelose – zoonose provocada pela infecção por Salmonella – na cadeia de produção de aves. O portal é voltado a médicos-veterinários, produtores e a todos os técnicos da indústria avícola.

 

Por sua vez, os médicos-veterinários especializados em pequenos animais (pets) agora em setembro ganharão um espaço virtual com uma série de serviços, inclusive com foco na gestão das clínicas e hospitais veterinários, com acesso a estudos científicos e materiais exclusivos, ferramentas de diagnóstico, condições especiais para inscrições em eventos patrocinados pela empresa, entre outras iniciativas. “Já temos hoje um site dedicado aos pets, o Meu Pet Elanco, com dicas e orientações para os responsáveis pelos animais e para os médicos-veterinários. Mas sentimos a necessidade de ter um espaço mais exclusivo, voltado à comunidade veterinária e a aceitação tem sido bastante positiva”, afirma a executiva.

 

Outra iniciativa são os podcasts e videocasts Movimento Elanco, disponíveis no Spotify e no Youtube, respectivamente. Nos programas, profissionais da medicina veterinária se reúnem para abordar assuntos relacionados a doenças que podem acometer animais de estimação, como dermatites alérgicas ou mesmo questões ainda mais graves, como a febre maculosa que gerou tantas incertezas na população no início do ano. “Os podcasts e videocasts são ferramentas valiosas para incentivar conversas não só entre os médicos-veterinários, mas também para levar esse conhecimento à população em geral”, avalia a diretora geral da Elanco Brasil.

 

Reconhecimento – A visão da Elanco em apoiar os médicos-veterinários, tutores e produtores em seus desafios diários nos cuidados com os animais sob sua responsabilidade têm rendido reconhecimentos importantes para a empresa. Um exemplo disso foi o Troféu Agroleite, iniciativa da Castrolanda, cooperativa agroindustrial para a cadeia produtiva do leite, que elegeu a Elanco como a vencedora na categoria Bem-Estar Animal, criada neste ano para reconhecer as empresas que mais investem e têm relevância para o mercado neste quesito.                                            

 

Além disso, a Elanco recebeu este ano o selo de Empresa Amiga do Bem-Estar Animal, concedido pela FairFood a companhias cujas soluções e processos internos, como a produção fabril, a área jurídica e regulatória, de pesquisa e o atendimento ao cliente, contribuem para a oferta de produtos alinhados às premissas do bem-estar animal.

 

Vale ainda destacar que a empresa é uma das finalistas ao Prêmio Reclame AQUI, na categoria Farmacêutica Veterinária, por seu trabalho de relacionamento com o cliente. Agora está participando da votação que definirá o vencedor.

 

“Ficamos muito honrados em sermos reconhecidos por nosso trabalho de formas múltiplas. E tudo isso só é possível porque temos paixão pelos animais e por tudo que fazemos por eles. Grande parte do nosso time é formada também por médicos-veterinários e o nosso dia a dia é com esses profissionais fundamentais para o bem-estar dos animais e, consequentemente, para o nosso também”, finaliza Fernanda.

 



Elanco
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Pets em casa? Confira dicas de limpeza

Freepik/Pikisuperstar
Especialistas listam dicas para manter segurança e bem-estar dos animais


Uma casa com animais é sempre cercada de amor e alegria, mas alguns cuidados são essenciais para manter o bem-estar dos bichinhos e a limpeza do ambiente é um deles. A maioria dos animais é extremamente sensível e ao mesmo tempo curiosa e brincalhona. Por isso a atenção aos produtos de limpeza e ao que está ao alcance deles deve ser redobrada para que acidentes sejam evitados. Considerados os melhores amigos do homem, cuidar desses bichinhos requer cuidados e um ambiente preparado para eles.


