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domingo, 12 de setembro de 2021

Quiz

Mentora de Carreira & Liderança, Gisele Miranda, desenvolve conceito para descobrir se as mulheres tem se autossabotado, sem perceber
Crédito: Divulgação


Você se autossabota? Faça o teste e descubra

 

Autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você",
Gisele Miranda
criou o conceito "líder de torcida x juíza" para auxiliar as mulheres descobrirem se estão caindo na armadilha da autossabotagem

 

Nos dias de hoje, muitas mulheres têm dificuldades para lidar com suas habilidades e com os papéis que precisam desempenhar. Em meio à rotina corrida e às múltiplas tarefas a cumprir, nem sempre é fácil manter a motivação em alta. É como se existissem duas "vozes" na cabeça: a sábia - uma espécie de "líder de torcida" que atua a favor do desenvolvimento e da busca pela felicidade, e a "juíza" - sempre pronta para condenar e jogar a auto-estima lá para baixo.

Esse conceito de líder de torcida x juíza foi criado pela mentora de Carreira & Liderança e executiva de RH Gisele Miranda e apresentado em seu recém-lançado livro, "A coragem de se apaixonar por você". A autora também é palestrante e atua há 25 anos no auxílio às mulheres para despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história.

"Muitas mulheres duvidam da própria capacidade e perdem boas oportunidades profissionais ou pessoais por medo de falhar, de não dar conta, de não serem boas o suficiente, e por cobrarem demais de si mesmas. É muito importante identificar esses gatilhos para poder revertê-los", comenta Gisele.

E você, qual das duas "vozes" escuta mais? Será que você se autossabota, sem perceber? Para ajudar a identificar a atitude de auto-boicote, a especialista criou um quiz para que você saiba se está (ou não) sendo vítima dessa armadilha:

1- Surgiu uma oportunidade de promoção na empresa, que exigirá que você se realoque no exterior, mas é necessário dominar o Inglês, e faz tempo que você não pratica. É um cargo que te interessa bastante, com salário alto e benefícios, e poderia levar a família, com ajuda de custo para mudança e moradia. O que você diz a você mesma sobre essa chance profissional?



a) Vou me empenhar ao máximo nas próximas semanas para descobrir tudo sobre essa posição, investir em um curso intensivo de Inglês e preparar uma apresentação super caprichada para a chefia, pontuando por que a empresa deve me escolher para o cargo. Será impossível eles me dizerem "não"!

b) Vou estudar Inglês e estarei pronta para aceitar a posição, caso seja considerada pelos líderes. Mas, se não der certo, estou satisfeita onde estou.

c) Não vou me candidatar para esse cargo, meu Inglês não é bom o suficiente e jamais estarei à altura das exigências em um período tão curto.



2- Você irá receber alguns amigos para jantar e, embora não seja muito hábil na cozinha, resolveu preparar um prato para a ocasião especial. Infelizmente, acabou se atrapalhando na execução e a receita não saiu exatamente como desejava. O que você faz nessa situação?

a) Serve o prato assim mesmo, ninguém vai notar nada, afinal, a companhia é o que importa. E haverá um bom vinho para acompanhar, então, todos estarão felizes!

b) Na hora de trazer o prato, avisa que não saiu 100% como gostaria, mas que, ainda assim, está saboroso. E que sejam tolerantes com quem tem pouca prática na cozinha.

c) Cancela o jantar na última hora, por não querer passar vexame com as visitas.



3- Você recebeu um convite para apresentar uma palestra sobre um tema que domina para uma audiência bastante seleta e que pode gerar networking. No entanto, você sempre teve dificuldade para falar em público e a plateia terá 200 pessoas. Como você reage?

a) Aceita o convite sem titubear, afinal, é uma oportunidade imperdível. Reserva tempo para ler bastante sobre os pontos que irá falar e elabora uma apresentação didática para não se perder na hora, além de contratar um coach para se preparar.

b) Mesmo receosa, decide aceitar, pois é um evento que pode gerar bons frutos. Prepara-se da melhor forma possível, mas procura ter em mente que pode haver falhas na hora e terá que contornar, por isso, precisará ter jogo de cintura.

c) Declina o convite para evitar se expor e correr risco de prejudicar sua imagem.



4- Uma amiga convida você para participar de uma aula de patinação. Você sempre teve medo de patinar, mas ao mesmo tempo, muita vontade. O local oferece todos os equipamentos de proteção e um instrutor individual. O que você responde?

a) Você topa na hora, será super divertido e não tem nenhuma chance de nada dar errado.

b) Embora tenha medo, decide arriscar e tentar aprender esse esporte que sempre teve vontade. Mas vai de "cabeça aberta" sabendo que não será fácil.

c) Prefere ficar em casa, não quer se machucar e não tem mais idade para isso.



5- O presidente da empresa em que trabalha chama apenas 4 diretores para um café da manhã, para sentir as necessidades de cada área e ouvir ideias. Os outros 3 diretores são homens, então, você já imagina que não será tão fácil assim ser ouvida por ser a única mulher no encontro. Como você age?

a) Decide ir logo de cara, sem pensar muito como será. Não dá para recusar um convite do presidente da empresa, seja lá para o que for.

b) Reflete que precisa conquistar seu espaço na hora para conseguir falar e apresentar suas ideias, mas não será uma "missão impossível".

c) Já fala na hora ao presidente que não se sente confortável em comparecer por ser um grupo de homens, e pede para tomar café com ele em outra data.


6- Uma vizinha a convida para um encontro com outras mães do seu condomínio, para troca de ideias sobre educação dos filhos e outros temas. Mas uma moradora com quem você não se dá bem e já se desentendeu no passado estará presente. O que você decide?

a) Com certeza você comparece, afinal, haverá várias outras pessoas para conversar e não será difícil evitá-la durante o evento.

b) Fica na dúvida se é uma boa ideia ou não ir, mas acaba comparecendo porque quer fazer mais amizades no prédio.

c) Nem pensa em sair do apartamento, prefere evitar qualquer tipo de saia justa com a outra moradora e "clima ruim" no encontro.



