Pesquisar no Blog

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

6 técnicas para aperfeiçoar sua comunicação virtual

Segundo a FGV, a pandemia acelerou a integração das capacidades humanas com as digitais


 

Segundo a Pesquisa Anual sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas, realizada pelo Centro de Tecnologia da Informação Aplicada (FGVCia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), o Brasil chegará à marca de um computador (desktop, notebook e tablet) por habitante no início de 2023. As vendas em 2021 tiveram um crescimento de 27%, alcançando a marca de 14 milhões de unidades.

 

Aulas, lives, webinars e videoconferências se tornaram comuns desde o início da pandemia, mudando a rotina profissional e a forma de se comunicar. De acordo com os pesquisadores, trabalhar e estudar de forma híbrida ou blended resultaram em uma solução que integra e potencializa as capacidades humanas com as digitais.

 

Entretanto, nem todo mundo possui habilidade com a comunicação virtual, tanto na questão operacional, mas, principalmente, no quesito expressividade.

 

“Apesar de já ser comum há tempos, muitas pessoas não têm o hábito ou até não gostam de se comunicar por vídeo. Mas, com a nova realidade, se tornou inviável não aderir ao universo digital”, afirma Cristiane Romano, coordenadora da pós-graduação em Liderança da EBPÓS, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP. 

 

Para driblar o desconforto x necessidade, a especialista cita 6 estratégias que irão trabalhar sua expressividade, melhorando três pontos fundamentais: voz, postura e conteúdo. 


 

Tenha objetividade e clareza


Quando falamos de mídia digital, é fundamental ser objetivo e passar a mensagem de forma clara, lembrando que seu discurso pode ser óbvio para você, mas não para quem te assiste.

 

“Antes de elaborar seu vídeo, tenha em mente as respostas das seguintes perguntas: Qual é o meu público? Quais os desafios da minha audiência? O que eles esperam de mim? Como eu quero que este vídeo impacte as pessoas? Com essas respostas, fica mais fácil partir para a escolha do vocabulário e conteúdo. E sempre avalie se este conteúdo condiz com o que você pretende, seja informar, vender ou ensinar”, pontua Cristiane Romano.


 

Pratique o aquecimento vocal


A forma como você usa a voz pode mudar completamente a sua mensagem. Para transmitir credibilidade, module sua voz de acordo com o conteúdo a ser passado.

 

Antes de iniciar um vídeo, faça aquecimento vocal, para que sua emissão seja suave e, ao mesmo tempo, sem soprosidade (ar na voz). “Para trabalhar o aquecimento vocal, o ideal é buscar acompanhamento com um fonoaudiólogo”.


 

Trabalhe a expressão corporal


A comunicação não verbal é um recurso imprescindível que complementa a mensagem, como a expressão facial, por exemplo. “O rosto é a parte do corpo que costuma ficar mais exposta no vídeo. Por isso, explore, com bom senso, o olhar, o meneio de sobrancelha, o sorriso e qualquer outro recurso que esteja no contexto do assunto. E utilize os movimentos de mãos e braços sutilmente”, aconselha a coordenadora da EBPÓS.

 

Mas, se estiver com os músculos contraídos, seu desempenho será afetado. Por isso, faça estes exercícios de relaxamento:


- Gire a cabeça para o lado direito e para o lado esquerdo.


- Movimente a cabeça para cima e para baixo.


- Faça caretas, procurando usar todos os músculos do rosto.


 

Cuidado com dicção e pronúncia


Para expressar bem, é preciso treinar voz e dicção. Realizar leituras em voz alta ajudará a perceber seus vícios de linguagem, bem como pronúncia inadequada e erros de concordância.

 

Atente-se ao falar de forma clara e precisa, articulando todos os fonemas. Cuidado para não parecer artificial. Os movimentos de uma boa articulação devem ser naturais, sem exageros, como não abrir a boca demasiadamente, por exemplo.


 

Foque nas palavras-chave


Enfatize as palavras de maior valor, ou seja, aquelas que você quer fixar na mente do público e relacioná-las a sua imagem. Por exemplo, se seu objetivo é dar dicas sobre carreira, reforce as palavras-chave, como futuro, objetivo, meta, sucesso, entre outras que remetam ao tema central.

 

“Na introdução, as três primeiras frases precisam ser de impacto e responder a dor, ou seja, a necessidade da pessoa em lhe assistir até o final. Aposte também nas perguntas reflexivas, que despertam curiosidade e motivam a audiência”.


 

Aposte em um script


Um roteiro bem feito, com tópicos alinhados ao seu tema, será de grande suporte para você não se perder e sentir mais segurança na apresentação. Faça também um breve resumo para cada tópico, caso dê um branco momentâneo.

 

“Vale lembrar que a expressividade será o seu diferencial. Pratique-a e potencialize seus recursos e suas qualificações. A partir do momento em que você se expõe virtualmente, todos os itens acima devem ser trabalhados minuciosamente, para garantir solidez e confiança em tudo o que você transmitir”, finaliza Cristiane Romano.  

 

 

 

EBPÓS - Escola Brasileira de Pós-Graduação

 

Capacitação online e gratuita do Instituto Coca-Cola abre inscrições

O Coletivo Online é destinado a jovens de 16 a 25 anos com renda familiar de até dois salários mínimos de todo o Brasil e que buscam o primeiro emprego


Estão abertas novas vagas para o Coletivo Online, capacitação do Instituto Coca-Cola Brasil, em parceria com a Solar Coca-Cola, segunda maior fabricante do Sistema Coca-Cola do País. O curso online e gratuito é destinado a jovens de 16 a 25 anos, com renda familiar de até dois salários mínimos e que finalizaram ou estão concluindo o Ensino Médio. O objetivo é facilitar o entendimento sobre o mercado de trabalho, com conteúdos como dicas reais e atualizadas de como fazer um currículo, como se portar em uma entrevista e até mesmo organização e planejamento financeiro.

“O início do ano vem cheio de planos e metas a cumprir e uma delas é a conquista de um emprego. E esse é o momento ideal para se inscrever no Coletivo e começar o ano com tudo ", comenta Alana Barros, Coordenadora de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da Solar Coca-Cola.

Além de online e gratuito, o curso tem duração rápida, via WhatsApp e está disponível em todo o território nacional. São, ao todo, 11 videoaulas, que podem ser maratonadas, bastando ter uma conexão à internet para conseguir receber os vídeos. Concluída a capacitação o jovem irá receber um Certificado de Conclusão para adicionar ao currículo e poderão se cadastrar em uma comunidade de vagas exclusivas de mais de 400 empregadores parceiros. Pelo menos 30% dos formandos são inseridos diretamente no mercado de trabalho por meio das empresas parceiras. 

