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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Parcerias do Sebrae com grandes hubs de inovação já impactaram mais de 600 mil pessoas

 Desde que a pandemia começou, a instituição busca unir-se com organizações voltadas para o crescimento das vendas no universo online. A trilha de conhecimento do programa UP Digital também contribui com a transformação digital dos negócios


Há mais de um ano, com início da pandemia, o Sebrae tem direcionado seus esforços para dar suporte aos donos de micro e pequenos negócios para superarem o momento de instabilidade econômica e sanitária vivida pelo país. Nesse contexto, a transformação digital dos negócios tornou-se uma das principais medidas para recuperar o faturamento e manter as vendas das empresas. Sabendo disso, a instituição investiu em parcerias com grandes hubs de inovação, como o Facebook e o Magazine Luíza, para impulsionar o crescimento dos micro e pequenos negócios no comércio digital. Dados da última pesquisa do Sebrae sobre o impacto do coronavírus nos micro e pequenos negócios mostram que 69% dessas empresas já realizam vendas de forma online e, de cada dez empresas, sete já comercializam seus produtos e serviços pela internet.

Desde que foram criadas, as duas parcerias do Sebrae já impactaram mais de 619 mil empreendedores e esse número não para de crescer. Na colaboração com o Magazine Luíza, o Sebrae lançou a possibilidade dos micro e pequenos negócios, inclusive os MEI, venderem seus produtos em um dos maiores marketplaces do país, com condições diferenciadas. Através da sinergia entre as duas instituições, o empreendedor pode fazer anúncios dentro da plataforma do Magazine Luíza, alcançar mais visualizações de seu produto e ainda se capacitar com os cursos e conteúdos oferecidos pelo Sebrae.

“Enquanto alguns marketplaces chegam a cobrar de 20% a 30%, no Parceiro Magalu o empreendedor paga apenas 3,99% de comissionamento. Nessa iniciativa, o Sebrae não pensou apenas nas vendas, nós criamos trilhas de ensino de marketing digital, sobre como fazer anúncios mais atrativos, como atender o cliente online, entre outras. É uma contribuição de ambos os lados, na qual todos os envolvidos saem ganhando. Temos mais de 553 mil visitas no site da parceria. Cerca de 23 mil usuários do Parceiro Magalu já foram atendidos pelo Sebrae e o número de vendedores dentro da ferramenta aumentou em duas vezes, se comparado ao ano passado e temos mais de 22 mil participações nas trilhas de conhecimento elaboradas pelo Sebrae”, comemora o analista de competitividade do Sebrae, Flávio Petry.

Outro grande parceiro do Sebrae na caminhada para inclusão dos micro e pequenos negócios no ambiente online é o Facebook. O conglomerado de redes sociais comandado por Mark Zuckerberg detém as principais plataformas de vendas online usadas no momento: Instagram, Facebook, Whatsapp, Messenger e Workplace. O Sebrae uniu-se ao gigante das redes sociais, criando o ambiente chamado “Impulsione com o Facebook”. A parceria consiste basicamente no compartilhamento de conteúdos úteis para os micro e pequenos negócios performarem melhor nas redes sociais, com anúncios, publicações e interações estratégicas.

“Sebrae e Facebook são duas organizações que têm os micro e pequenos negócios como usuários frequentes. Essa parceria é focada na complementariedade que cada um pode oferecer ao público. O objetivo é unir canais, ampliar o alcance e gerar novas formas negócios. Dentro da página Impulsione com Facebook divulgamos soluções, lançamos cursos inéditos, realizamos lives com especialistas. A título de exemplo, o Conectando Pequenos Negócios, evento realizado durante uma semana, teve mais de 66 mil visualizações de conteúdo setorial e de marketing digital tão relevantes para os pequenos negócios do Brasil. A capacitação nas temáticas de futuro, transformação digital e marketing digital são fundamentais para promover a competitividade das empresas brasileiras”, explica a analista de gestão estratégica, Andrea Restrepo.


Up Digital

A jornada do Up Digital, trilha de conhecimento criada para ser feita em 10 dias, é a proposta do Sebrae desenvolvida durante a pandemia para auxiliar os pequenos negócios na construção da sua presença digital. Desde que foi lançado, em abril de 2020, o Up Digital já transformou a vida de mais de 2 mil empreendedores em todo país. A imersão conta com pelo menos três encontros online, com consultores especializados e a interação em grupos de empresários que reúnem o mesmo objetivo: aumentar o número de vendas online. O programa tem agradado tanto, que já foi feito em outras duas versões, o Up Digital Controles Financeiros e o Up Digital Gestão da Energia.

De acordo com a analista de inovação do Sebrae, Fernanda Zambon, a meta para o fim deste ano é atender mais de 10 mil empreendedores. “Grande parte do sucesso do programa se dá pela qualidade do material oferecido e pela agilidade do Sebrae em lançar exatamente algo que atende as dores dos micro e pequenos negócios nesse momento. O UP Digital nasceu assim que a pandemia começou, a transformação digital já vinha acontecendo e foi acelerada. Muitos empreendedores trabalham sozinhos ou com poucos colaboradores, por isso ter um programa que te ensina como atuar no meio digital de maneira rápida e prática é essencial. Estamos preparando inovações para o UP Digital que fará com que ele alcance ainda mais pessoas”, observa.


