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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O super poder dos cereais integrais




Simplesmente por moda, e não por outra coisa, os cereais integrais começaram a ser separados das dietas habituais nos últimos anos. Os comentários diziam diretamente que “engordavam”; era preciso fugir deles de todas as formas.

Nada mais errado. Os cereais integrais são elementos indispensáveis, sim, indispensáveis de uma dieta saudável por seus benefícios à saúde.

“Recentes investigações epidemiológicas a grande escala demonstram que o consumo regular de cereais integrais podem reduzir o risco de sofrer transtornos cardíacos coronários e alguns tipos de câncer até em um 30%”. Por isso mesmo, não é de se estranhar que no Simpósio Internacional sobre os Alimentos Integrais e a Saúde, que se celebrou na Finlândia em junho de 2001, concluíram que “comer mais alimentos integrais pode melhorar a saúde”, confirma a European Food Information Council (EUFIC).

“Durante séculos, os cereais como o trigo, o arroz, o milho, a aveia e o centeio foram elementos fundamentais para uma dieta. Em todo o mundo se consumiu uma grande variedade de produtos, desde o macarrão em Itália até os mingaus de aveia na Escócia”.

Na América, o milho foi primordial na alimentação das culturas pré hispânicas e das sociedades mestiças, que apareceram depois da chegada dos europeus.

Em que beneficia o consumo de cereais integrais? O EUFIC contesta: “O verdadeiro poder dos cereais integrais se baseiam em seus efeitos de proteção contra as doenças cardíacas coronárias e certos tipos de câncer. Um estudo prospectivo onde entrevistaram a mais de 34 mil mulheres de idades entre 55 e 69 anos, realizado em Iowa, Estados Unidos, revelou que aqueles sujeitos que tomavam pelo menos uma porção de cereais integrais ao dia, apresentavam um risco significantemente inferior de morrer por uma doença cardíaca que aqueles que apenas consumiam este tipo de alimentos”.

Continua: “Outros dados, procedentes de um estudo realizado entre enfermeiras, demonstra que as mulheres que tomavam 2.7 porções de alimentos integrais ao dia apresentavam um risco de sofrer de doenças cardíacas um 30% menores que aquelas que ingeriam apenas 0.13 porções ao dia. Por outra parte, se acredita que o consumo regular de alimentos integrais também reduz o risco de infartos e diabetes do tipo II”.

Relacionado com o câncer, o tipo de proteção que oferecem os cereais integrais foi reconhecido pela Food and Drug Administration, órgão máximo de proteção de riscos contra a saúde nos EUA (e do mundo). “Por esta razão autorizaram que estas propriedades benéficas apareçam indicadas tanto nas embalagens deste tipo de alimentos como nas mensagens publicitárias”. Um dos cânceres mais agressivos que os cereais integrais podem ajudar a prevenir é o câncer colorretal, como confirmou estudos realizados em várias partes do mundo. Exemplo: o estudo publicado em 2011 no British Medical Journal, realizado no Imperial College de Londres; na Universidade de Leeds, Reino Unido e na Universidade de Wageningen, na Holanda.

O EUFIC conclui: “Os alimentos como o pão, os cereais integrais, o arroz e os biscoitos integrais constituiriam uma iniciativa agradável e prudente, desde o ponto de vista da nutrição que está ao alcance da população. Basta comer uma porção de cereais integrais no café da manhã ou começar a consumir pão, arroz e macarrão integral para melhorar a saúde e reduzir o risco de contrair certas doenças”.




Nutricionista explica os sintomas da compulsão alimentar e dá dicas de como driblar o desejo insaciável e além do necessário de comer



Será que a gulodice não pode se transformar em um transtorno? Passar da medida em uma refeição um dia ou outro é normal, mas quando isso se torna recorrente e a pessoa sente a necessidade de comer, mesmo quando não está com fome ou quando já está satisfeita, cuidado! Isso é um sintoma de compulsão alimentar. 

Mariana Nacarato, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), explica que os principais fatores que levam a esse distúrbio são: depressão, ansiedade, preocupação constante com o peso e cardápios restritivos. 

“Na maior parte dos casos de compulsão, a pessoa começa a comer com culpa e arrependimento quando está fissurada em cumprir à risca alguma dieta restritiva, daqueles falsos modismos que erroneamente cortam alimentos fonte de energia e indispensáveis no cardápio, como pães, massas e doces, que são vistos como ‘proibidos’. No primeiro contato com estes pseudos ‘vilões,’ a ansiedade gera perda de controle e falta de bom senso com a quantidade a ser ingerida”, explica. 