Para se inscrever, é necessário cadastrar o mesmo WhatsApp que for fazer as aulas, através deste link: https://bit.ly/SOLAR2023


Coletivo MOVER focado na capacitação de jovens negros também abre inscrições

Além do Coletivo Online, o Instituto Coca-Cola Brasil também abre inscrições para o Coletivo MOVER. A capacitação é uma parceria entre o Instituto Coca-Cola Brasil e o MOVER (Movimento pela Equidade Racial) focada exclusivamente nos jovens negros e negras do país.

Além das 11 aulas, certificado de conclusão e oportunidade de entrar na comunidade de vagas exclusivas, os jovens contarão com 5 aulas exclusivas a mais focadas na temática racial para o mercado de trabalho. O curso pode ser feito de qualquer lugar e a qualquer momento também através do WhatsApp. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas aqui: https://bit.ly/3XGOrit

Atuação que gera impacto


A iniciativa Coletivo Online faz parte da Plataforma Coletivo Jovem, que tem como foco a empregabilidade de jovens de 16 a 25 anos, em situação de vulnerabilidade social. Desde o início de sua implementação, em 2009, a Plataforma já impactou mais de 350 mil jovens em comunidades brasileiras espalhadas por todos os 26 estados do país + DF, chegando a 2.413 municípios. Do total de beneficiados, mais de 99 mil tiveram acesso ao mercado de trabalho.


Sobre a Solar Coca-Cola – Entre os 15 maiores fabricantes do mundo e a segunda maior fabricante do Sistema Coca-Cola no país, a Solar Coca-Cola conta atualmente com 13 fábricas e atua em uma área que representa cerca de 70% do território brasileiro, operando na totalidade das regiões Norte, Nordeste, Estado do Mato Grosso e parte de Goiás e Tocantins. Destaque no cenário nacional como uma das maiores empresas de bens de consumo do país, a companhia conta com mais de 15 mil colaboradores(as) e é responsável pela produção e distribuição de mais de 350 produtos do portfólio da Coca-Cola e de parceiros para cerca de 400 mil pontos de venda. Com faturamento anual de cerca de R$ 9,6 bilhões, a companhia alcança 25 milhões de lares em todo país.

Sobre o Instituto Coca-Cola Brasil – O Instituto Coca-Cola Brasil (ICCB) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e tem como propósito ser agente de transformação social para reduzir as desigualdades e contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país, potencializado por parcerias e pelo Sistema Coca-Cola Reconhecidos por sua tecnologia social e capacidade de escala, assumiu o compromisso público de, até 2030, promover o empoderamento econômico, através da geração de oportunidades no mundo do trabalho para 5 milhões de jovens, prioritariamente negros e mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica no país. Até hoje, o ICCB já beneficiou 531 mil pessoas.

 

Gestores devem desenvolver sentimento de confiança com liderados

Para o escritor palestrante Alexandre Slivnik, estabelecer uma relação de transparência e honestidade é fundamental para que as equipes apresentem resultados ainda mais expressivos

 

As empresas estão começando a entender que ambientes corporativos autoritários já não cabem no atual contexto da sociedade. Para contar com uma equipe engajada e motivada, os líderes precisam criar conexões e demonstrar confiança aos profissionais, desenvolvendo um ambiente saudável e que gere bons resultados.

De acordo com Alexandre Slivnik, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), que realiza cursos e palestras há vinte anos, a confiança é um elemento fundamental para melhorar as relações entre líderes e liderados. “E essa confiança só é alcançada se existir transparência e verdade nessa relação. O feedback, por exemplo, na maioria das vezes, é uma ferramenta usada de forma equivocada pelos líderes, que apenas passam as observações sobre pontos a serem melhorados, mas não parabenizam ou enfatizam os pontos de destaque de determinados colaboradores. Quanto mais se elogiar os comportamentos positivos, mais eles serão repetidos”, relata.

No entanto, essa filosofia não deve anular a indicação de possíveis pontos a serem melhorados. “Dar feedbacks sobre potenciais melhorias mostra a transparência na relação entre líderes e liderados. Isso deve, sim, ser feito. Mas não podemos esquecer de enfatizar os pontos positivos para que esse relacionamento não se torne mal visto pelos colaboradores”, pontua Slivnik.

O palestrante alerta que gestores devem ter alguns cuidados para, justamente, não perderem a confiança de suas equipes. “É fundamental que as pessoas em posição de liderança façam movimentos e escolhas justas. É comum ver funcionários sendo promovidos, por exemplo, por serem amigos ou familiares dos gestores. No entanto, isso é algo que deve ser evitado ao máximo. Quando uma equipe percebe esse tipo de situação, a falta de motivação se torna constante. É comum que os líderes tenham suas preferências, mas decisões justas são fundamentais para manter uma equipe coesa e motivada”, declara.

Para Slivnik, a falta de confiança está diretamente atrelada à falta de motivação, que pode desencadear em uma série de problemas. “A maioria das pessoas passa entre 8 e 12 horas, por dia, trabalhando. Se as relações nesse ambiente são desmotivadoras e abalam a confiança dos profissionais, o risco de desenvolvimento de problemas relacionados, por exemplo, à saúde mental, pode aumentar”, alerta.

De acordo com o vice-presidente da ABTD, a confiança é o principal elemento para uma melhor relação humana. “E para construir essa relação, além de honestidade, é preciso ter empatia. Entender como tratar cada um dos membros da equipe, como informar um feedback negativo sem ferir o colaborador, saber seus limites e, acima de tudo, ser transparente com esses profissionais. A partir do momento que esse relacionamento for construído, um gestor pode contar com a completa colaboração de seu time, transformando-os em um grupo mais capacitado, flexível e proativo. Essas características são capazes de impulsionar os números de qualquer empresa e estabelecem uma relação que, efetivamente, apresenta resultados”, finaliza.

 


Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston / EUA). www.alexandreslivnik.com.br.



Childhood Brasil reforça cuidados e orientações para crianças e adolescentes no uso da internet

No Dia da Internet Segura (07/02), organização dá dicas para pais e responsáveis; Diálogo é fundamental para orientar meninas e meninos sobre acesso à web

 

O uso da internet para as mais diversas atividades já é uma realidade para a maioria dos brasileiros. Em 2021, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios apontou que 90% dos lares têm acesso à web. Em números, são 65,6 milhões de domicílios e um contingente de 155,7 milhões de pessoas conectadas no Brasil.

Já o levantamento TIC Domicílios, do Centro Regional de Estudo para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), apontou que 90% dos brasileiros na faixa etária entre 10 e 15 anos acessaram a internet em 2021.

No Dia da Internet Segura (07/02), a Childhood Brasil, organização fundada há mais de 20 anos pela Rainha Silvia da Suécia, reforça a importância de proteger e orientar crianças e adolescentes no uso da internet. A plataforma proporciona conectividade para a educação e o entretenimento, mas também pode expor menores de idade a ameaças do mundo virtual, como: assédio, bullying cibernético, pornografia, desinformação, exposição à conteúdo inadequado, violência de gênero, furto e coleta de dados.

