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segunda-feira, 7 de maio de 2018

07 de maio: Dia do Oftalmologista


 Astigmatismo atinge 60% dos brasileiros 

Falta de informação e insegurança dificultam adesão de pacientes e médicos a lentes de contato corretivas


O Dia do Oftalmologista é comemorado anualmente no dia 07 de maio. A data tem o objetivo de homenagear os profissionais que nos ajudam a preservar a saúde ocular. Um de seus propósitos é reforçar uma parte importante da rotina dos oftalmologistas: a de conscientizar a população sobre problemas oculares, que são muito comuns e contam hoje com métodos corretivos como óculos e lentes de contato.

Um dos problemas de refração mais comuns é o astigmatismo, que atinge cerca de 60% dos brasileiros1, um número superior à média mundial. Olhos astigmatas não formam a imagem em um único ponto focal na retina – camada mais interna do olho que é sensível à luz – fazendo com que as imagens sejam formadas em mais de um ponto e, por isso, acabam sendo interpretadas como "borradas". O astigmatismo pode apresentar diferentes graus de intensidade e a correção é indicada mesmo para graus baixos, já que impedem uma visão nítida.

Até pouco tempo, a única forma de corrigir o astigmatismo era por meio de óculos. A boa notícia é que existem, hoje, lentes de contato corretivas capazes de resolver o problema e garantir ao paciente uma visão perfeita mesmo quando o uso dos óculos não é recomendado – como durante atividades físicas. Mas nem todos se beneficiam ainda: "Apesar do astigmatismo ser muito comum, é preciso levar mais informação à população sobre os métodos corretivos. Cerca de 22% dos pacientes não sabem que têm o problema e 12% acham que ele não é possível corrigi-lo", afirma a Dra. Tatiana Souto, oftalmologista da Johnson & Johnson Vision. Isso ocorre não só por falta de informação, mas também porque o astigmatismo pode estar associado com miopia e hipermetropia, o que pode confundir pacientes.

Além disso, os pacientes com a condição alegam não se adaptar ao uso de lentes de contato: cerca de 65% dos que abandonam a categoria têm astigmatismo2.

 Isso acontece pois na maior parte dos casos ele não é corrigido da forma adequada, já que requer um tipo específico de lente de contato. Esses pacientes acabam usando lentes esféricas, indicadas para miopia, hipermetropia e presbiopia, quando deveriam usar lentes tóricas, próprias para o astigmatismo. As lentes tóricas contam com uma tecnologia de estabilização que ajuda a posicioná-las corretamente e garantir uma correção eficiente em qualquer situação. É o caso de ACUVUE OASYS® para ASTIGMATISMO com HYDRACLEAR® PLUS, que conta com o exclusivo desenho de estabilização acelerada. Essas lentes, além de corrigir o astigmatismo, garantem aos pacientes conforto, estabilidade visual, hidratação ocular adequada e alto nível de proteção UV.

"É importante informar pacientes e médicos sobre os benefícios das lentes tóricas, já que cerca de 28% dos astigmatas não sabem que existem lentes próprias para a condição e 18% dos oftalmologistas não as prescrevem por não conhecerem a categoria ainda", afirma a especialista. O desafio é o de incentivar pacientes com astigmatismo a conversarem mais à fundo com os seus médicos sobre o uso de lentes tóricas, que são muito bem aceitas por pacientes e médicos. Cerca de 78% de astigmatas que usam esse tipo de lente reconhecem a sua superioridade em relação às lentes esféricas3 e 9 a cada 10 profissionais consideram as lentes tóricas fáceis de adaptar4).


Informações importantes para os usuários de lentes de contato

A escolha da lente de contato deve ser feita pelo paciente em conjunto com o oftalmologista e o uso deve ser acompanhado regularmente pelo médico. Para evitar desconforto e problemas oculares originados pelo mau uso, siga sempre as instruções de utilização e troca que acompanham o produto e são fornecidas pelo fabricante, além de seguir as recomendações extras fornecidas pelo oftalmologista. Não use lentes de contato se tiver infecção ocular ou desconforto, lacrimejamento excessivo, alterações da visão, vermelhidão ou outros problemas oculares. Se um desses problemas ocorrer, entre em contato com seu oftalmologista imediatamente. Você nunca deve compartilhar as lentes de contato com outras pessoas. Para obter mais informações sobre uso, cuidados e segurança apropriados, consulte o guia de instruções ao usuário (fornecido com o produto) ou fale com seu oftalmologista. Visite a página acuvue.com.br para saber mais sobre a lente mais adequada para cada tipo de usuário.


