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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Causa comum de cegueira, glaucoma pode ser controlado se tratado precocemente


Visitas regulares ao oftalmologista podem ajudar a diagnosticar a doença em seus estágios iniciais; são identificados 2,4 milhões de novos casos a cada ano 


Segunda causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é uma doença em ascensão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são diagnosticados 2,4 milhões de novos casos a cada ano. Se em 2010 existiam 60 milhões de pessoas com glaucoma, a projeção é de que esse número chegue a 80 milhões em 2020.  Hoje, um a cada 40 adultos com mais de 40 anos tem a doença. Mas o problema, quando diagnosticado precocemente, pode ser tratado, evitando a perda total da visão. Para isso, o desafio dos médicos é conscientizar a população sobre a importância de visitas regulares ao oftalmologista, ao menos uma vez por ano. 

 “Graças aos conhecimentos adquiridos nos últimos anos, podemos dizer que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado permitem ao indivíduo ter sua visão por toda vida”. A afirmação é do especialista Cristiano Caixeta Umbelino, diretor da Sociedade Brasileira de Glaucoma e oftalmologista assistente do Departamento de Oftalmologia da Santa Casa de São Paulo. O especialista ressalta que grande parte das pessoas acometidas pela enfermidade só procura o médico em um estágio avançado da doença, o que dificulta o tratamento.  

Nos estágios iniciais, a doença é assintomática, daí a importância das consultas de rotina. “Existe uma cultura errada na sociedade de que, quando a pessoa envelhece, é normal ter defasagem na visão. Isso é um grande mito. A consulta periódica ao oftalmologista pode diagnosticar o glaucoma e outras doenças oculares, evitando sua progressão”, alerta o médico.

Hereditário, degenerativo e progressivo, o glaucoma pode causar cegueira em todos os pacientes, mas asiáticos e negros são mais suscetíveis à doença. O tipo mais comum da enfermidade é o primário de ângulo aberto, com 74% dos casos. Os outros 26% dividem-se entre glaucoma primário de ângulo fechado, secundário decorrente de outras doenças, como a diabete, por exemplo, e o tipo congênito. 

 “No olho existe um espaço que chamamos ângulo ou seio camerular, neste local ocorre naturalmente a drenagem do humor aquoso. Mas, quando por algum problema a drenagem do humor aquoso é dificultada, o escoamento do líquido torna-se ineficaz. Desta forma, a quantidade que não foi drenada fica presa, levando ao aumento da pressão dentro do olho (intraocular) e afetando o nervo óptico, que é responsável pela condução da imagem ao cérebro”, explica o especialista. 

O tratamento do glaucoma, hoje, pode ser feito com colírios. As drogas de primeira escolha para o tratamento do glaucoma são os medicamentos pertencentes à classe das prostaglandinas. Entre elas está o Xalatan, com o princípio ativo latanoprosta, que age melhorando o escoamento do humor aquoso. Uma gota do medicamento, uma vez ao dia, pode ser suficiente para o controle do glaucoma em determinados casos. Estudos que avaliaram a eficácia das medicações mostraram que a maioria dos pacientes que usa os colírios corretamente (sob orientação do médico oftalmologista) consegue manter uma boa taxa de sucesso no tratamento, com controle adequado da pressão intraocular. Para casos mais graves, que já não respondem à medicação, há opções cirúrgicas. 



PFIZER

Tratamento do diabetes em idosos merece atenção


Doenças associadas e risco de hipoglicemia estão entre as dificuldades do controle da glicemia em pessoas com mais de 60 anos


Mais de 382 milhões de pessoas sofrem de diabetes no mundo, 11,9 milhões só no Brasil, segundo dados do IDF (International Diabetes Federation). A prevalência e a incidência do diabetes tipo 2 em idosos vêm crescendo proporcionalmente ao aumento da expectativa de vida da população. Estima-se que 10 milhões de pessoas (26,9% da população mundial) com idade igual ou superior a 65 anos tenham diabetes, segundo dados do Center for Disease Control and Prevention. Muitas delas não sabem ser portadoras da doença. Em 2013, 226 mil adultos morreram em decorrência do diabetes nas Américas do Sul e Central, mais da metade (56%) com mais de 60 anos.

O impacto do diabetes tipo 2 nos idosos tem recebido atenção especial da comunidade médica e científica nos últimos anos. Isso porque o tratamento da doença nessa população é um desafio, já que inúmeros fatores podem dificultar o controle da glicemia, como condições médicas, doenças associadas, uso de outros medicamentos e a possibilidade de interação medicamentosa, características comuns a essa faixa etária.

A idade avançada também é um fator de risco para a hipoglicemia (nível baixo de açúcar no sangue), problema que pode ser ocasionado pela omissão ou atraso de refeições, por exercícios físicos excessivos ou por doses elevadas de insulina e/ou alguns medicamentos para diabetes. Ela é potencialmente perigosa para os idosos por apresentar sintomas que podem ser confundidos com os comuns à idade avançada, como calafrios, tontura, sudorese, fome, cefaleia, palidez, alteração repentina do humor ou do comportamento e confusão mental. Sem diagnóstico, a hipoglicemia pode aumentar a chance de quedas e comprometer o sistema nervoso central, o que aceleraria a evolução do Alzheimer, já que o baixo nível de açúcar no sangue pode levar à morte de neurônios e à demência.