Atenção aos produtos

Substâncias neutras são as mais recomendadas para a higienização, como explica o responsável técnico da Maria Brasileira, maior rede de limpeza residencial e empresarial do país, João Pedro Fidelis Lucio. “O álcool é uma solução versátil e eficiente para desinfetar áreas de maior contato. Use-o para limpar pisos, maçanetas, brinquedos e outros objetos que ele tenha acesso. No entanto, é importante diluir o álcool em água antes de usá-lo, pois ele puro pode ser tóxico. Sabão e detergente neutro também são excelentes aliados na limpeza diária de pisos, azulejos e outros locais que o animal frequenta. Esses produtos são suaves e não contêm ingredientes agressivos que possam prejudicar a saúde do seu pet. Certifique-se de enxaguar bem as superfícies após a limpeza para evitar qualquer resíduo que possa ser prejudicial. Atualmente existem linhas específicas de desinfetantes para pets, que são recomendadas e seguras”, destaca. Além disso, o técnico destaca que aspirador de pó é um item quase obrigatório para quem tem animais, principalmente para carpetes e sofás. 

Assim como existem produtos seguros, alguns não são recomendados. De acordo com João, existem substâncias muito fortes e que podem afetar diretamente a saúde e o bem-estar dos animais. “Substâncias à base de cloro são um perigo para os pets. O cloro pode causar irritação na pele e nas vias respiratórias, além de ser prejudicial se ingerido acidentalmente. Também podem causar esses sintomas produtos com ácido, amônia e com cheiro muito forte”, completa o especialista. 


Os móveis também precisam de cuidados

Ter pets é sempre uma caixinha de surpresas e alguns pequenos incidentes fazem parte da rotina, como o xixi no sofá. A limpeza correta do móvel é indispensável para evitar o acúmulo de odor e manchas e, principalmente, faz toda a diferença para manter a vida útil do estofado. Fritz Paixão, CEO da CleanNew, rede especializada em limpeza e blindagem de estofados, destaca algumas dicas de ouro na hora dessa higienização. “O acúmulo de xixi pode deixar manchas difíceis de sair apenas com um paninho molhado. Com o tempo e a recorrência desses pequenos acidentes, o tecido vai ficando cada vez mais manchado e perdendo a cor, além do cheiro que pode não sair. Uma limpeza especializada é a melhor opção para quem quer mantê-lo sempre novo e prolongar sua vida útil”, afirma Fritz.

Para garantir a limpeza e a vida útil dos móveis por mais tempo, o CEO recomenda a blindagem. “A blindagem facilita a manutenção diária e evita o acúmulo de sujeiras, protegendo contra líquidos e evitando os odores, ideal para animais”, conclui.

 


Maria Brasileira 


Ortopedia Veterinária Regenerativa

Foto: Internet
Saiba como as terapias inovadoras promovem cura e mobilidade dos pets

 

A Ortopedia Veterinária Regenerativa é uma área da medicina veterinária que se concentra em usar terapias inovadoras para promover a cura e a mobilidade em animais de estimação com problemas ortopédicos. Essas terapias visam estimular os processos naturais de regeneração do corpo para ajudar na recuperação de lesões musculoesqueléticas, articulares e ósseas. 

O médico veterinário, Dr. Luiz Fernando explica que a ortopedia regenerativa utiliza técnicas que visam a recuperação de tecidos lesionados podendo ou não estar associada ao tratamento cirúrgico. “Utilizamos as técnicas de aplicação ou infiltração de plasma rico em plaquetas e células tronco que promovem recuperação de tecido lesionado auxilia na no tratamento anti-inflamatório, promove melhor cicatrização diminui ou até cessa a dor desses tecidos lesionados. Também utilizamos a aplicação de ácido hialurônico e sulfato de condroitina”, diz.

Em relação às lesões musculoesqueléticas em que os animais podem se beneficiar das terapias regenerativas, o veterinário ressalta que todas as lesões articulares, principalmente na articulação coxofemoral nos casos de displasia.”As lesões de joelho como a luxação de patela e ruptura do ligamento cruzado cranial. Recuperação de fraturas e lesões em ligamentos e tendões”, completa. 

