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terça-feira, 10 de julho de 2018

Saiba mais sobre osteoporose, doença silenciosa que atinge 15 milhões de brasileiros



Médico fala como prevenir mal que é responsável por 8,9 milhões de fraturas por ano


A cada três segundos, uma pessoa sofre uma fratura decorrente da osteoporose - responsável anualmente por 8,9 milhões de fraturas, de acordo com a Federação Internacional da Osteoporose (IOF). Estima-se que uma em cada três mulheres ou um em cinco homens, com mais de 50 anos já sofreram ou ainda vão sofrer alguma lesão osteoporótica. No Brasil, a doença chega a atingir 15 milhões de pessoas.

Os números são alarmantes, ainda mais porque a doença não apresenta sintomas, dificultando o diagnóstico precoce, como explica o médico ortopedista, subespecialista em cirurgia de coluna menos invasiva, Rodrigo Souza Lima, da Ortosul. Segundo ele, os indícios só começam a aparecer quando o problema se agrava ou, quando há fraturas. "Os sintomas vão aparecendo com a agravamento da doença. Entre eles, a diminuição da estatura ao decorrer dos anos, dor e sensibilidade nos ossos, dor na região lombar e no pescoço por conta de fratura nos ossos da coluna vertebral, encurvamento da postura. Além de dores no pescoço, causadas por fraturas nos ossos da coluna", pontua.

O médico acrescenta que a forma mais comum de se notar o problema são as fraturas sem traumas, mais comuns no fêmur, coluna, colo e mesmo no punho. "Os principais grupos de risco para desenvolver a osteoporose são as mulheres, especialmente depois da menopausa, decorrente da baixa hormonal, os caucasianos, magros, sedentários e tabagistas", afirma o especialista.


Como evitar a osteoporose?

De acordo com a nutricionista funcional e oncológica Michelle Mendes, da Aliança Instituto de Oncologia, o consumo de alimentos ricos em cálcio, como couve e brócolis, repolho, leite e derivados, ajuda a manter a saúde dos ossos. Ela explica que o leite possui uma grande quantidade de cálcio, porém a fração absorvida pelo organismo é pequena. Já a couve e o brócolis, por exemplo, apesar de possuírem uma quantidade menor que o leite, apresentam uma absorção mais fácil pelo corpo humano. "Além do cálcio, a saúde dos nossos ossos depende de vários outros nutrientes como a vitamina D, vitamina K e os minerais magnésio, cobre e zinco", destaca.


Qual o exercício mais indicado?

O instrutor de musculação da Bodytech Lago Sul, Luiz Henrique Quadros afirma que é de extrema importância procurar um profissional habilitado para planejar e orientar sobre os exercícios corretos. Quadros relata que de uma forma geral todos os exercícios auxiliam no tratamento e até mesmo previnem o aparecimento da osteoporose.

"Antigamente os exercícios de impacto como corrida e saltos eram contra indicados por expor as articulações e ossos, mas hoje é sabido que até mesmo a contração muscular (atrito de músculos e ossos) pode causar um dano de pequena magnitude que proporciona melhoras ao quadro", complementa.




COMPENSAR O SONO ATRASADO PODE COMPROMETER A SAÚDE


Costume não é eficaz e pode piorar o estresse, além de atrapalhar a concentração


A rotina de acordar cedo e dormir tarde está presente no dia a dia de muitas pessoas que acabam descansando poucas horas por noite durante toda a semana, e, no final de semana querem compensar o sono acumulado. Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina Penn State, nos Estado Unidos, aponta que dormir mais nos dias de descanso não repõe os danos causados pela privação de sono nas noites anteriores. A atitude pode diminuir a sonolência do indivíduo, mas não é capaz de melhorar o desempenho cognitivo.

Para a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, acordar muito tarde aos finais de semana pode ser bastante prejudicial para a qualidade do sono nos outros dias. “O relógio biológico fica desregulado e a longo prazo pode ser prejudicial,  causando distúrbios do sono. O ideal é ter uma rotina de descanso regular”, explica.