Além das questões comportamentais, a gula também pode sinalizar algumas deficiências nutricionais do corpo. O desejo aumentado por doces pode indicar falta de magnésio (mineral que ajuda a produzir energia) ou cromo (mineral queauxilia nas funções deinsulina), por exemplo. 

Para driblar essa vontade exagerada de comer, é essencial começar pela mudança no pensamento, compreendendo que excessos não fazem bem e que dentro de uma alimentação saudável é possível ter uma variedade de produtos, incluindo os mais ricos em energia (carboidratos) ou gordura. “É importante considerar que cada alimento tem uma porção e frequência adequada, e até os conhecidos como “guloseimas” podem fazer parte de uma rotina equilibrada, desde que consumidos com moderação”, explica a nutricionista.

Alimentar-se prestando atenção nos sinais de fome e saciedade do corpo também é uma dica para contornar os momentos de gula. É claro que ela requer paciência e autoconhecimento, mas é muito eficaz! “Quando abrir espaço para uma indulgência, escolha um que goste bastante e aprecie com calma, pois desta forma é mais fácil se saciar com uma quantidade menor. Caso exagere, evite comportamentos de compensação como omitir refeições ou fazer jejuns, pois eles apenas agravam a sensação de culpa”, diz Mariana. 

Por fim é válido lembrar que alimentação não é apenas o consumo de nutrientes, e sim um ato social e um prazer que sempre acompanhou os seres humanos. Portanto, aproveite este momento sabendo equilibrar frequência e quantidade, sem recorrer à gula.



Setor de alimentação saudável prevê um bom 2017



Franquias do setor continuam registrando altas no faturamento


Foi-se o tempo em que as pessoas se alimentavam mal e tinham pouca preocupação com a saúde e o bem-estar. Hoje, o brasileiro está cada dia mais ligado em questões de saudabilidade, sustentabilidade e simplicidade. De acordo com a consultoria Euromonitor, o mercado de alimentação saudável movimentou R$ 80 bilhões em 2015 e deve movimentar R$ 108,5 bilhões até 2019. Nos últimos cinco anos, as vendas nesse setor dobraram. Um ótimo nicho para quem deseja investir, ainda mais no setor de franquias. 

Segundo a ABF - Associação Brasileira de Franchising, só o segmento de saladas, tapiocas e apelo saudável faturou quase R$ 235 milhões em 2015. Um bom exemplo são os restaurantes da Let´s Wok, que unem um conceito de fast food saudável. A rede oferece um cardápio flexível, que permite milhares de combinações entre massas, arrozes, vegetais e outros ingredientes preparados em panela Wok, sua marca registrada. Como possuem pouca gordura e produtos naturais, seus pratos tem ganhado cada vez mais adeptos. 

Uma das unidades mais bem sucedidas da empresa é a loja do Shopping Patio Iporanga, em Santos. A cidade, por ser litorânea, tem uma grande aceitação do conceito - tanto que duas das quatro unidades da rede estão lá. “Nossos pratos caem muito bem tanto em dias quentes quanto frios. Por serem preparados em menos de 10 minutos e na frente do cliente, a aceitação é muito boa”, afirma Daniel Mendonça da Silva, gerente da unidade. 

De acordo com os demonstrativos contábeis da unidade, mesmo em meio à crise, o faturamento vem aumentando. “Só no mês de julho, tivemos um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. É uma prova de que o segmento de alimentação saudável tem seguindo praticamente imune à crise”, afirma. “Percebemos, muitas vezes, redes tradicionais de sanduíches e outras comidas mais calóricas, que ficam ao lado da nossa, no shopping, terem um movimento muito menor”, atesta. 

João Luis Gomes, o franqueado da unidade, não tem do que reclamar. Mesmo atualmente morando fora do país, ele consegue acompanhar a evolução do seu investimento. “A loja se valorizou muito. Na época em que abri, em 2011, investi cerca de R$ 250 mil reais. Hoje, de acordo com as avaliações da franqueadora, minha unidade vale em torno de R$ 700 mil. Em nenhum tipo de aplicação eu conseguiria quase triplicar o meu capital em menos de cinco anos”, alegra-se. 

Obviamente, não se trata de milagre. Há muito esforço e dedicação envolvidos. “No início, precisamos investir bastante na formação da clientela. Foi um tempo até as pessoas experimentarem e passarem a incluir nossos pratos no seu dia a dia. Hoje, felizmente, a grande maioria dos clientes é recorrente. Uma prova de que mais do uma refeição esporádica, eles realmente aderiram o conceito de alimentação saudável em seu cotidiano. Bom para o cliente e melhor ainda para o investidor desse segmento”, finaliza. 





Let´s Wok



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