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quinta-feira, 28 de julho de 2022

Julho Amarelo: Mês de combate as hepatites virais

Uroginecologista explica tipos e prevenção

 

Dia 28 de julho é o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. No Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, 2 milhões de pessoas são portadoras crônicas do tipo B e cerca de 3 milhões do C.

 

Problema de saúde pública, o sétimo mês do ano ganha a cor amarelada para conscientizar a população sobre a doença.

 

A uroginecologista e coordenadora do programa Fellowship em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva do Hospital Beneficência Portuguesa, Dra Débora Oriá, explica como se proteger das hepatites, sintomas e tratamentos.

 

 

Tipos de hepatites


A hepatite é caracterizada pela inflamação no fígado causada por diversos fatores. Elas são classificadas pelos tipos A, B, C, D e E.

 

A Hepatite do tipo A é transmitida pela forma fecal-oral e pode ocorrer por meio do consumo de água ou alimentos contaminados, e pelo contato entre pessoas. Essa infecção pode ser transmitida pela prática sexual oral-anal sem proteção. Portanto, manter os hábitos de higiene, consumir água tratada, evitar locais com esgoto a céu aberto e usar preservativo na relação sexual é imprescindível.

 

As hepatites do tipo B e C ocorrem por contato com sangue contaminado. A primeira, em grande maioria, é contraída através do contato sexual, sendo chamada de Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Já a do tipo C tem alto índice de contágio pelo compartilhamento de materiais usados no consumo de drogas injetáveis.

 

Hepatites do tipo D e C não são tão comuns no Brasil. O primeiro tipo ocorre em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. Já o tipo E é transmitido de forma fecal-oral, apresentando gravidade em mulheres grávidas.

 

 

Prevenção


Existe vacina para a hepatite A que é aplicada em crianças de 1 a 2 anos de idade, portadores de HIV e doentes com hepatites B e C. Já a vacina para hepatite B é indicada para crianças desde o nascimento e para adultos de todas as idades e ainda não vacinados.

 

A melhor prevenção para a hepatite B e C é o uso de preservativo. É importante incluir n exame na rotina ginecológica. O tipo C não tem vacina.

 

Como a hepatite D ocorre em pacientes infectados com o tipo B, a vacina contra a hepatite B, protege contra o tipo D. Já a melhor prevenção para o tipo E é o saneamento básico.

 

Lembre-se de que a melhor forma de prevenção é não descuidar dos hábitos de higiene e usar sempre preservativo nas relações sexuais. Para um diagnóstico correto da doença, procure em médico.

 

 

Dra Débora Oriá - especializou em Cirurgia Ginecologia e Uroginecologia no Hospital das Clínicas (USP). Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, coordenadora do programa Fellowship em Cirurgia Ginecologia Minimamente Invasiva do Hospital Beneficência Portuguesa, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista. @dradeboraoria


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