 

Benefícios das terapias regenerativas

Elas se concentram na estimulação, aceleração ou direcionamento dos processos naturais de regeneração do corpo, visando restaurar a função dos tecidos e órgãos danificados. “Quando utilizadas sozinhas, muita das vezes evita procedimentos cirúrgicos. Quando utilizada associada com o procedimento cirúrgico, promove recuperação mais rápida e com menor dor pós operatória”, acrescenta Luiz Fernando. 

·         Promoção da regeneração natural;

·         Redução de cicatrizes;

·         Menos efeitos colaterais;

·         Minimização da necessidade de cirurgia;

·         Personalização no tratamento;

·         Melhoria da qualidade de vida.

 

Fonte: Luiz Fernando - médico veterinário na Clínica Veterinária Professor Israel. Instagram: @vetprofisrael 


Saúde Mental na Era Digital: O importante debate sobre o cuidado com o psicológico dos jovens

A psicóloga Cecília Rocha destaca a importância de abordar a saúde mental da juventude neste Setembro Amarelo

 

Em um mundo cada vez mais conectado, a saúde mental dos adolescentes se torna um tópico crucial na sociedade atual. O Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, oferece uma oportunidade valiosa para discutir e abordar os desafios enfrentados por essa faixa etária, especialmente no contexto atual, permeado pela tecnologia e redes sociais.

A psicóloga, arteterapeuta, e autora do livro infantil “A Casa de Pedro”, Cecília Rocha, afirma que, a juventude é um dos períodos que se é mais propenso a desenvolver alguns transtornos emocionais, coincidindo com o fato de que a adolescência é um período difícil na vida de qualquer pessoa, onde os adolescentes buscam sua identidade e autonomia, o que, por si só, já é um grande desafio. No entanto, hoje, essa questão é exacerbada pelo ambiente digital.

As redes sociais, embora possam ser uma ferramenta poderosa para conexões humanas, também podem amplificar a sensação de isolamento. Nessa fase, é comum que as pessoas muitas vezes se comparem aos outros, baseando-se no que veem online, criando uma falsa impressão de que todos estão constantemente felizes, exceto eles próprios. Essa percepção pode levar a um aumento nos sentimentos de solidão e inadequação.

Indo mais além, não é incomum vermos jovens compartilhando seus sentimentos e sensações na internet, mas esse compartilhamento de experiências, de sua saúde mental na internet nem sempre pode ser benéfico. É essencial que os adolescentes consumam conteúdo de forma crítica e evitem grupos que promovam a violência ou comportamentos autodestrutivos.

Identificar problemas de saúde mental nessa fase pode ser complicado, já que muitos comportamentos comuns na adolescência podem se assemelhar a sinais de alerta. Cecília enfatiza que mudanças significativas no comportamento, como isolamento constante, dificuldades para dormir, alterações na alimentação, irritabilidade persistente e preferência pelo isolamento devem ser avaliadas cuidadosamente. Se uma emoção parecer constante e exagerada, é um sinal de alerta.

Outro fator importante, são as pressões dos colegas e as expectativas sociais, que se tornam um desafio para os adolescentes. Encontrar um grupo de apoio que valorize o respeito e o cuidado mútuo é essencial. “Sabemos da importância em pertencer a um grupo nessa fase da vida. O adolescente tem como desafio encontrar amigos, semelhantes, grupos onde ele se sinta pertencente para fazer sua travessia para a vida adulta de forma mais segura. Mas é muito importante que esses grupos estejam alinhados a valores e interesses pessoais.”

Apesar da dificuldade para os adolescentes que sentem que sua saúde mental está em declínio, Cecília enfatiza a importância de buscar ajuda. Conversar com alguém de confiança ou um profissional qualificado pode fazer toda a diferença. “Muitas vezes, o maior problema é o medo da incompreensão e do julgamento. Mas é necessário falar, é preciso que os jovens entendam que, caso eles não tomem uma iniciativa para melhorar ou não estejam abertos para receber ajuda, não haverá melhora”, enfatiza.