7- Você tem muita vontade de escrever um livro sobre temas ligados à sua área profissional e que certamente abrirá outras oportunidades e frentes de atuação em sua carreira. Mas seu tempo anda curto e tem receio se conseguirá dedicar-se o suficiente à escrita. Qual a sua decisão?

a) Analisa sua rotina atual, e verifica em quais dias e horários poderia reservar um tempo para trabalhar no livro. Se necessário, contrata uma assistente para te ajudar a organizar a rotina ou alguém para ser seu ghost writer

b) Reserva alguns dias para avaliar se de fato consegue se dedicar a esse projeto agora. Caso conclua que não é viável no momento, retoma a ideia em 6 meses.

c) Desiste desse sonho logo de cara, seria impossível encaixar mais essa tarefa na sua rotina corrida.



Confira, abaixo, qual perfil você se identifica:

Em "A coragem de se apaixonar por você", a autora destaca que as mulheres precisam se conectar a sua verdadeira essência

Crédito: Divulgação


Resultado

Mais Respostas A - Líder de Torcida

Com você, não tem "tempo ruim"! Você não "corre" de nenhuma oportunidade, e está sempre aberta a experimentar e aprender coisas novas. Isso é muito bom, cuidado apenas para não se deixar levar pelo "entusiasmo" e cair em algumas situações indesejadas. Mas continue assim, aproveitando as oportunidades.



Mais Respostas B - Nem Juíza, nem Líder de Torcida

Você costuma refletir sobre os prós e contras quando aparece algo inusitado ou com o qual não tem familiaridade. Isso é bom, pois evita que aceite convites sem pensar e depois se arrependa. Só não reflita demais, pensar demais também pode atrapalhar. Mas, na maioria das vezes, seu jeito ponderado ajuda a "filtrar" o que compensa e o que não compensa.



Mais Respostas C - Juíza

A necessidade excessiva de controle e o medo de errar faz com que você diga "não" a muitas chances, e isso pode prejudicar seu desenvolvimento, tanto na vida profissional quanto na pessoal. Procure considerar os convites antes de recusar logo de cara, e ser mais flexível. Isso irá te ajudar a ter novas experiências e viver de forma mais leve e espontânea.



Gisele Miranda - Mentora de Carreira & Liderança, autora e palestrante, Gisele Miranda atua há 25 anos auxiliando mulheres a despertarem 100% de seu potencial na carreira e na vida pessoal, tornando-se protagonistas de sua própria história. Com formação em Psicologia Positiva, Neurolinguística e Neurociências, tem como principal missão fomentar e empoderar as lideranças femininas nas organizações, guiando mulheres e empresas rumo ao sucesso. É autora do recém-lançado livro "A Coragem de se apaixonar por você" (Editora Gente)


O ROSTO ESPANTADO, OS OLHOS CHORADOS: CLAUDIQUEI


Há pouco tempo, mal conseguindo andar eretos, estávamos nos dispersando pelas savanas africanas, evoluindo para além dos limites das nossas condições naturais (Darwin). De repente deparamo-nos com a circunscrição da cultura, nascida de nós, condição da vida humana em comum (Freud).


Aí estamos: um “animal político” (Aristóteles). Feitos do acaso, lançados no mundo, sendo enquanto somos (Heidegger). Pensamo-nos “a medida de todas as coisas” (Protágoras), o que interpreto (há controvérsias) como a capacidade humana de valorar e significar tudo, produzindo a realidade.


Nessa condição de acaso, produzindo juízos grandiosos de nós por nós mesmos, num mundo que nos abriga e nos aprisiona, não entendemos nossa insignificância diante do Universo (Malraux). Esse “pobre ator que se pavoneia não percebe que a vida é uma sombra que caminha” (Shakespeare).


Camus disse que se filosofássemos para valer consideraríamos o suicídio, o que é desesperador. Mas o humano resiste: no Vale de Baca, lugar da impossibilidade humana, não obstante as lamentações, os peregrinos cavam fontes e resolvem sua romaria (Bíblia), o que é esperançoso.


Entre sermos insignificantes e a medida de todas as coisas, temos algum valor? Bem, se conceituarmos, teremos o conceito que nos dermos: se grande, grande; se pequeno, pequeno. “A grandeza da humanidade consiste na sua decisão de ser mais forte que a condição humana” (Camus).


Que é ser mais forte do que a condição humana? De comum, mede-se a grandeza de um\a humano\a por sua fama, sua marca no mundo, sua inteligência, sua arte, seu poder, Haveria outras credenciais? A habilitação costumeira é mesmo a relação de alguém com o poder.


Na Tradição Ocidental o senso comum refere Jesus Cristo como exemplo sobrelevado. Discrepo. O cristianismo, Cristo de carona, foi imposto de cima para baixo pelo Império Romano, pelo Império Carolíngio, pela Igreja Católica. Referido como paz, é produto de sistemática violência.


Se a grandeza humana deve ser aferida por relações de poder, eu tenho que a referência é Nelson Mandela. Também Mandela estabeleceu-se na História em decorrência de relações de poder. No seu caso, porém, tudo veio de baixo para cima. Mandela venceu o poder, não foi produzido por ele.


Mas, pensando em mim mesmo, desejo refletir sobre gente comum. Estava meditando se há grandeza fora dos atos extraordinários. Então me veio a ocasião em que o cotidiano me surpreendeu com um diálogo escatológico, desses que diminuem a humanidade da humanidade.


Mulher: Fulano, vem cá. Homem: Que é? Mulher: Vem cá, seu porco. Olha, tudo mijado. Homem: E fui eu? Mulher: Fede a cerveja, seu porco. Homem: Vai à merda. Mulher: Seu porco. Homem: Mijei e mijo. Na minha casa, mijo e cago onde eu quiser. Mulher: Seu mijão, seu cagão, seu porco.


O mais não sei; não escutei. Mas estou informado de que a mulher, depois dessa, se foi para não voltar. O homem, acanhado, vive acompanhado de sua cerveja. Conversas expositivas de uma vida conjugal desgastada são vexatórias e nos deixam no piso da estética existencial.