“Meninas e meninos com pouca orientação sobre o uso da internet podem ficar vulneráveis, principalmente nas plataformas de jogos on-line, redes sociais e chats, a tentativas de aliciamento”, explica Laís Peretto, diretora-executiva da Childhood Brasil.

A violência sexual no ambiente on-line pode ocorrer de várias formas. As vítimas podem ser coagidas a fornecer imagens ou vídeos ou adultos podem fazer contato casual com crianças e adolescentes por chats ou games, ganhar sua confiança e introduzir conversas sexuais, entre outros.

Existe também uma preocupação com o consumo de pornografia, o que pode levar a uma reprodução da violência de gênero, valorização de práticas sexuais violentas e até a uma dependência desse tipo de material por crianças e adolescentes. O avanço das tecnologias trouxe também novos modos de atuação, como o aliciamento sexual (grooming), cyberbullying, revanche sexual e até transmissão ao vivo de abuso sexual de crianças e adolescentes.


Diálogo, a ferramenta fundamental

Conversar sobre o uso da ferramenta com crianças e adolescentes é mais importante do que impor proibições rígidas. Assim como todo processo educativo, há limites que precisam ser definidos e que devem estar claros.

“Um bom caminho para garantir a auto-proteção da criança ou adolescente é o diálogo. É muito importante falar sobre o que é estar seguro na internet, limites do corpo mesmo no mundo virtual, conceitos sobre privado e público e o que fazer caso sinta que algo errado está acontecendo. Sabemos que não é aconselhável deixar uma criança atravessar a rua sozinha sem orientação e essa regra também deve valer para o uso da internet”, reforça Laís.

Os pais e responsáveis devem ficar atentos e estranhar se crianças e adolescentes passarem a permanecer por muito tempo no celular ou em chats com pessoas que até então não faziam parte do círculo social. Ou se passarem a agir como se estivessem escondendo algo, como fechar um aplicativo quando um adulto se aproxima. E é recomendável lembrá-los que nenhum aplicativo impede que uma imagem enviada seja capturada e depois compartilhada sem o consentimento de quem está na fotografia.

A Childhood Brasil listou algumas dicas para o uso da internet:

  • Lembre-se de que o mundo virtual faz parte do mundo real, com perigos que não podemos ignorar.
  • Pais e responsáveis devem participar/mediar a experiência do uso da internet por crianças e adolescentes;
  • Fale sobre segurança na internet com crianças de todas as idades quando elas se envolverem em atividades on-line;
  • Avalie e aprove jogos e aplicativos antes de serem baixados;
  • Acompanhe o que seu filho ou filha acessam internet;
  • Verifique se as configurações de privacidade estão definidas no nível mais alto para sistemas de jogos on-line e dispositivos eletrônicos;
  • Estabeleça regras sobre o uso da internet e mantenha os dispositivos eletrônicos em uma sala comum, aberta para todos da casa;
  • Explique que as imagens postadas on-line estarão permanentemente na internet;
  • Oriente a sempre se comunicar com educação. Respeito deve valer em qualquer espaço.
  • A velha regra ‘não fale com estranhos’ também serve para a comunicação virtual.


Como agir em casos de violência sexual contra crianças e adolescentes?

  • Se você SUSPEITAR que uma criança ou adolescente está sendo vítima de violências, denuncie. Os canais são: Disque 100 / Ligue 180 / APP Direitos Humanos BR /Delegacia On-Line;
  • Se você PRESENCIAR ou TESTEMUNHAR uma situação de violência contra criança ou adolescente chame a polícia militar (ligue 190).
  • Se você IDENTIFICAR um caso de violência on-line envolvendo uma criança ou adolescente, denuncie. Os canais são: Safernet / APP Direitos Humanos BR / Delegacia On-Line.
  • Todas as formas de denúncia são anônimas.

 

Childhood Brasil
www.childhood.org.br

 

NLP e saúde: como o uso de Inteligência Artificial pode promover transformações no setor médico

No final de 2022, a OpenAI, uma instituição que desenvolve pesquisas sobre Inteligência Artificial (IA), lançou o ChatGPT, protótipo de chatbot com IA, que utiliza a tecnologia NLP (Processamento de Linguagem Natural). A ferramenta, que é especializada em diálogo, vem transformando e trazendo debates no setor tecnológico.

Isso é apenas uma das criações que marcam uma era de grandes avanços e inovações na área de NLP. Se, no início, a proposta desse método era, basicamente, potencializar a comunicação entre seres humanos e máquinas, com os algoritmos mais precisos, eficientes e capazes de lidar com grandes quantidades de dados de forma mais rápida, atualmente, é notável que, partindo dessa comunicação eficiente, essa tecnologia pode ser útil em diversos outros setores.

O recurso possui inúmeras aplicações no meio empresarial, como os chatbots, detecção de ameaças, mecanismos de buscas, assistentes virtuais, entre outros. Mas um uso que merece destaque é a inserção na área da saúde.

Seja para pesquisa clínica, assistência ao paciente ou até mesmo para apoiar iniciativas inovadoras, o NLP pode ser incorporado na área médica em diversas vertentes. Um exemplo são os algoritmos que conseguem ser treinados para identificar informações relevantes no prontuário do paciente, como sintomas, diagnósticos e tratamentos prescritos.

Segundo um estudo publicado na PLOS Digital Health, em dezembro de 2022, o ChatGPT pode ser um forte aliado para a previsão precoce da doença de Alzheimer, por ser capaz de identificar pistas da fala espontânea nos estágios iniciais da doença.

Eo para por aí: na área de pesquisa, modelos de NLP podem rapidamente, e de maneira acurada, extrair informações em grandes volumes de dados textuais, sejam eles da literatura médica ou relatórios de estudos clínicos, e, com isso, identificar tendências e padrões complexos de se encontrar manualmente. Estes algoritmos também são capazes de localizar, nos dados contidos no prontuário eletrônico, pacientes elegíveis para estudos clínicos.

Por fim, o recurso também pode ser usado para melhorar a assistência ao paciente. Os algoritmos são capazes de gerar, automaticamente, planos de tratamento personalizados para pacientes com base em seu histórico médico e condição atual e, dessa forma, auxiliar os profissionais de saúde na hora oferecer cuidados mais individualizados e eficazes a seus pacientes. 

De modo geral, o NLP tem a oportunidade de potencializar a eficiência dos cuidados em saúde, permitindo que os computadores entendam, interpretem e manipulem a linguagem humana de uma forma que possa auxiliar na análise clínica, pesquisa e atendimento.

Com o uso desse conhecimento, os profissionais da área tendem a tomar decisões mais assertivas e melhorar os processos de cuidado e pesquisa, gerando, assim, um retorno financeiro sustentável para as tecnologias de NLP no ambiente médico, pois a economia de custos associada ao seu uso pode compensar o investimento inicial necessário para implementá-los.


