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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

PROJEÇÕES APONTAM AQUECIMENTO DO MERCADO IMOBILIÁRIO EM ORLANDO DE 15,4% ESSE ANO

 

        O Brasil representa 18% das transações imobiliárias internacionais na região metropolitana de Orlando, percentual mantido mesmo durante a pandemia.

 

        Especialista em Real Estate dá dicas para não perder oportunidades de investimentos e aponta os caminhos para quem pretende comprar imóveis.

 

A previsão de valorização do setor imobiliário em Orlando é de aproximadamente 15,4% até novembro desse ano, que vale também para imóveis na planta, por conta do próprio aumento de preço que as construtoras praticam na medida em que as vendas acontecem pela alta demanda. A projeção é de Andrea Pointon, especialista em Real Estate e CEO da Pointon Realty, empresa brasileira com sede em Orlando para compra, venda e gerenciamento de imóveis. Para tal, ela estudou essa média de porcentagem de valorização que acontece desde 2019, conforme dados do ‘Orlando 2030 Report’, relatório da Partnership, organização público-privada, sem fins lucrativos, que representa sete condados da Central Florida, incluindo Orlando. 

Um dos condados da Central Florida, o Polk Country – onde estão as cidades de Davenport e Haines City – é o que tem a maior projeção de crescimento populacional, com 50,8%, e onde os preços estão mais acessíveis. 

“A procura por imóveis residenciais é grande e, além do custo ser muito atraente, essa região concentra várias empresas e centros de distribuição, como Amazon, Walmart, Fedex, entre outros”, esclarece Andrea. Esse crescimento traz consigo o desenvolvimento em todo o entorno, com escolas, hospitais, serviços, indústrias, atraindo tanto famílias que pretendem se estabelecer em Orlando quanto investidores que adquirem casas para alugar anualmente – aluguel conhecido como “long-term rentals”. 

“Para se ter uma ideia de quão aquecido está o mercado nessa localidade vizinha de Orlando, nos últimos 180 dias os imóveis de aluguel demoraram, em média, apenas 17 dias para alugar. O valor médio de venda foi de US$ 2,023,00/mês e, em nossa pesquisa, consideramos apenas casas construídas a partir de 2015”, diz a especialista. Ainda de acordo com ela, o estoque de imóveis continua bem abaixo da média, tornando o mercado mais favorável para o vendedor. Porém, as oportunidades aparecem e quem adquirir um imóvel nesse momento também irá se aproveitar da valorização que está por vir.

A Flórida é um dos maiores mercados turísticos do mundo, bastante impulsionado pelos parques temáticos, eventos corporativos e turismo de negócios. É também o mercado imobiliário mais aquecido do País, sobretudo na região da Central Florida. Há uma grande migração de pessoas de outros estados americanos buscando uma melhor qualidade de vida, com menor custo e mais segurança; entretanto, a região metropolitana de Orlando é a que mais tem atraído investidores e famílias brasileiras. 

“Estamos vendo um boom econômico e imobiliário e os maiores motivadores para os brasileiros investirem no mercado de imóveis em Orlando são a dolarização do patrimônio e segurança financeira. Ter rendimentos em dólar, uma das moedas mais fortes do mundo, juntamente com um mercado imobiliário aquecido é a combinação perfeita para um excelente investimento, com alto retorno sobre o capital investido”, explica Andrea. 

A especialista salienta outros fatores que contribuem para que investidores brasileiros representem 18% das transações estrangeiras, que vão além da dolarização do patrimônio, considerando que este é um mercado muito mais estável do que o brasileiro. A proteção patrimonial, no caso da compra de imóveis em nome de LLC, é um forte atrativo para os investidores devido a uma série de benefícios, como isenção do imposto de sucessão, proteção em caso de processos civis, benefícios fiscais adicionais pela dedução de despesas, soluções de não tributação por domicílio fiscal, garantia de sigilo e anonimato de identidade, liquidez e fácil acesso ao capital investido. Além disso, há pouco risco comparado aos investimentos bancários, fundos imobiliários e investimento em imóveis no Brasil.

 

Em qual tipo de imóvel investir? Há dois nichos do mercado imobiliário que, nesse momento, estão em alta – os imóveis residenciais e as casas de férias.  Os investidores compram imóveis residenciais e alugam para um inquilino por pelo menos 12 meses. Esse é o tipo de investimento escolhido, geralmente, por pessoas com perfil mais conservador. As cidades nas margens de Orlando, como Davenport e Haines City (onde fica a Legoland), estão oferecendo as melhores oportunidades no momento para quem busca o seu primeiro investimento nos EUA ou está ampliando o seu portfolio de imóveis. 

Já as tradicionais casas de férias, localizadas nos famosos resorts de Orlando, são alugadas por diárias – mercado conhecido como "short-term rentals". Esse é o tipo de investimento procurado por pessoas que almejam ganhos maiores, mas isso requer o envolvimento do proprietário e um investimento maior. Pense no imóvel como um "hotel particular": o investidor precisará mobiliar e decorar a casa, deixando o imóvel atraente para alugar.  Nesse caso, é necessário ter uma empresa de gerenciamento que trabalhe com esse tipo de imóvel, tanto para fazer a manutenção e prestar serviços aos hóspedes, como para promovê-lo nos maiores portais imobiliários, de forma a garantir o aluguel por 12 meses.

