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segunda-feira, 5 de março de 2018

Dia Mundial da Água: uso inteligente gera benefícios financeiros para edifícios públicos e privados



Março é o mês das águas. Não só pela expressão eternizada por Tom Jobim, mas porque é o mês em que se comemora o Dia Mundial da Água, no dia 22, data instituída pela Organização das Nações Unidas, em 1992. Para nós, brasileiros, é quase sempre o mês com maior quantidade de chuvas, atingindo quase todo o território nacional, dado que é o fim do verão. Essa época é comumente usada para reforçar a conscientização do uso da água e, pelo visto, 2018 será um ano onde essa consciência se fará extremante necessária. 

Ao menos até o fim de fevereiro, a chuva esteve abaixo do normal, e apesar de ainda não haver avisos sobre racionamento, a população já está atenta. Entre 2014 e 2016, tivemos um período histórico de crise hídrica no estado de São Paulo, o que reforçou ainda mais a ideia de que o Brasil, país de imensos rios e afluentes, a despeito disso, constantemente sofre com secas em diversas regiões. A solução, no entanto, já vem sendo aplicada. Mostra de que a crise hídrica ensinou algo à população. O uso racional da água já é uma realidade cada vez maior, sobretudo quando falamos de prédios, sejam eles públicos ou privados. 

No setor público, vemos cada vez mais municípios aderindo a programas como o PURA - Programa de Uso Racional da Água. Criado pela Sabesp, em 1996, o PURA é direcionado a entidades públicas da administração direta (Secretarias de Estado, prefeituras e unidades do Governo Federal), dando incentivos fiscais a essas entidades conforme o cumprimento de metas de consumo de água. O PURA se baseia em orientação - sobretudo de servidores públicos e alunos das redes escolares - e na adequação de prédios a projetos hídricos que evitem desperdício e promovam soluções como o uso inteligente de água da chuva para irrigação de jardins, hortas e reuso na limpeza.

Somente esse projeto contemplou 600 escolas estaduais até o fim de 2017. A previsão para 2018 são mais 380. Esses prédios chegam a economizar 7 milhões de litros de água por mês. Atualmente, estão cadastrados na Grande São Paulo, 2.935 imóveis com o consumo de água monitorado. Em dezembro de 2016, o programa foi responsável por uma economia de aproximadamente 380 milhões de litros de água, quantia equivalente ao consumo mensal da população do porte de Arujá, na Grande São Paulo, que tem 85 mil habitantes.

Em setembro do ano passado, a Prefeitura de São José adotou o PURA com a meta de reduzir em até 25% o valor das contas de água, gerando uma economia anual nos cofres públicos de até R$ 2,1 milhões. Em fevereiro desse ano, Diadema seguiu o exemplo, economizando pelo menos 10% e podendo chegar a 35% por mês na conta de água. A proposta é reverter as economias em investimentos para a cidade. 

São valores altos a serem considerados, mas eles não se restringem ao setor público. Nos edifícios privados, energia e água representam 20% dos gastos prediais mensais. E o impacto não vem só no bolso, pois prédios, residenciais ou comerciais, sofrem muito quando há falta de água. É por isso que, para a maioria dos prédios, se tornou comum ostentar um certificado LEED. O Leadership in Energy and Environmental Design é uma certificação para construções sustentáveis, concebida pela ONG americana U.S. Green Building Council (USGBC), de acordo com os critérios de racionalização de recursos (energia, água, etc.) atendidos por um edifício.

Isso mostra que tanto setor público quanto privado estão cada vez mais são adeptos de um uso melhor da água. Um exemplo são edifícios ícones de São Paulo, como o World Trade Center, no Morumbi, a Torre Matarazzo e o Hospital Sírio Libanês, todos referências no reaproveitamento de água da chuva e detentores do LEED.

O mais interessante é que o cuidado com a água tem diversas vantagens agregadas. Nas escolas, por exemplo, os sistemas de captação e reutilização de água da chuva auxiliam a educação ambiental, sobretudo quando se fala de jardins e hortas. No setor privado, se ganha com menor taxa de manutenção, e se incentiva uma economia de beleza sustentável, o que favorece o bem estar sem desperdiçar um bem tão valioso.

Segundo estudos, até 70% do consumo de água nas residências e 60% nos pontos comerciais ocorre nas áreas externas. Boa parte desse percentual está nos jardins. Um moderno sistema de irrigação contempla equipamentos de maior eficiência, o que resulta num menor consumo de água. A irrigação terá distribuição adequada da água de acordo com as necessidades de cada planta ou hortaliça. Um projeto paisagístico bem elaborado costuma agrupar as plantas que mais necessitam de água, separando-as das demais, a fim de fazer uma distribuição inteligente. Para auxiliar, pode-se fazer uma captação de água de chuva e armazenamento. A tecnologia envolvida nesse tipo de equipamento garante projetos com alta durabilidade, baixa manutenção e um acabamento perfeito, já que os sistemas ficam enterrados no solo.

Usar a tecnologia a favor da economia financeira e hídrica é a grande proposta para 2018. A preocupação com o futuro do meio ambiente já é parte do dia a dia do brasileiro. A consciência de um consumo sustentável é algo que precisa se enraizar na nossa cultura cada vez mais, para que o peso do pensamento ambiental ganhe mais força. É importante pensar no que se ganha financeiramente, mas é preciso valorizar muito mais o que se ganha em termos de bem estar ambiental. Aí sim, podemos comemorar tranquilos do Dia Mundial da Água.