Presença Digital

O Sebrae dedica o mês de julho à temática da presença digital. Ao longo de todo o mês, será realizada uma série de atividades voltadas ao debate sobre a importância da transformação digital nos pequenos negócios. A pesquisa de Impacto da Pandemia nas MPE mostra que quem aderiu às vendas online e soube explorar melhor as ferramentas sentiu menos as consequências da crise. A comercialização de produtos pela internet foi acelerada pela pandemia. Por isso, conheça todas as soluções de gestão disponibilizadas, gratuitamente, pelo Sebrae e acompanhe a programação nas redes sociais da instituição.


terça-feira, 20 de julho de 2021

Brasil recebe mais 1 milhão de vacinas Covid-19 da Covax Facili

Walterson Rosa/Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde recebe unidades da Astrazeneca/Oxford na quarta-feira (21)


Um novo lote com mais 1 milhão de doses da vacina Covid-19 chega ao Brasil nesta quarta-feira (21) por meio do consórcio Covax Facility. Nessa remessa são entregues vacinas da Astrazeneca/Oxford, que serão distribuídas para estados e Distrito Federal pelo Ministério da Saúde nos próximos dias.

Ao todo, mais de 6 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford e 842,4 mil da Pfizer/BioNTech já foram entregues ao Brasil via aliança liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros parceiros.

As vacinas são entregues por meio de contrato do Brasil com a Covax. Ao todo, o consórcio deve entregar 42,5 milhões de doses de vacinas Covid-19 de diferentes laboratórios até o fim de 2021.A Covax

O Brasil é um dos quase 200 países que integram a iniciativa global, criada para permitir o acesso justo e igualitário de vacinas Covid-19 por meio de parcerias com laboratórios. Além da OMS, o consórcio é coliderado pela Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (CEPI) e pela Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).


Pátria Vacinada

Até quinta-feira (22), serão enviadas aos estados e DF mais de 8,7 milhões de doses de vacinas Covid-19. Desde o início da campanha de vacinação, o ministério já distribuiu mais de 154 milhões de doses. A população-alvo no Brasil é de 160 milhões de brasileiros com mais de 18 anos.

Mais de 56,5% da população brasileira já recebeu a primeira dose da vacina no braço: são 90,4 milhões de pessoas. São 34,5 milhões de brasileiros com o ciclo vacinal completo, isto é, que receberam a segunda dose dos imunizantes ou dose única.


Ministério da Saúde


Julho Laranja: atenção para a mordida das crianças

Cirurgiões-dentistas falam do uso de aparelhos para o tratamento precoce da má oclusão na infância


É normalmente na fase de desenvolvimento dos dentes decíduos (de leite) ou de erupção dos dentes permanentes que os pais ou responsáveis costumam notar algo errado na mordida das crianças. Seja pelos dentes nascerem tortos ou por problemas estruturais, de uma forma ou de outra, a má oclusão (mordida errada) pode levar a muitos problemas. E é exatamente disso que trata a campanha Julho Laranja, uma iniciativa para conscientização do cuidado ortodôntico e ortopédico da boca das crianças.

Alterações nas relações dos maxilares, desalinhamento dentário, dificuldade de mastigação ou de fala, perda precoce de um ou mais dentes, movimentação dos dentes, retenção prolongada (quando o dente decíduo fica mais tempo do que deveria na arcada), presença de cáries extensas, hipoplasia (defeitos na formação dos dentes), desgaste dos dentes e assimetrias. Essas são apenas algumas das inúmeras consequências da má oclusão dentária ou esquelética. Por isso, toda atenção é necessária.


Má oclusão dentária x má oclusão esquelética

As diferenças entre as apresentações da má oclusão são ocasionadas pela forma como ela acontece. Quando a mordida não encaixa perfeitamente por alguma alteração nos dentes é a chamada má oclusão dentária. Se o problema está no encaixe da mandíbula com a maxila ou na estrutura óssea, trata-se da má oclusão esquelética. Mas, somente com os exames diagnósticos clínicos e radiográficos é possível determinar se a má oclusão é dentária, esquelética ou ambas.

“A má oclusão dentária é mais fácil de ser tratada, podendo ser corrigida até os seis anos de idade. A má oclusão esquelética pode aparecer desde a dentição decídua ou mista, também na infância, e a intervenção nessa faixa etária pode eliminar ou diminuir significativamente o problema. Por isso, quanto antes for iniciado o tratamento, melhor para o desenvolvimento e para a saúde da criança. Na fase adulta as alterações são estruturais e levam mais tempo, ocasionando maior custo e risco de recidiva”, explica Renata Orsi, presidente da Câmara Técnica de Ortopedia Funcional dos Maxilares do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). 


Saiba quando procurar ajuda

As consultas com um cirurgião-dentista devem ser iniciadas antes mesmo do nascimento, pois é na gestação que a mãe receberá as orientações sobre a postura correta na hora de amamentar e os hábitos saudáveis de sucção para o bebê, principalmente se forem utilizadas mamadeiras e chupetas. Para Luciana Iwamoto, presidente da Câmara Técnica de Ortodontia do CROSP, os pais precisam entender a necessidade de procurar um especialista. “Se não for possível o acompanhamento desde o nascimento, é necessário consultar um ortodontista quando a criança iniciar a troca dos primeiros dentes. Esse acompanhamento possibilita que algumas intervenções sejam oferecidas para evitar uma má oclusão futura”, conta. “Algumas más oclusões apresentam elevada complexidade terapêutica e elevada instabilidade. Quando se perde a oportunidade de tratamento na infância, as consequências são muitas vezes complicadas”, completa. 

