Comitê de Política Monetária do Banco Central do
Brasil se reunirá no dia 3 de agosto, para determinar comportamento dos juros
para os próximos dias e deve seguir o aumento do FED americano.
A elevação da taxa de juros pelo FED, o banco
central americano, na data de ontem, 27, foi a maior desde 1994. De acordo com
Alexandre Augusto Pereira Gaino, professor de macroeconomia da ESPM, o objetivo
é estabilizar a inflação americana, que ronda a casa dos 9% nos últimos 12
meses, maior patamar dos últimos 40 anos.
O órgão indicou que possivelmente não vai parar aí.
A tendência é de novos aumentos nas próximas reuniões. Contudo, a velocidade
destes novos aumentos não está estabelecida.
Segundo Gaino, para a economia brasileira, a
elevação dos juros lá fora pressiona nossa taxa de câmbio, dificulta a atração
de capitais e, a queda no ritmo de atividade na economia americana, pode frear
nossas exportações para eles.
“A questão que não está clara é até que ponto
câmbio e o movimento de capitais para o país já não haviam incorporado, nas
últimas semanas, a recente decisão do FED. Se for assim, não precisaríamos
esperar alterações na política monetária durante a reunião do COPOM na próxima
semana”, comenta.
Para ele, os movimentos da bolsa e do dólar de
ontem podem estar alinhados a essa perspectiva: decisões já precificadas e
expectativas de aumentos da taxa de juros mais amenos nas próximas reuniões do
FED. O que refletiria em maior calmaria para a próxima semana. Contudo, ainda é
incerto se essa é a trajetória futura. “As perspectivas de novos aumentos dos
juros americanos, somadas as incertezas globais e, principalmente, a
deterioração fiscal que tem elevado nosso risco por aqui, podem levar o COPOM a
anunciar uma nova alta nos juros básicos de 0,25% ou 0,50%”, conclui Gaino.
Fonte: Alexandre Augusto Pereira Gaino, professor
de macroeconomia da ESPM
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