Danny Braz - engenheiro civil, consultor internacional com foco em construções verdes e diretor geral da empresa Regatec.



Ministério da Saúde convoca população para doar sangue



Hemocentros do país alertaram a pasta sobre a baixa nos estoques. Estados que registram casos de febre amarela apresentam mais queda nas doações 


O Ministério da Saúde alerta a população de todo o país sobre a queda de doação de sangue que tem impactado os estoques de várias cidades de acordo com relatos dos hemocentros. A pasta reforça a importância da doação regular, sensibilização de novos voluntários e dos já existentes doadores. As doações de sangue habitualmente são menores em todo o país nos períodos de férias escolares e feriados prologados, o que ocasiona uma redução nos estoques de sangue. Estados que registram casos de Febre Amarela apresentam maiores quedas, pois quem é vacinado contra a doença fica inapto para doar sangue durante quatro semanas.

Uma das prioridades do Ministério da Saúde é manter os estoques de sangue abastecidos. Assim, é importante lembrar os doadores da importância da doação antes de viajar ou de se vacinar contra a febre amarela. Os serviços de hemoterapia trabalham com esta perspectiva, mobilizando a população durante estes períodos críticos para que não haja baixa nos estoques.

“O sangue é insubstituível. Ainda não existe nenhum tipo de medicamento que possa substituir a doação de sangue. E quem precisa, só consegue graças à generosidade de quem doa. O importante é doar regularmente, pois em períodos de férias e seca, a tendência é diminuir os estoques. Vale lembrar que uma doação pode beneficiar até quatro pessoas”, reforçou o coordenador da área de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Flávio Vormittag.

No Brasil, são feitas cerca de 3,4 milhões de doações de sangue por ano. Dados de 2016 indicam que 1,6% da população brasileira – 16 a cada mil habitantes – doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde tem se esforçado para aumentar a taxa. Em 2017, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,2 bilhão na rede de sangue e hemoderivados (Hemorrede). Os recursos foram destinados a estruturação da rede nacional para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede, além do fornecimento de medicamentos de alto custo a pacientes para atenção aos pacientes portadores de doenças hematológicas.

Atualmente, o Brasil possui 32 hemocentros coordenadores e 2.033 serviços de hemoterapia, incluindo hemocentros regionais, núcleos de hemoterapia, unidades de coleta e transfusão, central de triagem laboratorial de doadores e agências transfusionais. A doação de sangue é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa independente de parentesco com o doador.

É importante lembrar que o sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão sanguínea.


CONDIÇÕES PARA DOAR – No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.


REFERÊNCIA - O Brasil é referência em doação de sangue na América Latina, Caribe e África. Desde 2009, a experiência brasileira é utilizada em cooperações técnicas com vários países para o fortalecimento e desenvolvimento da promoção da doação voluntária de sangue, qualificação da atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes. Honduras, El Salvador e República Dominicana são exemplos de parceiros em projetos para o fortalecimento da doação voluntária de sangue.




Nicole Beraldo
Agência Saúde 

As ciladas da rotina que atrapalham a dieta



O ritmo de vida pode atrapalhar (ou ajudar) a manter a dieta. Com perguntas simples e básicas a médica nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela – especialista em emagrecimento da capital paulista – ajuda a entender quais são as principais ciladas do dia a dia e com dicas simples, ela comenta como é possível facilitar a introdução de um novo ritmo de vida e de bons hábitos.

Sinais vermelhos para a saúde
Quantas vezes alguém já parou para reparar em sinais simples que o corpo pode dar? Se alguns dos itens abaixo estiverem presentes na rotina já é um alerta de perigo.

- Dormir mal;

- Pular refeições;

- Comer rápido;

- Aumento de peso nos últimos anos;

- Muito trabalho mental e pouco físico;

- Intestino preguiçoso;

- Acúmulo de gordura na barriga.

Como reverter?
Depois de fazer o diagnóstico com perguntas básicas, Dra Ana conta que é hora de corrigir a rotina. 4 dicas acessíveis podem deixar o dia a dia bem mais descomplicado!

1-    Estabelecer uma rotina e organizar os horários para comer, para dormir, para se exercitar e para trabalhar. “Nenhum excesso pode acontecer, um corpo regrado é sinônimo de metabolismo funcionando melhor e, consequentemente, mais ganho de saúde e perda de peso”, diz a médica.

2-  Otimizar as refeições: mastigar mais, diminuir as quantidades de sal e de açúcar, adicionar fibras e deixar mais tempo para se alimentar.

3-  Estabelecer um controle e manutenção e peso e constituição corporal com metas: perder e manter o peso conquistado, controlar a gordura visceral, melhorar o funcionamento intestinal e recuperar as boas noites de sono. “Toda melhora, por menor que seja, já é uma conquista. Cada um tem um ritmo diferente de vida, de facilidades e dificuldades, então, por menor que seja a mudança já será um lucro para a saúde”, fala Dra Ana.

4-  Introduzir ou aumentar a atividade física e fazer com que vire uma parte da rotina e que, principalmente, seja prazerosa.




FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá – MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência  Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo – HCFMUSP. Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.


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