Expectativa de crescimento


O uso de inteligência artificial no setor da saúde está crescendo rapidamente, além de já ser possível notar a utilização em uma ampla quantidade de áreas e especialidades médicas.

Na oncologia, a IA tem sido usada para melhorar a precisão do diagnóstico de câncer, prever os desfechos dos pacientes, apoiar a pesquisa clínica e desenvolver planos de tratamento personalizados. Além de ser utilizada para identificar padrões em grandes quantidades de dados médicos, o que pode auxiliar na compreensão da doença e como ela progride, por exemplo.

A partir de agora, é preciso que surjam novas iniciativas, não somente no ambiente corporativo, mas também no meio acadêmico, para que a mão de obra especializada e a quantidade de recursos desenvolvidos para o idioma local se multipliquem, na intenção de deixar a ferramenta mais acessível. Um amadurecimento e entendimentos padronizados acerca da legislação de acesso aos dados também são um ponto que geraria menor resistência na adoção deste tipo de método.

Com base em um levantamento da Tractica, divulgado em 2018, o mercado de Tecnologia da Informação (TI) com a Inteligência Artificial deve movimentar, até 2025, aproximadamente 34 bilhões de dólares apenas no setor da saúde.

A expectativa é que o uso de Inteligência Artificial nesse meio siga crescendo rapidamente nos próximos anos. O futuro da IA nesse setor é muito promissor e é bem provável que tenha um grande impacto na forma como os cuidados de saúde serão prestados nos próximos anos.

 

Lucas Oliveira - co-fundador e Head de IA da Comsentimento e, atualmente, é um dos maiores especialistas em processamento de linguagem natural na área da saúde no Brasil. Formado em TI e com Mestrado e Doutorado em Tecnologia em Saúde pela PUC-PR, o executivo é docente pela mesma instituição, atuando também como co-líder do Health Artificial Intelligence Lab (HAILab). Tem diversas publicações em revistas científicas internacionais.

 

Mulheres ainda precisam desbravar o universo do networking

Por se tratar de um ambiente de predominância masculina, público feminino ainda tem dificuldade de estabelecer conexões, aponta pesquisa do Linkedin

 

O networking é um grande aliado quando se fala em vida profissional. Além de possibilitar a troca de experiências e a ampliação dos contatos, também pode fazer com que um negócio seja lembrado e recomendado muitas vezes. Inclusive, é válido destacar, que uma rede composta por parceiros acolhedores faz com que os demais conquistem ainda mais visibilidade e que sejam lembrados.

Essa prática, que para muitas pessoas ocorre até mesmo de forma automática, gera crescimento e expansão. Entretanto, o que para alguns se torna algo corriqueiro, há quem ainda tenha um pouco de dificuldade nesse aspecto e é justamente o que ocorre com algumas mulheres.

Recentemente, o LinkedIn divulgou uma pesquisa neste sentido onde aponta que os homens ainda são melhores, neste assunto, por conta de dois itens. “O primeiro seria porque algumas mulheres perdem suas parcerias por falta de interação. O segundo, por conta da dificuldade de estabelecer as primeiras conexões, justamente por se tratar de um ecossistema em que eles são maioria“, aponta Brunna Duarte head de Marketing e uma das fundadoras do DIG Club (Do It Girls Club), comunidade de networking e conteúdo voltado para empreendedoras e executivas.

Muitas ainda apresentam uma certa dificuldade para iniciar essa interação. “Já ouvimos relatos de mulheres que sentem vergonha de parecerem interesseiras, ou até mesmo deixam de cultivar algum novo contato por conta da falta de tempo devido a carga mental que carregam ao ter que lidar com as funções da casa, família e tantas outras frentes que ficam estacionadas, esperando por algum tipo de iniciativa delas”, comenta a especialista em marketing.

Todo esse cenário contribuiu para que o DIG Club fosse desenhado apenas para o público feminino, para ofertar um ambiente seguro com o intuito de trocar informação. “O nosso objetivo é fomentar oportunidades para que todas possam experimentar exatamente o que os homens vivenciam quando fazem networking”, explica Brunna.

 O networking consegue proporcionar evolução e até mesmo escalar diversos aspectos da vida, seja para quem esteja iniciando um projeto ou trabalhando em uma empresa. Afinal, é preciso fazer algo novo e gerar movimento, que lá na frente resultarão em crescimento.

O networking deve ser visto como um pilar essencial e uma forma de cultivar laços profissionais em ambientes diversos. Natália Archanjo, advogada e head comercial da comunidade, aconselha que apenas focar no negócio fica muito forçado e pouco natural. “Os negócios aparecem após uma parceria estruturada, que vai se aprofundando com o tempo”, destaca.

Natália enfatiza que algumas pessoas entendem que networking é a criação de uma conexão falsa, com base apenas em interesses comerciais, mas na verdade trata-se de um exercício diário para fortalecer vínculos e criar conexões. “Precisamos pensar que todas as relações são baseadas em interesse. Desde o contato com amigos ou com um companheiro. As pessoas têm desejos comuns e é isso que fortalece os vínculos e cria conexões. E então surgem oportunidades como amizades longas, relacionamentos e negócios”, revela.

Conduzir esse ambiente saudável de forma eficiente é, inicialmente, manter bons relacionamentos. “A todo instante nos aproximamos de pessoas que até então não conhecíamos, seja em curso, viagem, faculdade. O que não pensamos é que isso também pode ser incluído no pacote de geração de networking”, explica Natália. 

E fazer networking é tão importante para mulheres que querem ter sucesso que o próprio DIG Club nasceu da necessidade que as próprias fundadoras manifestavam em ter um espaço para falar com outras mulheres sobre negócios, dinheiro, ambições e desafios profissionais. “Começamos a perceber que a nossa dor também era a de muitas outras. De lá para cá são muitos eventos, histórias e muito networking sempre”, finaliza Adriana Tavares, head de Finanças e Gestão do DIG Club.

 

DIG CLUB
https://doitgirlsclub.com.br/,
instagram @doitgirlsclub
facebook @doitgirlsclub
https://www.linkedin.com/company/doitgirlsclub/



Natália Archanjo - Advogada por formação com MBA em negócios pela FDC. Diretora Comercial e Líder dos departamentos de Marketing e Recursos Humanos da Matur Contábil, uma das maiores empresas de contabilidade do país. Membro da comissão do Do It Now, evento de gestão responsável por reunir mais de mil empresários na capital mineira.

Brunna Duarte - Formada em comunicação pela PUC e pós-graduada em Administração pela FGV, já realizou diversos cursos nas áreas de CX e Design Thinking. Desenvolveu sua carreira em grandes empresas multinacionais, sempre procurando atuar de forma criativa e inovadora.