Na sequência dessa baixeza, afortunadamente, me veio a beleza do que em seguida me sucedeu. Eu me deslocava de automóvel e atendi uma senhora que, acompanhada de uma adolescente, pediu carona. Ela entendeu de alojar a menina no banco da frente, pondo-se no de trás.


Havia música, Albinoni, Adágio. A menina escutou curiosa, a expressão admirada. Chorou aos prantos. Então me olhou. Que fazer? Claro, pensei com os meus critérios: eis a grandeza da humanidade. Mas... E agora? Para o bem e para o mal, ela sabe da música. Como lidará com isso?


A mim, ficou-me uma alegria e algo nostálgico. A alegria é do apreciar o efeito que a música lhe fez. A nostalgia é por haver tomado o episódio para me elevar o dia mal-inaugurado com a discussão coprológica, sem atentar o suficiente para o recado que me era dado pelo espanto e pelo choro.


Depois que chegamos, depois que saltaram, só depois assuntei: a menina e a música se encontraram. O rosto espantado, os olhos chorados importavam. Importam. São do melhor da humanidade. Eu devia ter feito algo. Cuidei da admiração, não da admirada. Faltou grandeza. Claudiquei

 


Léo Rosa de Andrade -Psicanalista e Jornalista

Doutor em Direito pela UFSC.


Um outro olhar para a psicologia

Ainda como estudante, pude perceber que a construção teórica da psicologia — o estudo do comportamento humano, através de suas diferentes escolas de pensamento, se estruturava, conforme o pensamento científico do século XX, no paradigma cartesiano. Aprendi o ser humano modelado como uma máquina perfeita, tendo o sistema neuronal como engrenagem principal de onde surgiria a emoção — uma resposta química — e o sentimento como sendo a sua reação. Visão que consagra o materialismo e a primazia da razão.

Entretanto, vislumbrando a universalidade dos sentimentos, pois desde a pré-história  o ser humano sente com a mesma semelhança vibracional, entendi que o sentir ultrapassava os tempos, as épocas e as culturas.

Amor, ódio, fé e os mais de quinhentos sentimentos conhecidos são vivenciados como constantes universais humanas, variando conforme a época e a cultura em suas expressões, mas não nos seus conteúdos vibracionais.

Não é difícil compreender alguém de outra época ou cultura se nos fala que sentiu desprezo, paixão, etc. e isto porque somos capazes de sentir a vibração de cada sentimento de maneira equivalente. Natural, há que se considerar a experiência subjetiva, ao exemplo de se ouvir uma música. Mesmo a canção sendo a mesma, cada pessoa irá escutá-la conforme a sua experiência de vida.

Desta forma, comecei a estudar o sentir a partir da transdisciplinaridade. Além da psicologia, graduei-me em física, tendo como objetivo compartilhar outro olhar de mundo. Nesta trajetória, partindo da psicologia, psicanálise, física, biologia e artes, cheguei a um campo novo que nomeei de Ciência do Sentir.

Meus estudos então migraram para o paradigma vibracional, onde a natureza, inclusive, a natureza humana, se fez compreendida como um complexo vibracional uno, inteiro e indivisível, onde o ser humano é concebido como um complexo vibracional cuja experiência de si mesmo é o Sentir. Sentir que se expressa através dos sentimentos — carinho, mágoa, etc.; das sensações — frio, calor, etc.; e dos  pensamentos, que neste paradigma se apresenta como uma expressão do sentir, ou seja, aquela vibração que foi processada em pensamentos e que confirma que se acessamos ao que pensamos é porque podemos sentir os pensamentos.

Assim, mente e corpo são uno, representam imagens de um complexo que, em um universo hoje compreendido em dez dimensões de espaço e uma de tempo, tem a sua totalidade una reduzida pelo sistema perceptivo humano em três dimensões de espaço, o que resulta na capacidade simbólica e na ilusão de divisão e materialidade. 

Compreendidos por este olhar, os sentimentos são elevados ao lugar de atores principais nas cenas de nossas vidas, direcionando, dessa forma, a psicologia para o paradigma vibracional.

Não é difícil comprovar que o sentir, sendo uma complexidade, compõe o nosso Eu. Se estamos felizes torna-se mais fácil lidar com a vida, mesmo e apesar das dificuldades. Mas se estamos insatisfeitos torna-se mais difícil lidar com a vida, mesmo e apesar das facilidades.

A questão é que vivemos em uma cultura que desdenha os sentimentos, aponta como fraqueza demonstrar o que sente: o homem que é homem não chora e sentir vergonha nem se fala. Fez-se um mito de que o ser humano superior teria domínio integral de seus sentimentos, apresentando-se frio e calculista. E, nesse contexto, aprendemos a reprimir ou a tentar domar os sentimentos, quando de fato a riqueza e a evolução humana está na experiência dos sentimentos e em suas transformações.

Segundo a ciência do Sentir, os sentimentos são como diamantes que precisam ser lapidados para assim gerar riquezas internas, possibilitando as pessoas adquirirem recursos para gerenciar as suas relações, assim como a própria vida.

Neste paradigma emerge o Eu Sensível, aquele recorte do Eu que, conseguindo experienciar o sensível conscientemente, viabiliza o sabor do Eu, ou seja, o sentimento de Eu que cada pessoa possui de si mesma.

 


Beatriz Breves - psicóloga, psicanalista, bacharel e licenciada em Física. É presidente, membro efetivo e fundador da Sociedade da Ciência do Sentir (SoCiS) e autora de 8 livros sobre o tema, entre os quais o lançamento Entre o mistério e a ignorância – o desvendar da psiquê humana.


A aceleração da vida incentivando a “mania de controle de tudo”

Provocando o desequilíbrio emocional do ser humano

 

Não podemos negar que nossa vida está cada vez mais acelerada e que o avanço tecnológico provoca a necessidade intensa de conexão e de atualização de fatos em tempo real. Mas já parou para pensar se você está sofrendo por alimentar uma mania de controle? 

Por que desejamos controlar tudo? Na verdade, existe uma linha muito tênue em promover ou não uma justificativa para essa mania de controle. A grande questão é que a necessidade em ter o controle das situações nas mãos é um sentimento intrínseco de nossa espécie. Tudo o que é externo e nos foge ao controle, gera insegurança e medo e nos faz sentir vulneráveis.

