Não são poucas as grávidas que já foram submetidas a uma episiotomia — um procedimento no qual a equipe médica realiza um corte na região do períneo, na fase final do parto normal. A função do corte seria criar mais espaço e facilitar na fase chamada de 'expulsivo', ou seja, quando o bebê está prestes a nascer.
Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra, afirma que a realização de episiotomia sem o total consentimento da mulher implica em violência obstétrica. "O ideal seria que os médicos trabalhassem de acordo com as evidências científicas mais recentes e evitassem o corte. Ao longo dos anos, essa é uma prática que tende a desaparecer", afirma.
Os ginecologistas afirmam que não existem evidências científicas que indiquem a episiotomia como solução para uma complicação de parto. No entanto, o Ministério da Saúde e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia seguem considerando como uma opção, que deve ser usada com restrições, para os médicos.
Caso
a mulher não deseje a realização do procedimento, pode estabelecer isso no
plano de parto feito previamente ou negar ao médico no momento em que sua
realização for proposta.
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