A arterapeuta lembra também aos pais que acompanhem a vida de seus filhos, mas claro, respeitando os limites e a privacidade. Estarem próximos uns dos outros abre portas para conversas em tons mais sérios, além de criar um vínculo de confiança que é essencial para o desenvolvimento do adolescente.

Para aqueles que buscam melhorar ou então que procuram não desenvolver algum transtorno emocional, um dos caminhos é fortalecer a resiliência e a saúde mental. “Atos individuais, como cuidar do sono, alimentação saudável, atividade física, vida social e hobbies auxiliam no processo de recuperação e no de prevenção. Além disso, hábitos familiares que envolvem a presença e o diálogo aberto são de suma importância para esses jovens que estão em uma fase tão difícil de descoberta. A escuta ativa, sem julgamentos, é uma ferramenta poderosa para criar um ambiente de apoio dentro da família”, explica a arteterapeuta.


Desmitificando o Estigma da Saúde Mental

Finalmente, para combater o estigma associado à busca de ajuda profissional, Cecília,  psicóloga, arteterapeuta, e autora do livro infantil “A Casa de Pedro”, compara o cuidado com a saúde mental ao cuidado com a saúde física. Assim como procuramos um médico quando estamos doentes fisicamente, buscar apoio para a saúde mental é igualmente essencial. É crucial que os adolescentes entendam que cuidar do seu bem-estar emocional é uma parte fundamental da sua jornada.

Neste Setembro Amarelo, a psicóloga deixa uma mensagem importante para os adolescentes: "O cuidado com nosso mundo interno, com nossas emoções e pensamentos, é tão importante quanto o cuidado com nosso corpo físico e nossa vida exterior. As emoções são passageiras, assim como os problemas que hoje parecem insuperáveis. Não hesite em pedir ajuda quando necessário. Ela é necessária e muito benéfica para navegar pelas estradas da vida, que muitas vezes são difíceis e desafiadoras, da melhor maneira possível."

 

Cecília Rocha – Psicóloga. Especialista em TCC (terapia cognitiva comportamental) pela FMUSP. Arteterapeuta. Mediadora de conflitos 


As mulheres aos 50: seriam novas balzaquianas?


Honoré de Balzac, escritor francês, expoente do realismo na literatura moderna, publicou inúmeros romances, entre eles, “A Comédia Humana”, que conta com 95 novelas e contos que retratavam a sociedade francesa de sua época. Taurino do dia 20 de maio de 1799, Balzac morreu em 1850, pouco depois de completar 51 anos. 

Entre tantas obras de destaque, nada foi tão marcante que “A Mulher de Trinta”. O texto tornou-se famoso não somente pelo seu valor literário, mas especialmente porque estabeleceu uma nova definição para a mulher. Sem os recursos da medicina moderna e sem o livre acesso aos procedimentos estéticos da atualidade, a mulher balzaquiana encantava por sua maturidade psicológica. Esse era o seu poder de atratividade, diferente das mulheres mais novas, que deveriam ser românticas e exalar ingenuidade, conforme os padrões vigentes. 

A visão de Balzac sobre as mulheres de trinta e poucos anos reflete o comportamento e os valores de um período no qual as mulheres existiam para casar-se, reproduzir e cuidar dos filhos. Se elas tivessem acesso à educação formal, o que não era regra para os costumes da época, era algo digno de nota, já que os índices de analfabetismo eram infinitamente superiores aos de hoje. Ser mulher significava ser jovem e imatura. Ser atraente significava ser uma menina. Todo o encanto feminino estava sob esse paradigma.