 Essa sensação pode desencadear uma falsa ilusão de segurança, além de colaborar para que acreditemos que nossas ações e pensamentos são sempre superiores ao do outro, quando na verdade, nossa necessidade por controle só expõe as nossas próprias inseguranças e a falta de confiança que, inconscientemente, depositamos no outro e em nós. 

Não podemos dizer que essa mania é justificável, pois tudo o que causa dor e sofrimento perde sua capacidade de aceitação. Estudos comprovam que, a busca pelo controle pode refletir uma neurose por felicidade constante. Uma vez que, o ser humano tem a ilusão de que, quando o outro e todas as coisas estão dominadas ou sob o seu controle, não haverá possibilidades de riscos de resultados negativos. 

O grande problema é que não existem garantias de que a todo momento poderemos ter o controle total sobre o universo a nossa volta. Só podemos controlar nossas ações, não controlamos o tempo e nem os sentimentos e atitudes do outro. E é por isso que, por vezes, nos frustramos e experimentamos o sentimento de angústia. 

As pessoas que quererem ter o controle de todas as situações vivem um dilema interno, pois estão sempre frustradas por não terem suas expectativas atendidas. Podem, psiquicamente, apresentar distúrbios de alteração de humor, irritabilidade excessiva, estresse elevado e, até desenvolvem transtornos depressivos. 

Apresentam grande dificuldade para lidar com críticas e podem ser totalmente inflexíveis, por estarem sempre tentando interferir no livre-arbítrio do próximo. São indivíduos capazes de oprimir a identidade do outro, em função de sua característica dominadora, além de tentarem a todo custo centralizar tudo. Ou seja, por todo o exposto, quem possui este perfil e a mania de querer controlar tudo, acaba sofrendo muito porque está sempre em estado de tensão. Sempre desesperado para saber se tudo sairá conforme suas expectativas. E quando isso não acontece é invadido pelo amargo gosto da frustração e da decepção. 

As palavras de ordem aqui são: equilíbrio e controle emocional. O autoconhecimento te faz entender que, na realidade é impossível controlar tudo. Se faz necessário um melhor gerenciamento de seus sentimentos, pensamentos, emoções e ações. Desta maneira fica mais claro perceber o que está fora do seu alcance e assim, não correr o risco de empregar energia em algo que não irá trazer resultado. Saber separar, através de atitudes conscientes, o que eu posso controlar e o que não faz parte do meu autocontrole. 

O desapego a esta necessidade de controle é o que irá propiciar uma vida mais equilibrada, mais leve e sem pressões internas e, principalmente, sem o elemento culpa. Culpa porque quando o indivíduo percebe que algo deu errado e que perde o controle da situação, ele se enche de frustração e de culpa. Começa a povoar a mente com cobranças excessivas que aumentam ainda mais seu estresse e a sua ansiedade. 

Existem muitas situações, as quais tentamos controlar em vão, pois, tudo o que é externo a nós é incontrolável e imprevisível. Não controlamos, por exemplo, as palavras do outro, os sentimentos alheios, as decisões, ações e esforços das pessoas a nossa volta (sejam elas íntimas ou não). Nem o tempo é controlado por nós. No fundo, o que precisamos desapegar e abandonar, é o orgulho e o delírio que alimentamos de acreditar que tudo vai ser como queremos, como planejamos em nosso inconsciente. 

Aprender a não sofrer pela falta de controle, tolerando a sensação de incerteza que é intrínseca ao ser humano, sem dúvida, é um de nossos maiores desafios. Faz parte do curso natural da vida não conseguir conduzir ou controlar tudo. Não somos seres onipresentes, onipotentes ou oniscientes. É necessário que tenhamos e possamos aceitar nossa infinita necessidade de autoconhecimento e aperfeiçoamento pessoal que nos garanta ordenação da vida, de forma a crescermos com as oportunidades e adversidades apresentadas, à partir de um enfrentamento consciente. No entanto, o gerenciamento das emoções pode contribuir de maneira positiva na tarefa contínua de domínio dessa sensação de insegurança causada pela percepção de que não podemos controlar tudo. 

Algumas ações individuais garantem o equilíbrio de sua saúde mental e um maior controle emocional em busca de uma vida saudável, como por exemplo: Tentar não abraçar tudo para si; evitar centralizar tudo a ponto de se sufocar e aumentar sua ansiedade; aprender a delegar; não ser imprudente a ponto de se colocar acima dos desafios; ter humildade para reconhecer que não se sabe e não se pode tudo; não sucumbir à histeria e neurose coletiva de que é necessário ser perfeito e não se pode errar nunca; aceitar suas deficiências e fortalecer suas qualidades; aprender a exprimir novos significados para seus próprios resultados; permitir-se ousar e experimentar a sensação do descontrole ( por mais desconfortável que possa parecer). 

Sem medo de errar, se esses pontos forem observados e trabalhos, o indivíduo poderá aprender muito e se conhecer muito mais, entrando até em um processo adaptativo que promova gatilhos para que consiga se sentir mais feliz e menos vulnerável ás adversidades.

 Portanto, ao abrir mão do controle, relaxar e administrar apenas o que está ao seu alcance de ser administrado e controlado, o ser humano consegue ter mais domínio sobre si mesmo. Isso porque, instala-se um equilíbrio emocional, reflexo da ausência de tensão interna que, naturalmente, torna-o mais leve e menos pressionado. Fato é que, o primeiro passo deve ser dado: parar de pressionar a si mesmo. 

Em seguida, eliminar crenças enraizadas que valorizam os seus “tem que”, e os “devo”. Além de parar de se cobrar e de querer controlar com sua mente, tudo o que acontece ao redor. Perceba que sua responsabilidade é cuidar de si mesmo. Se sua cabeça anda mal, certamente, ficará difícil administrar sua casa, seus filhos ou seus negócios. Melhore seus pensamentos e emoções e se deixe um pouco mais à vontade, sem a rigidez que você mesmo se impõe. Permita-se. Seu corpo vai agradecer, sua saúde mental e sua vida podem se equilibrar e o resultado, acredite, será um maior controle emocional, sem culpas e sem cobranças.

