Uso
de células-tronco mesenquimais é capaz de restaurar órgãos afetados pelo vírus,
melhorando a qualidade de vida do paciente
Um estudo, publicado
em 2020 pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), apontou que
entre 143 pacientes avaliados na Itália com Covid-19, 30% relataram
persistência de pelo menos um sintoma da doença, mesmo após 9 meses de cura.
Dentre suas manifestações, o quadro da doença é caracterizado por cansaço,
febre e tosse seca, podendo se agravar em dificuldade para respirar, dores no
peito e perda de fala ou movimento. A situação permanente do prognóstico
mostrou ainda que o vírus promove infecções secundárias, atingindo órgãos
vitais, como coração, pulmão e rins, que, até então, funcionavam normalmente.
Desde então, tratamentos para reverter as sequelas vem sendo estudados e a
Terapia Celular se mostra como uma opção favorável aos efeitos deixados pelo
coronavírus.
Segundo Dr. Nelson
Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP,
esse método consiste na utilização de células-tronco mesenquimais para tratar
disfunções no organismo. "Considerada como um agente imunomodulador e
regenerador, essas células são capazes de restaurar o órgão em que for
implantada, melhorando a qualidade de vida do paciente. No caso da Covid-19, o
procedimento oferece suporte ao sistema imunológico e repara os danos causados
pela inflamação causada pelo vírus", explica.
Um artigo publicado na
Elsevier, empresa global de informações analíticas, apontou que a Terapia
Celular pode auxiliar no tratamento das síndromes respiratórias decorrentes do
novo coronavírus. Um estudo realizado com 13 pacientes tratados com ventilação
mecânica intensiva resultou na melhora do quadro de saúde de todos os
voluntários, poucos dias após serem submetidos ao procedimento com
células-tronco mesenquimais.
De acordo com o
especialista, esse tipo de material biológico se diferencia por sua
multipotência e propriedades de autorrenovação. "Há muitos anos essas
células são analisadas por conseguirem se regenerar em diversos tecidos, como o
muscular, adiposo, ósseo, tendões, cartilagem e até mesmo células neurais. Em
um momento de emergência global de saúde, sem tratamento curativo, os testes
com células-tronco para minimizar o mal-estar de indivíduos atingidos pela
Covid-19 são mais que bem-vindos", comenta.
Por fim, Dr. Nelson
aponta que apesar de já existirem vacinas para combater o vírus, o imunizante é
utilizado como um método preventivo, evitando o contágio da doença. "Já o
procedimento com o material biológico é uma nova proposta da ciência para
reparar os danos permanentes", conclui.
Criogênesis
https://www.criogenesis.com.br
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