 

Dicas para não perder oportunidades -- Para ficar de olho nos imóveis, a principal dica é manter contato com um corretor de imóveis que domine o mercado, conheça bem a região, seja experiente e esteja a par de novos projetos e lançamentos. Como não há exclusividade no mercado imobiliário americano, ou seja, todos os corretores têm acesso aos mesmos produtos, a escolha do profissional é o primeiro passo para um investimento seguro. Veja outras dicas valiosas para não errar nas escolhas:

 

1) Estar preparado para a compra futura após a escolha do profissional. É preciso abrir uma conta bancária nos EUA, realizar contato com o contador e se preparar para uma remessa internacional de valores junto ao banco no Brasil, caso ainda não possua valores em banco americano.  O processo é simples e rápido, porém, muitas pessoas que não se familiarizam com os passos necessários acabam perdendo oportunidades por não estarem preparadas.

 

2) Estar com financiamento pré-aprovado junto a um Mortgage Broker, se a ideia for financiar o imóvel. O processo não tem custo, é feito rapidamente e garante a aceitação da oferta.

 

3) Ter dinheiro disponível para o pagamento do depósito inicial já em território americano ou enviá-lo de forma que chegue rapidamente. Quem estiver com o dinheiro na mão tem mais chances de não perder o negócio.

 

“Vale ressaltar que um bom corretor poderá prestar todo o auxílio durante cada etapa do processo e as corretoras especializadas em transações internacionais, como é o caso da Pointon Realty, contam com equipes muito experientes e parceiros que auxiliam em todas as etapas, com serviços de contabilidade, envio de dinheiro, financiamento imobiliário, abertura de contas bancárias, serviços de advocacia, entre outros”, finaliza Andrea.

 

 

Andrea Pointon -- broker e CEO da Pointon Realty, com mais de 10 anos de experiência ampla no mercado imobiliário da Florida. Brasileira e residente nos EUA há 20 anos, morou em diversos países antes de se estabelecer em Orlando, onde se especializou no atendimento personalizado a investidores americanos e internacionais e no suporte completo aos clientes que desejam comprar e vender imóveis. Com conhecimento profundo sobre a região e estreito relacionamento com as maiores construtoras de empreendimentos locais, Andrea tem diversas certificações importantes do setor, como Platinum Key Certificate (PKC), Gold Key Certificate (GKC), Resort & Second-Home Specialist (RSPS), Pricing Strategy Advisor (PSA), Accredited Buyer´s Representative (ABR) e Seniors Real Estate Specialist (RES).

 

Apologia ao nazismo é crime no Brasil?

 

Com a chegada da pandemia da Covid-19 no inicio da 2020, os denominados youtubers se reinventaram para engajar os seus respectivos canais com a criação de uma nova modalidade de entretenimento: Podcast. Inicialmente, a ideia era de trazer pessoas das mais variadas áreas, sendo elas do humor, finanças, esportes, etc. Diante do seu grande sucesso, os podcasts começaram a se proliferar, tomando os mais diversos rumos, especialmente o de ‘’formar opinião’’. 

Com isso, os convidados começaram a serem requisitados com base em temas sensíveis e polêmicos, como política e ideologias, que, por sua vez, incidem em uma grande responsabilidade na exposição do ponto de vista. Desta forma, é perceptível que o público não consome mais estas atrações meramente para se entreter e sim para ficar informada sob algum aspecto do qual ela queira entender melhor ou aprender sobre determinado assunto. 

Recentemente, um youtuber que faz parte do maior podcast do Brasil, emitiu sua opinião sobre o nazismo. Em sua fala ele diz que ‘’a direita radical tem mais espaço que a esquerda radical’’, e no mesmo episódio (deletado do canal oficial), em que participou também autoridades políticas, o youtuber manifestou que ‘’deveria ser criado um Partido Nazista’’. 


A questão é: Com esta fala o youtuber praticou algum crime? 

Ainda que seja desnecessário discorrer sobres as características do nazismo, há algo que poucas pessoas sabem que foi o ‘’berço’’ do respectivo movimento que será brevemente explanado. Em 1920, um pintor que não obteve sucesso em sua carreira, começou a afogar as mágoas da sua frustração em bares. Após ter seu equilíbrio psíquico alterado pelo álcool, começava a discursar sobre temas que causavam alvoroços e, consequentemente, polêmicas. Diante das práticas reiteradas deste pintor, algumas pessoas que também frequentavam estes bares, começaram a prestar atenção em suas expressões e concordar com sua posição. Anos depois, um grupo de pessoas começou, religiosamente, frequentar os lugares que este pintor emitia suas opiniões, até que foi criado o maior movimento totalitário da história: o nazismo. 

Talvez você esteja se perguntando neste momento: ‘’mas o que o pintor tem a ver com esta história?’’. O pintor nada mais é do que Adolf Hitler. 

Agora, retornando ao assunto polêmico causado pelo youtuber, que por sua vez postou um vídeo se retratando de sua fala alegando estar embriagado, podemos afirmar que houve sim a prática delitiva. 

Isso porque a LEI 7.716/89, conhecida como a Lei Antirracista, especificamente em seu artigo 20, discorre sobre a indução, incitação ou preconceito de raça, cor, etnia e ‘’religião’’, e poderia, sem sombra de dúvidas, ser o respaldo legal para aplicação das sanções penais pela fala do youtuber. 

Ainda assim, o artigo 17 da Constituição Federal Brasileira de 1988, veda a criação de agremiações políticas, que poderiam infringir os direitos e as garantias fundamentais. 

Sabe-se ainda que o MP-SP abriu um inquérito para apurar eventual apologia ao nazismo na fala do podcaster, como também já requereu a imediata exclusão do vídeo do canal no YouTube (vídeo já excluído). Sendo assim, devemos aguardar todo o procedimento inquisitivo, para que ao final tenhamos a total convicção, desta vez concreta, da prática criminosa do youtuber.