 


Dra. Andréa Ladislau

Psicanalista


Para não esquecer: pesquisador ensina técnicas para ajudar na memorização

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Fabiano de Abreu detalha como é o funcionamento da memória e quais os impactos excesso de estímulos nesse processo


O esquecimento de coisas cotidianas, ou a chamada falta de memória, tem se tornado um problema recorrente da nossa época. E o excesso de tecnologia tem contribuído para este processo. A grande quantidade de estímulos que recebemos dificulta o armazenamento das informações devido às disfunções nos neurotransmissores, que afetam, inclusive, um dos fatores determinantes para a memorização que é a atenção. A boa notícia é que existem meios simples e práticos de melhorar a capacidade de memorização. 

De acordo com um estudo do pesquisador Fabiano de Abreu, primeiro deve-se entender que a memória tem três estágios: o da Codificação, quando entra em contato com a informação; o do Armazenamento, onde cérebro guarda a informação e o da Recuperação, que é a evocação tardia dessa informação. 

Além disso, segundo Abreu, dois fatores são essenciais nessa ação: atividade física e boa alimentação. A atividade física ajuda a configurar a motivação cerebral e deixa o cérebro mais apto para o raciocínio lógico e a alimentação saudável também contribui para deixar o cérebro mais turbinado, com velocidade no processamento de dados e encadeamento de ideias lógicas. 

“Há também a facilidade em usar o lobo pré-frontal coordenando e manipulando as emoções, promovendo mecanismos, métodos para o foco atencional e na emoção para a memorização”, completa.

É possível  melhorar ainda mais essa habilidade? Para o pesquisador, sim. 

“Vale destacar, inclusive, que a memória é trabalhada desde muito cedo. Nas crianças, por exemplo, as que praticam a leitura, em relação às que não praticam, a memorização de conteúdos acontece de forma muito mais fácil, uma vez que as que lêem mais, têm mais contato com coisas “novas” e já estivessem com o cérebro mais adaptado para aprender e, consequentemente, memorizar”, explica.

 Fabiano de Abreu afirma que  quando já adulto também é possível favorecer a memorização com hábitos simples. Confira:

•   Escutar música clássica, sem muita mistura de instrumentos, música que não tire o foco, mas possa dividir a atenção de forma suave de maneira que aumente o foco na aprendizagem.

•   Dormir de noite, não de madrugada, oito horas por dia, evitar luzes diante da vista antes de dormir.

•   Ler de forma fracionada, por curtos períodos de tempo, mas com frequência. As sinapses crescem à noite, durante o sono, por isso vale mais, por exemplo, estudar aos poucos todos os dias.

•   Evitar distrações, para isso, desligue tudo o que tiver ao redor, coloque telefone celular em modo avião e se recolha para aumentar a concentração.

•   Leitura de 20 minutos antes de dormir pode facilitar a consolidação da memória.

•   Cria na imaginação histórias do que pretende memorizar.

•   Associe o que quer memorizar com algo que já é do conhecimento.

 

 

Fabiano de Abreu Rodrigues - doutor e mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Neurociências e Psicologia, com especialização em Propriedades Elétricas dos Neurônios (Harvard). É membro da Mensa International, a associação de pessoas mais inteligentes do mundo, da Sociedade Portuguesa de Neurociência e da Federação Europeia de Neurociência. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), considerado o principal cientista nacional para estudos de inteligência e alto QI.


Setembro Amarelo: redes sociais contribuem para o desenvolvimento de depressão e ansiedade

Especialista explica como as redes agem no nosso cérebro

De acordo com a pesquisa Global Digital Overview, realizada em 2020 pelo site We Are Social, em parceria com a ferramenta Hootsuit, 66% dos brasileiros estão conectados às redes sociais e são eles que fazem o Brasil ocupar o terceiro lugar no ranking de populações que passam mais tempo nas redes, com uma média diária de 3 horas e 31 minutos.

Aproveitando que entramos no Setembro Amarelo, campanha dedicada à conscientização sobre a saúde mental e, sobretudo, à valorização da vida e prevenção ao suicídio, vale alertar que, para a psicóloga da Clínica Maia, Katherine de Paula Machado, o uso das redes sociais afeta de muitas maneiras o bem-estar emocional das pessoas, principalmente para quem possui dependência em internet. "As redes foram construídas para atuar diretamente em circuitos neurais relacionados às sensações de prazer e satisfação. Esse sistema é evolutivamente antigo e sua função está associada à preservação da espécie, pois provoca a repetição de comportamentos necessários para a sobrevivência (como dormir, se alimentar, entre outros)", explica a especialista.

Assim, ao receber uma curtida, o cérebro registra que isso é algo prazeroso e deve ser repetido, o que é muito parecido com a ação do uso de drogas ou jogos de azar. E o problema está justamente nessa necessidade de repetir o comportamento, porque faz com que a pessoa passe cada vez mais tempo online, se afastando gradativamente da realidade. "Dessa forma, a vida começa a se tornar insatisfatória; não são mais percebidas as conquistas importantes do dia a dia em comparação às realizações observadas nas redes sociais, o que acaba afetando a autoestima", ressalta Katherine.

Um ponto importante a se destacar é que essas plataformas comprometem a perspectiva do que é real, um exemplo claro são os filtros, que proporcionam a ilusão de um padrão estético inexistente.
Nas redes, as postagens buscam perfeição: o dia está sempre lindo, o céu muito azul, a comida sempre deliciosa; não há manchas na pele, as pessoas estão constantemente felizes, frequentando lugares elegantes e rodeadas de amigos.

Em médio e longo prazo, a utilização das redes sociais acaba por desencadear pensamento obsessivo e comportamento compulsivo direcionado ao uso, assim como alteração de humor, sentimento de desvalia (desvalorização) e até síndrome de abstinência. A pessoa começa a abandonar progressivamente os prazeres alternativos em favor dos momentos online, e persiste nessa navegação excessiva mesmo observando prejuízos no trabalho, nas relações sociais, alteração no padrão do sono, entre muitos outros fatores.

