Mesmo
sem descobrir porque não conseguem engravidar, metade dos pacientes submetidos
aos tratamentos de fertilidade pode ter filhos
Apesar de 10% dos casos de
infertilidade não terem a causa identificada pela medicina, quando submetidos
ao tratamento de reprodução assistida, esses casais chegam a ter até 50% de
chances de conseguir engravidar. “Em homens e mulheres, as causas de
infertilidade variam conforme as predisposições genéticas, idade biológica e
fatores externos que eventualmente podem ter causado a incapacidade de ter filhos”,
observa a Dra. Claudia Gomes Padilla, médica especialista em reprodução humana
do Grupo Huntington.
Por outro lado, um
diagnóstico mal realizado pode não identificar as razões da infertilidade e
sugerir, de forma equivocada, que o problema não tem causa conhecida. Por isso,
a Dra. Claudia listou alguns exames que podem ser utilizados para garantir que
as causas da infertilidade serão checadas até a última hipótese antes de dada
como não diagnosticável:
1- Dosagem de hormônios – Deve ser realizado para avaliar atividade
ovariana e desenvolvimento dos folículos, assim como os períodos de ovulação.
Os hormônios dosados geralmente são FSH, LH, Estrogênio, Prolactina,
Progesterona, hormônio anti-mulleriano. Em casos específicos adicionam-se
hormônios da tireoide e androgênios.
2- Ultrassonografia transvaginal seriada–
Realizada diversas vezes durante o ciclo ovulatório, serve basicamente para
checar o tamanho dos folículos ovarianos e, assim, ter uma noção de quando eles
estão realmente maduros para a coleta dos óvulos ou para ovulação natural
durante o processo de inseminação ou coito programado.
3 - Biópsia do endométrio - Trata-se de uma análise microscópica de
fragmento do endométrio, realizada ao final do ciclo menstrual, para avaliar a
ação hormonal sobre a receptividade do endométrio.
4 - Histerossalpingografia – Detecta anormalidades em órgãos como
trompas e útero, que possam dificultar ou impedir a gravidez. A interpretação
desse exame depende muito da habilidade do médico, pois até as mais sutis
alterações na anatomia dos órgãos reprodutivos devem ser consideradas.
5 - Histerossonografia – Também diz respeito à checagem da anatomia dos
órgãos reprodutivos. Uma sonda é introduzida no útero por via vaginal e através
dela é injetado um fluído que preenche a cavidade uterina e as trompas. É muito
relevante para diagnóstico de alterações da cavidade endometrial.
6 - Ultrassonografia endovaginal com preparo intestinal– Sua principal
indicação é a pesquisa de endometriose que afeta cerca de 40% das mulheres com
dificuldade de engravidar. Além disso pode diagnosticar problemas ovarianos
como cistos, tumores, miomas, malformação estrutural do útero e alterações
anatômicas do endométrio.
7 - Videolaparoscopia – Realizado sob anestesia geral, uma microcâmera
de vídeo é introduzida no abdome por uma pequena incisão perto do umbigo. Esse
aparelho permite visualizar os órgãos reprodutivos em tempo real.
Permeabilidade tubária, endometriose e aderências podem ser detectadas e
operadas sem necessidade de métodos mais invasivos, já que o aparelho também
permite a introdução de outros instrumentos para realizar cirurgias.
8 - Videohisteroscopia – Exame no qual uma câmera é introduzida pelo
colo uterino e atinge a cavidade endometrial. É o melhor exame para detecção de
anormalidades da cavidade endometrial e colo uterino como pólipos, miomas e
sinéquias.
9 - Espermograma – Através do sêmen colhido pela masturbação, o exame
identifica por análises macro e microscópicas a acidez, volume, cor,
motilidade, vitalidade e morfologia dos espermatozoides para averiguar
possíveis anomalias.
10- Exames genéticos- A análise de anormalidades cromossômicas no homem
ou na mulher por meio do exame de cariótipo é importante para detectar
possíveis alterações que possam levar a formação de embriões com problemas
genéticos que causam falha de implantação ou abortos. Também a fragmentação de
DNA seminal analisa o papel do sêmen na genética do embrião. Além disso, é
importante lembrar que é possível a identificação de anormalidades
cromossômicas embrionárias por meio do exame de biópsia embrionária realizado
durante um procedimento de fertilização in
vitro em casais com maior probabilidade de apresentar alterações genéticas.
Huntington
Medicina Reprodutiva - www.huntington.com.br
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