E tem mais! Caso os pais ou progenitores tenham características de má oclusão devem ficar ainda mais atentos. “Fatores genéticos podem se expressar nos filhos, que também recebem interferências do meio ambiente, como os hábitos transmitidos pela família. Esses pacientes precisam ser avaliados em todos os aspectos esqueléticos, oclusais e funcionais”, alerta Renata.

A troca dos dentes de leite pelos permanentes também precisa ser observada, principalmente se nesse momento a criança aparentar ter: falta de espaço na arcada dentária para a erupção normal dos dentes, perda dentária precoce ou demora para a troca de dentição e desalinhamento.


Tratamentos

Tudo dependerá do tipo de má oclusão. A mordida pode ser corrigida, inicialmente, com massagem digital em bebês, antes mesmo da erupção dos dentes, ou por ajuste, quando há a dentição decídua completa. O uso de aparelhos ortopédicos funcionais é indicado por volta dos três anos e meio aos quatro anos de idade. Mas, de modo geral, o tratamento pode ser preventivo, interceptativo, corretivo e orto-cirúrgico, podendo ser realizado com aparelhos fixos e/ ou móveis.

Se não tratada, a má oclusão pode acompanhar a criança por toda a vida interferindo em sua respiração, postura, mastigação, fala e estética, além de provocar dores com consequências físicas e emocionais. “Sempre há tempo para correção, é claro, nunca é tarde. Mas quanto antes for iniciada, melhor para o paciente”, afirma Luciana. 


Campanha

Além de alertar sobre os tratamentos dos problemas causados por uma mordida incorreta, o CROSP apoia a campanha Julho Laranja para estimular o desenvolvimento de hábitos saudáveis na infância, como higiene adequada, alimentação balanceada e nutritiva e uma ingestão regular de água, além do aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros meses de vida para melhor desenvolvimento esquelético, muscular e facial do bebê.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br


Rim e bexiga: os tipos mais comuns de cânceres do trato urinário. Antecipar o diagnóstico é fundamental.

Alguns tipos de câncer podem afetar o trato urinário, como é o caso do câncer de bexiga e do câncer nos rins. O que poucas pessoas sabem é que os sintomas, nos dois casos, podem ser bastante semelhantes. Dessa forma, é importante estar atento e sempre procurar o médico, caso note algo diferente.

Nos meses de junho e julho, em que acontecem respectivamente a conscientização do câncer de rim – mais comum entre pessoas de 65 a 74 anos1 – e do câncer de bexiga – que acomete, principalmente, pessoas com idade superior a 55 anos2–, especialistas alertam sobre a importância da observação dos sintomas e da rápida procura pelo médico para que o correto diagnóstico seja precoce e o mais assertivo possível. 

Em relação aos sintomas ligados aos dois tipos de cânceres, há muita similaridade. Em ambos os casos o paciente pode sentir dor ao urinar, cansaço excessivo, perda de apetite, perda de peso sem causa aparente, dor lombar (principalmente no câncer renal) e, ainda, presença de sangue na urina. Entre os principais fatores de risco para o câncer de rim estão a obesidade, o tabagismo e a hipertensão3. Já no caso do câncer de bexiga, temos como principal fator de risco o tabagismo, responsável por 65% dos casos em homens e 25% em mulheres, segundo uma pesquisa realizada pela equipe de urologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) .4 Tanto o câncer de rim quanto o de bexiga são mais comuns em homens1-8.

 

Como é realizado o diagnóstico?

O nefrologista ou urologista são especialistas que possuem um papel importante no diagnóstico precoce de cânceres do trato urinário. É importante que o médico seja procurado assim que os primeiros sintomas forem identificados. Quanto antes o diagnóstico for feito, maior é a chance de sucesso no tratamento.

Para se ter uma ideia, em 20% a 30% dos casos do câncer de rim, a doença é diagnosticada já em estágio avançado5. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, em 2018, foram identificados mais de 6 mil novos casos de câncer de rim no Brasil6. Em relação ao câncer de bexiga, de acordo com estimativas, a cada ano do triênio 2020-2022, serão diagnosticados mais de 10 mil novos casos no país7. 

Segundo o Dr. Sandro Cavallero, oncologista clínico do Centro de Tratamento Oncológico (CTO) em Belém (PA), é importante observar quais são os sintomas, há quanto tempo eles apareceram e explicar de forma mais detalhada possível ao médico o que está acontecendo. “O nosso corpo sempre dá sinais de que algo não vai bem e nenhum tipo de desconforto no trato urinário deve ser ignorado. Precisamos ficar atentos aos sinais, além de, claro, não deixarmos de fazer nossos exames de saúde, o famoso “check up”, periodicamente, explica.

 

Novidades para câncer de rim e bexiga

Por sua incidência, esses dois tipos de câncer entraram, nos últimos dois anos, na esteira de inovação da indústria farmacêutica para novos produtos. Só no último ano, foram lançados no Brasil medicamentos pertencentes à classe da imunoterapia (aqueles que ajudam nosso sistema imune a combater o câncer) e combinações de imunoterapia com terapia-alvo que trazem um benefício importante para os pacientes.

Para se ter uma ideia, a aprovação da ANVISA para a combinação de um imunoterápico com uma terapia-alvo, por exemplo, comprovou reduzir significativamente em 31% o risco de progressão ou morte do câncer de rim avançado. E mais recentemente, os pacientes com carcinoma urotelial (o tipo mais comum de câncer de bexiga) puderam ter acesso no Brasil à primeira imunoterapia a prolongar significativamente a sobrevida global dos casos localmente avançados ou metastáticos9-10.