"Quanto mais se utiliza as redes, menos se presta atenção às experiências reais, e esse excesso cobra um preço alto. A negligência da vida real pode trazer danos também para quem não possui a dependência", alerta a psicóloga.

Segundo a profissional, é fundamental monitorar o tempo que se gasta online, assim como é essencial entender quais são os perfis que mais chamam a atenção e o porquê. Também é interessante seguir páginas variadas, que se assemelham mais à realidade de vida de cada um, e vale, ainda, atentar-se aos momentos em que se está fazendo uso dessas redes e as consequências negativas dessa utilização intensa.

"Se a pessoa está frequentemente nas redes sociais durante o trabalho, no encontro com os amigos, em reuniões familiares, o uso pode prejudicar as vivências escolhidas, distanciando-a da realidade. Quando o virtual se torna mais importante que o real, à medida que deixamos de fazer coisas no mundo ‘físico’ para ficar acompanhando freneticamente stories, curtindo fotos ou mesmo conversando online, é hora de acender o alerta e, quem sabe, fazer uma pausa para entender qual espaço as redes ocupam na nossa vida", conclui a especialista.


Clichê do amor: Viver um romance dos sonhos

Unsplash
Espiritualista Maicon Paiva revela 5 dicas de como fazer um homem se apaixonar


Viver uma relação mais séria e duradoura está cada dia mais difícil. Os casamentos que antes eram uma tradição dos casais apaixonados, hoje foram trocados pelos famosos relacionamentos a curto prazo ou aquele "vai e volta". Segundo uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2019, houve uma queda de 2,7% das uniões civis, o que resulta em cerca de 28,8 mil casamentos a menos do que em 2018.

Mesmo diante desse fato, a busca pelo romance continua, especialmente pelas mulheres que procuram viver o tão sonhado conto de fadas ou ter uma história de amor igual aquelas de cinema. De acordo com dados do Google, só neste mês de agosto, 90% dos brasileiros estão interessados e em busca de um amor, ou seja, o clichê de formar um belo casal romântico ainda está no ar.

Com a pandemia, a chance de se envolver com uma nova pessoa ficou mais complicada, 63% dos solteiros não têm marcado encontro, conforme a pesquisa do PoderData (Levantamento de opinião) realizada com mais de duas mil pessoas. Em 2017, por exemplo, uma pesquisa da Ipsos (Empresa de pesquisa e inteligência de mercado) divulgou que o Brasil apresentava mais de 111 milhões de solteiros, e com o passar do tempo os números só aumentam.

O Espiritualista e fundador do Espaço Recomeçar, Maicon Paiva, alerta que as relações se encontram mais vulneráveis, devido ao impacto do isolamento social que rompeu laços, e que a hora de criar novamente a esperança e revigorar esse sentimento de amor dentro de cada um, é o agora. "As Energias Espirituais precisam se restabelecer na alma e na mente, é preciso um despertar dentro de si para acreditar que o amor possa renascer independente da situação em que o coração se encontra", ressalta Maicon.

Sabendo que o amor é a base e a fonte de energia para o ser humano, Maicon Paiva com duas décadas de profissionalismo, acalma os corações dos angustiados ou daqueles que estão com o coração quebrado, e revela 5 dicas de como fazer um homem se apaixonar por você. Confira:


1- Seja autêntica

Deixe o seu lado natural ser explorado, cuide do seu mental, e fale de seus ideais e objetivos. Independente de qualquer coisa, seja você e por você; assim o homem perceberá o quanto você é segura de si.


2- Demonstre interesse, sem mostrar desespero

Durante um papo descontraído, revele mais sobre seus hobbies e escute mais sobre o parceiro, sobre o trabalho ou o que ele gosta de fazer, e etc. Não demonstre desespero por querer a pessoa a todo momento, isso mostra fragilidade e carência.


3- Tenha confiança

Homens adoram mulheres responsáveis, inteligentes e seguras. Por isso, sinta-se à vontade quando estiver com ele, mostre que é feliz independente de estar em um relacionamento ou não; isso revela o seu lado independente e dona de si, e eles ficam atraídos por essas qualidades.


4- Envie mensagens

Ao lembrar dele durante o dia, envie uma mensagem desejando um ótimo dia ou um bom trabalho, assim se o contato por meio de mensagens for recíproco, as chances de conquistá-lo são grandes. E com isso, a intimidade vai amadurecendo e o papo vai se tornando cada vez mais natural e prazeroso, com um "gostinho de quero mais".


5- Ouça-o

Às vezes, o homem quer compartilhar uma história de alegria ou até de tristeza com você, esteja disposta a ouvi-lo e aconselhá-lo, assim despertará uma confiança maior dele por você. Seja paciente ao ponto de deixarem as coisas fluírem naturalmente, e com isso ele perceberá que você não é controladora e sabe manter equilíbrio na relação.


sábado, 11 de setembro de 2021

Caso Daniel Alves, a Lei Pelé e a cultura de atraso de salários no futebol brasileiro

Na última semana fomos surpreendidos pela atitude corajosa do lateral Daniel Alves que decidiu não atuar mais pelo São Paulo Futebol Clube, por conta de atrasos de salários. Em um comunicado, o clube informou que o  jogador se recusou a se reapresentar após servir a Seleção Brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo até que a dívida salarial seja quitada. São cerca de R$ 18 milhões. Mas a questão que fica é: Daniel Alves tem o direito de se recusar a atuar pelo atraso de salário? 

Sim, o atleta profissional de futebol no Brasil pode se recusar a atuar pelo clube que atrasa os salários de forma recorrente. E a postura do Daniel Alves está respaldada na Lei Pelé, que em seu artigo 32 dispõe: 

"Art. 32. É lícito ao atleta profissional recusar competir por entidade de prática desportiva quando seus salários, no todo ou em parte, estiverem atrasados em dois ou mais meses". 

Contratado em 2019, Daniel Alves tinha um salário de R$ 1,5 milhão mensais. Ou seja, o valor de R$ 18 milhões indica que os atrasos superaram esse prazo. Ou seja, a conduta do Daniel e de seus representantes é legal e pode ser um novo marco no futebol brasileiro. Isso porque, por se tratar de um atleta de Seleção Brasileira e com diversos títulos dentro e fora do país, pode servir de exemplo para os demais jogadores que hoje são reféns dessa cultura de atraso salarial no Brasil. 