 


Wanderson Dourado - advogado criminalista do escritório Guimarães e Gallucci Advogados

 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Banco de Sangue de São Paulo alerta para cenário de possível colapso no abastecimento aos hospitais

Demanda de transfusões de sangue neste mês estão 30% maior em relação a fevereiro de 2021, ao passo que as doações de sangue estão 18% abaixo do mínimo ideal
 

Apesar dos constantes apelos e alertas convocando doadores, por meio das redes sociais e apoio da imprensa, os bancos de sangue no país continuam enfrentando uma situação de queda acentuada em seus estoques sanguíneos, sob o risco de comprometer o abastecimento aos hospitais que atendem pacientes internados em diversos tratamentos e que necessitam de transfusões de sangue. 

De acordo com o Banco de Sangue de São Paulo, em comparação com o mesmo período do ano passado, a demanda por transfusões de sangue aumentou 30%. “Nossos estoques nesse momento estão 54% abaixo do ideal e as doações de sangue estão 18% abaixo do mínimo ideal. Precisamos de 180 coletas por dia para equilibrarmos esse índice, o que não vem ocorrendo há muitos dias. Se esse cenário se estender por muito tempo pode haver um colapso”, explica Dra Ana Carrijo, medica hemoterapeuta e gerente médica da unidade. 

Com o aumento dos casos de Covid-19 pela variante ômicron e da gripe Influenza, há muitos doadores que se contaminaram e tiveram que se afastar. E há ainda as pessoas que não contraíram as doenças, mas que ficam receosas em doar sangue neste momento. 

A médica informa que o Ministério da Saúde estabeleceu um novo protocolo de aptidão de doação para quem teve Covid, reduzindo de 30 para 10 dias após o período de recuperação completa da doença. 

“Essa informação é importante, pois o tempo de inaptidão para quem teve Covid agora é menor, de apenas 10 dias. Isso é um fator positivo que poderá mobilizar mais pessoas, pois precisamos que esses doadores retornem o quanto antes”, ressalta a Dra. Ana, lembrando que uma única doação pode salvar até quatro vidas. 

Um outro aspecto que tem influenciado na queda das doações é a desinformação das pessoas sobre o período de inaptidão em relação às vacinas, pois muitos acham que, ao se vacinarem, precisam esperar um tempo maior do que o necessário para doarem sangue. 

“Os doadores que recebem o imunizante contra o coronavírus se tornam inabilitados a doarem sangue por um período curto: Coronavac são 48 horas, Astrazeneca, Pfizer e Janssen são 7 dias. Por isso, é importante que eles estejam atentos a esse prazo e façam a sua doação antes ou depois de se vacinarem”, enfatiza a médica. 

O Banco de Sangue de São Paulo informa que o ato de doar sangue é totalmente seguro e que a instituição tem o selo “Covid Free de Excelência”, por manter as melhores práticas de prevenção e enfrentamento à pandemia de coronavírus. 

A instituição atende aos doadores diariamente, das 7h às 18h, inclusive aos domingos e feriados, na Rua Tomás Carvalhal, 711, no bairro Paraíso.

 

Requisitos básicos para doação de sangue:

• Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH, etc.) em bom estado de conservação;

• Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença dos pais no momento da doação);

• Não é permitido realizar doação acompanhado de menores de 12 anos (exceto se o menor estiver acompanhado de dois adultos, sendo necessário o revezamento dos mesmos enquanto acontece a doação);

• Estar em boas condições de saúde, se sentindo bem, sem qualquer sintoma;

• Pesar no mínimo 50 kg e ter dormido ao menos 6h na última noite;

• Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

• Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas. Não é necessário estar em jejum desde que evite alimentos gordurosos;

• Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e língua (12 meses após a retirada);

• Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina;

• Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;

• Não ter tido Doença de Chagas;

• Não ter tido Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);

• Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 10 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;

• Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma;

• Candidatos que viajaram para o exterior devem entrar em contato com o Banco de Sangue para entender o período que não pode doar (varia de país a país).

Consulte nossa equipe em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.
 

Critérios específicos para o Coronavírus:

  • Pessoas com diagnostico ou suspeita de Covid, deverão aguardar 10 dias após completa recuperação e sem o uso de medicamentos;
  • Pessoas com teste positivo para Covid sem sintomas deverão aguardar por 10 dias após a data da coleta do exame;
  • Se teve contato com paciente positivo ou com suspeita de COVID-19 e/ou realizou isolamento voluntário ou por orientação médica aguardar 10 dias após o último contato/término do isolamento;
  • Aguardar 48h caso tenha tomado a vacina Coronavac/Sinovac e 7 dias caso tenha tomado a Astrazeneca, Pfizer ou Janssen.


Serviço:

Banco de Sangue de São Paulo -- Unidade Paraíso

Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 - Paraíso

Tel.: (11) 3373-2000

Atendimento: Diariamente, das 7h às 18h; incluindo sábados, domingos e feriados. Estacionamento gratuito no local.