“Nós, oncologistas, vemos a chegada de novas opções terapêuticas ao Brasil com muita esperança. Isso nos dá mais flexibilidade para avaliar cada tipo específico de câncer do trato urinário com uma abordagem mais assertiva e adequada, em decisão conjunta com o paciente”, finaliza o doutor.

 

 

Merck

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Referências

1. Ljungberg B, Campbell S and Cho H. The Epidemiology of renal cell carcinoma. European Urology. 2011;60:615-621

2. Instituto Oncoguia. Estatística para Câncer de Bexiga. Disponível em http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estatistica-para-cancer-de-bexiga (último acesso em junho.21)

3. Instituto Oncoguia. Fatores de risco para Câncer de Rim. http://www.oncoguia.org.br/conteudo/fatores-de-risco-para-cancer-de-rim/5509/1132/ (último acesso em junho.21)

4.ICESP - Instituto do Câncer do Estado de São Paulo: http://www.icesp.org.br/sala-de-imprensa/noticias/291-cigarro-e-responsavel-por-65-dos-casos-de-cancer-de-bexiga-em-homens

5. Ljungberg B, Campbell S and Cho H. The Epidemiology of renal cell carcinoma. European Urology. 2011;60:615-621

6. Instituto Oncoguia. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/inca-envia-ao-oncoguia-dados-ineditos-sobre-incidencia-de-cancer-de-rim/11958/999/ (último acesso em junho.21)

7. INCA (Instituto Nacional do Câncer). Disponível em https://www.inca.gov.br/estimativa/sintese-de-resultados-e-comentarios (último acesso em junho.21)

8. INCA (Instituto Nacional do Câncer) – Tipos de câncer https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-bexiga (último acesso em junho.21)

9. Powles T, Park SH, Voog E, et al.  Avelumab Maintenance Therapy for Advanced or Metastatic Urothelial Carcinoma. N Engl J Med. 2020 Sep 24;383(13):1218-1230.

10. Grivas P, Park SE, Voog E, et al. Avelumab 1L maintenance + best supportive care (BSC) vs BSC alone with 1L chemotherapy for advanced urothelial carcinoma: subgroup analyses from JAVELIN Bladder 100. Presented at ESMO 2020.

 

Posições para dormir: Dores no corpo são queixas frequentes em consultórios ortopédicos

Queixa frequente nos consultórios ortopédicos, as dores musculares causadas pela maneira incorreta de se posicionar na hora de dormir devem ser consideradas sinais de alerta. Não dar atenção à postura em diferentes situações pode provocar uma série de doenças que se manifestam com sintomas diversos.  

De acordo com o médico ortopedista Adilio Bernardes, dores no pescoço, lombar e ombros são as principais reclamações no dia a dia clínico. “Reeducar o corpo é um passo importante e fundamental para uma melhor qualidade de vida e saúde, principalmente na hora de dormir”, pontua.

 

Adilio destaca que a posição ideal para dormir é de lado com um travesseiro que tenha altura correspondente à distância da lateral ombro-rosto, para que o pescoço fique alinhado. “A preferência é utilizar também um outro travesseiro entre os joelhos e, melhor ainda, se utilizado um travesseiro de corpo, que além de ser maior, ocupa boa parte da altura do indivíduo, deixando a coluna mais reta e relaxando a musculatura a ponto de proporcionar melhor qualidade do sono”.

 

 

Mas seria melhor dormir do lado esquerdo ou direito? 

 

O ortopedista explica que cada um tem os seus benefícios, porém destaca o lado esquerdo como mais benéfico. “dormir do lado esquerdo facilita a drenagem linfática, melhora a circulação sanguínea, facilita a digestão e minimiza o refluxo, pelo fato do estômago e intestino apresentarem inclinação para a esquerda. Além disso, mantém as vias aéreas mais abertas  O lado também é vantajoso para as gestantes, pois facilita a circulação sanguínea da placenta. 

 

Adilio explica que pessoas com problemas cardíacos ou que já tiveram acidente vascular cerebral (AVC), o ideal é dormir do lado direito do corpo, reduzindo a frequência cardíaca e a pressão arterial.

 

Confira outras posições indicadas pelo especialista:

 

Decúbito dorsal (barriga para cima): De acordo com Adilio, dormir de barriga para cima tende a sobrecarregar a coluna, uma vez que a curvatura natural fica sem apoio. “Além do problema com a coluna, essa maneira de dormir pode aumentar os roncos e a apneia do sono, dada pelo estreitamento das vias aéreas superiores, pela língua e amígdalas”. 

 

A dica do especialista nesse caso é fazer o uso de um travesseiro mais baixo e apoio embaixo dos joelhos. 

 

Dormir de bruços (barriga para baixo): O médico explica que essa maneira de dormir sobrecarrega a lordose natural da lombar, podendo causar dores. “A posição de bruços pressiona a cervical quando o pescoço fica virado de lado, além de dificultar a respiração devido a caixa torácica ficar para baixo em compressão. Uma dica é não utilizar travesseiro e sim apoios no quadril e barriga, que aliviam essas situações, contudo, não deixa de ser a posição menos favorável.


O ortopedista destaca que a presença da dor relacionada à posição de dormir deve servir como um sinal de atenção. “os benefícios de uma boa noite de sono são diversos como a redução do estresse, controle do apetite, melhora do humor, memória e raciocínio, rejuvenescimento da pele, além de ajudar no sistema autoimune, combate a hipertensão e doenças cardiovasculares, controle do diabetes, melhora do desempenho físico e outros”. 