Importante destacar que em nenhuma outra categoria profissional no país os profissionais ficam sem receber seus salários por mais de 3, 4, ou 5 meses sem que alguma atitude seja tomada. Quem sabe agora, com esse comportamento corajoso do Dani Alves de expor a situação e defender seus direitos, os clubes brasileiros tenham mais zelo no cumprimento dos contratos. 

Agora, o caso pode evoluir para o Poder Judiciário caso o clube e o atleta não entrem em um acordo para saldar a dívida, de forma amigável. Isso porque a A Lei Pelé prevê que o atraso de salário ou de remuneração por direito de imagem por três meses ou mais implica na rescisão do vínculo. Assim, o jogador fica livre para se transferir a outro clube, além de exigir valores referentes à cláusula compensatória e outros valores devidos. E já testemunhamos casos parecidos em jogadores de outros grandes clubes do país que deixaram as agremiações "de graça", por atrasos nos pagamentos mensais. 

Assim, se não houver um acordo entre as partes, Daniel Alves poderá ter que se socorrer da Justiça do Trabalho para atuar por outro clube. Vale destacar que para o jogador encerrar o contrato de trabalho unilateralmente por falta grave do empregador, neste caso o clube, como o atraso reiterado de verbas salariais, é necessário ingressar com uma ação trabalhista postulando a rescisão indireta do contrato de trabalho. E, apesar, dos tribunais brasileiros estarem sendo, em sua maioria, favoráveis aos pedidos dos atletas em casos análogos ao do lateral da Seleção Brasileira, esse processo pode durar alguns meses e prejudicar o andamento da carreira do atleta. 

Portanto, é necessário esclarecer que os clubes de futebol do Brasil precisam mudar essa cultura de atraso de salários. Lógico que passamos por um momento de pandemia e de dificuldades financeiras no esporte, mas o atraso reiterado dos pagamentos aos atletas por mais de 3 meses são injustificáveis. Que a coragem do Daniel Alves seja espelho para os demais jogadores e também um sinal de alerta para os dirigentes brasileiros.

 


Bruno Gallucci - advogado especialista em Direito Desportivo e do Trabalho e sócio do escritório Guimarães e Gallucci Advogados


Fotógrafo dá dicas para quem deseja tirar as melhores fotos noturnas pelo celular

Tirar fotos pelo celular à noite é um baita desafio. Para conseguir o melhor resultado, o fotógrafo Frederico Gomes dá algumas dicas que podem estar ao alcance de qualquer smartphone.

 

Quem nunca se encantou com um céu noturno e desejou tirar uma foto, não é mesmo? Mas, na falta de um equipamento profissional ou tendo apenas o celular à mão, muitas pessoas tentam captar estas imagens e o resultado não sai como o esperado. O fotógrafo Frederico Gomes explica por que isso acontece e como reverter isso a seu favor, mesmo com seu próprio smartphone.

 

“Primeiramente, é preciso observar se o seu aparelho não oferece um tempo de exposição grande, pois fotografia é antes de mais nada usar a luz para compor uma imagem. Ou seja, verifique as configurações do seu aparelho antes de registrar a foto”, aconselha Frederico. Para quem não possui um aparelho com as configurações ideais, uma boa opção, destaca, “é baixar um aplicativo que ofereça opções de ISO, foco e tempo de exposição. Com esses detalhes ajustados, o resultado será melhor”.

 

Vale lembrar que normalmente as câmeras dos celulares apresentam dois modos de configuração: automático e manual. “A primeira funciona bem em ambientes bem iluminados, mas é preciso ficar atento que nem sempre vai dar certo. É quando a pessoa precisa acessar as opções e atentar a detalhes importantes, como o tempo de exposição, pois esse item é fundamental para conseguir registrar imagens em noites escuras de céu estrelado”.

 

Para quem deseja tirar fotos das estrelas, por exemplo, Frederico recomenda que a pessoa deixe a câmera captando a luz por um tempo maior, “assim será possível receber uma quantidade de luz ideal para registrar as estrelas”. Um detalhe essencial que pouca gente lembra: “A luz produzida pelas casas e edifícios é maior do que aquela das estrelas. Então o melhor é tirar as fotos em um ambiente um pouco mais escuro”, destaca.

 

Além da questão de luminosidade, “é fundamental manter a câmera estável. Se a pessoa tremer, certamente a qualidade da imagem não vai ficar legal. Use um tripé, mas se não tiver, tente encontrar uma forma de deixar o smartphone imóvel enquanto a foto está sendo tirada”, observa Frederico.

 

Com essas orientações, o fotógrafo acredita que as imagens ficarão melhores do que as que normalmente são tiradas: “Certamente o resultado vai te agradar e você poderá compartilhar os resultados com muito orgulho nas redes sociais”, completa.

 

11 de Setembro: Por dentro do que é terrorismo e como ele surgiu no mundo

20 anos após o ataque às torres gêmeas, a palavra se tornou comum no vocabulário mundial. Mas seu significado remonta há muito tempo antes desses atentados acontecerem, explica neurocientista.

 

Na semana em que recordam os 20 anos do atentado ao World Trade Center, certamente os mais diversos programas de televisão, jornais e sites da internet irão tratar sobre as razões e consequências daquele que é considerado o maior ataque terrorista da história, que deixou cerca de três mil mortos. No entanto, usar métodos violentos como forma de intimidar ou simplesmente afrontar uma nação (ou um povo inimigo) não é algo recente. A história mostra que o terrorismo é algo antigo, e sempre com efeitos devastadores.

 

De início, conforme lembra o PhD, neurocientista, historiador e antropólogo Fabiano de Abreu, é importante entender que a palavra “terrorismo” remonta à Revolução Francesa, ao terror dos jacobinos e de suas guilhotinas. “Este fenômeno teve início ao final do século XIX quando os anarquistas começaram a jogar bombas. Anos depois, esta conduta se tornou comum após a Segunda Guerra Mundial, quando as nações visavam obter resultados políticos através da criação de situações de pânico coletivo, sendo que todas essas ações em comum tentam intimidar a sociedade civil”.