A baixa adesão ao tratamento nessa faixa etária também é um problema, já que as múltiplas condições médicas podem dificultar o comprometimento dos pacientes com a terapia. É comum que idosos se preocupem mais com a capacidade funcional e a habilidade de manter as atividades do dia a dia do que com os objetivos específicos do tratamento. Sem o controle efetivo do diabetes, eles acabam ficando suscetíveis aos riscos associados à doença. Cerca de 20% dos diabéticos morrem de insuficiência renal e 50%, de ataque cardíaco. O diabetes ainda traz impactos negativos na qualidade de vida: a doença é responsável por um milhão de amputações dos membros inferiores ao ano e por 5% dos casos de cegueira em todo o mundo, segundo a World Diabetes Foundation. Aproximadamente um terço das pessoas com diabetes desenvolvem retinopatias ou algum grau de lesão nos olhos relacionados à doença.

Por esses motivos, é fundamental que o tratamento do idoso seja feito individualmente, levando em consideração as peculiaridades da idade, com acompanhamento multidisciplinar e comportamental, além do controle da glicemia. A boa notícia é que hoje já existem medicamentos eficazes, os chamados inibidores de DPP-4, que agem de forma glicose-dependente, atuando apenas quando a glicemia está aumentada, reduzindo o risco dos episódios de hipoglicemia e proporcionando, assim, mais qualidade de vida para o paciente.



Conheça 10 exames que podem diagnosticar causas da infertilidade


Mesmo sem descobrir porque não conseguem engravidar, metade dos pacientes submetidos aos tratamentos de fertilidade pode ter filhos

Apesar de 10% dos casos de infertilidade não terem a causa identificada pela medicina, quando submetidos ao tratamento de reprodução assistida, esses casais chegam a ter até 50% de chances de conseguir engravidar. “Em homens e mulheres, as causas de infertilidade variam conforme as predisposições genéticas, idade biológica e fatores externos que eventualmente podem ter causado a incapacidade de ter filhos”, observa a Dra. Claudia Gomes Padilla, médica especialista em reprodução humana do Grupo Huntington. 

Por outro lado, um diagnóstico mal realizado pode não identificar as razões da infertilidade e sugerir, de forma equivocada, que o problema não tem causa conhecida. Por isso, a Dra. Claudia listou alguns exames que podem ser utilizados para garantir que as causas da infertilidade serão checadas até a última hipótese antes de dada como não diagnosticável: 

1- Dosagem de hormônios – Deve ser realizado para avaliar atividade ovariana e desenvolvimento dos folículos, assim como os períodos de ovulação. Os hormônios dosados geralmente são FSH, LH, Estrogênio, Prolactina, Progesterona, hormônio anti-mulleriano. Em casos específicos adicionam-se hormônios da tireoide e androgênios.

2- Ultrassonografia transvaginal seriada– Realizada diversas vezes durante o ciclo ovulatório, serve basicamente para checar o tamanho dos folículos ovarianos e, assim, ter uma noção de quando eles estão realmente maduros para a coleta dos óvulos ou para ovulação natural durante o processo de inseminação ou coito programado. 

3 - Biópsia do endométrio - Trata-se de uma análise microscópica de fragmento do endométrio, realizada ao final do ciclo menstrual, para avaliar a ação hormonal sobre a receptividade do endométrio. 

4 - Histerossalpingografia – Detecta anormalidades em órgãos como trompas e útero, que possam dificultar ou impedir a gravidez. A interpretação desse exame depende muito da habilidade do médico, pois até as mais sutis alterações na anatomia dos órgãos reprodutivos devem ser consideradas. 

5 - Histerossonografia – Também diz respeito à checagem da anatomia dos órgãos reprodutivos. Uma sonda é introduzida no útero por via vaginal e através dela é injetado um fluído que preenche a cavidade uterina e as trompas. É muito relevante para diagnóstico de alterações da cavidade endometrial.

6 - Ultrassonografia endovaginal com preparo intestinal– Sua principal indicação é a pesquisa de endometriose que afeta cerca de 40% das mulheres com dificuldade de engravidar. Além disso pode diagnosticar problemas ovarianos como cistos, tumores, miomas, malformação estrutural do útero e alterações anatômicas do endométrio.  

7 - Videolaparoscopia – Realizado sob anestesia geral, uma microcâmera de vídeo é introduzida no abdome por uma pequena incisão perto do umbigo. Esse aparelho permite visualizar os órgãos reprodutivos em tempo real.

 Permeabilidade tubária, endometriose e aderências podem ser detectadas e operadas sem necessidade de métodos mais invasivos, já que o aparelho também permite a introdução de outros instrumentos para realizar cirurgias.  

8 - Videohisteroscopia – Exame no qual uma câmera é introduzida pelo colo uterino e atinge a cavidade endometrial. É o melhor exame para detecção de anormalidades da cavidade endometrial e colo uterino como pólipos, miomas e sinéquias. 

9 - Espermograma – Através do sêmen colhido pela masturbação, o exame identifica por análises macro e microscópicas a acidez, volume, cor, motilidade, vitalidade e morfologia dos espermatozoides para averiguar possíveis anomalias. 

10- Exames genéticos- A análise de anormalidades cromossômicas no homem ou na mulher por meio do exame de cariótipo é importante para detectar possíveis alterações que possam levar a formação de embriões com problemas genéticos que causam falha de implantação ou abortos. Também a fragmentação de DNA seminal analisa o papel do sêmen na genética do embrião. Além disso, é importante lembrar que é possível a identificação de anormalidades cromossômicas embrionárias por meio do exame de biópsia embrionária realizado durante um procedimento de fertilização in vitro em casais com maior probabilidade de apresentar alterações genéticas.




Huntington Medicina Reprodutiva - www.huntington.com.br



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