 


Assessoria de Imprensa - Desenvolve Comunicações



Terapia Celular x Covid-19: Saiba como o procedimento pode reverter as sequelas deixadas pelo coronavírus

Uso de células-tronco mesenquimais é capaz de restaurar órgãos afetados pelo vírus, melhorando a qualidade de vida do paciente


Um estudo, publicado em 2020 pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), apontou que entre 143 pacientes avaliados na Itália com Covid-19, 30% relataram persistência de pelo menos um sintoma da doença, mesmo após 9 meses de cura. Dentre suas manifestações, o quadro da doença é caracterizado por cansaço, febre e tosse seca, podendo se agravar em dificuldade para respirar, dores no peito e perda de fala ou movimento. A situação permanente do prognóstico mostrou ainda que o vírus promove infecções secundárias, atingindo órgãos vitais, como coração, pulmão e rins, que, até então, funcionavam normalmente. Desde então, tratamentos para reverter as sequelas vem sendo estudados e a Terapia Celular se mostra como uma opção favorável aos efeitos deixados pelo coronavírus.

Segundo Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, esse método consiste na utilização de células-tronco mesenquimais para tratar disfunções no organismo. "Considerada como um agente imunomodulador e regenerador, essas células são capazes de restaurar o órgão em que for implantada, melhorando a qualidade de vida do paciente. No caso da Covid-19, o procedimento oferece suporte ao sistema imunológico e repara os danos causados pela inflamação causada pelo vírus", explica.

Um artigo publicado na Elsevier, empresa global de informações analíticas, apontou que a Terapia Celular pode auxiliar no tratamento das síndromes respiratórias decorrentes do novo coronavírus. Um estudo realizado com 13 pacientes tratados com ventilação mecânica intensiva resultou na melhora do quadro de saúde de todos os voluntários, poucos dias após serem submetidos ao procedimento com células-tronco mesenquimais.

De acordo com o especialista, esse tipo de material biológico se diferencia por sua multipotência e propriedades de autorrenovação. "Há muitos anos essas células são analisadas por conseguirem se regenerar em diversos tecidos, como o muscular, adiposo, ósseo, tendões, cartilagem e até mesmo células neurais. Em um momento de emergência global de saúde, sem tratamento curativo, os testes com células-tronco para minimizar o mal-estar de indivíduos atingidos pela Covid-19 são mais que bem-vindos", comenta.

Por fim, Dr. Nelson aponta que apesar de já existirem vacinas para combater o vírus, o imunizante é utilizado como um método preventivo, evitando o contágio da doença. "Já o procedimento com o material biológico é uma nova proposta da ciência para reparar os danos permanentes", conclui.

 


Criogênesis

https://www.criogenesis.com.br


Glaucoma congênito é a principal causa de cegueira na infância

Bebês com história familiar de patologias oculares, histórico de doenças maternas como rubéola e portadores de síndromes genéticas precisam de uma avaliação oftalmológica rigorosa



O diagnóstico precoce do glaucoma congênito é um desafio. Isso porque as manifestações clínicas são inespecíficas e podem ser diferentes, de acordo com a idade e o grau de malformação anatômica do sistema visual. Estima-se que o glaucoma congênito atinge 1 em cada 10 a 18 mil crianças no primeiro ano de vida.
 
Segundo a oftalmologista Dra. Maria Beatriz Guerios, especialista em glaucoma, a criança pode apresentar alterações visuais nos primeiros dias de vida ou ao longo da infância.

“Entre os sintomas mais comuns do glaucoma congênito estão a fotofobia (sensibilidade à luz), o lacrimejamento e o blefaroespasmo. Esse último se caracteriza pelo descontrole do ato de piscar”.
 
‘Há outras manifestações clínicas, como edema da córnea (inchaço), alargamento da estrutura, bem como alterações no nervo óptico e buftalmia, que é o aumento do volume do globo ocular”, comenta Dra. Maria Beatriz.

 
Teste do Reflexo Vermelho

No Brasil, foi instituído o Teste do Reflexo Vermelho, mais conhecido como ‘teste do olhinho’. Esse exame é realizado na maternidade. Entretanto, pode não ser suficiente para o diagnóstico precoce do glaucoma congênito.
 
“Por isso, recomenda-se que todos os bebês, ainda no primeiro ano de vida, sejam avaliados por um oftalmologista. Essa avaliação se torna ainda mais importante nos bebês e crianças com histórico familiar de doenças oculares hereditárias, incluindo o glaucoma”, reforça a oftalmologista.
 
Os bebês cujas mães tiveram doenças como rubéola, herpes, sífilis, zika, toxoplasmose e citomegalovírus durante a gestação também precisam ser encaminhados para uma rigorosa consulta oftalmológica. O outro grupo de atenção são as crianças com alterações genéticas.

 
Má formação

Estudos identificaram que o glaucoma primário congênito é proveniente de uma má formação embrionária, que afeta o desenvolvimento da malha trabecular. Essa estrutura é responsável pela drenagem do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular.
 
“É a correta drenagem do humor aquoso que mantém a pressão intraocular (PIO) sob controle. Quando há alguma alteração nesse processo, a PIO aumenta e isso causa danos no nervo óptico. E são esses danos que podem levar à cegueira irreversível”, explica Dra. Maria Beatriz.

 
Tratamento é cirúrgico

O glaucoma pode levar à cegueira irreversível. O tratamento é feito para evitar a progressão dos danos ao nervo óptico e assim prevenir os danos à visão. O principal objetivo do tratamento é manter a pressão intraocular controlada.  
 