 

Voltando no tempo, Fabiano ressalta que “já existia terrorismo na república romana até fins do século XVIII, a chamada ‘guerra destrutiva’ ou ‘guerra punitiva’ Na Grécia antiga, acontecia uma prática de assassinatos em países adversários, que como dito acima, visava uma maneira de criar pânico naquela população”, acrescenta.

 

Já no século XIX, Abreu explica que a palavra “terrorismo” passou a denominar “o movimento anarquista que buscava enfraquecer e destruir o poder estatal. Poucos anos depois, o agravamento das relações mundiais deu lugar a este fenômeno como conhecemos atualmente”.

 

“Se por um lado o século XX teve a globalização como exemplo do fortalecimento das relações comerciais e políticas entre as nações, por isso é preciso entender que ao mesmo tempo atitudes violentas ganharam mais adeptos e incentivadores. Atualmente, por exemplo, pode-se dizer que este processo ganhou mais adeptos ao fundamentalismo religioso, e nisso se inclui o crescimento de pessoas com ideais neo-anarquistas, sendo muitos deles vivendo no mundo islâmico que em busca de sua Jihad Islâmica. Para conseguir seu objetivo, eles praticam atos extremos de terror e violência, especialmente contra as mulheres”, complementa o neurocientista.

 

Ao mesmo tempo que ações violentas ganham mais adeptos, tornou-se necessário entender e compreender a mente dessas pessoas e porque elas aceitaram essa condição como uma espécie de meio de vida. Fabiano acredita que neste sentido, “é preciso compreender que, primeiramente, o terrorismo não é algo novo, todavia é extremamente prejudicial para quem sofre e para quem o pratica, pois notadamente afeta diretamente o sistema nervoso de ambos”.

 

Foi para entender o funcionamento cerebral de quem comete estes ataques contra outras pessoas passou a ser estudado pela ciência. “Por meio da neuroanatomia, é possível saber como se comportam aqueles que organizam os ataques, a maneira que eles usam para influenciar as massas e traçar uma cronologia da evolução do conhecimento neuroanatômico. Ainda assim, é preciso lembrar que, por mais que os cérebros de qualquer pessoa seja anatômico igual, por outro é preciso entender que portadores de transtorno de personalidade podem ser vítimas destes transtornos e assim será possível entender como a mente deles justifica seus atos”, destaca o neurocientista.

 

Para conseguir este objetivo, uma das melhores ferramentas é a neurociência. Fabiano explica que “ela é a parte da ciência que procura entender como o cérebro dá lugar às atividades mentais, inclusive de aprendizado de capacidade boas e ruins. É importante lembrar que o cérebro tem plasticidade neural o que lhe permite aprender constantemente. Ou seja, é a propriedade que permite ao Sistema Nervoso Central se desenvolver e responder a estímulos, sobretudo no córtex pré-frontal. Enquanto isso, será possível também compreender a mente das pessoas que investem nessas ações chamadas de terroristas, o que futuramente poderá servir para pesquisas e facilitar com ainda mais facilidades os criminosos que cometem estes crimes”, finaliza.

 

Créditos de: Divulgação

MF Press Global 

Brasileiros imunizados: 70 milhões já tomaram as duas doses ou a dose única da vacina Covid-19

Número representa quase 44% da população adulta do país  


O Brasil deu outro grande passo neste sábado (11) e registrou mais um avanço rumo ao fim do caráter pandêmico da Covid-19: já são 70 milhões de brasileiros imunizados com as duas doses da vacina ou a dose única. O ritmo acelerado da vacinação, prioridade do Ministério da Saúde, resulta em quase 44% da população maior de 18 anos com o ciclo vacinal completo.

Enquanto a dose dois chega cada vez mais rápido aos brasileiros, de norte a sul do país, a primeira dose também segue em ritmo acelerado, com 136,9 milhões de aplicações, ou seja, mais de 85% da população adulta vacinável recebeu ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19, o que começa a gerar sentimento de segurança, confiança esperança por dias melhores.

Os números são reflexo da ampla adesão da população à Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19 e trazem uma situação epidemiológica mais confortável para o país, que tem registrado taxas de ocupação em leitos Covid, de UTI e clínicos, cada vez menores dia após dia. No momento, 23 estados já estão com ocupação abaixo de 50% e dentro dos padrões de normalidade.

Apenas Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ainda estão na zona de alerta, com taxas de ocupações que variam de 51% a 69%. Na prática, isso quer dizer que a rede de saúde está menos sobrecarregada e com mais leitos disponíveis, o que permite que outros casos não relacionados à Covid-19 possam ser atendidos com mais qualidade, além da retomada segura de cirurgias e procedimentos eletivos.

As médias móveis de casos e óbitos também estão em queda e registraram, nos últimos dois meses, redução de 61% e 60%, respectivamente. "Vamos continuar avançando e contando com apoio de todos. Quando assumi o Ministério da Saúde o objetivo era vacinar um milhão de pessoas por dia, número que estamos atingindo com normalidade. Se continuarmos nesse ritmo será possível vacinar todo público-alvo do país com as duas doses até o mês de outubro", reforçou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

A chegada regular de vacinas é resultado de uma estratégia diversificada do Ministério da Saúde para a aquisição de imunizantes contra a Covid-19, que existe devido ao investimento realizado pelo Governo Federal na encomenda tecnológica e na transferência de tecnologia entre o laboratório da Astrazeneca e a Fiocruz. Existem ainda acordos diretos com as farmacêuticas Pfizer, Janssen e com o Instituto Butantan.

Desde o fim de março deste ano, o Ministério da Saúde vem registrando recordes no número de vacinação e na quantidade de vacinas distribuídas. No mês de agosto, a pasta bateu outro recorde e distribuiu mais de 60,8 milhões de doses de vacinas para todos os estados e o Distrito Federal. Desde o início da campanha, já foram distribuídas mais de 259,4 milhões de doses das vacinas contra Covid-19.


Gustavo Frasão
Ministério da Saúde



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