A especialista ainda acrescenta que, além das horas de sono necessárias para cada indivíduo, a qualidade desse descanso é importante para a manutenção da saúde do corpo e da mente. Estudos comprovam que quem dorme menos do que o necessário tem menos vigor físico, envelhece precocemente e está mais propenso à doenças. “A recuperação do sono deve ser feita de forma gradual e a longo prazo para restaurar o padrão natural”, finaliza.

Para uma noite de sono ideal é importante se atentar à alguns detalhes. Confira abaixo:


  • Atenção à postura
A postura correta ao dormir, associada ao uso do travesseiro correto, é imprescindível para um repouso de qualidade. A posição de lado com dois travesseiros é a mais indicada pelos especialistas. Um deles deve apoiar a cabeça, em altura que se encaixe perfeitamente entre ela e o colchão, formando um ângulo de 90 graus no pescoço. O segundo travesseiro deve ser usado entre os joelhos, que devem estar semiflexionados, para melhor alinhamento da coluna.


  • Silêncio e ambiente escuro
Mantenha o ambiente escuro. A claridade interfere na produção da melatonina, o hormônio que avisa o cérebro que está na hora de dormir. Além disso, evite atividades que atrapalhem um sono profundo, como assistir TV deitado na cama, utilizar o computador ou ficar horas no celular. 


  • Alimentos leves antes de dormir
Quanto maior a refeição noturna, maior a dificuldade de digestão. Portanto, alimente-se até três horas antes de ir para a cama e dê preferência a alimentos que ajudem a relaxar, entre eles, alface, maçã, pepino, salsão e ervas, como a camomila e a cidreira. Alimentos ricos em triptofano, como banana, leite, queijo branco, abacate e soja, também ajudam a proporcionar noites bem dormidas, pois participam da formação da melatonina.


  • Atividades relaxantes
Procure relaxar. Até três ou quatro horas antes de deitar faça alguns movimentos tranquilos de alongamento. Ao liberar adrenalina, o exercício físico aquece e relaxa a musculatura, evitando lesões, dores musculares e problemas ortopédicos.




Duoflex


Álcool: o inimigo silencioso


No Brasil discute-se com muita frequência o problema do uso de drogas. Essa discussão, muitas vezes controversa e acalorada, é justificada e necessária. 

Entretanto, quero defender aqui que estamos, como país, negligenciando a principal discussão de saúde pública. A principal droga que compromete e provoca danos à nossa população é o álcool, droga legal, que pode ser comprada em nosso país em praticamente qualquer local, a qualquer hora do dia e na quantidade que se queira, inclusive por menores, em franco desrespeito à lei.

Mais urgente e importante para o Brasil do que a discussão sobre drogas ilícitas é a regulação da droga lícita mais nociva para a sociedade, que é o álcool. Para que avancemos, como um país que se preocupa com a saúde de seus cidadãos, é fundamental que estabeleçamos regras para o consumo do álcool. Estas regras visam à limitação da quantidade de álcool ingerida e, com isso, reduzem a chance de doenças físicas e mentais, da violência doméstica, do abuso infantil, da perda de produtividade acadêmica, etc. Todos esses problemas têm forte associação com o uso de álcool.

O melhor modo de controlar o uso de álcool é pela regulação ambiental. Medidas como o controle das horas do dia em que se pode vender álcool e a limitação completa de sua publicidade são as primeiras a ser tomadas e têm que ser reforçadas na agenda de saúde pública, sem hesitação. É tempo de ajustarmos nossas decisões políticas às verdadeiras necessidades de nossos cidadãos.





Prof. Dr. Guilherme Messas -, Psiquiatra especialista em Álcool e Drogas, é Professor e Coordenador do Programa de Duplo Diagnóstico em Álcool e Outras Drogas da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Coordenador da Câmara Temática Interdisciplinar sobre Drogas do Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Contato: gmessas@gmail.com


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