Foi por esse motivo que “A Mulher de Trinta” marcou tão profundamente a sociedade a ponto de “balzaquiana” tornar-se um termo que praticamente define um estereótipo de mulher loba, em pleno processo de transformação. Ao dar vida a uma personagem que experimentava, aos trinta anos, um relacionamento extraconjugal que lhe rendeu a primeira grande paixão, Balzac mostrou que havia muito mais nuances psíquicas sob o corpo feminino do que se falava até o momento. A balzaquiana era quente: sexy sem ser vulgar.

Hoje, em plena era do smartphone e das redes sociais, a mulher depois da primeira Revolução de Saturno – fenômeno astrológico que acontece por volta dos 30 anos – parece muito mais nova do que a balzaquiana original. Com hábitos de vida mais saudáveis, proteção solar adequada e acesso a mais recursos médicos, a balzaquiana atual começa a pensar se quer ou não ter filhos, algo completamente impensável antigamente. Primeiro, porque ter filhos não era uma questão de escolha e, segundo, porque esse era praticamente seu único propósito de vida, muito diferente de hoje em que as mulheres tem aspirações diversas, na carreira e na vida pessoal. Com nível educacional muitas vezes superior ao dos homens e com a sexualidade cada vez mais desvendada, as mulheres de trinta e poucos estão avançando na carreira e amando. Sim, amando livremente, pois graças à educação sexual aprenderam que seus corpos merecem prazer e suas individualidades precisam ser respeitadas. 

Mas engana-se quem acha que não existam mais tabus a serem tocados no campo da sexualidade nas diferentes faixas etárias. Se, no passado, eram as mulheres de trinta e poucos as que tinham um destino estabelecido a ser ressignificado, hoje são as mulheres de 50 que precisam enfrentar essa barreira. 

Também mais educadas e com pleno acesso à informação, as chamadas “cinquentonas” atualmente enfrentam o que, para muita gente, ainda é tabu. Casadas e com filhos, divorciadas ou mesmo solteiras por opção, elas muitas vezes têm de lidar com a ideia de que é preciso ser jovem para ser sexy. Ainda que com muito menos marcas de tempo do que suas antecessoras de outras gerações, as mulheres de meio século de hoje ainda se comparam cruelmente com celebridades e influenciadoras digitais em busca da forma perfeita. Como se a estética fosse referência para alguma coisa. Quanta perda de tempo.

Mas em meio a tudo isso existe um tabu ainda maior que, muitas vezes, encontra argumentos pseudocientíficos. Ainda há muita ignorância sobre os efeitos da menopausa na sexualidade feminina. Isso porque, mesmo que as mudanças hormonais possam causar alguns desconfortos nas mulheres de cinquenta e poucos, diversos estudos científicos mostram que o desejo sexual nem sempre é alterado. E mais: os fatores preponderantes para uma eventual diminuição na libido estão muito mais relacionados a questões sociais e, especialmente, psicológicas do que a fenômenos fisiológicos propriamente. 

É preciso então que façamos com a mulher de cinquenta o que Balzac fez no passado com a mulher de trinta. É hora de dar mais liberdade para que as cinquentonas encontrem inspiração para viver o novo, quebrando antigas crenças. Afinal, em um mundo que nos traz uma nova revolução tecnológica por minuto, é preciso perceber que a vida começa aos cinquenta. E viva as novas balzaquianas de cinquenta e poucos anos!        

 

Virginia Gaia - sexóloga com abordagem holística, estudiosa de religiões e mitologia, astróloga e taróloga.    


Lugares sociais

Durante séculos, acreditou-se na racionalidade. O humano não só estaria em uma posição destacada na natureza, mas teria capacidade de agir sempre por deduções inteligentes. Humano e razão seriam sinônimos. Grande parte da

tradição filosófica, inclusive, desprestigiava a condição emocional humana, mal que ofuscaria a capacidade de decisão racional.