Fevereiro Laranja: mês de conscientização da leucemia

Campanha alerta sobre a importância de prestar atenção aos sintomas da doença e buscar diagnóstico e tratamento precoces

 

Fevereiro começou laranja. A cor faz referência à campanha criada para conscientizar a população sobre a leucemia, doença que afeta as células da medula óssea e é caracterizada por mutações genéticas de causas desconhecidas que fazem os glóbulos brancos (leucócitos) perderem a função de defesa do organismo. Trata-se do 9º tipo de câncer mais comum entre os homens e 11º entre as mulheres, e representa cerca de 30% dos casos de câncer entre crianças e jovens de até 19 anos. “As células doentes se multiplicam e se acumulam na medula óssea, impedindo que o berçário das células sanguíneas funcione corretamente”, explica Danielle Leão, hematologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, hub de saúde de excelência em Oncologia. “Por isso é tão importante falar sobre seus sintomas, diagnóstico e tratamento”, diz. 

Existem vários tipos de leucemia, sendo quatro deles mais comuns, classificados de acordo com a gravidade e a velocidade da sua progressão (crônica ou aguda) e o tipo de célula na qual a doença se origina (células mieloides ou linfoides): leucemia mieloide aguda (LMA), Leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (LLC). 

De acordo com a médica da BP, as leucemias agudas surgem de maneira muito rápida. “Em poucas semanas aparecem os sintomas, que se manifestam por meio de sinais de anemia, como palidez, cansaço e sonolência. Também podem ocorrer dores ósseas, gânglios aumentados, manchas roxas, sangramento na gengiva, febre e infecções sem explicações”, alerta. 

Já as leucemias crônicas costumam progredir lentamente e as células sanguíneas conseguem preservar em algum grau suas funções. Muitas vezes, a doença é descoberta em meio a investigações de outras doenças ou em exames de sangue de rotina.

 

Diagnóstico 

Não há exames específicos para diagnóstico preventivo de leucemias como os que existem em outros tipos de câncer. E como os fatores que provocam a doença ainda são desconhecidos, também não há como prevenir a partir de mudanças de hábitos e estilo de vida. Contudo, na grande maioria dos casos, o sinal de alarme da presença da leucemia pode ocorrer por meio do hemograma, um exame de sangue bastante simples. 

“O diagnóstico e tratamento precoces ainda são a melhor saída”, afirma a Dra. Danielle (@danielleleao.hemato). No caso de uma leucemia crônica, por exemplo, o diagnóstico precoce pode evitar o agravamento do quadro que pode levar o paciente a precisar diretamente de um transplante de medula óssea. “Por isso, é preciso incluir o hemograma na rotina anual de exames, ficar atento aos sintomas e agendar consulta médica assim que perceber sinais suspeitos. Quanto mais cedo, melhor”, orienta a hematologista da BP.

 

Atenção especial às crianças 

No Brasil, a leucemia é a principal causa de morte entre crianças e jovens de até 19 anos. A leucemia linfoide aguda (LLA) representa cerca de 80% dos casos nessa faixa etária. E assim como nos adultos, quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, maiores são as chances de cura. 

A hematologista pediátrica da BP, Maria Lúcia Lee, lembra que os principais sintomas nas crianças são manchas roxas e lesões da pele em bebês. Além disso, cerca de 30% dos pacientes pediátricos apresentam dores nas juntas que parecem artrites e, muitas vezes, são confundidas com dores do crescimento ou dores provocadas pelo peso da mochila nas costas. Sinais comportamentais também devem ser considerados, como apatia e falta de vontade de brincar. 

Segundo a médica, nos anos 80 a taxa de sobrevida das crianças com LLA no Brasil era de apenas 30% aproximadamente. De lá para cá, esse percentual cresceu para 69%, um índice ainda aquém dos registrados em países de alta renda, que já superaram a casa dos 90%. Uma das razões para essa diferença é justamente a demora no diagnóstico e início do tratamento, fatores agravados pelas condições de desigualdade social e dificuldade de acesso aos serviços de saúde para alguns segmentos da população. 

“Esse atraso faz com que os pacientes cheguem aos médicos em condições clínicas mais graves e mais predispostos a complicações. Além disso, muitas vezes as primeiras manifestações da doença são confundidas com viroses”, esclarece a Dra. Maria Lúcia. De acordo com a médica, atualmente, o índice de mortalidade no começo do tratamento no Brasil é de 6%, enquanto a taxa considerada tolerável é de 1,8%. 

Para evitar esse cenário, a recomendação dos médicos é a estratégia de vigilância, baseada principalmente na realização periódica de hemogramas. Contudo, é fundamental buscar centros de excelência, como a BP, que, além de proporcionarem todos os tipos de tratamento para as leucemias, oferecem serviços laboratoriais de qualidade para obter diagnósticos precisos.

 


BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 


Mês da doença rara

  Especialista alerta sobre a importância da triagem neonatal na detecção precoce de doenças raras

 

Apesar de raras, essas doenças incomuns atingem cerca de 1 em cada 20 crianças em todo o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui cerca de 13 milhões de pessoas com doenças raras, sendo 75% crianças de 0 a 5 anos. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas doenças acometem cerca de 8% da população. Estudos demonstram que 80% dos casos têm origem genética. 

São dados bastante relevantes e que preocupam a população, mas é importante ter em mente que o diagnóstico precoce pode salvar vidas e proporcionar qualidade de vida para estes pacientes. Hoje, os pais têm maior facilidade de acesso a exames genéticos e também à internet para buscarem mais informações sobre o assunto. Além do Teste do Pezinho, oferecido pelo SUS que comumente detecta 6 doenças raras, outras opções estão ao alcance da população como o Teste do Pezinho Ampliado, que detecta cerca de 50 doenças raras, e o Teste da Bochechinha, teste genético oferecido pela Mendelics, que detecta mais de 340 dessas condições. A detecção precoce de doenças raras pode mudar o destino de uma criança, de sua família e, consequentemente, da sociedade na qual ela está inserida. 