Adriana Tavares - Formada em direito, cursou MBA em gestão na FDC e participou do Gestão 4.0, programa de imersão em negócios destinado a gestores C- Level. Sua experiência prática é vivenciada na empresa de sua família, a Altura Andaimes, em que ocupa o cargo de diretora há 11 anos.

 

Como o consumidor deve agir ao perceber que foi vítima de uma propaganda enganosa?

De acordo com Ana Carolina Makul, advogada especialista em Direito do Consumidor, as empresas podem ser responsabilizadas nas esferas cível, criminal e administrativa. 

 

Comerciais e propagandas fazem parte da sociedade e estão em praticamente todos os meios de comunicação disponíveis. No entanto, o Brasil segue repleto de empresas que omitem informações com o intuito de ludibriar os consumidores, fazendo com que eles comprem determinado produto ou serviço sem que saibam exatamente o que estão adquirindo.

De acordo com Ana Carolina Makul, advogada especialista em Direito do Consumidor, que representa o escritório Duarte Moral, o Código de Defesa do Consumidor aponta como publicidade enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa. “Aqui também estão inclusas omissões capazes de induzir o consumidor a erro a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços”, relata.

A especialista explica que a publicidade enganosa também se caracteriza quando se deixa de informar os dados essenciais sobre o produto ou serviço. “A oferta e apresentação devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores”, pontua.

Portanto, a propaganda enganosa se trata de uma publicidade falsa, parcialmente falsa ou capaz de induzir o consumidor a erro, mesmo que por omissão.

Um exemplo de publicidade enganosa, muito falada em abril de 2022, foi a propaganda feita pelo McDonald’s para o lançamento do lanche “McPicanha”. A carne do sanduíche não era picanha, mas apenas o molho era artificialmente saborizado para remeter a este tipo de carne. Com isso, a rede de Fast-Food soltou uma nota pedindo desculpa aos consumidores e removeu a opção desse lanche do cardápio.

Nesses casos de propaganda enganosa, ou seja, quando o cliente percebe que um produto não é exatamente aquilo que lhe foi oferecido, a forma mais simples de resolver o problema é entrar diretamente em contato com a empresa e tentar a devolução com a restituição da quantia, a troca por um outro item ou o abatimento proporcional do preço. “Caso o problema permaneça, a vítima da propaganda enganosa pode registrar uma ocorrência no Procon ou realizar reclamações em sites como o Reclame Aqui e o consumidor.gov. Se mesmo assim o problema não for solucionado, poderá entrar com uma ação contra a empresa no Juizado Especial Cível ou na justiça comum, por intermédio de um advogado”, revela Ana Carolina.

A especialista destaca ainda a importância do comprador guardar todos os comprovantes das tratativas. “Notas de pagamento, faturas de cobranças e comprovantes de reclamações feitas são extremamente importantes, pois estes documentos podem ser utilizados em um potencial processo judicial”, pontua.

Vale destacar que o Ministério Público também tem atribuição de ingressar com uma ação judicial coletiva em casos em que diversos consumidores sejam lesados pelo mesmo problema.

Por fim, de acordo com a advogada, a veiculação de publicidade enganosa pode gerar consequências legais em diversas áreas jurídicas. “Na esfera cível, a empresa poderá ser obrigada a trocar o produto, entregar nos moldes que o consumidor esperava ou devolver ao consumidor o valor desembolsado. No que se refere ao âmbito penal, tanto o fabricante como o vendedor podem responder por crimes em razão das condutas enganosas. Por fim, na esfera administrativa normalmente há aplicação de multa ao fornecedor que veiculou a propaganda, e ainda, a depender do caso, poderão ser impostas outras espécies de sanções, como a apreensão do produto, a proibição de fabricação e, até mesmo, a exigência de recall”, finaliza. 

 

Ana Carolina Aun Al Makul - Advogada com atuação na área cível desde 2012. Graduada na Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pós-graduanda em Direito Contratual pela EPD (Escola Paulista de Direito). Atuou em diversos campos do direito civil (predominantemente em contencioso cível), inclusive na área de direito imobiliário e do consumidor, em diferentes escritórios de advocacia na cidade de São Paulo, na Defensoria Pública do Estado de São Paulo e no Poder Judiciário Federal.


Duarte Moral
https://duartemoral.com/
@duartemoraladv

 

Agentes de voz humanizados: como essa ferramenta melhora a experiência do cliente?

 

Prestar um atendimento próximo e personalizado às necessidades do público-alvo é um dos maiores elementos favoráveis à satisfação, retenção e atratividade de cada vez mais consumidores. Seu investimento permanente, visando trazer melhorias contínuas, certamente trará resultados promissores para o crescimento das empresas de quaisquer porte ou segmento, em um êxito que certamente terá maiores chances de ser conquistado quando integrado com agentes de voz interativos – também conhecidos como voice bots.

Desenvolvidos com inteligência artificial, os voice bots se tornaram alguns dos maiores aliados no aperfeiçoamento do relacionamento entre empresas e clientes. Com capacidade de serem inseridos em uma ampla jornada de interação, são fontes poderosas na criação de um atendimento mais ágil e eficiente, identificando as preferências de comunicação de cada consumidor e as incorporando nos propósitos de interação de cada ligação.

Essa é uma tecnologia que, definitivamente, está revolucionando positivamente as relações entre as partes. Mas, não basta dispor de recursos de tamanha magnitude, sem inseri-los nas demandas do seu público-alvo. Afinal, conversar com um robô não é algo completamente agradável para muitos, que se sentem desconfortáveis ao entrarem em contato com suas marcas prediletas.

Em consonância aos gigantes avanços tecnológicos, a humanização dos voicebots vem caminhando a passos enormes na incorporação de traços e peculiaridades linguísticas que confortam os clientes durante a comunicação, e elevam a assertividade na resolução de quaisquer demandas. Em um cenário varejista, como exemplo, essa boa qualidade no atendimento chega a influenciar diretamente a decisão de compra, uma vez que 66% dos consumidores costumam trocar de marca após uma má experiência no atendimento, segundo dados divulgados pela Accenture.

Trazer essa humanização aos agentes de voz depende de premissas pautadas na empatia e sensibilidade com quem estará na outra ponta do atendimento, compreendendo em quais momentos esses fatores devem ou não estar mais presentes, de acordo com cada perfil.

Para o segmento de cobrança, por exemplo, é imprescindível que os voicebots sejam intensamente marcados por essas características. A condução dessa conversa precisa ser a mais amistosa possível, propondo soluções diversas de pagamento conforme as possibilidades de cada consumidor ou, até mesmo, possibilidade de renegociações futuras.

Atualmente, o setor tecnológico dispõe de recursos poderosos e que podem ser essenciais para a construção de uma boa humanização. Dentre eles, a análise de sentimentos é um dos que mais se destaca – uma vez que através de comportamentos da voz, a IA é capaz de sugerir se o usuário se encontra calmo, nervoso, irritado, impaciente, e assim direcionar a condução do atendimento para uma zona que gere uma melhor experiência e, consequentemente, maior probabilidade de sucesso.