O tratamento do glaucoma congênito é, basicamente, cirúrgico. “Quanto antes for tratado, melhor será o prognóstico. A técnica cirúrgica vai depender de vários fatores. Mas, em geral, o procedimento é realizado para normalizar a drenagem do humor aquoso e, com isso, evitar os danos no nervo óptico”, explica Dra. Maria Beatriz.

 
Pré-natal

Algumas causas pré-natais, ou seja, ligadas à gravidez, podem ser prevenidas. “É muito importante que as mulheres na idade fértil estejam com a vacina da rubéola em dia. Também é essencial, antes de engravidar, a realização de exames para detectar doenças como a sífilis, por exemplo”, comenta a especialista.  
 
Mas, com relação aos outros fatores de risco, com as síndromes genéticas e malformações intrauterinas, não há como preveni-los.
 
“O ideal é que todos os recém-nascidos sejam submetidos ao teste do olhinho na maternidade. Além disso, é de suma importância que os pediatras possam reconhecer os sinais e sintomas do glaucoma congênito para encaminhar a criança a um oftalmologista a tempo de evitar a perda da visão”, ressalta Dra. Maria Beatriz.

 
Prognóstico

A evolução do glaucoma congênito depende de vários fatores. Nos casos em que a detecção e o tratamento são precoces, há uma boa chance de a criança não evoluir para um quadro de cegueira.
 
“Por isso, a principal recomendação é procurar um oftalmologista ainda no primeiro ano de vida para uma consulta de rotina, principalmente quando há histórico familiar da doença e outros fatores de risco associados”, finaliza Dra. Maria Beatriz.

5 fatores sobre o ciclo menstrual

  O ciclo menstrual da mulher ainda é marcado por muitas dúvidas. E apesar de comum, ainda é um assunto que muitas mulheres preferem não discutir abertamente. E aí surgem vários mitos em torno da menstruação.


Abaixo, separei alguns fatos sobre o ciclo menstrual, para tirar algumas dúvidas que escuto ou recebo dos seguidores:

1️
É possível engravidar durante a menstruação?

É bastante raro, mas pode acontecer sim. Muitas pessoas pensam que, uma vez que seu corpo está eliminando o óvulo e o revestimento do útero na menstruação, você não poderá engravidar. Porém, o espermatozóide pode sobreviver até cinco dias no corpo feminino, ou seja, ele pode está lá quando você voltar a ovular.



2️
Ter relação sexual é mais prazeroso?

Como há maior irrigação sanguínea na região pélvica, a região fica mais sensível. E como resultado, ela sente mais prazer. Além disso, ela terá mais facilidade para se lubrificar e maior sensibilidade para atingir o orgasmo.



3️
Mulheres que convivem juntas, geralmente menstruam na mesma época?

Pode acontecer sim! A menstruação é uma variação hormonal no corpo feminino e fatores externos podem influenciar no período da mulher. Ao compartilharem momentos de estresse, ansiedade, alimentação, entre outros, o ciclo das duas pode se alinhar.



4️
Há mais risco de contrair ISTs?

Também é verdade! O sangue favorece o crescimento de microorganismos, como fungos, bactérias e fungos. Ou seja, a mulher fica mais propensa a desenvolver uma infecção sexualmente transmissível durante a menstruação.



5️
É normal ter mais acne?

As mudanças hormonais que acontecem no corpo feminino durante o ciclo menstrual fazem as glândulas sebáceas aumentarem a secreção. E como consequência, há maior aparecimento de acne, espinhas e cravos.



Dr. Domingos Mantelli - Ginecologista, Obstetra, Papai da Giulia e da Isabella!
CRM-SP: 107.997 | RQE: 36618
domingosmantelli.com.br


Home office prejudica olhos, mostra pesquis

Pesquisa do IBGE aponta aumento do trabalho remoto na pandemia que leva à fadiga visual. Oftalmologista ensina como prevenir complicações.

 

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Covid-19 (PNAD) do IBGE mostra que na pandemia o trabalho remoto passou de 3% para 12% entre brasileiros com carteira assinada. Muitos aprovam e até preferem a nova modalidade, mas a falta de um horário fixo para iniciar e terminar o expediente está levando a maioria ao esgotamento crônico, também conhecido por Síndrome de Burnout. 

Não é a única complicação. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o olho é o órgão mais afetado pelo trabalho online. Isso porque, é bombardeado por 16,7 milhões de cores geradas pelas telas. Toda esta variação de luminosidade sobrecarrega a musculatura que regula a entrada de luz até a retina, nervo óptico e cérebro onde se formam as imagens. 

“Quem permanece muitas horas realizando trabalho, reuniões ou treinamentos online, bem como enviando e-mails e mensagens no WhatsApp, tem olho seco evaporativo. Isso porque, normalmente piscamos 20 vezes/minuto. Na frente dos monitores de 6 a 7 vezes”, afirma. Significa que a cada 20 minutos de trabalho online piscamos entre 120 e 140 vezes, enquanto normalmente piscaríamos 400 vezes.  “O resultado é a fadiga visual ou síndrome da visão no computador que além do olho seco, provoca vermelhidão, visão embaçada e dor de cabeça”, assinala. 