Sobre ACUVUE OASYS® para ASTIGMATISMO com HYDRACLEAR® PLUS
Para corrigir o astigmatismo, condição que faz com que os olhos formem imagens em dois pontos focais, as lentes de contato têm de estar corretamente posicionadas sobre o olho e o ideal é que não girem. A maior parte das lentes procura garantir estabilidade por meio de prisma de lastro, com uma área mais grossa e pesada na sua parte inferior, que é puxada pela gravidade, ajudando a posicioná-las. Contudo, esse método pode apresentar problemas quando o paciente está em movimento, inclinado ou movendo os olhos muito rapidamente. ACUVUE OASYS® para ASTIGMATISMO com HYDRACLEAR® PLUS traz a tecnologia DEA (Desenho de Estabilização Acelerada), com quatro zonas de estabilização que interagem de forma dinâmica com a pressão natural das pálpebras e realinham o ângulo das lentes automaticamente a cada piscada, garantindo mais estabilidade e conforto.




Johnson & Johnson Vision

Principais avanços no tratamento da catarata



        Novas condutas e tecnologias serão apresentadas durante o XVIII Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa


A catarata, problema na opacidade do cristalino que dificulta a realização de atividades comum no dia a dia, como ler, por exemplo, é uma doença milenar que acomete, principalmente, os idosos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas. 

Apesar deste cenário parecer desalentador, os avanços nos tratamentos de doenças oculares e no estado da arte da cirurgia oftalmológica continuam crescentes.  A Dra. Renata Attanasio de Rezende Bisol (CRM-SP 52 66927-0), membro da Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR-BRASCRS) e diretora de Cursos e Publicações (Seção Catarata) do XVIII Congresso Internacional de Catarata e Cirurgia Refrativa*, destaca alguns pontos importantes sobre os novos tratamentos para catarata que serão apresentados e debatidos durante o evento científico que reunirá importantes nomes da oftalmologia nacional e internacional. Confira.


1.    Quais os principais avanços no tratamento da catarata?

Por enquanto não há terapia clínica para a catarata.A partir do momento que o oftalmologista faz o diagnóstico e que existe repercussão clínica, o único tratamento eficaz é o cirúrgico onde se substitui o cristalino opaco por uma lente intraocular transparente. 

Pesquisas e estudos experimentais têm sido realizados em animais com o uso de colírios contendo substâncias como a N-acetil-carnosina, antioxidante que parece prevenir e até mesmo dissolver complexos proteicos causadores de certas opacidades cristalinanas.

Os avanços no tratamento cirúrgico da catarata nos últimos anos foram diversos e pode-se destacar:

-       A redução gradual do tamanho das incisões, viabilizada por conta das modificações nas ponteiras dos aparelhos de facoemulsificação e disponibilidade de cartuchos mais finos permitindo o implante da lente intraoculare (LIO) por incisão cada vez menor;

-       A introdução do LASER de femtosegundo que possibilitou uma maior precisão e reprodutibilidade na arquitetura das incisões, no tamanho da capsulorrexe, além de auxiliar nas fraturas da catarata reduzindo assim o gasto de poder de facoemulsificação diminuindo, desta forma, o trauma cirúrgico;

-       Disponibilidade de viscoelásticos que oferecem maior proteção das estruturas intraoculares como íris, endotélio e cápsula do cristalino;

-       Facoemulsificadores com melhor controle de fluídica, permitindo melhor controle da profundidade da câmara anterior e redução do efeito surge associado a menor poder de faco com mecanismos de movimentação torcional da ponteira com alta eficácia e baixa energia, gerando menos trauma aos tecidos e reduzindo complicações, como roturas da cápsula posterior;

-       Desenvolvimento de aparelhos que realizam medidas pré-operatórias do grau da lente intraocular a ser implantada (biometria) mais precisas e introdução de fórmulas biométricas com melhores resultados refracionais até mesmo em olhos cuja anatomia fogem do padrão usual (muito longos, curtos ou submetidos a cirurgias refrativas prévias);

-       Desenvolvimento de técnicas mais precisas de medidas de eixo para implante de LIOs tóricas, sendo disponível inclusive sistema cuja visualização do eixo aparece na imagem do microscópio cirúrgico;

-       Desenvolvimento de lentes intraoculares que visam correção das diversas ametropias prévias com enfoque do tratamento da presbiopia cujas lentes de foco estendido e as trifocais vêm mostrando resultados promissores quando comparadas às de geração anterior.


2.    Sabe-se que a cirurgia é o tratamento padrão ouro para este problema. Existe alguma nova técnica cirúrgica? 

Além das inovações descritas acima pode-se destacar a introdução de recursos que vieram melhorar os resultados e reduzir complicações cirúrgicas em casos desafiadores, como anéis dilatadores de pupila, diferentes modelos de segmentos de anel capsulares e anéis de tensão capsular com e sem fixação. Desenvolvimento de diversas técnicas de fixação de lentes intraoculares com e sem sutura que permitem implantes de LIOs sem suporte capsular e centralização destas em caso de subluxação.


3.    Em relação aos medicamentos, existe algum que pode amenizar/reduzir a catarata? Em caso positivo, como o ativo age impedindo a progressão da catarata?