O primeiro filósofo que discrepou dessa dicotomia da condição humana (razão versus emoção) foi Espinosa, para quem o humano era uma unidade: um corpo e seus registros. Somos um corpo que, posto na vida, no andar por aí tem encontros que alegram ou entristecem e nos vão tecendo a pessoalidade. As expressões afetivas são apanágio da condição humana.

Os grandes literatos, à sua vez, sempre estiveram fora desse “modo de pensar”. Os gregos já nos contavam com características razoáveis e emocionadas em tragédias e comédias. Mas os grandes dentre os grandes, no sentido de conteúdo e repercussão pública, são Shakespeare e Dostoiévski. A condição profunda da humanidade está neles.

Como formulação teórica, a demonstração de que o humano tem uma porção em si que não está sob seu controle foi feita por Sigmund Freud. O psicanalista identificou o inconsciente, uma dimensão da mente, ou da história pessoal de cada um, que registra de modo dificilmente acessível, não só, mas com grande efeito o que nos desconforta recordar.

Não se tem acesso a certos fatos ou imaginações fantasiosas da própria vida que, por razões geralmente vindas da infância, são constrangedores. Tais fatos, contudo, estão ativos, compondo nossos prazeres e desprazeres, fazeres e não fazeres. Desde Freud, aceita-se que emoções abaladas peçam por uma prospecção das entranhas da existência.

Contudo, ainda em nossos dias, inadmite-se que alguém que não se justifique com padecimento de dores n’alma tome atitude inexplicável, o que, em verdade, fazemos ordinariamente. Tenta-se nos haurir gestos redutíveis a um
silogismo: raciocínios lógicos inferidos de premissas. Ora, comumente agimos e só depois catamos justificativas para o ato.

Hoje se sabe que tomamos decisões movido\as mais por impulsos emotivos do que por cálculos racionais. E o inconsciente está presente em cada gesto deliberativo, mesmo em atos de negócio, os quais, supostamente, seriam
“friamente” calculados. Literatura sobre o assunto: Psicologia Econômica, Vera Rita de Mello Ferreira, Campus.

Outro fator incidente na conduta é o ideológico (convicções de vida). Tendemos a nos comportar dentro dos padrões em que nossa concepção de mundo foi produzida. Exemplo de fenômeno de classe social: o Brasil, desde o Plano Real, da internacionalização econômica (governo FHC) e da queda da natalidade, vive o fenômeno do surgimento da Classe C.

Assim como outras classes o fazem, a multidão que ascendeu socialmente à condição C adotou hábitos padronizados (veste, alimentação, divertimento etc.). Há produtos específicos para demandas segmentadas. Seja produção de marketing, seja opção, as diversas classes se autorreferem afetivamente, não racionalmente, mesmo em fenômeno de massa.

De tal forma a identificação não pensada (o suposto interesse racional) com produtos comerciais ocorre, que ao tempo em que havia propaganda de cigarros consagram-se “modelos”: companhias de tabaco (e outras), tinham um rótulo a ser propagandeado para cada escala social ou cultural; a propaganda fala a língua e apela para os hábitos do nível objetivado.

E mais profundamente: estudiosos do comportamento compararam o naufrágio do Titanic (1912) com o do Lusitânia (1915). Hipótese elucidativa do que nos move: das 2.207 pessoas a bordo do primeiro, morreram 1.517; das 1.949 do segundo, 1.198. O Lusitânia naufragou em 18min, prevaleceu o instinto. Homens entre 16 e 35 anos sobreviveram mais que a média.

Já no Titanic, que levou 2h40min para ir ao fundo, houve tempo para se imporem formalidades e hierarquias sociais. Mulheres e crianças tiveram oportunidade de escapar bem acima da média. Mas entre os homens, morreram bem mais os das classes econômicas, pois os da primeira classe tiveram precedência em se safar (FSP/ciência, 02mar10). Lugar social ideologizado.