Paralelamente a esse recurso, a análise de idade também é extremamente importante, principalmente para o atendimento a pessoas da terceira idade. Considerando que grande parte desses consumidores costumam apresentar certas dificuldades em qualquer interação com robôs, a linguagem que os voicebots terão com esses clientes deve ser ainda mais simples, facilitando o entendimento da informação transmitida e a resolução da demanda.

Fora a maior agilidade e assertividade na resolução dos objetivos, fazer uso dos voicebots significa investir nos meios de comunicação mais inclusivos do mercado. Afinal, mesmo diante de diversas ferramentas de mensageria, a voz ainda se destaca como canal mais democrático e acessível para todos os públicos, permitindo que até mesmo pessoas localizadas em regiões sem internet tenham acesso a essa ferramenta e consigam se comunicar com as empresas sem barreiras limitantes. Isso, em uma capacidade de funcionamento 24 horas por dia.

Mas, de nada adianta dispor de tudo isso, sem compreender a eficácia das ações adotadas. As métricas de mercado devem ser implementadas e revisadas constantemente – as quais, a partir dos feedbacks dos clientes ou do estudo de dados, trarão insights referentes aos pontos de melhorias e janelas de oportunidade.

Ainda, é fundamental que as empresas se preocupem com a melhoria contínua dos projetos de voice bot – tarefa que, usualmente, é realizada por times de curadoria, de forma que sejam responsáveis pela evolução permanente da IA e dos pontos de oportunidade dentro do fluxo de atendimento. Essas ações serão, certamente, o que irão ditar o sucesso perene da solução.

Quando integrados, todos esses investimentos em prol da humanização dos voice bots certamente irão ditar o sucesso perene da solução, contribuindo significativamente ainda para uma maior satisfação do consumidor com a companhia, um melhor relacionamento, fidelização entre as partes e, especialmente, maior credibilidade do negócio.

  

Leonardo Coelho - Head de Customer Success e Product Manager do Voice Bot na Pontaltech, empresa especializada em comunicação omnichannel.


Pontaltech

 

Reforma tributária: o que podemos esperar para o mercado? É evidente a necessidade de uma Reforma Tributária para o Brasil, em prol de uma mudança significativa que simplifique e desburocratize o recolhimento de impostos no país, além de reduzir a tributação sobre o consumo final. A escolha entre a aprovação da PEC 45 ou 110 – as maiores propostas em discussão – envolve a análise de diferenças importantes na unificação de certos impostos indiretos e seu processo de transição, as quais precisam ser muito bem compreendidas para que as empresas estejam devidamente preparadas para cada possível cenário. Hoje, somos um dos países com a uma carga tributária mais elevada se comparado aos padrões da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de 32% do PIB. No entanto, a carga tributária do Brasil, atualmente, é de 42% do PIB. Não à toa, a proposta de uma reforma tributária vem se estendendo desde 2019, na tentativa de estabelecer e decidir uma opção economicamente viável para reverter este cenário, favorecer o crescimento dos empreendimentos no país e propiciar um ambiente positivo para seu desenvolvimento. Cada uma das PECs apresenta características bem distintas e propósitos particulares. Entenda melhor o que ambas propõem: PEC 45: de autoria do Congresso Nacional, prevê a unificação de cinco tributos: IPI, PIS, COFINS, ICMS e ISS – criando, assim, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A medida seria aplicada em todos os estados do país, e não permitiria a concessão de benefícios fiscais nas operações tais como: medicamentos, transporte público urbano, alimentos, saneamento básico, educação infantil etc. Aqui, existiria uma alíquota única para todos os bens e serviços destinados a cada Município/Estado. A transição do sistema de cobrança deverá, da seguinte forma, ocorrer durante dois anos, onde será cobrado uma contribuição “teste” de 1% - sendo a mesma base de incidência do IBS para que, depois, os atuais tributos sejam substituídos pelos novos tributos à razão de um oitavo ao ano. Nesta proposta, os entes federativos podem alterar as alíquotas dos tributos a serem substituídos. PEC 110: de autoria do Senado Federal, além de visar também a unificação dos cinco impostos anteriores, inclui o IOF, Salário Educação, PASEP e CIDE- Combustíveis. Aqui, fora a criação do IBS, há ainda o surgimento do CBS (Contribuição sobre Operações com Bens e Prestações de Serviços). Haverá uma alíquota padrão para os bens e serviços podendo ser diferenciada para determinados bens e serviços – mas, será aplicada de maneira uniforme em todo território nacional, além de permitir a concessão de benefícios fiscais. A transição do sistema de cobrança deverá, da seguinte forma, ocorrer durante um ano, onde será cobrado uma contribuição “teste” de 1%, sendo a mesma base de incidência do IBS - e, depois, os atuais tributos seriam substituídos pelos novos tributos à razão de um quinto ao ano. Para esta proposta, os entes federativos não podem alterar as alíquotas dos tributos a serem substituídos. Enquanto a PEC 45 apresenta um viés de reforma mais radical em sua aplicação, a PEC 110 vem se mostrando mais estratégica frente ao cenário atual, com uma mudança progressiva e que não gera impactos bruscos para o mercado. Não à toa, é a que melhor está sendo aceita e, assim, a que apresenta maiores chances de ser aprovada dentro do tempo determinado de oito meses até a tomada de decisão final. Além de contribuir para uma verdadeira transformação do sistema tributário nacional, essas mudanças serão extremamente benéficas em âmbito internacional – considerando, como exemplo, a inclusão do Brasil na OCDE. Sua entrada na organização garante um selo atrativo de viabilidade para negócios e investimentos, abrindo grandes portas para parcerias globais e, assim, alavancar a economia nacional. Mas, para isso, é preciso cumprir com algumas regras determinadas, como a presença de um regime tributário coerente com tais propósitos. Seja qual for o desfecho da Reforma Tributária, a contabilidade das empresas certamente será otimizada e favorecida, permitindo que os contadores apurem impostos com maior tranquilidade e, consequentemente, reduzir suas horas de trabalho . Mas, para assegurar uma transição tranquila e dentro do previsto, é essencial que os negócios contem com profissionais especializados neste segmento, como garantia de que entendam as mudanças que precisem ser feitas internamente e as mantenham a longo prazo de forma estratégica, sempre encontrando oportunidades de crescimento e a conquista de resultados cada vez melhores. Júlio Baruchi e Taís Baruchi - sócios na ECOVIS® BSP. BSP https://ecovisbsp.com.br/

  

Reforma tributária: o que podemos esperar para o mercado?