Um levantamento feito por Queiroz Neto com 1,2 mil jovens e adultos com até 40 anos mostra que o desconforto atinge 75%.  Não é para menos. As telas eletrônicas dificultam manter o foco porque as imagens e textos são formados por pixels que têm o centro mais brilhante que as bordas. Para diminuir o desconforto é necessário usar colírio lubrificante até 4 vezes ao dia. Se ainda assim a  visão embaçada persistir, o oftalmologista afirma que é necessário passar por uma avaliação oftalmológica completa para checar alguma mudança no grau dos óculos ou outras alterações que interferem na lágrima. “Há casos em que é indicado o implante de um plugue para manter a lágrima na superfície do olho ou aplicações de luz pulsada que estimulam a produção da camada lipídica da lágrima.

 

Síndrome cresce após 40 anos

O oftalmologista afirma que a partir dos 40 anos 90% têm a síndrome da visão no computador.  O aumento é causado pela presbiopia ou dificuldade de enxergar de perto, decorrente da perda de flexibilidade do cristalino para alternar a focalização das imagens próximas e distantes.

A partir desta idade, além de colírio lubrificante, Queiroz Neto afirma que é indicado o uso de óculos com lentes especiais para meia distância que melhoram o desempenho nas atividades online. Já aos 50 anos quando o cristalino começa amarelar, menos luz azul penetra nos olhos e a visão de contraste diminui. Por isso, as telas devem ser calibradas com o máximo contraste. A partir dos 60 anos a pupila diminui, reduzindo ainda mais a luz  que chega à retina e precisamos três vezes mais iluminação ambiental que uma pessoa com 20 anos.

 

Lente de contato

Outro problema é que a estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual o médico faz parte, é de que no Brasil metade da população precisa usar óculos ou lente de contato para corrigir miopia, hipermetropia, astigmatismo ou presbiopia.  “Desses, 8,4 milhões usam lente de contato e correm maior risco no trabalho online caso descuidem da lubrificação dos olhos”, ressalta. Isso porque, explica, o olho seco altera a textura, coloração e transparência da lente, antecipando seu vencimento. Pior: “A chance de opacificação por uma úlcera na córnea é 10 vezes maior em quem usa lente danificada”, diz Queiroz. Como se não bastasse, os prontuários do hospital mostram que o uso de lente vencida ou durante a noite respondem por 45% das cicatrizes e úlcera na córnea, terceira maior causa de deficiência visual no mundo.

Por isso, independente da validade indicada na embalagem, a recomendação é interromper o uso e consultar um oftalmologista ao primeiro desconforto.

 

Prevenção

As dicas de Queiroz Neto para evitar desconforto nos olhos durante o trabalho online são:

·         Desvie os olhos da tela a cada 10 minutos para um ponto distante

·         Pisque voluntariamente

·         Acada 20 minutos olhe para um ponto distante por 20 segundos.

·         Posicione a tela 20 graus abaixo da linha dos olhos

·         Reduza o brilho e aumente o contraste da tela.

·         Mantenha a distância de 60 cm entre a tela e os olhos

·         Evite excesso e iluminação direta.



Sono na pandemia: dormir mais que o habitual deve ser um sinal de atenção

Neste longo período de pandemia, os reflexos físicos e mentais já deixaram de ser previsões para tornarem realidade para boa parte da população. A queda na qualidade do sono não ficou de fora dessa lista de efeitos externos que impactam na regulação rítmica de diversos processos fisiológicos do organismo. Segundo o otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Ronaldo dos Reis Américo, é preciso atentar ao volume de sono, desmistificando a percepção de que dormir por mais horas significa eficiência do sono.

O especialista afirma que dormir por mais tempo de maneira rotineira pode indicar distúrbios de latência e baixa eficiência do sono. “Neste período pandêmico, pesquisas nacionais recentes mostram que os distúrbios de sono atingem até 50% da população do país. E, entre as mudanças, está o aumento do volume de horas de sono, sem que haja como reflexo a ampliação da qualidade deste ato”, conta Américo

Dormir por mais horas já é uma rotina na vida de aproximadamente 26% dos brasileiros, como cita o artigo ‘Fatores associados ao comportamento da população durante o isolamento social na pandemia de COVID-19’. O otorrinolaringologista do Edmundo Vasconcelos lembra que é preciso atenção a essa realidade pois o sono tem papel fundamental na saúde. “É durante este momento do dia que regulamos a homeostase do corpo, liberamos grande carga de hormônios e consolidamos a memória”, enfatiza.

Além do maior volume de horas de sono, o cenário de tensão vem colaborando para mais insônia, sonolência excessiva diurna (SED), dificuldade de dormir e acordar em horários propostos e anormalidades comportamentais ligadas ao sono. De acordo com Américo, é importante dar atenção a esse hábito a fim de evitar que as alterações se tornarnem crônicas, com efeitos duradouros e tratamento mais difícil.

Para evitar essas consequências, o médico aconselha seguir medidas de higiene de sono e nunca fazer uso indiscriminado de medicamentos sem supervisão médica, uma vez que eles podem gerar efeitos colaterais significativos e interagir de forma negativa com outras substâncias.


