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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Dentista alerta para o perigo de realizar clareamento dental caseiro




Um sorriso branco é o desejo de muitos brasileiros. Não é para menos, uma vez que o Brasil está entre os países que mais se preocupam com a estética no mundo. Por isso, a busca por clareamento dental é crescente e entre os fatores que impulsionam esse mercado estão o custo mais acessível e a facilidade de realizar o tratamento em casa. É aí que está o perigo: diante de tantas possibilidades, muitas pessoas optam por fazer o procedimento por conta própria, sem a orientação de um profissional.

Para Jane Tonani, odontologista da Porto Seguro Saúde, o clareamento é um procedimento estético que requer muito cuidado, seja ele realizado em casa ou no consultório. “É imprescindível consultar um profissional para orientar sobre a concentração ideal do produto, regime de uso, grau de branqueamento e periodicidade”, explica.


Confira algumas curiosidades acerca do tema:


Tipos de clareamento dental
Existe o clareamento feito em casa sob as orientações do dentista e os procedimentos realizados no consultório. No primeiro caso, o profissional examina o paciente, solicita a confecção da moldeira, que tem que ser flexível e deve ficar o mais fiel possível ao formato da boca do paciente, e recomenda o uso de tubetes clareadores para levar para casa. No consultório é realizado o isolamento dos dentes, sendo necessário uma ou duas sessões. Há também o clareamento a laser, que é realizado no consultório odontológico ou em clínicas especializadas.


Riscos
O uso indiscriminado de produtos que clareiam os dentes pode causar inflamação nas gengivas, sangramento e, em casos mais graves, levar a ulceração e necrose da pulpa (apodrecimento da polpa). Dependendo da periodicidade, os dentes podem ficar mais sensíveis, por isso, o ideal é evitar fazer o procedimento com muita frequência. A autoprescrição do clareamento dental é tão perigosa quanto o consumo indiscriminado de medicamentos. Os riscos do clareamento dental caseiro sem orientação são muitos”, reforça a Dra. Jane Tonani.


Indicação
O clareamento dental é contraindicado para crianças e pessoas que estejam passando por um tratamento médico sistêmico, que debilita o paciente. O procedimento é agressivo e, por essa razão, recomenda-se aguardar o tratamento em curso para então iniciá-lo.


Recomendações
Certas comidas e bebidas podem causar a pigmentação (manchamento) dos dentes. Tais alimentos incluem café, chá, vinho, refrigerante e produtos com corante. A ingestão de sucos cítricos e alimentos que têm densidade pegajosa, como balas, podem atrapalhar o desempenho do agente branqueador e, além disso, fumar também é prejudicial à saúde bucal e pode causar manchas nos dentes. Portanto, a dica é evitar esse tipo de alimento e o hábito de fumar não apenas durante o tratamento, mas após o procedimento também. Por fim, é muito importante praticar uma boa higiene bucal, com escovação dos dentes, língua e uso do fio dental.





Melasma: conheça causas e tratamentos da doença



A Dermatologista Denise Steiner explica as características da doença e aponta as principais formas de tratamento


O melasma é uma mancha acastanhada que aparece geralmente no rosto, mas pode ocorrer com menos frequência nos braços e no colo. É mais comum em mulheres, porém também pode se manifestar em homens. Apesar de ter diversos tratamentos para o controle dos sintomas, o melasma não tem cura.    


Características da mancha:
  • Acastanhada;
  • Sem inflamação;
  • Sem avermelhamento;
  • Pode ou não ter vascularidade.
“Basicamente, é uma mancha castanha que compromete o rosto como uma máscara, que é o que diferencia o melasma das demais manchas”, explica a coordenadora do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Denise Steiner. 

Existem inúmeras teorias a respeito do aparecimento de melasma, pois muitos fatores estão implicados no aparecimento destas manchas. “Sem dúvida nenhuma, o que causa o melasma é a produção excessiva de melanina pela célula chamada melanócito, que é uma célula que está localizada na camada basal da epiderme e distribuída por toda nossa pele”, explica a especialista.

O que interessa a respeito do melasma são os estímulos relacionados com o potencial dessa célula de produzir mais melanina. O sol, ou seja, a radiação ultravioleta, é o principal estímulo, mas existem outros como hormonais, o estresse e até alguns tipos de medicações.  

“Trabalhos mais recentes têm apontado a importância dos vasos. Considera-se que na região do melasma haja também uma maior quantidade de vasos e que eles estejam dilatados. Desta forma, há aumento dos fatores de crescimento endoteliais, que são fatores diretamente estimulantes dessa vascularização”, acrescenta a dermatologista. 