É evidente a necessidade de uma Reforma Tributária para o Brasil, em prol de uma mudança significativa que simplifique e desburocratize o recolhimento de impostos no país, além de reduzir a tributação sobre o consumo final. A escolha entre a aprovação da PEC 45 ou 110 – as maiores propostas em discussão – envolve a análise de diferenças importantes na unificação de certos impostos indiretos e seu processo de transição, as quais precisam ser muito bem compreendidas para que as empresas estejam devidamente preparadas para cada possível cenário.

Hoje, somos um dos países com a uma carga tributária mais elevada se comparado aos padrões da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) de 32% do PIB. No entanto, a carga tributária do Brasil, atualmente, é de 42% do PIB. Não à toa, a proposta de uma reforma tributária vem se estendendo desde 2019, na tentativa de estabelecer e decidir uma opção economicamente viável para reverter este cenário, favorecer o crescimento dos empreendimentos no país e propiciar um ambiente positivo para seu desenvolvimento.

Cada uma das PECs apresenta características bem distintas e propósitos particulares. Entenda melhor o que ambas propõem:

PEC 45: de autoria do Congresso Nacional, prevê a unificação de cinco tributos: IPI, PIS, COFINS, ICMS e ISS – criando, assim, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A medida seria aplicada em todos os estados do país, e não permitiria a concessão de benefícios fiscais nas operações tais como: medicamentos, transporte público urbano, alimentos, saneamento básico, educação infantil etc. Aqui, existiria uma alíquota única para todos os bens e serviços destinados a cada Município/Estado. A transição do sistema de cobrança deverá, da seguinte forma, ocorrer durante dois anos, onde será cobrado uma contribuição “teste” de 1% - sendo a mesma base de incidência do IBS para que, depois, os atuais tributos sejam substituídos pelos novos tributos à razão de um oitavo ao ano. Nesta proposta, os entes federativos podem alterar as alíquotas dos tributos a serem substituídos.

PEC 110: de autoria do Senado Federal, além de visar também a unificação dos cinco impostos anteriores, inclui o IOF, Salário Educação, PASEP e CIDE- Combustíveis. Aqui, fora a criação do IBS, há ainda o surgimento do CBS (Contribuição sobre Operações com Bens e Prestações de Serviços). Haverá uma alíquota padrão para os bens e serviços podendo ser diferenciada para determinados bens e serviços – mas, será aplicada de maneira uniforme em todo território nacional, além de permitir a concessão de benefícios fiscais. A transição do sistema de cobrança deverá, da seguinte forma, ocorrer durante um ano, onde será cobrado uma contribuição “teste” de 1%, sendo a mesma base de incidência do IBS - e, depois, os atuais tributos seriam substituídos pelos novos tributos à razão de um quinto ao ano. Para esta proposta, os entes federativos não podem alterar as alíquotas dos tributos a serem substituídos.

Enquanto a PEC 45 apresenta um viés de reforma mais radical em sua aplicação, a PEC 110 vem se mostrando mais estratégica frente ao cenário atual, com uma mudança progressiva e que não gera impactos bruscos para o mercado. Não à toa, é a que melhor está sendo aceita e, assim, a que apresenta maiores chances de ser aprovada dentro do tempo determinado de oito meses até a tomada de decisão final.

Além de contribuir para uma verdadeira transformação do sistema tributário nacional, essas mudanças serão extremamente benéficas em âmbito internacional – considerando, como exemplo, a inclusão do Brasil na OCDE. Sua entrada na organização garante um selo atrativo de viabilidade para negócios e investimentos, abrindo grandes portas para parcerias globais e, assim, alavancar a economia nacional. Mas, para isso, é preciso cumprir com algumas regras determinadas, como a presença de um regime tributário coerente com tais propósitos.

Seja qual for o desfecho da Reforma Tributária, a contabilidade das empresas certamente será otimizada e favorecida, permitindo que os contadores apurem impostos com maior tranquilidade e, consequentemente, reduzir suas horas de trabalho . Mas, para assegurar uma transição tranquila e dentro do previsto, é essencial que os negócios contem com profissionais especializados neste segmento, como garantia de que entendam as mudanças que precisem ser feitas internamente e as mantenham a longo prazo de forma estratégica, sempre encontrando oportunidades de crescimento e a conquista de resultados cada vez melhores.

 


Júlio Baruchi e Taís Baruchi - sócios na ECOVIS® BSP.

Como evitar a malha fina ao declarar o IR 2023?

Wagner Pagliato, professor e coordenador do curso de Ciências Contábeis da Unicid, informa aos contribuintes as melhores dicas para fugir das garras do leão

 

Março está chegando e, com ele, o momento em que muitos brasileiros temem e aguardam: a declaração do imposto de renda e o medo de cair na malha fina, que é nada mais do que a fiscalização e a revisão de toda declaração de imposto entregue, seja em modelo completo ou simplificado. Quando alguma informação não bate, faltam documentos ou comprovantes, o declarante acaba caindo nesse erro, ficando impedido de receber a restituição e tendo que corrigir dados enviados equivocadamente à Receita Federal.  

Mas há pessoas já na malha fina da Receita. No ano-exercício de 2022, mais de 1 milhão de contribuintes ficaram devendo informações ao órgão. Nesse sentido, o contador e Prof. Me. Wagner Pagliato, coordenador do curso de Ciências Contábeis da Unicid, instrui como o contribuinte pode identificar se está nessa situação. 

“Para saber se a sua Declaração está em malha, acesse o e-CAC. Selecione a opção ‘Meu Imposto de Renda (Extrato da DIRPF)’ e, na aba ‘Processamento’, escolha o item ‘Pendências de Malha’. Lá você pode verificar a sua situação e ver qual é o motivo pelo qual ela foi retida”, explica o docente. 

Existem erros que podem parecer insignificantes, ou até aqueles que são imperceptíveis. Entretanto, é essencial se atentar a essas questões. Abaixo o docente lista importantes pontos para o processo de declaração: 


1 – Esquecer de informar parte dos rendimentos: o contribuinte deve declarar todas as fontes pagadoras e os seus respectivos CNPJ ou CPF, bem como todos os rendimentos tributáveis recebidos dessas fontes. Ou seja, é necessário informar à Receita todos os valores significativos recebidos ao longo de 2018. São considerados rendimentos tributáveis: salários, remuneração por prestação de serviços e outros tipos de remuneração por trabalho assalariado, assim como pensões e aposentadorias, aluguéis, ações judiciais, entre outros; 


2 – Não informar os rendimentos dos dependentes: ao declarar dependentes, deve-se também informar, além do CPF, quando for maior de 18 anos, todos os seus rendimentos tributáveis, ainda que os valores fiquem abaixo do limite estabelecido pela Tabela Progressiva do Imposto de Renda. Isto é, mesmo que o total de rendimentos recebidos pelos dependentes seja igual ou inferior ao limite de isenção R$ 28.123,91, o contribuinte deve declará-los, pois esses rendimentos somam-se aos do titular na hora da apuração do imposto a pagar ou a restituir; 