É dizer, por cavalheirismo, priorizaram-se mulheres e crianças; por disposição ideológica de classe social, os mais pobres, deixaram-se morrer, aceitando irracionalmente a primazia dos mais ricos. Sinceramente, eu não hesitaria em lutar por análoga chance de sobrevivência. Um dia, talvez, o mundo será igual; creio que quando as pessoas se considerarem como tal.

 

Léo Rosa de Andrade
Doutor em Direito pela UFSC.
Psicanalista e Jornalista.



As verdadeiras amizades nascem na escola

Nem me lembro de quando a vi pela primeira vez, mas sei enumerar com muitos detalhes ao menos cem ocasiões em que compartilhamos sorrisos, abraços, lágrimas e brincadeiras. Sei dizer em quais momentos da minha vida fragmentada precisei correr para um colo e era o dela que me aguardava, sólido e caótico como só pode ser mesmo o colo da amizade.

Foi entre os cadernos e lápis de cor que eu e ela estabelecemos um pacto silencioso que dura até hoje. Estaríamos juntas, ainda que a milhares de quilômetros de distância, ainda que não nos encontrássemos por meses ou anos a fio, ainda que nem nos falássemos e acabássemos trocando apenas piadas pela internet na maioria dos dias. Porque assim são as amizades que nascem nos bons anos da infância. Elas permanecem ali, ao seu lado, mesmo que a velocidade da vida cotidiana sufoque os contatos frequentes e profundos.

É na escola que nascem essas amizades, na maioria das vezes. Há algo no ambiente escolar, uma magia que corre entre as carteiras de madeira e os corredores cobertos de cartazes com letras, números e trabalhos feitos por crianças de todas as idades, algo que permite o nascer e crescer de conexões humanas e sociais muito superiores a qualquer outra que se conquiste na vida adulta. Talvez porque ter alguém com quem dividir os desafios da jornada escolar torna tudo muito mais fácil. Talvez porque só crianças da mesma idade que a nossa possam compreender as dificuldades de ser quem somos, uma lição que os adultos parecem esquecer ao longo dos anos. Talvez porque só nessa época tenhamos toda a pureza de nossa condição humana toda à disposição de nossos corações e cérebros.

Encontramos muitos amigos depois disso, é claro. Alguns nos acompanham pelo resto da vida, enquanto outros se limitam a algumas fases ou períodos. Há aqueles que fazemos na faculdade, no trabalho, na aula de pilates. E sua lealdade é, por vezes, muito verdadeira e duradoura. Nenhum deles, no entanto, tem o frescor daqueles que conhecemos na escola, quando tínhamos ainda tudo a descobrir, e que nos acompanharam em muitas dessas descobertas.

É com eles que aprendemos a resolver aquelas contas matemáticas que pareciam impossíveis em um primeiro momento, mas também a resolver os pequenos nós da existência, que se tornam mais e mais apertados conforme crescemos. É com a companhia deles que conseguimos absorver um pequeno universo de palavras, expressões e frases que se tornam úteis para escrever as redações dos vestibulares, mas também para escrever as linhas subsequentes de nossa história.

Essa é a beleza das amizades que os muitos anos letivos nos dão. Elas nos permitem florescer quando ainda não passamos de pequenas sementes de ideias e personalidades. São elas que nos trazem o terreno fértil e a água fresca de que precisamos para fazer crescer dentro de nós aqueles que seremos no futuro próximo - e no distante, também.

Pode ser que esses amigos durem para sempre, pode ser que acabem assim que o Ensino Médio se encerrar, pode ser que se mudem de cidade com suas famílias e percam o contato conosco, mas isso não importa. O importante é que eles existam e que tenhamos a oportunidade de dividir com eles o início da nossa caminhada neste mundo. Para que guardemos conosco a autenticidade dessas primeiras trocas de experiências. E para que eles também guardem consigo lembranças de dias de que nós mesmos poderemos nos esquecer. No meu caso, tenho a alegria de saber que minha grande amiga de escola seguiu sendo minha grande amiga vida afora.

 

Tatiane Sprada - assessora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.


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