David Schlesinger, médico geneticista e CEO da Mendelics, laboratório brasileiro especializado em diagnóstico por Sequenciamento de Nova Geração (NGS), sendo a primeira e maior empresa de genômica da América Latina e o maior provedor de diagnóstico genético para a indústria farmacêutica, esclarece as principais dúvidas sobre o assunto. Confira:

 

Quando uma doença é considerada rara?

R: No Brasil, uma doença é considerada rara quando atinge até 65 pessoas a cada 100 mil habitantes, o que corresponde a cerca de até 1 pessoa a cada 1,5 mil habitantes.

 

Quantas doenças raras existem?

R: Atualmente, já foram documentadas entre 6 e 10 mil doenças raras. Destas, 80% são genéticas.

 

Quantas pessoas são afetadas no mundo? E no Brasil?

R: No mundo, é estimado que existam entre 260 e 450 milhões de pessoas afetadas. Destes, 13 milhões são brasileiros.

 

Quando essas doenças costumam se manifestar?

R: Cerca de 83% das doenças raras existentes atualmente se manifestam ainda na infância. Porém, os pacientes levam em média de 2 a 4 anos para chegar ao diagnóstico correto. Para algumas doenças esse tempo em busca de um diagnóstico pode chegar a 10 anos. Por isso, a importância da realização do teste logo nos primeiros meses de vida: dentre as doenças que se manifestam na infância, 28% são neonatais ou congênitas.

 

Quais são os tipos mais comuns de doenças raras?

R: 70% das doenças raras são neurológicas. Considerando somente as doenças raras de manifestação na infância, quase 90% delas afetam o desenvolvimento do sistema nervoso, como é o caso da Atrofia Muscular Espinhal, AME, e a Distrofia Muscular de Duchenne. Também temos grandes índices de outras doenças como Hemofilia, Acidúria Glutárica, Fibrose Cística e Fenilcetonúria.


 

Mendelics - primeiro e maior laboratório brasileiro especializado no Sequenciamento de Nova Geração (NGS).


Ginecomastia – Cirurgia redutora de mama masculina devolve a autoestima do homem

Especialista revela que o procedimento está entre os três mais procurados


A ginecomastia é uma condição que provoca o crescimento anormal da mama no homem, e embora ela cause bastante desconforto e prejudique a autoestima masculina, ela tem solução. De maneira geral, essa condição não apresenta complicações médicas, no entanto, pode alterar a parte psicológica e a autoestima. A boa notícia é que, independente da idade ou fase da vida em que a pessoa se encontre, o problema pode ser corrigido.

“A ginecomastia em sua grande parte é causada por desequilíbrio hormonal, provocando o aumento do tecido mamário masculino. As causas podem ser a puberdade, envelhecimento, medicamentos e condições de saúde que afetam os hormônios”, esclarece o cirurgião plástico especialista na anatomia masculina e um dos sócios da Clínica 40K, Dr. Gustavo Ribeiro Mauro.

As cirurgias para correção de ginecomastia estão entre os três procedimentos mais procurados na Clínica 40K, em Curitiba, a pioneira no País a atender exclusivamente homens para a realização de procedimentos estéticos. De acordo com o Dr. Gustavo Mauro, o procedimento tem grande procura entre o público com faixa etária de 25 a 50 anos.

Os sintomas da ginecomastia, além de ser o perceptível aumento das mamas, incluem a sensibilidade do tecido mamário, e o diagnóstico geralmente é feito durante a consulta com o especialista.

“Como o aumento mamário é visível, o diagnóstico se dá por meio da palpação e os relatos do paciente, no entanto, para a complementação e fechamento do quadro, solicitamos um exame de ultrassom”, destaca o cirurgião plástico da Clínica 40K.


Homens de fases

A ginecomastia pode ser identificada em diferentes fases da vida do homem, podendo aparecer em várias faixas etárias. “Muitas vezes, a ginecomastia evolui com a puberdade, por volta dos 13 a 15 anos. Já os homens mais adultos podem apresentar essa condição devido ao uso de esteroides, e o idoso por conta do envelhecimento e do ganho de peso, mas é importante que todas as pessoas passem por uma consulta médica para avaliar a causa e o grau da ginecomastia, porque ela não pode ser generalizada”, explica Gustavo Mauro.

Mas, de acordo com o especialista, o problema tem solução e geralmente é necessária a intervenção cirúrgica. “O tratamento varia de acordo com o grau da ginecomastia e também a flacidez da pele. Muitas vezes, alguns tratamentos são associados em busca do melhor resultado, como por exemplo, a lipoaspiração da área afetada, mamoplastia redutora, retirada da glândula e também remoção do excesso de pele”, detalha o cirurgião.


Cuidados com o pós-operatório

Como qualquer procedimento cirúrgico, a ginecomastia também requer cuidados no pós-operatório. Embora seja não seja considerada uma cirurgia de alto risco, atividades físicas devem ser evitadas nos primeiros 30 dias, além disso, é muito importante que o paciente faça uso das cintas compressivas na região operada, que poderá apresentar inchaços e edemas, comuns a procedimentos deste tipo, podendo ser necessário o uso de drenos por um curto período, conforme recomendação médica.

“Como qualquer procedimento cirúrgico, o repouso é fundamental para a recuperação, pois o resultado final depende muito da cooperação e da conduta do paciente. Os medicamentos prescritos devem ser administrados rigorosamente no horário, além de evitar exposição ao Sol e cuidar com a alimentação. Drenagens também são muito indicadas. Via de regra, o crescimento das mamas não volta após o procedimento, mas depende muito dos hábitos de vida do paciente, como por exemplo, o ganho de peso e o uso de esteroides. Se a pessoa não cessar o estímulo, o problema tende a persistir”, conclui o especialista.