3 – Declarar deduções que não podem ser comprovadas:  o contribuinte deve manter todos os comprovantes das deduções por um período de 5 anos. As deduções mais importantes são: 

- Despesas médicas, odontológicas e psicológicas: não há limite para a declaração dessas despesas. O contribuinte deve indicar o CPF ou CNPJ do prestador de serviço. O uso de recibos falsos é considerado crime, sujeitando o contribuinte a uma multa de até 150% do valor do recibo e ainda à responsabilidade penal (com reclusão de 2 a 5 anos); 

- Despesas com instrução: é permitido o abatimento de despesas com instrução do contribuinte e de seus dependentes, inclusive de alimentandos. Podem ser abatidos os gastos com educação infantil e creche, ensino fundamental, médio e superior, bem como educação profissional. O limite é de R$ 3.561,50 por ano. Além disso, é possível deduzir R$ 1.171,84 (incluindo 13º salário e férias) com empregado doméstico e até R$ R$ 2.275,08 por dependente; 


4 – Não recolher o carnê-leão: o recolhimento mensal do carne-leão é obrigatório aos contribuintes residentes no Brasil que receberem, entre outros: rendimentos de outras pessoas físicas que não tenham sido tributados na fonte; rendimentos ou quaisquer outros valores recebidos de fontes do exterior; pensão alimentícia; e rendimentos recebidos por residentes no Brasil que prestem serviços a embaixadas, repartições consulares, missões diplomáticas ou organismos internacionais. O não recolhimento por meio do carnê-leão sujeita o contribuinte a uma multa de 50% do valor do carnê, mesmo que não tenha sido apurado imposto a pagar na declaração de ajuste; 


5 – Valor errado de aquisições e alienações: é obrigatório declarar a compra e venda de imóveis e as quantias só podem ser acrescidas dos valores que estão previstos na lei. Por exemplo, se o imóvel foi adquirido após 1988, o custo das benfeitorias (reformas) deve ser acrescentado ao valor do imóvel. O mesmo não ocorre com a inflação, já que o valor do apartamento ou casa não pode ser corrigido pela alta acumulada dos preços. Quando houver ganho de capital na venda do bem, exceto para casos de isenções, deve-se recolher o imposto até o último dia útil do mês seguinte ao da alienação, por meio do preenchimento do programa GCap; 


6 – Não informar saldos bancários: é necessário declarar todos os saldos bancários, sejam de contas correntes, investimentos e demais aplicações financeiras cujo valor seja superior a R$ 140,00 em 31 de dezembro de 2022. O mesmo vale para as poupanças, mantidas no Brasil e no exterior, em nome do declarante e dependentes. Esses saldos são importantes, pois refletem a variação do patrimônio financeiro do contribuinte; 


7 – Uso indevido de CPF: não permitir que terceiros utilizem seu nome e número de CPF para aquisição de bens e direitos. Se isso ocorrer, o contribuinte poderá sofrer variações patrimoniais não refletidas na declaração de ajuste do Imposto de Renda, o que deverá levar à retenção na malha fina; 


8 – Movimentação de conta bancária ou cartão de crédito por terceiros: o contribuinte também não deve permitir que terceiros usem seu cartão de crédito ou conta bancária para depósitos e saques, pois ele poderá ter de justificar a origem desses recursos. Isso porque as instituições financeiras informam à Receita Federal todas as movimentações. Os depósitos bancários, portanto, devem ter origem devidamente justificada e devem ser coerentes com os rendimentos declarados, pela venda de bens ou transferências entre contas. O contribuinte que tenha movimentação financeira elevada deve ficar atento e municiar-se de toda documentação comprobatória. Caso caia na malha fina e não consiga comprovar, poderá ser autuado por omitir receita; 


9 – Não declarar pagamentos e doações: é necessário informar na declaração de ajuste anual – no quadro “Relação de Pagamentos e Doações Efetuados” – os pagamentos efetuados a: 

- Pessoas jurídicas, indicando o CNPJ, quando esses valores forem ser usados como deduções na declaração; 

- Pessoas físicas, indicando o CPF, quando representem ou não dedução. Devem ser declarados os pagamentos a profissionais liberais, assim como os efetuados a título de aluguel, pensão alimentícia e juros. A não declaração dos pagamentos sujeita o contribuinte a uma multa de 20% sobre os valores não declarados; 


10 – Esquecer de declarar arrendamento de imóvel rural: por fim, os rendimentos provenientes de arrendamento de imóvel rural também estão sujeitos a Imposto de Renda e não podem ser esquecidos. Se recebidos de pessoa física, esses valores são tributados como rendimentos equiparados a aluguéis, por meio do recolhimento mensal (carnê-leão). Já se forem pagos por pessoa jurídica, são tributados na fonte e na declaração de ajuste. Atenção: existem muitos contratos indevidamente considerados como de parceria, que são, na realidade, de arrendamento. Nos contratos de parceria rural, o proprietário do imóvel partilha com o parceiro os riscos, benefícios, produtos e os resultados havidos, nas proporções estipuladas em contrato.  

Pagliato explica que, pensando em receber uma restituição maior ou reduzir os impostos devidos, alguns contribuintes tentam omitir dados, o que resulta em prejuízos aos declarantes. “Erros e inconsistências na declaração podem gerar multas e, no limite, as fraudes podem até mesmo levar a pessoa a ser indiciado por crime tributário. A legislação do Imposto de Renda apresenta multas para contribuintes que cometem fraudes ao declarar, vale tanto para quem presta informações erradas por falta de atenção ou desconhecimento, quanto para quem frauda alguma informação de maneira proposital”.  


Há pessoas que não são obrigadas a prestar o Imposto de Renda? 

A resposta é sim, como dependente em declaração apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua, assim como quem teve a posse ou a propriedade de bens e direitos, inclusive terra nua, quando os bens comuns forem declarados pelo cônjuge ou companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda o limite em 31 de dezembro. Além de pessoas convivem com doenças que as isentam do imposto.  

O contador ainda salienta duas mudanças importantes no IR. “Em primeiro lugar, as novas funcionalidades envolvidas na declaração pré-preenchida. Diante disso, os contribuintes podem aproveitar as informações que foram inseridas no documento no ano anterior. Outra mudança que aconteceu no que se refere ao tributo Federal é o fato de que o contribuinte pode receber a restituição por meio do Pix. Sendo assim, a restituição poderá ser feita por Pix, caso a chave seja igual ao CPF. Chaves aleatórias, e-mail e telefones não serão aceitos nessa modalidade. Lembrando: o prazo deve manter-se do dia 1º de março até as 23h59 do dia 30 de abril de 2023,” finaliza.  



Universidade Cidade de São Paulo – Unicid
www.unicid.edu.br


Posts mais acessados