Existem estudos mostrando uma grande relação do melasma com o fotoenvelhecimento, ou seja, a pele onde está localizado o melasma também é mais envelhecida e tem mais elastose. Além disso, também pode haver uma correlação do melasma com a atividade dos estrógenos e progesterona, justificando seu aparecimento na gravidez. 

O tratamento do melasma é complexo. São utilizadas substâncias clareadoras, porém as mesmas não devem ser agressivas, para evitar inflamação. O potencial clareador deve existir, porém a pele deve permanecer normal e não vermelha ou inflamada. 

A hidroquinona é cada vez menos utilizada devido ao seu potencial tóxico. Hoje, são utilizadas substâncias como ácido tranexâmico, arbutin, ácido azelaico, vitamina C, retinol, ácido tioglicólico, dando preferência para combinações potencializadoras do clareamento.  

No Congresso do IMCAS 2017 - International Master Course on Aging Science. Os principais tratamentos indicados para o melasma foram: 


* Ácido tranexâmico via oral, sendo usado 250mg 2x ao dia, a glutadiona na dose de 500mg 3x ao dia. A ideia é que esses ativos bloqueiem o estímulo do sol e evitem a maior formação de melanina. 

* O laser Nd Yag Q-switched, com energia baixa e pulso ultrarrápido, destrói o pigmento sem causar queimadura. Este laser é especificamente aprovado para o tratamento do melasma, pois libera pouco calor e agride muito menos a pele. São necessárias 12 sessões, sendo que a pele fica ligeiramente rosada após a aplicação. Ele é feito em todo o rosto, melhorando também olheiras e o tônus da cútis. 

* O microagulhamento da pele, com ou sem associação de medicamento, provoca o aumento de fatores de crescimento, clareando a cútis. A pele fica avermelhada e levemente machucada por 3-4 dias, sendo necessário o uso de bases com filtro solar. Essa técnica também melhora a cútis e são necessárias de 4 a 6 sessões com intervalos mensais. 

O melhor momento para tratar o melasma é após o alto verão. Lembrando que o filtro solar nunca deve ser esquecido, sendo necessária proteção alta (UVA e UVB), bloqueio da radiação com reflexão da luz “filtro físico” e cor com pigmentos como, óxido de ferro, que protegem da luz visível, como lâmpadas e computadores. 

O melasma apesar de não ser grave e nem contagioso, deve ser tratado por um médico especialista. 





Dra. Denise Steiner - médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. Atualmente, a dermatologista é Coordenadora Científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Dra. Denise Steiner também é especialista em Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também é autora de várias publicações de reconhecimento nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”.




Cor da urina pode revelar problemas de saúde



Além da cor, o aspecto e o odor da urina podem indicar problemas como intoxicação e outro problemas


Já é certo que, mais do que apenas uma excreção humana, a urina pode ser uma forma de saber como anda a saúde de alguém.

Justamente por ser resultado de um processo de filtração de “impurezas” do sangue no sistema urinário, o líquido expelido pelo corpo pode ter características que revelam doenças e anormalidades. “É sempre importante estar atento aos seus hábitos e a cor da sua urina para prevenir complicações”, diz o Dr. Alexandre Crippa, coordenador do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano.

A urina saudável é a amarela clara, com o odor típico, mas não intenso. Uma urina amarelo escuro ou mel pode indicar um quadro de desidratação, enquanto uma que efervesce ou espuma demais, quando persistente, indica excesso de proteínas ou problemas renais.

Existem cores específicas que indicam problemas mais graves. A urina laranja, por exemplo, se for contínua, pode estar ligada a um problema de fígado ou vesícula. “Em caso de urina rosada ou avermelhada, se ela persistir por muito tempo, pode ser sinal de problema na próstata, infecções e até tumores”, afirma o especialista.

Para o diagnóstico de problemas urinários, os exames realizados dependem das possíveis causas da mudança de coloração da urina e dos sintomas que o paciente apresenta. Por exemplo, em casos de urina marrom também são solicitados exames relacionados ao fígado. Em geral, Urina I e Urocultura são os principais exames no diagnóstico de doenças urinárias.

Beber muita água, no mínimo dois litros por dia, é uma medida bastante eficaz para ajudar no funcionamento do sistema urinário e, consequentemente, na boa saúde da urina. “Para uma pessoa adulta, o ideal é que se faça, em média, 1,5 litros de urina por dia”, comenta o médico. Essa quantidade equivale, aproximadamente, a cinco idas ao banheiro no dia para micção. É imprescindível que as pessoas sempre prestem atenção no que elas excretam, e em caso de alteração persistente nas características da urina, buscar um especialista.



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