Uroginecologista
explica tipos e prevenção
Dia 28 de julho é o Dia
Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. No Brasil, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde, 2 milhões de pessoas são portadoras crônicas do
tipo B e cerca de 3 milhões do C.
Problema de saúde
pública, o sétimo mês do ano ganha a cor amarelada para conscientizar a
população sobre a doença.
A uroginecologista e
coordenadora do programa Fellowship em Cirurgia Ginecológica Minimamente
Invasiva do Hospital Beneficência Portuguesa, Dra Débora Oriá, explica como se
proteger das hepatites, sintomas e tratamentos.
Tipos de hepatites
A hepatite é
caracterizada pela inflamação no fígado causada por diversos fatores. Elas são
classificadas pelos tipos A, B, C, D e E.
A Hepatite do tipo A é
transmitida pela forma fecal-oral e pode ocorrer por meio do consumo de água ou
alimentos contaminados, e pelo contato entre pessoas. Essa infecção pode ser
transmitida pela prática sexual oral-anal sem proteção. Portanto, manter os
hábitos de higiene, consumir água tratada, evitar locais com esgoto a céu
aberto e usar preservativo na relação sexual é imprescindível.
As hepatites do tipo B e
C ocorrem por contato com sangue contaminado. A primeira, em grande maioria, é
contraída através do contato sexual, sendo chamada de Infecção Sexualmente
Transmissível (IST). Já a do tipo C tem alto índice de contágio pelo
compartilhamento de materiais usados no consumo de drogas injetáveis.
Hepatites do tipo D e C
não são tão comuns no Brasil. O primeiro tipo ocorre em pacientes infectados
pelo vírus da hepatite B. Já o tipo E é transmitido de forma fecal-oral,
apresentando gravidade em mulheres grávidas.
Prevenção
Existe vacina para a
hepatite A que é aplicada em crianças de 1 a 2 anos de idade, portadores de HIV
e doentes com hepatites B e C. Já a vacina para hepatite B é indicada para
crianças desde o nascimento e para adultos de todas as idades e ainda não
vacinados.
A melhor prevenção para
a hepatite B e C é o uso de preservativo. É importante incluir n exame na
rotina ginecológica. O tipo C não tem vacina.
Como a hepatite D ocorre
em pacientes infectados com o tipo B, a vacina contra a hepatite B, protege
contra o tipo D. Já a melhor prevenção para o tipo E é o saneamento básico.
Lembre-se de que a melhor
forma de prevenção é não descuidar dos hábitos de higiene e usar sempre
preservativo nas relações sexuais. Para um diagnóstico correto da doença,
procure em médico.
Dra Débora
Oriá - especializou em Cirurgia Ginecologia e Uroginecologia no Hospital das
Clínicas (USP). Trabalha como médica da equipe de Uroginecologia do
Departamento de Ginecologia do Hospital das Clínicas, coordenadora do programa
Fellowship em Cirurgia Ginecologia Minimamente Invasiva do Hospital
Beneficência Portuguesa, médica preceptora da Residência Médica em Ginecologia
do Hospital das Clínicas, ginecologista do corpo clínico do Hospital Sírio
Libanês e obstetra do corpo clínico da Pro Matre Paulista. @dradeboraoria
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