Especialista alerta sobre a importância da triagem neonatal na detecção precoce de doenças raras
Apesar
de raras, essas doenças incomuns atingem cerca de 1 em cada 20 crianças em todo
o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui cerca de 13 milhões de
pessoas com doenças raras, sendo 75% crianças de 0 a 5 anos. No mundo, segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), essas doenças acometem cerca de 8% da
população. Estudos demonstram que 80% dos casos têm origem genética.
São
dados bastante relevantes e que preocupam a população, mas é importante ter em
mente que o diagnóstico precoce pode salvar vidas e proporcionar qualidade de
vida para estes pacientes. Hoje, os pais têm maior facilidade de acesso a
exames genéticos e também à internet para buscarem mais informações sobre o
assunto. Além do Teste do Pezinho, oferecido pelo SUS que comumente detecta 6
doenças raras, outras opções estão ao alcance da população como o Teste do Pezinho
Ampliado, que detecta cerca de 50 doenças raras, e o Teste da Bochechinha,
teste genético oferecido pela Mendelics, que detecta mais de 340 dessas
condições. A detecção precoce de doenças raras pode mudar o destino de uma
criança, de sua família e, consequentemente, da sociedade na qual ela está
inserida.
David
Schlesinger, médico geneticista e CEO da Mendelics, laboratório brasileiro
especializado em diagnóstico por Sequenciamento de Nova Geração (NGS), sendo a
primeira e maior empresa de genômica da América Latina e o maior
provedor de diagnóstico genético para a indústria farmacêutica, esclarece as
principais dúvidas sobre o assunto. Confira:
Quando uma doença é considerada rara?
R: No Brasil, uma doença é considerada
rara quando atinge até 65 pessoas a cada 100 mil habitantes, o que corresponde
a cerca de até 1 pessoa a cada 1,5 mil habitantes.
Quantas doenças raras existem?
R: Atualmente, já foram documentadas
entre 6 e 10 mil doenças raras. Destas, 80% são genéticas.
Quantas pessoas são afetadas no mundo?
E no Brasil?
R: No mundo, é estimado que existam
entre 260 e 450 milhões de pessoas afetadas. Destes, 13 milhões são
brasileiros.
Quando essas doenças costumam se
manifestar?
R: Cerca de 83% das doenças raras
existentes atualmente se manifestam ainda na infância. Porém, os pacientes
levam em média de 2 a 4 anos para chegar ao diagnóstico correto. Para algumas
doenças esse tempo em busca de um diagnóstico pode chegar a 10 anos. Por isso,
a importância da realização do teste logo nos primeiros meses de vida: dentre
as doenças que se manifestam na infância, 28% são neonatais ou congênitas.
Quais são os tipos mais comuns de
doenças raras?
R: 70% das doenças raras são
neurológicas. Considerando somente as doenças raras de manifestação na
infância, quase 90% delas afetam o desenvolvimento do sistema nervoso, como é o
caso da Atrofia Muscular Espinhal, AME, e a Distrofia Muscular de Duchenne.
Também temos grandes índices de outras doenças como Hemofilia, Acidúria
Glutárica, Fibrose Cística e Fenilcetonúria.
Mendelics
- primeiro e maior laboratório brasileiro especializado no Sequenciamento de
Nova Geração (NGS).
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