Por enquanto não há nenhum tratamento medicamentoso que comprovadamente previna ou reduza o desenvolvimento de catarata em olhos humanos. Sabe-se que o estresse oxidativo é cataratogênico. Consequentemente, os antioxidantes agiriam na prevenção do desenvolvimento e/ou da progressão da catarata. Desta forma medidas como a redução da ingesta de bebidas alcoólicas, do tabagismo da exposição aos raios UVB e uma dieta rica em vitaminas A,C e E e betacaroteno foram consideradas protetoras para o desenvolvimento de catarata por alguns autores.

A carnosina é um antioxidante natural produzido por diversos tecidos de mamíferos e encontrada em quantidade reduzida em cataratas senis. Na tentativa de aumentar a biodisponibilidade da carnosina, foi sintetizada a N-acetilcarnosina (conhecida como Can-CTM) que vem sendo administrada como colírio 2x ao dia em animais para a prevenção da catarata.


4.    Quais os principais fatores de influencia no desenvolvimento da catarata e como eles podem ser evitados?

O principal fator de risco para a catarata é a idade, ou seja, o envelhecimento.
Outros fatores importantes para o desenvolvimento da catarata são tabagismo, Diabetes Mellitus, exposição à radiação ultravioleta (UV), principalmente raios UVB, uso de corticoide oral e tópico. Condições como alta miopia, redução de estrogênio pós-menopausa, genética, estado nutricional e relação entre índice de massa corporal o consumo de gordura e o desenvolvimento e a progressão de catarata, especialmente a do tipo sub capsular posterior. Parece haver um efeito citotóxico das gorduras insaturadas nas células epiteliais do cristalino moderado pelo aumento de albumina do humor aquoso que ocorre com o envelhecimento.


5.    Existe uma nova tendência no tratamento da catarata?

Existe uma tendência que o tratamento cirúrgico da catarata seja mais precoce que antigamente diante dos excelentes resultados, benefícios refracionais associados e menor risco de complicações quando a catarata não está avançada.


6.    Quais os principais aspectos para o tratamento da catarata que serão apresentados no Congresso?

No congresso serão apresentadas técnicas cirúrgicas do básico ao avançado. Serão oferecidos cursos teóricos e práticos com treinamento em dry lab (simulador Kitaro) e wet lab de capsulorrexe, facoemulsificação, implantes de lentes tóricas, fixação de LIOs, transplantes lamelares.

Simpósios com casos clinico-cirúrgicos de córnea, catarata e glaucoma, cursos teóricos e painéis que terão objetivo de melhorar resultados cirúrgicos, auxiliar na escolha da melhora lente intraocular para cada caso, reduzir complicações, e apresentar dicas de como abordar casos desafiadores de córnea e catarata, e como resolver complicações cirúrgicas.

Inovações tecnológicas serão apresentadas na área da propedêutica do pré-operatório e da cirurgia propriamente dita, com avanços dos aparelhos, modelos novos de lentes intraoculares, indicação e técnica de uso de crosslinking e implantes de anéis corneanos de novo desenho para tratamento de ceratocone, uso de cola biológica no tratamento do pterígio. 

As diversas técnicas de cirurgia refrativa serão discutidas incluindo aquelas realizadas com LASER e as de implantes de lentes fácicas. Também serão apresentadas atualizações no diagnóstico e tratamento do olho seco e lentes de contato especiais para tratamento de córneas irregulares. Enfim o congresso irá abordar de forma interativa todos os assuntos mais importantes da área de catarata, córnea e refrativa. 


7.    Espaço para comentar outros pontos que não foram questionados acima.

Apesar de ser uma cirurgia muito segura e com excelentes resultados é fundamental que não haja banalização do procedimento por conta da população e da Sociedade médica, pois trata-se de cirurgia detalhada e etapa dependente. O bom cirurgião de catarata é submetido a treinamento longo e complexo que envolve o desenvolvimento e treinamento de múltiplas habilidades, como movimentos manuais finos com uso do microscópio cirúrgico e treinamento simultâneo do uso de pedais do microscópio e do facoemulsificador. Cada paciente deve ser avaliado detalhadamente pelo oftalmologista e a técnica cirúrgica utilizada e a lente intraocular deverão ser indicadas de forma personalizada.


Promovido pela Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR/BRASCRS), a programação científica do Congresso abordará temas, como tratamento e prevenção em cirurgia de catarata, cirurgia refrativa e córnea e controle da miopia. Incluem-se  Patologias da Superfícies Ocular e Infecções, discussão das mais recentes novidades em transplante de córnea, Laser de Femtosegundo na Cirurgia da Córnea, Catarata e Cirurgia Refrativa, Novas Tecnologias na Cirurgia de Catarata, Córnea e Cirurgia Refrativa, avanços em Lentes intra-ocular Bifocais, Trifocais e Foco Estendido, Atualização na Avaliação e Tratamento do Olho Seco (Disfunção Glândulas Meibomius), e Opções Cirúrgicas Presbiopia. (*)



(*) Grade Científica completa:

 

SERVIÇO
XVIII Congresso Internacional de Catarata e Cirurgia Refrativa
Data: 16 a 19 de maio de 2018
Local: Transamérica Expo Center – São Paulo


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