Como pôr em prática a higiene do sono:

  • Opte por atividades mais calmas após o anoitecer;
  • Diminua, de forma progressiva, a luminosidade do ambiente;
  • Reduza o uso de aparelhos eletrônicos emissores de luminosidade como televisores e computadores;
  • Estabeleça uma rotina para o sono, com horário estabelecido para dormir e acordar;

 


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Acondroplasia: entenda por que as pessoas com esse tipo de nanismo podem estar no grupo de risco da COVID-19

- Causada por mutações no gene FGFR3, a acondroplasia é o tipo mais comum de nanismo

- Devido ao crescimento desproporcional dos órgãos e ossos, acondroplásicos podem apresentar problemas cardíacos, neurológicos, auditivos, respiratórios e obesidade

 

A acondroplasia é uma doença responsável pela maioria dos casos de nanismo, que provoca um desenvolvimento atípico dos ossos devido a mutações no gene. FGFR3, responsável pela diminuição da velocidade de crescimento. Devido à alteração genética, esses pacientes podem apresentar diminuição na caixa torácica, prejudicando o funcionamento do pulmão e, portanto, transformando estes pacientes em um grupo de risco para a infecção da COVID-19.

Os indivíduos com acondroplasia lidam com a desproporcionalidade de ossos e órgãos, o que leva a mais sintomas e possíveis complicações de saúde, como: ponte nasal achatada que pode gerar apneia de sono obstrutiva; compressão da medula espinal; articulações hipersensíveis; frequentes infecções de ouvido que podem levar à perda auditiva; estreitamento dos ossos do tórax e crânio frente ao tamanho dos órgãos e propensão à obesidade[i].

Segundo o médico geneticista Wagner Baratela, "em casos de doenças que acometem o sistema respiratório, como o coronavírus, é importante tomar um maior cuidado e reforçar o acompanhamento médico, uma vez que alguns desses pacientes possuem o tórax mais estreito, o que pode agravar o impacto do vírus nos pulmões". A COVID-19 é uma doença complexa que nos casos mais graves acomete principalmente as funções pulmonares devido a uma inflamação causada no local.

Baratela ainda reforça que a obesidade "é uma questão importante e comum quando falamos de acondroplasia, tendo em vista que o indivíduo possui uma limitação ortopédica e que, portanto, possui maior dificuldade em fazer atividade física e precisa optar por esportes de menos impacto. Por ter um gasto energético menor, os acondroplásicos têm uma tendência de acumular mais calorias, logo torna-se essencial um acompanhamento médico multidisciplinar". Como se sabe, segundo especialistas, a obesidade, assim como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e a diminuição da capacidade pulmonar, são considerados fatores de risco que levam pacientes infectados com COVID-19 a um estado grave[1].

Por essa razão a priorização da vacinação de pessoas com doenças raras é um tópico importante. O tema, que foi discutido, no último mês, em audiência pública realizada pelas comissões de Seguridade Social e Família e a dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados[2], ainda não é realidade para todos, um cenário de obstrução de acesso que o portador de doença rara está acostumado.

Diferente do nanismo pituitário, em que o indivíduo apresenta uma estatura 20% menor do que média da população - ocasionado por distúrbios metabólicos e hormonais - e ainda assim existe proporcionalidade no crescimento dos ossos e órgãos[3], os acondroplásicos enfrentam, por toda a vida, inúmeras complicações que vão além dos sintomas físicos mais perceptíveis. Doenças respiratórias, neurológicas e cardiovasculares podem ser evitadas com acesso a diagnóstico e tratamento precoce, assim como a uma equipe médica multidisciplinar. "Graças ao avanço da ciência esse paciente começa a ter mais opções de desenvolvimento, que levam a uma vida mais saudável e com mais qualidade", finaliza o especialista.



Sobre a Acondroplasia


A acondroplasia é uma displasia óssea, em que o gene FGFR3 modificado atua de forma exagerada e impede o crescimento normal e estimula um crescimento desproporcional de alguns ossos. Em geral, a altura média das mulheres adultas é de 140 cm, enquanto a dos homens adultos é de 150 cm[4].

Apesar de ser o tipo mais comum de nanismo, a acondroplasia é considerada uma doença rara, com incidência de 1 a cada 25.000 nascimentos[5]. Embora esse tipo de nanismo possa se manifestar na criança devido a herança do gene de algum dos pais, na realidade, em 80% dos casos, a criança nasce com a condição devido a uma nova mutação, mesmo que tenha pais com a estatura média. A chance de pais sem a condição terem outro filho com a doença é baixa, porém para os pais acondroplásicos a porcentagem sobe para no mínimo 50%[6].

O diagnóstico é feito a partir da observação de aspectos presentes em exames clínicos e radiológicos, em razão disso é possível ter o diagnóstico pré-natal através da ecografia de rotina do 3° trimestre que poderá ser confirmado com a amniocentese, exame em que se colhe o líquido amniótico[ii].

Até o momento não existe cura para a acondroplasia, entretanto existem tratamentos e ações que podem ser colocados em prática para o controle e manutenção tanto da doença quanto dos seus sintomas. Para isso, a equipe médica multidisciplinar e o avanço da ciência têm mostrado resultados promissores para esta população.




BioMarin

 

Referências
[1]https://www.paho.org/pt/covid19.
[2]https://www.camara.leg.br/noticias/768270-comissoes-debatem-vacinacao-para-pessoas-com
[3]https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/nanismo/. Acesso em 01 de julho de 2021.
[4]https://www.hospitalinfantilsabara.org.br/sintomas-doencas-tratamentos/acondroplasia-ou-nanismo/. Acesso em 01 de julho de 2021.
[5]Waller DK, Correa A, Vo TM, et al. The population-based prevalence of achondroplasia and thanatophoric dysplasia in selected regions of the US. Am J Med Genet A. 2008 Sep 15;146A(18):2385-9. doi: 10.1002/ajmg.a.32485. Acessom em 01 de julho de 2021
[6]Nanismo Acondroplásico é o mais comum - So mos Todos Gigantes. Acesso em 01 de julho de 2021.


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