 


Clínica 40K

Rua Portugal, nº 82 – São Francisco — Curitiba PR

www.clinica40k.com.br

Telefone 41-9 9910-1140. 

Lentidão ao caminhar prediz risco de incapacidade funcional em idosos, aponta estudo

Constatação foi feita por pesquisadores da UFSCar e do Reino Unido com base em dados de mais de 3 mil indivíduos acima de 60 anos. Resultados foram publicados no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle (foto: Pixabay)

 

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da University College London (Reino Unido) descobriram uma maneira eficiente, simples e barata de predizer o risco de perda da capacidade funcional em idosos. A partir da análise de um banco de dados com mais de 3 mil idosos britânicos, eles identificaram que a lentidão da marcha pode ser considerada, isoladamente, um indicador de risco aumentado para a perda da capacidade de realizar atividades cotidianas – desde as mais básicas, como levantar da cama, tomar banho e trocar de roupa, até as chamadas atividades instrumentais, que incluem fazer compras, administrar o próprio dinheiro, ir ao banco e usar transporte público, por exemplo. 

“Nosso estudo mostrou que medir apenas a velocidade da caminhada já é suficiente para ter um preditor eficiente de perda de capacidade funcional em idosos. Os dados da nossa pesquisa mostram que a lentidão da marcha precede em alguns anos essa perda. É uma constatação importante, pois ela facilita o monitoramento do problema. Além disso, a descoberta possibilita que, além de fisioterapeutas, médicos e gerontólogos, qualquer profissional de saúde possa detectar o risco”, diz Tiago da Silva Alexandre, professor do Departamento de Gerontologia da UFSCar e orientador da pesquisa. 

Publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, o estudo analisou dados sobre as condições físicas e a velocidade da marcha de mais de 3 mil indivíduos com mais de 60 anos. Os participantes integram o English Longitudinal Study of Aging (ELSA), estudo longitudinal que acompanha a saúde e o bem-estar de adultos mais velhos da comunidade inglesa. A pesquisa foi apoiada pela FAPESP. 

 

Fragilidade

Geralmente, a perda da capacidade de executar atividades básicas e instrumentais pode ser simultânea ou anteceder a chamada síndrome da fragilidade – condição que acomete grande parte da população idosa e pode trazer incapacidade para a realização das atividades cotidianas, aumentando o risco de queda, hospitalização e morte.

Para diagnosticar o problema, profissionais de saúde costumam realizar uma série de avaliações para medir diferentes parâmetros, como a velocidade da caminhada, a força da mão (preensão palmar), o nível de atividade física, a exaustão e a perda de peso nos últimos seis meses.

“A fragilidade é um fator de risco para incapacidade, mas não é sinônimo. Utilizamos cinco elementos para medir a síndrome. Se a pessoa tem um ou dois desses elementos, ela é pré-frágil. Se tem três ou mais, é frágil. O problema dessa avaliação é que ela é mais complexa, precisa de um equipamento e de questionários. Não é em todo lugar que se consegue fazer”, explica o pesquisador.

No estudo, os pesquisadores compararam a fragilidade como um todo com cada um dos cinco componentes, a fim de verificar qual deles discriminaria melhor o processo de incapacidade. E concluíram que a lentidão da marcha, sozinha, foi o melhor componente para indicar o risco de incapacidade em atividades do dia a dia em ambos os sexos, em vez de se avaliar a fragilidade como um todo.

“É um indicador precoce. Vale ressaltar que, com essa descoberta, é possível detectar o problema com mais facilidade. O profissional de saúde pode investigar com mais antecedência o que está causando essa lentidão”, comenta Dayane Capra de Oliveira, autora do estudo.

Alexandre ressalta que, quanto mais rápido for identificado o problema, mais recursos e abordagens se tem para tratá-lo. “Fica muito difícil agir quando o indivíduo já está com dificuldade de fazer várias atividades diárias. Existem alternativas, mas o resultado não é o mesmo de quando identificado precocemente. Por isso é tão importante termos uma maneira mais simples, segura e barata de prever riscos de perda funcional”, afirma.

De acordo com a pesquisa, as mulheres que se tornaram pré-frágeis apresentaram mais incapacidade para as atividades diárias. Isso não aconteceu com os homens. Por outro lado, tanto homens como mulheres que se tornaram frágeis (condição mais grave) também se tornaram mais dependentes para as atividades do dia a dia com o passar dos anos.

Isso pode ter acontecido porque, nos homens, problemas como acidente vascular cerebral, câncer e doença pulmonar, somados a hábitos comportamentais pouco saudáveis, como fumo, álcool e trabalho pesado, podem influenciar na fragilização e incapacidade com uma evolução mais rápida para a morte. Diferentemente das mulheres, que convivem por mais tempo com doenças incapacitantes, como artrose, depressão e hipertensão.

Segundo o pesquisador, estudos anteriores já vinham demonstrando diferença nesse processo entre homens e mulheres com mais de 60 anos.

“Nessa perspectiva, nosso trabalho também sugere que homens passam por um processo muito curto de incapacidade por conta da carga de doenças mais graves que podem evoluir mais rapidamente para o óbito. Enquanto as mulheres passam por um processo mais longo de fragilidade e incapacidade”, diz Alexandre.

Para Capra, o estudo revela um importante atalho para a identificação do risco de incapacidade para realização das atividades do dia a dia em idosos. “Com isso é possível implementar intervenções rápidas, antes que o problema se instale”, afirma.

O artigo Is slowness a better discriminator of disability than frailty in older adults? pode ser lido em: onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/jcsm.12810.

 

 

Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/lentidao-ao-caminhar-prediz-risco-de-incapacidade-funcional-em-idosos-aponta-estudo/37887/


Sintomas comuns dificultam o diagnóstico precoce do câncer infantil

Mais de 57% das crianças chegam ao Pequeno Príncipe com a doença em estágio mais avançado 

 

O câncer infantil é a principal causa de morte entre o público infantil no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Com o diagnóstico precoce, as chances de cura podem chegar até 80%, mas a maioria das famílias descobre a doença em um estágio mais avançado. Um estudo feito pelo Hospital Pequeno Príncipe, que englobou dados de pacientes atendidos entre os anos de 1998 e 2017, mostrou que 57,6% deram entrada com câncer em nível já avançado. Apenas 8,8% chegaram com o primeiro estágio da doença, e 33,5%, com o segundo.

 

Por isso, neste Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância, lembrado em 15 de fevereiro, a instituição faz um alerta para os pais e toda a sociedade para sintomas do câncer que podem ser confundidos com doenças comuns da infância e que podem dificultar o diagnóstico precoce. Esse é o caso do Luis Henrique Neitzke, de apenas 1 ano. “No final do ano passado, ele começou a apresentar manchas pelo corpo, mas tinham momentos que as manchas sumiam e depois voltavam. Alguns dias depois, ele também apresentou febre alta e começou a perder peso mesmo comendo.” Foram esses sinais que deixaram Valdirene Neitzke – mãe do menino – alerta e a fizeram procurar um médico.

 

Em um primeiro momento, na cidade onde mora, Rio Negro (PR), Luis Henrique foi medicado para tratar uma infecção de garganta, mas a febre persistiu. Depois de passar por três profissionais diferentes e realizar vários exames, o bebê foi encaminhado até o Pequeno Príncipe e, então, recebeu o diagnóstico de leucemia, que é o tipo mais comum de câncer em crianças.

 

A oncologista Ana Paula Kuczynski Pedro Bom, do Hospital Pequeno Príncipe, explica que, pelo fato de as crianças serem muito ativas, os sinais que elas apresentam podem passar despercebidos. “Um exemplo de sintoma que pode ser confundido é a febre, pois ela é bastante comum nas viroses, mas também muito comum em vários tipos de câncer, assim como queixas de dores. As dores nas pernas, por exemplo, acabam sendo comuns em crianças, já que elas são muito ativas, correm, pulam, e que os pais ou mesmo o médico que atende a criança pode relacionar essa dor a uma queda ou algum trauma”, destaca.

 

Além da febre persistente e queixas de dores, os pais também devem ficar atentos a distúrbios visuais e reflexos nos olhos; palidez inexplicada; fraqueza constante; aumento progressivo dos gânglios linfáticos; manchas roxas e caroços pelo corpo, não relacionados a traumas; dores de cabeça, acompanhadas de vômitos; perda de peso, com aumento/inchaço na barriga; e suores constantes e prolongados. A oncologista reforça que não é possível evitar o aparecimento da doença, mas é importante que as crianças tenham uma rotina saudável, recebam o leite materno até os 2 anos, pratiquem exercícios físicos e façam consultas regulares ao pediatra ou médico de confiança.

 

Os cânceres infantis são considerados mais agressivos e se desenvolvem rapidamente, porém as crianças e os adolescentes respondem melhor ao tratamento. “Quanto mais precoce for a descoberta do câncer na criança, maiores são as chances de cura. Esse diagnóstico também é extremamente importante em relação ao tratamento, pois aquelas crianças que vêm com um estágio mais avançado serão submetidas a um protocolo muito mais agressivo e com maiores efeitos colaterais”, conclui a especialista.


 

Referência no tratamento de câncer infantil


O grande diferencial do Serviço de Oncologia do Pequeno Príncipe está na sua estrutura de suporte. Como o Hospital oferece atendimento em 32 especialidades médicas, a equipe de oncopediatras conta com especialistas das mais diferentes áreas, 24 horas por dia, para compor o grupo de atenção aos pacientes. Somam-se às equipes médicas os profissionais de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, psicólogos e assistentes sociais. A estrutura física da instituição também favorece o tratamento. O Hospital tem 68 leitos de UTI, um centro cirúrgico com salas que funcionam todos os dias da semana e equipamentos de última geração para realização de exames. O Serviço de Oncologia dispõe de uma área exclusiva para internamento, e para aqueles pacientes que precisam receber medicação, mas não há necessidade de ficarem internados, há uma área que funciona no conceito de hospital-dia. Nesse espaço, além das consultas, são realizadas as sessões de quimioterapia.

 

A instituição também disponibiliza uma cartilha para famílias que estão enfrentando a doença. O download gratuito pode ser feito pelo link:

http://pequenoprincipe.org.br/projetosabermais/manual/apj_fab_onco_01.pdf


Tratamento neuromodulatório traz qualidade de vida a pacientes com epilepsia refratária

Terapia VNS promove a reeducação do funcionamento do cérebro, atuando na melhora do desenvolvimento cognitivo e do padrão emocional do paciente

 

Mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com a epilepsia, uma doença neurológica cujo impacto vai muito além da sua saúde física. Trata-se de uma condição caracterizada por alterações recorrentes da função cerebral, chamadas convulsões ou crises convulsivas, que podem durar alguns segundos ou até minutos.

Segundo o neurocirurgião da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Sandro Natali, cerca de 30% a 40% dos pacientes não respondem aos medicamentos e tratamentos convencionais, comprometendo diversos aspectos da vida.

“Nesses casos, chamados de epilepsia refratária, a quantidade de episódios convulsivos pode variar, chegando a ocorrer diversas vezes num mesmo dia para algumas pessoas. E isso provoca um impacto devastador na qualidade de vida do paciente”, destaca.

O médico explica que a epilepsia refratária causa um grande efeito na vida do paciente, interferindo em uma rotina comum, como o trabalho ou a escola. Além disso, a doença carrega um estigma muito forte, o que tende a prejudicar suas relações sociais, gerando disfunções psicológicas.

“Além do comprometimento cognitivo e outros problemas decorrentes da doença, o medo e a vergonha de sofrer convulsões em público levam crianças e adultos ao isolamento, o que contribui para o surgimento de outros distúrbios, como a depressão e a ansiedade, por exemplo”, alerta.

Nesses casos, o acompanhamento multidisciplinar é fundamental e o tratamento dependerá da avaliação individual do paciente.

“A epilepsia tem diversas causas possíveis e pode atuar de maneiras distintas em cada pessoa. Por isso, aqui no Hospital São Camilo, nós criamos um Centro de Referência no tratamento de epilepsias refratárias, reunindo serviços de neurologia, neurocirurgia, neuropsicologia e nutrição, além do acesso às especialidades relacionadas a cada caso em particular sempre que necessário”, frisa o especialista.



Como funciona a Terapia VNS

Em situações que o paciente não responde bem à melhor terapia medicamentosa ou à cirurgia, Dr. Sandro destaca que a indicação está no tratamento neuromodulatório, feito por meio da terapia VNS (Vagus Nerve Stimulation, ou em português Estimulação do Nervo Vago), um artefato que gera impulsos elétricos programáveis.

“O dispositivo é implantado em um procedimento simples e rápido sob a pele na área do peito, com fios que se conectam ao nervo vago no pescoço. A partir daí, ele envia uma corrente por este nervo para o cérebro, podendo reduzir o número de convulsões ou diminuir a gravidade de uma convulsão”, explica o médico.

Essa foi a experiência vivida pela paciente Lara, de 11 anos, que nasceu com um problema grave que a levava ter diversas convulsões diariamente. Seus pais, Michelle e Denilson, contam que, antes de colocar o implante, as dificuldades eram diárias. “Ela sofria muitas crises, o que a tornava uma criança muito magrinha e com o desenvolvimento intelectual bem defasado.”

O procedimento foi realizado no Hospital São Camilo de São Paulo em agosto deste ano e, de lá para cá, foram muitas as melhorias na saúde e, principalmente, na qualidade de vida de Lara.

“No começo fiquei bem apreensiva quanto ao resultado, uma vez que ela fez vários tratamentos medicamentosos, incluindo cinco cirurgias sem grandes resultados, pois o tipo de epilepsia dela é de difícil controle”, detalha Michele, destacando o cuidado e a atenção recebidos pela equipe de especialistas durante todo o tratamento.

Dr. Sandro conta que, em geral, se espera que o ápice da melhora no paciente se dê entre o 3º e 5º ano após o implante, mas o caso de Lara mostrou uma evolução positiva precoce. “Em poucos meses, ela já apresenta uma evolução notável, com uma resposta ao implante melhor do que a média”, comemora.

Ele explica que o VNS funciona como um reeducador do funcionamento do cérebro. “Quando o paciente diminui a quantidade de convulsões, o cérebro consegue voltar a se desenvolver, o que é muito impactante, sobretudo para crianças, que são mais suscetíveis às alterações funcionais provocadas pela epilepsia.”

Essa é uma das principais vantagens do implante, que atua para melhorar o padrão plástico, como protetor das células nervosas e, consequentemente, no desenvolvimento cognitivo e do padrão emocional. “O paciente vivencia uma mudança de vida, através da qual ele terá condições de ter maior autonomia e, efetivamente, viver melhor”, ressalta o médico.

Os pais de Lara revelam que as crises, antes diárias, ficaram muito mais esporádicas. “Tem semana que nem acontece”, vibra a mãe. E finaliza: “Hoje, eu posso dizer que fico muito mais tranquila com o futuro dela, pois sei que vai evoluir cada vez mais”.



SERVIÇO:

Centro de Referência em Epilepsia Refratária da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

Agendamento de consultas e exames: (11) 3172-6800 / https://www.hospitalsaocamilosp.org.br/




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Episiotomia acelera o parto?


Não são poucas as grávidas que já foram submetidas a uma episiotomia — um procedimento no qual a equipe médica realiza um corte na região do períneo, na fase final do parto normal. A função do corte seria criar mais espaço e facilitar na fase chamada de 'expulsivo', ou seja, quando o bebê está prestes a nascer. 

Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra, afirma que a realização de episiotomia sem o total consentimento da mulher implica em violência obstétrica. "O ideal seria que os médicos trabalhassem de acordo com as evidências científicas mais recentes e evitassem o corte. Ao longo dos anos, essa é uma prática que tende a desaparecer", afirma. 

Os ginecologistas afirmam que não existem evidências científicas que indiquem a episiotomia como solução para uma complicação de parto. No entanto, o Ministério da Saúde e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia seguem considerando como uma opção, que deve ser usada com restrições, para os médicos. 

Caso a mulher não deseje a realização do procedimento, pode estabelecer isso no plano de parto feito previamente ou negar ao médico no momento em que sua realização for proposta.


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